Em Dezembro, José Eduardo Bettencourt (JEB) tinha concluído, segundo ele, a mudança organizacional tão desejada. Havia um Presidente (JEB), um Director-geral (Couceiro), um Director de Futebol (Costinha) e um treinador (Paulo Sérgio). As coisas foram andando e, de demissão em demissão, sobrou o Director-geral, que agora é treinador também.
O organigrama ficou mais simples e ficou como tinha que ficar. No futebol há um que manda e onze que jogam. Tudo o resto não conta (ou conta para tratar das trafulhices com os árbitros).
Em dois meses, passou-se de uma “Burocracia Mecanicista” para uma “Organização Autocrática”, sem passar pela casa de partida e receber 2.000$00, por força da prevalência da pressão exercida pelo vértice da estratégia para a centralização em detrimento da exercida pela tecnocracia para a estandardização. Mais, Mintzberg está disponível para vir já esta época, de preferência para treinador.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
Não sei o que diga
Não sei o que dizer. Ficam-me umas impressões soltas sobre mais esta catástrofe, agora contra o Nacional. Vamos a elas.
1. O entusiasmo nacionalista do locutor da Sportv. Já me tinham falado dos comentários dos jogos na televisão. Vejo os jogos num café suficientemente longe para não os ouvir. Hoje fiquei impressionado. No golo do Nacional o avançado está e permanece sempre em fora de jogo desde o início ao fim da jogada. O comentador diz que é uma jogada duvidosa. No lance entre o Mateus e o Torsiglieri, depois das imagens terem esclarecido que não tinha existido penalty nenhum, o locutor continua a ter dúvidas.
2. O Postiga é o máximo. É o dono da bola. Penalty assinalado; agarra imediatamente na bola e prepara-se para o marcar. Pouco importa se não o sabe fazer ou se está em campo o Matias, que é o marcador de serviço, e anda não falhou nenhum. Defesa fácil do guarda-redes, que só precisou de esperar que ele rematasse sem balanço, depois de ter feito um coreografia de dez minutos à Nureyev das Caxinas a cinco metros da bola. Passou a segunda parte com os bofes de fora e a desperdiçar oportunidades.
3. O Carriço é um fenómeno. Perde as bolas todas no corpo a corpo, qualquer que seja o adversário. Falha cortes inacreditáveis. Passa mais bolas aos adversários que aos colegas. Sob pressão é um autêntico susto.
4. Notou-se a ausência do Pedro Mendes. Falta no meio campo um jogador que sofra de gota e que, por isso, corra como quem está a pisar ovos. Em substituição pode sempre aparecer alguém que se mexa, prejudicando o esquema táctico.
5. Na primeira parte sobretudo, insistiu-se numa táctica inovadora, que precisa de ser mais treinada de tão boa que é. Colam-se dois avançados à linha lateral. Mesmo quando a bola está a ser jogada no lado contrário, continuam sempre junto à linha. Quando os laterais do seu lado avançam continuam por aí. Na maior parte das vezes, os dois jogadores, lateral e avançado, ficam do lado de fora a trocar passes de um para o outro em dois metros quadrados de terreno. Na grande área fica sozinho o Postiga, quando não vem também à lateral para participar nas tabelinhas.
6. Por fim, isto tem já o dedo do Couceiro. Mas essa é uma análise que deixo para outro dia.
1. O entusiasmo nacionalista do locutor da Sportv. Já me tinham falado dos comentários dos jogos na televisão. Vejo os jogos num café suficientemente longe para não os ouvir. Hoje fiquei impressionado. No golo do Nacional o avançado está e permanece sempre em fora de jogo desde o início ao fim da jogada. O comentador diz que é uma jogada duvidosa. No lance entre o Mateus e o Torsiglieri, depois das imagens terem esclarecido que não tinha existido penalty nenhum, o locutor continua a ter dúvidas.
2. O Postiga é o máximo. É o dono da bola. Penalty assinalado; agarra imediatamente na bola e prepara-se para o marcar. Pouco importa se não o sabe fazer ou se está em campo o Matias, que é o marcador de serviço, e anda não falhou nenhum. Defesa fácil do guarda-redes, que só precisou de esperar que ele rematasse sem balanço, depois de ter feito um coreografia de dez minutos à Nureyev das Caxinas a cinco metros da bola. Passou a segunda parte com os bofes de fora e a desperdiçar oportunidades.
3. O Carriço é um fenómeno. Perde as bolas todas no corpo a corpo, qualquer que seja o adversário. Falha cortes inacreditáveis. Passa mais bolas aos adversários que aos colegas. Sob pressão é um autêntico susto.
4. Notou-se a ausência do Pedro Mendes. Falta no meio campo um jogador que sofra de gota e que, por isso, corra como quem está a pisar ovos. Em substituição pode sempre aparecer alguém que se mexa, prejudicando o esquema táctico.
5. Na primeira parte sobretudo, insistiu-se numa táctica inovadora, que precisa de ser mais treinada de tão boa que é. Colam-se dois avançados à linha lateral. Mesmo quando a bola está a ser jogada no lado contrário, continuam sempre junto à linha. Quando os laterais do seu lado avançam continuam por aí. Na maior parte das vezes, os dois jogadores, lateral e avançado, ficam do lado de fora a trocar passes de um para o outro em dois metros quadrados de terreno. Na grande área fica sozinho o Postiga, quando não vem também à lateral para participar nas tabelinhas.
6. Por fim, isto tem já o dedo do Couceiro. Mas essa é uma análise que deixo para outro dia.
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Rui Monteiro
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sábado, 26 de fevereiro de 2011
Paulo Sérgio nos "Denver Broncos"?
De acordo com mais um telegrama da diplomacia americana online há pouco divulgado pela "Wikileaks", Paulo Sérgio, que hoje deixou o Sporting, poderá estar de malas feitas para treinar os "Denver Broncos" da NFL - "National Football League" dos Estados Unidos.
O Presidente dos Denver Broncos, Pat Bowlen, depois de vários meses de observação da equipa de futebol do Sporting concluiu que Paulo Sérgio poderá ser o homem certo para devolver os "Denver Broncos" às glórias do passado. Questionado pelo ILdL sobre a capacidade de adaptação de Paulo Sérgio ao novo mundo da NFL, Pat Bowlen foi peremptório: A versatilidade táctica de Paulo Sérgio é lendária e, na prática, os seus princípios de jogo – baseados, como se sabe, em fazer um jogador correr desenfreadamente sozinho com a bola ou no chutão para a frente para ganhar dez ou mais jardas - aproxima-se muito mais do futebol americano do que do seu congénere europeu. As tácticas ofensivas e defensivas do Sporting de Paulo Sérgio são, igualmente, muito semelhantes às tradicionais formações "Shotgun", "Unbalanced Flexbone" ou "Wingback" praticadas nos relvados da NFL. Acresce ainda que os jogos de futebol americano duram apenas 60 minutos com múltiplas interrupções o que parece também bastante mais adequado ao tipo de preparação física ministrado pelo Mister Paulo Sérgio.
O ILdL sabe, entretanto, que Paulo Sérgio poderá não viajar sozinho para Denver. Com efeito, além da corte de 18 adjuntos que agora passará a dispor em Denver, o ex-Treinador do Sporting poderá levar consigo quatro ases de trunfo do actual baralho leonino – Pedro Mendes, Maniche, Djáló e Postiga.
O popular ex-forcado afirmou à nossa reportagem que Pedro Mendes será a principal aposta para "Quarterback" (lançador) dos "Denver Broncos" – como se sabe, o cérebro das equipas de futebol americano que dita as tácticas em código morse e, depois, lança a bola em profundidade para os "Running Backs". Maniche, por seu lado, será o novo "Linebacker" – do tipo "strongside" - da equipa de Denver, jogador do meio campo defensivo que se posiciona perto da linha das escaramuças ("scrimmage") e que procura demolir, com os seus "tackles" e forte jogo de cintura, os pobres "Quarterback" e "Running backs" adversários.
Postiga, pela sua polivalência, tanto poderá jogar a "Wide Receiver" (Receptores- jogadores rápidos que se deslocam em rotas curtas e longas para receber ou corrigir passes), como a "Center" (jogador que começa cada jogada passando a bola por baixo das suas pernas para o "Quarterback", tentando, depois, provocar sistemáticos bloqueios ou "downs" no campo do adversário), constituindo, ainda, pela reconhecida precisão do seu remate às balizas de futebol americano, a opção prioritária da equipa para "Kicker" (jogador responsável por chutar os "field goals" e "Kick off"). Por fim, Djáló, com a sua portentosa combinação de velocidade, atletismo e força, tem tudo para ser um "Halfback" com H grande, desmarcando-se com rapidez, transportando a bola e... saindo com ela pela linha de fundo para mais um "touchdown"...
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Júlio Pereira
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Mais confiança ainda
No post anterior, afirmámos que, se o objectivo era fazer uma das temporadas mais lamentáveis de sempre, estávamos confiantes que o íamos conseguir. Depois do resultado de há pouco contra ao Glasgow Rangers, estamos mais confiantes ainda.
Penso, aliás, que estão reunidas as condições para sermos mais exigentes. Porque não mesmo efectuar uma temporada catastrófica? Força Paulo! Tu consegues!...
(Estava para fazer um trocadilho com a célebre frase do Groucho Marx, sobre a impossibilidade de se fazer parte de um clube que nos aceite como sócio, mas até isso não me apetece; não há ironia que resista a esta miséria)
Penso, aliás, que estão reunidas as condições para sermos mais exigentes. Porque não mesmo efectuar uma temporada catastrófica? Força Paulo! Tu consegues!...
(Estava para fazer um trocadilho com a célebre frase do Groucho Marx, sobre a impossibilidade de se fazer parte de um clube que nos aceite como sócio, mas até isso não me apetece; não há ironia que resista a esta miséria)
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Rui Monteiro
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Confiança
Hoje foi reiterada pela Direcção da SAD do Sporting a confiança em Paulo Sérgio. Por uma vez estou de acordo com ela. Se o objectivo era fazer um das temporadas mais lamentáveis de sempre, estamos confiantes que o vamos conseguir; mesmo que não jogue o Grimi.
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Rui Monteiro
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Não estamos sós no fogo do leão.
Tudo o que havia para dizer já foi dito.
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Sergio Barroso
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A bola, essa desmancha-prazeres
O que é que se pode dizer que não tenha sido dito? Ninguém treina aqueles jogadores a receber uma bola? Ninguém lhes ensina como é que devem atacar? Quem é que escolhe aqueles jogadores que não se mexem, todos pequenotes, que ao mínimo encosto perdem a bola? Como é que são treinados para ao fim de uma hora estarem, como sempre, com os bofes de fora? Vale a pena ter um treinador para isto? Vale a pena ter um director desportivo também?
Perdemos porque somos piores. Os do Benfica são melhores. Nem todos são melhores. Mas têm seis ou sete que sabem dominar uma bola, passá-la, fazer uma finta e rematar. Uma equipa que tem meia dúzia que sabe jogar à bola, pode ser uma equipa futebol.
Nós temos três que sabem jogar a bola. Os outros é conforme. Um joga porque é rápido. Outro porque tem o maior ordenado. Outro porque senão fica chateado. Outro porque foi a contratação de Inverno. Outro porque não temos alternativa. Mas saber jogar à bola, isso é que não.
Salvou-se o Torsiglieri e o Matias, enquanto teve pernas. Os outros foram esforçados, tentaram, correram, transpiraram. A bola é que atrapalha, e aquela mania de no futebol só ganhar a equipa que marca golos.
Também pagamos salário ao tipo com ar de porteiro de boite que falou na “flash interview”?
Perdemos porque somos piores. Os do Benfica são melhores. Nem todos são melhores. Mas têm seis ou sete que sabem dominar uma bola, passá-la, fazer uma finta e rematar. Uma equipa que tem meia dúzia que sabe jogar à bola, pode ser uma equipa futebol.
Nós temos três que sabem jogar a bola. Os outros é conforme. Um joga porque é rápido. Outro porque tem o maior ordenado. Outro porque senão fica chateado. Outro porque foi a contratação de Inverno. Outro porque não temos alternativa. Mas saber jogar à bola, isso é que não.
Salvou-se o Torsiglieri e o Matias, enquanto teve pernas. Os outros foram esforçados, tentaram, correram, transpiraram. A bola é que atrapalha, e aquela mania de no futebol só ganhar a equipa que marca golos.
Também pagamos salário ao tipo com ar de porteiro de boite que falou na “flash interview”?
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Rui Monteiro
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domingo, 20 de fevereiro de 2011
4ª proposta para o Programa do futuro Presidente do Sporting
Não pudemos continuar a ter comentadores insuspeitos como o Rita, o Manha ou o Santos a analisar os nossos jogos. Não pudemos ter o Carlos Manuel ou outro benfiquista encartado a comentar em directo os nossos jogos na Sportv. Não é porque são tendenciosos. Também não é só porque não percebem nada do assunto. É que têm cortes de cabelo que não se usam e gravatas que não dão com as camisas ou com os casacos.
Temos que ensinar o nosso treinador a falar nas conferências de imprensa. Tem que ir para lá com uma mensagem na cabeça e não para dizer o que lhe passa por ela, sobretudo quando ela é um imenso vazio.
Também sabemos que a imprensa desportiva é completamente isenta e independente. A sua imagem é tão isenta e independente que chega a passar o ano todo de cachecol e bandeirinha como se de um fervoroso adepto benfiquista se tratasse. É preciso ter outra relação com ela. Se não a conseguimos usar como o Benfica, há outros jornais, como os generalistas, que estão mais dispostos a isso. Não há investigação jornalística nem jornalismo sério. Há notícias plantadas e mais nada.
Os jogos e campeonatos decidem-se muito no espaço mediático. Ou sabemos jogar aí ou nada feito. Não se esqueçam disso quando andarem a negociar direitos televisivos ou a conceder autorizações aos jornalistas. E não se esqueçam de os convidar nas deslocações para as competições europeias. Eles gostam e tornam-se mais isentos ainda.
Temos que ensinar o nosso treinador a falar nas conferências de imprensa. Tem que ir para lá com uma mensagem na cabeça e não para dizer o que lhe passa por ela, sobretudo quando ela é um imenso vazio.
Também sabemos que a imprensa desportiva é completamente isenta e independente. A sua imagem é tão isenta e independente que chega a passar o ano todo de cachecol e bandeirinha como se de um fervoroso adepto benfiquista se tratasse. É preciso ter outra relação com ela. Se não a conseguimos usar como o Benfica, há outros jornais, como os generalistas, que estão mais dispostos a isso. Não há investigação jornalística nem jornalismo sério. Há notícias plantadas e mais nada.
Os jogos e campeonatos decidem-se muito no espaço mediático. Ou sabemos jogar aí ou nada feito. Não se esqueçam disso quando andarem a negociar direitos televisivos ou a conceder autorizações aos jornalistas. E não se esqueçam de os convidar nas deslocações para as competições europeias. Eles gostam e tornam-se mais isentos ainda.
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Rui Monteiro
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sábado, 19 de fevereiro de 2011
A festa foi bonita, pá!
A arrogância dos nossos vizinhos da Segunda Circular não pára de aumentar. Segunda-feira é para cumprir calendário.
Recordo o jogo da penúltima jornada da época 1985-86. O jogo, na Luz, também era uma formalidade. O título estava ganho. Mas esqueceram-se do Manuel Fernandes. Foi fatal.
Quando segunda-feira entrarmos em campo, será para, mais uma vez, lhes roubarmos o campeonato. O Paulo Sérgio será o nosso herói acidental. Não estará sentado no banco. Estará sentado aos ombros dos gigantes, desde presidentes, treinadores a jogadores, que fizeram do Sporting um dos maiores clubes do Mundo. Quando se está aos ombros de gigantes vê-se melhor e mais longe.
O Patrício será o Damas, o Polga o André Cruz e o Postiga, mesmo que seja por uma vez, o Manuel Fernandes. Nós estaremos lá para ver e dizer no fim: a festa foi bonita, pá!
Recordo o jogo da penúltima jornada da época 1985-86. O jogo, na Luz, também era uma formalidade. O título estava ganho. Mas esqueceram-se do Manuel Fernandes. Foi fatal.
Quando segunda-feira entrarmos em campo, será para, mais uma vez, lhes roubarmos o campeonato. O Paulo Sérgio será o nosso herói acidental. Não estará sentado no banco. Estará sentado aos ombros dos gigantes, desde presidentes, treinadores a jogadores, que fizeram do Sporting um dos maiores clubes do Mundo. Quando se está aos ombros de gigantes vê-se melhor e mais longe.
O Patrício será o Damas, o Polga o André Cruz e o Postiga, mesmo que seja por uma vez, o Manuel Fernandes. Nós estaremos lá para ver e dizer no fim: a festa foi bonita, pá!
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Rui Monteiro
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Judas e outros cabrões
[Roma não paga a traidores]
[Dar pérolas a porcos]
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Sergio Barroso
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Carlos Lopes, ou a Fibra de um Campeão!
Como diz o Rui Monteiro, o Moniz Pereira é, sem dúvida, o principal símbolo da fantástica escola de atletismo leonina que levou o nome do Sporting e de Portugal a todo o mundo. No entanto, no meu imaginário sportinguista, estará, para sempre, aquele beirão de Vildemoinhos das… 2h 9m 21s em LA… Aquela longa madrugada, a sucessiva eliminação de adversários directos através da manutenção de ritmos muito elevados, a angústia de adivinhar, contudo, que, caso os três na cabeça da corrida chegassem juntos à meta, tudo acabaria, como de costume, com mais uma triste “vitória moral”, aquele épico ataque (ia dizer, leonino…) do Km 38 para tentar mudar o curso da história, os adversários a ficarem, passo a passo, cada vez mais longe (mas seria suficiente para o sprint final?), a entrada no estádio e, por fim, a glória! Depois, o orgulho naquele sorriso emocionado, mas tranquilo, perante o hino. Ao nascer do dia, a luta, imagine-se, por ter aquele poster d’A Bola (acho que, por qualquer motivo, o Benfica não jogava nesse dia…)…
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Júlio Pereira
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
O meu ídolo
A propósito dos 90 anos do Prof. Mário Moniz Pereira, recuperei uma troca de e-mail com uns amigos meus há uns anos sobre metáforas desportivas.
Na altura, dizia que “o desporto por excelência é o atletismo. Gosto mais de futebol, mas não tenho dúvidas quanto a isso. O maior evento desportivo do Mundo é os Jogos Olímpicos, onde a modalidade de eleição é o atletismo. Bem, sabem o que quero dizer…. Se precisasse de escolher um símbolo de um Portugal que não se verga, escolheria o Prof. Mário Moniz Pereira. Lembrem-se do orgulho que sentiram quando os atletas formados por ele receberam as medalhas, ouviram tocar o hino e viram içar a bandeira”.
Força miúdo, o País e o Sporting nunca precisaram tanto de ti.
Na altura, dizia que “o desporto por excelência é o atletismo. Gosto mais de futebol, mas não tenho dúvidas quanto a isso. O maior evento desportivo do Mundo é os Jogos Olímpicos, onde a modalidade de eleição é o atletismo. Bem, sabem o que quero dizer…. Se precisasse de escolher um símbolo de um Portugal que não se verga, escolheria o Prof. Mário Moniz Pereira. Lembrem-se do orgulho que sentiram quando os atletas formados por ele receberam as medalhas, ouviram tocar o hino e viram içar a bandeira”.
Força miúdo, o País e o Sporting nunca precisaram tanto de ti.
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Rui Monteiro
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02:50
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domingo, 13 de fevereiro de 2011
Almanaque do Melhor Clube do Mundo
[12 de Fevereiro de 2011. Sporting vence pela 16ª vez o Campeonato Nacional de Clubes em Pista Coberta]
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Sergio Barroso
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22:00
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Outra coisa qualquer
Qualquer jogo sem regras não é um jogo. Pode ser uma coisa parecida. Jogo é que não é. O que aconteceu ontem foi isso mesmo. Assistimos a uma coisa parecida com um jogo de futebol, mas que não é um jogo.
Discutir uma coisa parecida com um jogo de futebol como se de um verdadeiro jogo de futebol se tratasse é um erro e um erro muito grave. Foi o que fez a nossa comunicação social hoje. É que ao discutirmos as coisas nesses termos estamos a negar o próprio jogo e o futebol. Um jogo de futebol não é um jogo de miúdos na rua em que o árbitro é o dono da bola.
Dizem que o nosso treinador estava nervoso. Como é que acham que ele deveria estar? Perante o que passou ontem, o Mourinho, o Jesus, o Villas-Boas ou o Guardiola agiriam de maneira diferente? Claro que não. A diferença é que ao outro dia não se estava a discutir o jogo mas isso mesmo.
Gosto muito do Sporting, mas gosto ainda mais de futebol. Não me peçam para ver futebol quando o que me oferecem é outra coisa qualquer.
Discutir uma coisa parecida com um jogo de futebol como se de um verdadeiro jogo de futebol se tratasse é um erro e um erro muito grave. Foi o que fez a nossa comunicação social hoje. É que ao discutirmos as coisas nesses termos estamos a negar o próprio jogo e o futebol. Um jogo de futebol não é um jogo de miúdos na rua em que o árbitro é o dono da bola.
Dizem que o nosso treinador estava nervoso. Como é que acham que ele deveria estar? Perante o que passou ontem, o Mourinho, o Jesus, o Villas-Boas ou o Guardiola agiriam de maneira diferente? Claro que não. A diferença é que ao outro dia não se estava a discutir o jogo mas isso mesmo.
Gosto muito do Sporting, mas gosto ainda mais de futebol. Não me peçam para ver futebol quando o que me oferecem é outra coisa qualquer.
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Rui Monteiro
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sábado, 12 de fevereiro de 2011
Delinquente
Podíamos falar dos jogadores, das jogadas, dos golos, dos falhanços. Podíamos falar do treinador, da Direcção e por aí fora.
Mas hoje só aconteceu uma única coisa no jogo contra o Olhanense. A total e mais absoluta falta de respeito do árbitro relativamente a uma instituição centenária que muito tem feito pelo país. A total e mais absoluta falta de respeito pelos sócios e simpatizantes do Sporting. A total e mais absoluta falta de respeito pelos jogadores e treinadores. A total e mais absoluta falta de respeito pela lei. A total e mais absoluta falta de respeito pelo futebol.
Este senhor cometeu um crime à frente de milhões de espectadores. Cometeu um crime do qual vai sair impune como sempre. O tipo de crime que o levou a internacional.
Não sei quem virá a ser a próxima Direcção do Sporting. Só espero dela uma única coisa. Que nunca mais permita uma arbitragem como a de hoje. Um árbitro serve para aplicar as leis do jogo. Não pode ser ele próprio um delinquente. Quem assim é não pode continuar a arbitrar.
Manifesto aqui a minha mais completa solidariedade para com o treinador e jogadores do Sporting.
Mas hoje só aconteceu uma única coisa no jogo contra o Olhanense. A total e mais absoluta falta de respeito do árbitro relativamente a uma instituição centenária que muito tem feito pelo país. A total e mais absoluta falta de respeito pelos sócios e simpatizantes do Sporting. A total e mais absoluta falta de respeito pelos jogadores e treinadores. A total e mais absoluta falta de respeito pela lei. A total e mais absoluta falta de respeito pelo futebol.
Este senhor cometeu um crime à frente de milhões de espectadores. Cometeu um crime do qual vai sair impune como sempre. O tipo de crime que o levou a internacional.
Não sei quem virá a ser a próxima Direcção do Sporting. Só espero dela uma única coisa. Que nunca mais permita uma arbitragem como a de hoje. Um árbitro serve para aplicar as leis do jogo. Não pode ser ele próprio um delinquente. Quem assim é não pode continuar a arbitrar.
Manifesto aqui a minha mais completa solidariedade para com o treinador e jogadores do Sporting.
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Rui Monteiro
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23:38
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Procura-se fundo para vaga de fundo que tire o Sporting do fundo...
Português, com (cada vez) mais de 35 anos, no gozo pleno dos seus direitos cívicos, com a saúde mental possível depois de ter frequentado o curso de deformação profissional FORGET – Programa de Futebolização Orientada por Gestores, Empresários e Treinadores, membro da Associação de veteranos politraumatizados das guerras de avaliação por objectivos, sem bolsa mas com conhecimento de valores, procura parceria de fundo para relacionamento sério. Aaah, sim, não sei se interessa, mas… nasci em Angola e, melhor, muito melhor, tenho ”dos Santos” no meu nome…
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Júlio Pereira
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12:42
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Parabéns, Prof. Moniz Pereira.
Sócio nº2 do Sporting Clube de Portugal e dos que mais tem feito para honrar o sonho de José de Alvalade: "Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa.”
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Sergio Barroso
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Costinha
Muita gente me tem pedido para escrever sobre o Costinha. Não sei bem o que dizer. O único Costinha que lembro é de um que jogava no Porto a trinco. Era um excelente jogador. Foi campeão nacional e europeu com o Mourinho. Ajudou-nos muito, na Selecção Nacional, no Euro 2004 e no Campeonato do Mundo de 2006.
Tanto quanto me lembro, saiu do Porto e foi para o Dínamo de Moscovo. Andou, depois, por uns clubes italianos. Depois disso, nunca mais ouvi falar dele. Fica-me a recordação do golo que marcou no final do jogo contra o Manchester United que valeu o apuramento para as meias-finais da Liga de Campeões que o Porto ganhou. Grande jogador. Que pena que em vez do Porto não tenha jogado no Sporting.
Tanto quanto me lembro, saiu do Porto e foi para o Dínamo de Moscovo. Andou, depois, por uns clubes italianos. Depois disso, nunca mais ouvi falar dele. Fica-me a recordação do golo que marcou no final do jogo contra o Manchester United que valeu o apuramento para as meias-finais da Liga de Campeões que o Porto ganhou. Grande jogador. Que pena que em vez do Porto não tenha jogado no Sporting.
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Rui Monteiro
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Capítulo V, Secção II, Artigo 55º "O Presidente da Mesa da Assembleia Geral é a entidade mais representativa do Clube"
Dias Ferreira encontrou um filão. Faz-de-conta que se candidata a Presidente da Direcção e depois é convidado para ser candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral por outra lista qualquer. Em limite, se isso não acontecer, sempre arranja espaço para ser eleito para o Conselho Leonino. Funcionou há dois anos, mas não quer dizer que funcione sempre. Até porque, lá diz o povo, "na primeira todos caem, na segunda só cai quem quer". Não tenho uma ideia maniqueísta do associativismo, muito menos no Sporting. Não me parece que exista sempre um bando de malfeitores com interesses obscuros a tentar tomar o poder de um clube. Exceptuando Vale e Azevedo (mas num clube de delinquentes é normal que assim seja), não há assim tanto crime que alimente este imaginário. Em qualquer caso, numa perspectiva "Wharholiana", Dias Ferreira já teve os seus 15 minutos. O meu eterno Presidente da Assembleia Geral será sempre Miguel Galvão Teles: a voz rouca (seria de gritar?), o cigarro (seria dos nervos?) e o ar de quem pode ter um ataque cardíaco a qualquer momento (seria do que a equipa joga?) cumpre na plenitude o meu imaginário de adepto Sportinguista. Hoje mais do que nunca.
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Sergio Barroso
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Sitting on the fence
O Sérgio Barroso interpela-nos, aqui, com a sua habitual inteligência. Apesar de tudo existem uns tantos sofismas. Vamos seguir o “road map” dele.
[Bem vendido ou mal vendido?]
É verdade que não se criaram alternativas ao Liedson. E uma coisa que não faltou foi tempo. A importância que o Liedson teve na equipa durante tanto tempo até para ele pode ter sido contraproducente. Alguns dos comportamentos nele que merecem mais censura talvez resultem da sua excessiva importância. Um clube como o Sporting não pode depender tanto de um só jogador. A culpa de quem foi? Das sucessivas presidências que nunca conseguiram encontrar alternativas nem, sequer, um outro jogador que pudesse jogar com ele na frente (com excepção do Derlei). Agora, nesta altura foi mal vendido? Claro que foi. O Liedson era a última esperança (cada vez mais derradeira, admito), e essa é que provoca maior dor quando morre. Quanto mais cairmos esta época pior será para a próxima.
[Impensável]
O mais de acordo possível. Se tínhamos dúvidas sobre a fraqueza do personagem, agora não ficaram dúvidas. Não percebo é o alerta sobre a resistência a certas pressões. Todas as profissões as têm. Esta de Presidente de clube de futebol tem-nas também, embora, de facto, se exprimam de forma particularmente agressiva. Mas se quem opta por a exercer não tem isso em conta, então, também não se percebe como é que se candidata e, mais, como é que pode ser bom gestor. Saber gerir passa por compreender o contexto onde se gere. Também distingo o Bettencourt do Roquette ou do Dias da Cunha. O primeiro, como diz o Júlio Pereira, é um empregado bancário (agora é que passaram a ter nomes pomposos) a brincar ao quem quer ser milionário. Os outros são empresários e grandes capitalistas. As suas relações com a banca relevam também dessas suas características específicas. Mais, o Roquette tinha uma visão. Um dia destes discutirmos essa visão e como ela, do meu ponto de vista, falhou. O Bettencourt não tem visão nenhuma. É um tonto.
[Cadê os títulos?]
Ó Sérgio, essa de comparares o Liedson ao Jorge Cadete não lembra ao diabo. A diferença entre os dois é que para o segundo a bola atrapalhava. O Jardel é um caso à parte. Provavelmente, foi um dos melhores avançados de sempre. Coloco o Acosta ao nível do Liedson. Qualquer um deles, bastava estar em campo para termos esperança que alguma coisa pudesse acontecer. Quanto ao comportamento, estou em parte de acordo. Mas também ainda está para aparecer o tal jogador exemplar. Todos os anos, em todos os clubes, há problemas com os mais diversos jogadores. A maior parte das vezes são os melhores que mais problemas provocam. O problema dos títulos é mais complicado, mas respondo mais à frente.
[Paulo Sérgio? Forever!]
Não estou nada de acordo no que respeita ao Paulo Bento. Na primeira época, depois de uma recuperação espectacular, chegámos ao jogo decisivo em Alvalade a três pontos do Porto. Esse jogo foi muito equilibrado. Perdemos por um a zero, com golo de Jorginho na parte final do jogo. Só que já ninguém se lembra da brutal agressão do Quaresma que o árbitro perdoou. O Co Adriensen tirou-o logo. É que é nestes detalhes que se decidem os campeonatos. O segundo campeonato foi uma autêntica fraude. Disputámo-lo até ao último jogo (estávamos em primeiro lugar no intervalo do último jogo) e perdemo-lo com a mão do Ronny e outras habilidades. No terceiro levámos uma abada. No quarto, fizemos uma segunda volta irrepreensível, só que o Porto não quebrou. E não quebrou com as ajudas do costume. Enfim, em quatro épocas, só não ganhámos pelo menos um campeonato porque prevalece a vigarice. Em três deles, disputámo-los até ao fim e o Porto não teve a tarefa facilitada da nossa parte. Agora, não é por acaso que nas três épocas em que vigorou o sorteio puro e simples dos árbitros ganhámos dois campeonatos. Mas isso é trabalho para os nossos dirigentes, que são demasiado finos para andarem nos roteiros da carne assada. Quanto ao Paulo Sérgio, estamos no autêntico “dilema do prisioneiro”. Agora só estamos porque o contratámos e, depois disso, não o soubemos despedir ao fim de meia dúzia de jogos. A culpa foi do Bettencourt e sobre isso ninguém tem dúvidas.
[Bem vendido ou mal vendido?]
É verdade que não se criaram alternativas ao Liedson. E uma coisa que não faltou foi tempo. A importância que o Liedson teve na equipa durante tanto tempo até para ele pode ter sido contraproducente. Alguns dos comportamentos nele que merecem mais censura talvez resultem da sua excessiva importância. Um clube como o Sporting não pode depender tanto de um só jogador. A culpa de quem foi? Das sucessivas presidências que nunca conseguiram encontrar alternativas nem, sequer, um outro jogador que pudesse jogar com ele na frente (com excepção do Derlei). Agora, nesta altura foi mal vendido? Claro que foi. O Liedson era a última esperança (cada vez mais derradeira, admito), e essa é que provoca maior dor quando morre. Quanto mais cairmos esta época pior será para a próxima.
[Impensável]
O mais de acordo possível. Se tínhamos dúvidas sobre a fraqueza do personagem, agora não ficaram dúvidas. Não percebo é o alerta sobre a resistência a certas pressões. Todas as profissões as têm. Esta de Presidente de clube de futebol tem-nas também, embora, de facto, se exprimam de forma particularmente agressiva. Mas se quem opta por a exercer não tem isso em conta, então, também não se percebe como é que se candidata e, mais, como é que pode ser bom gestor. Saber gerir passa por compreender o contexto onde se gere. Também distingo o Bettencourt do Roquette ou do Dias da Cunha. O primeiro, como diz o Júlio Pereira, é um empregado bancário (agora é que passaram a ter nomes pomposos) a brincar ao quem quer ser milionário. Os outros são empresários e grandes capitalistas. As suas relações com a banca relevam também dessas suas características específicas. Mais, o Roquette tinha uma visão. Um dia destes discutirmos essa visão e como ela, do meu ponto de vista, falhou. O Bettencourt não tem visão nenhuma. É um tonto.
[Cadê os títulos?]
Ó Sérgio, essa de comparares o Liedson ao Jorge Cadete não lembra ao diabo. A diferença entre os dois é que para o segundo a bola atrapalhava. O Jardel é um caso à parte. Provavelmente, foi um dos melhores avançados de sempre. Coloco o Acosta ao nível do Liedson. Qualquer um deles, bastava estar em campo para termos esperança que alguma coisa pudesse acontecer. Quanto ao comportamento, estou em parte de acordo. Mas também ainda está para aparecer o tal jogador exemplar. Todos os anos, em todos os clubes, há problemas com os mais diversos jogadores. A maior parte das vezes são os melhores que mais problemas provocam. O problema dos títulos é mais complicado, mas respondo mais à frente.
[Paulo Sérgio? Forever!]
Não estou nada de acordo no que respeita ao Paulo Bento. Na primeira época, depois de uma recuperação espectacular, chegámos ao jogo decisivo em Alvalade a três pontos do Porto. Esse jogo foi muito equilibrado. Perdemos por um a zero, com golo de Jorginho na parte final do jogo. Só que já ninguém se lembra da brutal agressão do Quaresma que o árbitro perdoou. O Co Adriensen tirou-o logo. É que é nestes detalhes que se decidem os campeonatos. O segundo campeonato foi uma autêntica fraude. Disputámo-lo até ao último jogo (estávamos em primeiro lugar no intervalo do último jogo) e perdemo-lo com a mão do Ronny e outras habilidades. No terceiro levámos uma abada. No quarto, fizemos uma segunda volta irrepreensível, só que o Porto não quebrou. E não quebrou com as ajudas do costume. Enfim, em quatro épocas, só não ganhámos pelo menos um campeonato porque prevalece a vigarice. Em três deles, disputámo-los até ao fim e o Porto não teve a tarefa facilitada da nossa parte. Agora, não é por acaso que nas três épocas em que vigorou o sorteio puro e simples dos árbitros ganhámos dois campeonatos. Mas isso é trabalho para os nossos dirigentes, que são demasiado finos para andarem nos roteiros da carne assada. Quanto ao Paulo Sérgio, estamos no autêntico “dilema do prisioneiro”. Agora só estamos porque o contratámos e, depois disso, não o soubemos despedir ao fim de meia dúzia de jogos. A culpa foi do Bettencourt e sobre isso ninguém tem dúvidas.
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Rui Monteiro
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13:53
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Casa onde não há pão...
É nestas ocasiões que a expressão "perder uma oportunidade para estar calado" se aplica na perfeição.
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Sergio Barroso
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22:49
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domingo, 6 de fevereiro de 2011
No fim da linha
[Bem vendido ou mal vendido?]
Se o Sporting tivesse uma equipa competitiva a jogar para o título, Liedson era somente mais um suplente. Um “Pippo Inzaghi” muito melhor que o Nuno Gomes, o que também não é difícil. Nesse caso, vender um suplente por 2 milhões com um vencimento elevado e com trinta e pouco anos é sempre um bom negócio. Só que o Sporting não tem essa equipa, nem tão pouco tem outro avançado com idênticos níveis de eficácia (mesmo que cada vez mais baixos). Ou seja, o que num contexto de boa gestão era uma decisão acertada tornou-se, à luz dos factos, numa decisão errada. Mas quem responde por esta decisão? O desertor?
[Impensável]
A saída de Bettencourt em pleno período de transferências é imperdoável e de uma irresponsabilidade incompatível com a sua reconhecida competência enquanto gestor. As implicações da sua saída repentina são evidentes: acabou com a escassa credibilidade financeira do Sporting. Veja-se, por exemplo, que teve de ser o Marítimo a salvar a honra leonina no caso Kleber. Com a sua demissão colocou a SAD numa situação de total incapacidade para responder à perda de um jogador vital. Agradou aos do “quanto-pior-melhor” da dita “oposição”, satisfez o imaginário infantil das claques que pensam ter alguma influência nas decisões de gestão do Sporting, e deixa um clube à deriva e sem qualquer linha de comando durante o que resta deste mês e meio “decisivo”. Deste facto fica uma lição para os próximos candidatos: gerir o Sporting não implica somente ter boas competências de gestão financeira ou desportiva, implica saber resistir à pressão, ao insulto e à vulgaridade. Roquette não resistiu, Dia da Cunha não resistiu e Bettencourt também não. Diga-se, como reconhecimento, que os dois primeiros também nunca foram vulgares.
[Cadê os títulos?]
Liedson valeu pelos golos (cada vez menos) e pelo incansável empenho em campo. Mas para um juízo pleno não nos esqueçamos das cenas com Paulo Bento e com Sá Pinto e das prolongadas férias de Natal no Brasil. Foi o melhor avançado do Sporting num período que não ficará na história (se a história valorizar os grandes títulos). Ou seja, de uma forma muito realista, esteve ao nível de Cascavel e de Jorge Cadete. Acosta e Jardel foram outra coisa. Em limite, talvez não tenha tido sorte com os colegas.
[Paulo Sérgio? Forever!]
Não fosse a criação da Taça da Liga e a Liga Europa ter um formato menos competitivo até Dezembro do que a Taça UEFA e já Paulo Sérgio não treinava o Sporting. Era inevitável. Tal como Paulo Bento beneficiou do 2º lugar ter sido sobrevalorizado por permitir o acesso à Liga dos Campeões, Paul Sérgio tem tido a seu favor um contexto competitivo “facilitador”, ao mesmo tempo que lhe vão depauperando o plantel. E nisto, só conseguiu chegar a meados de Fevereiro ainda a treinar o Sporting porque está apoiado no pressuposto – totalmente remoto – de ainda poder ganhar alguma coisa. Mas aqui chegados, para que serve a velha “chicotada psicológica”? Aqui chegados, sem presidente e em período eleitoral, quem é que tem legitimidade para o demitir? Quem é que assume responsabilidade das contrapartidas financeiras de um despedimento? Quem é que assume a escolha de um treinador até Maio? E quem é o treinador que consegue mudar o rumo das coisas em cima dos acontecimentos? E que grande treinador vem treinar por apenas 2 meses? Amarrados que estamos a Paulo Sérgio, resta saber se os tais “melhores adeptos do Mundo”, conseguem ser “os mais inteligentes”. A ver por Sexta-Feira vai ser difícil. A desesperança e a frustração nunca foram condições propicias à lucidez.
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Sergio Barroso
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19:02
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Deus perdoa, mas Liedson não!
Gosto muito de te ver, Levezinho
Jogando sob o sol
Gosto muito de você, Levezinho
Para desentristecer, Levezinho,
O meu coração tão só,
Basta ver você jogar sozinho…
Um exemplo de leão, raio da manhã;
Arrastando o meu olhar como um ímã...
O meu coração é verde, pai de toda cor;
Quando você joga, afasta qualquer dor...
Papá, eu não queria que o Liedson saísse do Sporting – choramingava, ontem, no final do jogo, o meu filhote João com os seus lindos olhos marejados em lágrimas. Porque é que ele vai sair do Sporting, papá? E, agora, quem é o melhor jogador do Sporting? – insistiu ele.
Bem, isto quer dizer que o João, actualmente com sete anos, ainda tem sentimentos fortes pelo Sporting. O que não é fácil, convenhamos, por ser o único sportinguista de uma turma pejada de admiradores do Hulk, Falcão e Fábio Coentrão. E, claro, ainda por cima, numa fase negra marcada pelos sucessivos fracassos leoninos, em particular, nas duas últimas épocas. Porém, isto também quer dizer que o João, a quem desde muito cedo ensinei a ter como referências leoninas o João Moutinho, o Tonel e, acima de todos, o Liedson, ficou, a partir de ontem, sem o seu único grande contra-argumento nas habituais discussões futebolísticas na escola…
Confesso que quando Liedson chegou ao Sporting, eu desconfiei – hum, 1,72 m e com um físico que parecia que tinha vindo directamente do Biafra, hum, cheirava-me a mais um barrete. Depois, Fernando Santos demorou a colocar Liedson a jogar. Teve que ser o empresário Veloz a vir dizer publicamente que Fernando Santos era um pouco lento, para que o Engenheiro do Tenta, perdão, Penta, lá se decidisse a pôr Liedson em campo. A primeira vez que vi Liedson jogar foi num desafio nas Antas em que perdemos 4- 1 contra o Porto. Liedson entrou, tanto quanto me recordo, já com 3-0 ou 3-1, criou um lance de perigo, mas rematou fraquíssimo para uma defesa fácil de Baía. Mau, mau, as minhas suspeitas pareciam confirmar-se – o homem nem tinha força para rematar…
Nesse mesmo dia, decidi investigar melhor as características do jogador na net e encontrei estas duas pérolas de Armando Nogueira, porventura, o melhor cronista desportivo brasileiro de sempre:
- “Liedson. Qual seria a virtude maior dêsse franzino jogador que, de atleta não tem nada? Liedson é, na aparência, a própria fragilidade. Acontece que, no confronto com os zagueiros, ele assume um ar quase insubstancial. Só assim se explica a rapidez de raio com que ele gira o corpo. Num átimo, ele está, não só diante das traves, mas adiante do marcador. Não existe, hoje, no futebol brasileiro, um jogador com tamanha capacidade de trocar de posição com o zagueiro. Some-se a essa prodigiosa qualidade um faro de gol que faz dele um artilheiro irresistível.
- Liedson é outra conversa: ele alveja o gol de lança curta. É súbito como uma faísca. É devastador como um raio. Liedson é um magricela com ar de infância sofrida. Se você o encontrar na rua, sem jamais tê-lo visto jogar, nem de longe imaginará que está diante de um implacável goleador. Um craque do gol. No jogo do Corinthians com o Vitória, domingo passado, ele fez um giro de 180 graus numa fração de segundo. O zagueiro do Vitória mal teve tempo de agarrá-lo pela camisa. O Leivinha, comentando no Sportv, exaltava a assombrosa agilidade de Liedson que, ao receber a bola de costas, na grande área, faz uma repentina rotação de corpo, contorna o marcador e fica de frente para as traves, em perfeita condição de fazer o gol. Sem falar da impulsão e do senso de ocasião com que faz um gol de cabeça, antecipando-se aos varapaus da defesa rival. Numa fábula, Liedson representaria muito bem o papel da raposa, animal assim definido no Dicionário de Símbolos: activo, inventivo, inquieto, astucioso e, ao mesmo tempo, destruidor. Ele fez quatro gols no Vitória, domingo. Acontece que a raposa é, também, símbolo de fertilidade”...
Felizmente, Mestre Armando Nogueira é que tinha razão e o resto da história vocês já conhecem. … Enfim, para desentristecer o João e atenuar as saudades do Levezinho, decidi, então, fazer uma busca no Youtube e mostrar-lhe momentos inesquecíveis da sua passagem pelo Sporting. Golos, claro, muitos golos e mais golos, com que o Levezinho nos resolveu inúmeros jogos - “Deus perdoa, mas Liedson não!”. Depois, o João, já mais animado, disse-me: Deixa lá papá, na minha PSP, nunca vou deixar o Liedson sair do Sporting! Pois... Obrigado, Liedson!
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Júlio Pereira
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00:50
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
As lágrimas por Liedson
As lágrimas da senhora com um leão de peluche às cavalitas, da menina com uma camisola do Sporting ou do adepto que tira uma última fotografia ao Liedson são mais do que aquelas que se derramam numa despedida.
O Liedson sai, mas os seus golos permanecerão para sempre nas nossas memórias enquanto formos vivos. Daqui a alguns anos ainda nos lembraremos da forma como calou a Luz ao contornar o Luisão, como se de um bidão se tratasse, e marcar o segundo golo e ao deixar no chão o Moreto e marcar o terceiro. Aquele dedo espetado na boca fica para sempre. Nós sabíamos, os colegas sabiam, os adversários sabiam que, com ele em campo, podia acontecer sempre alguma coisa, muitas vezes a partir do nada.
Mas aquelas lágrimas que vi na televisão são demasiado amargas. São lágrimas de quem tem saudade do que foi. São lágrimas por um passado que não volta mais. São lágrimas pelo orgulho que se sentiu por ser do Sporting e o dizer, na rua, no trabalho, no café.
O jogo, bem, o jogo já não interessa. Sofremos três golos ridículos e marcamos outros três a partir do acaso, uma especialidade do Liedson.
Despedir o treinador? Para quê? Alguém consegue pegar naqueles jogadores e levá-los a acreditar de novo? Deitámos a toalha ao chão. Provavelmente há muito tempo. Da vergonha já não nos livramos.
O Liedson sai, mas os seus golos permanecerão para sempre nas nossas memórias enquanto formos vivos. Daqui a alguns anos ainda nos lembraremos da forma como calou a Luz ao contornar o Luisão, como se de um bidão se tratasse, e marcar o segundo golo e ao deixar no chão o Moreto e marcar o terceiro. Aquele dedo espetado na boca fica para sempre. Nós sabíamos, os colegas sabiam, os adversários sabiam que, com ele em campo, podia acontecer sempre alguma coisa, muitas vezes a partir do nada.
Mas aquelas lágrimas que vi na televisão são demasiado amargas. São lágrimas de quem tem saudade do que foi. São lágrimas por um passado que não volta mais. São lágrimas pelo orgulho que se sentiu por ser do Sporting e o dizer, na rua, no trabalho, no café.
O jogo, bem, o jogo já não interessa. Sofremos três golos ridículos e marcamos outros três a partir do acaso, uma especialidade do Liedson.
Despedir o treinador? Para quê? Alguém consegue pegar naqueles jogadores e levá-los a acreditar de novo? Deitámos a toalha ao chão. Provavelmente há muito tempo. Da vergonha já não nos livramos.
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Rui Monteiro
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23:47
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Idiotas úteis
A falhada contratação do Kléber é muito reveladora. O Sporting sabia (ou devia saber) que o jogador estava há muito contratado pelo Porto. Acabou por fazer o papel de idiota útil. Não se sabe bem para quem, se para o Marítimo, se para o Benfica.
Ficou-se a saber que a proposta do Sporting era superior à do Porto. Se este mercado fosse concorrencial e transparente a transferência tinha-se concretizado. Não se tendo concretizado, levantam-se as maiores suspeitas. No futebol existem umas comissões pagas a empresários (e a outros agentes estranhos como esses) de valores incomensuráveis, que nunca se percebe a justificação. Efectuam-se aquisições de autênticos pernetas por valores estrambólicos, que são incompreensíveis quando se sabe que actuam neste mercado agentes muito bem informados.
Tudo isto tresanda a “slush funds” por todo o lado. E, aqui, não há inocentes. Pode tudo isto ser infundado, mas, numa economia de mercado, estas coisas investigam-se; têm que se investigar. Qualquer mercado só funciona se existir confiança. Sem confiança não há mercado. Pode existir uma coisa parecida, mas mercado é que não é.
Se a Liga servisse para qualquer coisa asseguraria, como a UEFA pretende assegurar, “fair play” financeiro. Mas não se espera que daí venha nada. Estão entretidos com o Madaíl e a aviar árbitros por encomenda. O que não se compreende é que a CMVM não faça nada.
Ficou-se a saber que a proposta do Sporting era superior à do Porto. Se este mercado fosse concorrencial e transparente a transferência tinha-se concretizado. Não se tendo concretizado, levantam-se as maiores suspeitas. No futebol existem umas comissões pagas a empresários (e a outros agentes estranhos como esses) de valores incomensuráveis, que nunca se percebe a justificação. Efectuam-se aquisições de autênticos pernetas por valores estrambólicos, que são incompreensíveis quando se sabe que actuam neste mercado agentes muito bem informados.
Tudo isto tresanda a “slush funds” por todo o lado. E, aqui, não há inocentes. Pode tudo isto ser infundado, mas, numa economia de mercado, estas coisas investigam-se; têm que se investigar. Qualquer mercado só funciona se existir confiança. Sem confiança não há mercado. Pode existir uma coisa parecida, mas mercado é que não é.
Se a Liga servisse para qualquer coisa asseguraria, como a UEFA pretende assegurar, “fair play” financeiro. Mas não se espera que daí venha nada. Estão entretidos com o Madaíl e a aviar árbitros por encomenda. O que não se compreende é que a CMVM não faça nada.
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Rui Monteiro
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Da solução ao problema, o descontrutivismo de Couceiro
A conferência de imprensa de anteontem do Director Geral Couceiro foi completamente esclarecedora. Referiu que a venda do Liedson resolveu um problema. O único problema que reconheço resulta do facto de durante sete épocas e meia não termos arranjado uma alternativa tão boa ou melhor. O problema não é o Liedson não ser hoje o que era. O problema é, mesmo assim, continuar a ser o melhor jogador do Sporting.
Esperava-se que se encontrasse uma solução para o problema de termos vendido o nosso melhor atacante. Em vez de nos oferecerem a solução ofereceram-nos desculpas. Apesar de tudo registou-se um avanço. A culpa não é do Sócrates, da senhora Merkel ou do FMI; a culpa é de um obscuro presidente do Atlético Mineiro. Paga-se a um Director Geral para resolver problemas e não para nos explicar porque é que os não resolve.
Esta é a famosa abordagem não do problema à solução mas da solução ao problema. O Liedson continuava a ser a principal solução para os nossos problemas atacantes. No entanto, identificámo-lo como um problema. Identificado o problema, resolvemo-lo, vendendo-o. Descobrimos, depois dessa venda, que passávamos a ter, agora sim, um verdadeiro problema; problema para o qual não encontrámos solução.
Esperava-se que se encontrasse uma solução para o problema de termos vendido o nosso melhor atacante. Em vez de nos oferecerem a solução ofereceram-nos desculpas. Apesar de tudo registou-se um avanço. A culpa não é do Sócrates, da senhora Merkel ou do FMI; a culpa é de um obscuro presidente do Atlético Mineiro. Paga-se a um Director Geral para resolver problemas e não para nos explicar porque é que os não resolve.
Esta é a famosa abordagem não do problema à solução mas da solução ao problema. O Liedson continuava a ser a principal solução para os nossos problemas atacantes. No entanto, identificámo-lo como um problema. Identificado o problema, resolvemo-lo, vendendo-o. Descobrimos, depois dessa venda, que passávamos a ter, agora sim, um verdadeiro problema; problema para o qual não encontrámos solução.
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Rui Monteiro
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00:03
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Bettencourt, Couceiro & Costinha: Como obrigar um trio de amadores a ser notáveis Dirigentes leoninos? (*)
- Respondam lá, homens de estreita fé: Não sendo talentos espontâneos, mas estando presos por um leonino contrato, não se obrigam Suas Exªs Bettencourt, Couceiro ou Costinha a ser notáveis Dirigentes leoninos?
Pudera! Suas Exªs estão presos por um contrato! Podiam Suas Exªs ser espíritos ligeiros, podiam não ter a mínima ideia do que é ser um dirigente de um clube de futebol, podiam não ter qualquer outra habilitação ou aptidão senão saber dar uns chutos numa bola, ou nem sequer isso, nós estaríamos, ainda assim, descansados. Suas Exªs obrigaram-se por leonino contrato a ser notáveis dirigentes leoninos; suas Exªs são homens honrados; suas Exªs serão notáveis dirigentes leoninos. Acreditamos em Suas Exªs. Conhecemo-los. Se, por exemplo, tivéssemos contratado com o Sr. Bettencourt que, por 30 mil Euros mensais, seria um defesa direito melhor que o Abel, temos a inteira certeza que Sua Exª, trabalharia, treinaria e lutaria sob as sábias orientações do Mister Paulo Sérgio, mas seria um defesa direito melhor que o Abel. Se Suas Exªs tivessem sido contratados para ser candeeiros do Rossio, Suas Exªs cumpririam com valor o seu contrato, e seriam nobres candeeiros do Rossio!
A fé jurídica não admite conciliações. Sim, sempre quereríamos ver agora, que Suas Exªs se atrevessem a não ser notáveis dirigentes leoninos! Em Portugal, parecendo que não, há tribunais! Seguiríamos o trabalho de Suas Exªs, acto por acto, decisão por decisão, e quando Suas Exªs não fossem notáveis, remeteríamos, de imediato, o caso à Boa Hora.
É assim! O contrato não foi escrito e registado para que o Sporting tenha dirigentes medíocres. Que os Senhores Bettencourt, Couceiro e Costinha se lembrem desta responsabilidade. Suas Exªs são rapazes inteligentes, espirituosos, delicados: mas não basta, têm que ser notáveis Dirigentes! Contrataram-nos para isso, têm que o ser! Cara alegre e espírito desafogado! É para ali!
Em Portugal só assim se podem alcançar grandes homens! É obrigá-los por um contrato – de preferência, por objectivos! Que significaria num País como Portugal abandonar os homens à sua iniciativa? Que intento é este de deixar a cada um a liberdade de ser medíocre? O português só poderá ser inteligente, obrigado por um contrato! Só poderá ter génio, amarrado de pés e mãos! Que o génio seja, pois, imposto, tal como o antigo serviço militar obrigatório. Recrutem-se, de imediato, génios pára-quedistas para Tancos, mas recrutem-se, também, de volta, génios pára-quedistas para os bancos! O Sporting agradece!
(*) Adaptado de “As Farpas” (O talento espontâneo e o talento por contrato), de Eça de Queiroz
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Júlio Pereira
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00:18
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