O ano acabou bem com o Rui Monteiro a ter de ir ao VAR por
suposta entrada a pés juntos ao Covid. Ou vice-versa. As imagens não eram conclusivas. Felizmente a Covid estava
em fora de jogo por alguns centímetros. A grande penalidade não foi assinalada
para espanto de alguns, mais incautos.
O ano acabou bem para o Braga, conformado. Um quarto lugar
apenas faz sentido se o Benfica for o terceiro. Caso tivesse o Sporting ficado
em terceiro havia lugar para o VAR e alguns comunicados.
O ano acabou bem com o jornal A Bola e outros órgãos
oficiosos a fazerem a apologia do Seixal e da formação benfiquista, inventar
para quê, com tantos pontos de distância a ferida obrigava a uma pequena sutura,
parecendo estarmos perante o Sporting Lisboa e Benfica. A mudança de paradigma
na luz, que decerto surpreenderia Thomas S. Kuhn, é muito conforme as luzes que
vão aparecendo nos sonhos ou em algumas visões noturnas, isto se ninguém ligar o quadro elétrico ou o sistema de irrigação.
O ano acabou bem para o Porto, sagrando-se campeão de
futebol, embora atravessado pelo pseudo tabu do agora anjinho Conceição, e após
uma ultrajante perseguição de que terá sido alvo este clube reconhecido pelo
seu fair play desportivo e alimentar, onde a fruta se revela um elemento preponderante
para o seu sistema digestivo.
O ano apenas acabou mal para o Sporting. Assim parece. Amorim
foi o único a dizer que foi um ano negativo, pese embora a ocorrência de um
pequeno milagre (sem componente religiosa) mais uma vez realizado. O Sporting
fez o mesmo número de pontos do ano anterior e isto com grande parte do ano a
jogar com o Paulinho como grande recuperador de jogo e o Pote com a cabeça no
final do arco-íris. E com dois títulos a tiracolo. Finalmente, o segundo lugar
parece-nos o primeiro dos últimos. E com alguns milhões a compor o ramalhete.
Talvez para o ano o Vinagre se transforme em vinho do bom. Entre outros. Para o
ano há mais.