Ontem, o Barcelona ganhou muito bem. Não sou grande admirador do futebol do Barcelona, naquele estilo andebolístico em risco permanente de jogo passivo. Desta vez, no entanto, jogaram com rapidez e deliberadamente para marcar golos, e não para entediar os adversários e espectadores. Não houve jogo passivo. Houve Barcelona a mais e Manchester United a menos.
Se não fossem os comentários do Freitas Lobo a história acabava aqui e a sua moral estava encontrada. Com o inefável Freitas Lobo, tudo tem que ser superlativo. Não basta dizer o óbvio. É preciso dizer o óbvio recheado de adjectivos e de metáforas de gosto duvidoso e cheias de aspas e explicações, não as vamos por lá entender em sentido literal ou não compreender o seu profundo sentido figurativo.
O homem desfiou a mesma ladainha que tinha impingido ao Expresso. As pérolas literárias continuam a abundar. “Terá [o Barcelona] uma linguagem mais elaborada, com “frases difíceis” (qualidade de passe) de Xavi e Iniesta, mas, depois, no fim, percebe-se que toda aquela complexidade em forma de “teia de aranha” com bola tinha apenas o condão de abrir o espaço ideal no território adversário e, furada a muralha, chegar ao golo”. “ O “soldado” Rooney, “vagabundo com a bola”, grita e joga com a mesma raça, agarrando o jogo pelos colarinhos”. “No fim, quando o crepúsculo do jogo chegar, entre Messi e Rooney estarão as melhores “últimas palavras” para dizer ao supremo “deus do futebol””.
What the f*** is that?
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