Não pudemos continuar a ter comentadores insuspeitos como o Rita, o Manha ou o Santos a analisar os nossos jogos. Não pudemos ter o Carlos Manuel ou outro benfiquista encartado a comentar em directo os nossos jogos na Sportv. Não é porque são tendenciosos. Também não é só porque não percebem nada do assunto. É que têm cortes de cabelo que não se usam e gravatas que não dão com as camisas ou com os casacos.
Temos que ensinar o nosso treinador a falar nas conferências de imprensa. Tem que ir para lá com uma mensagem na cabeça e não para dizer o que lhe passa por ela, sobretudo quando ela é um imenso vazio.
Também sabemos que a imprensa desportiva é completamente isenta e independente. A sua imagem é tão isenta e independente que chega a passar o ano todo de cachecol e bandeirinha como se de um fervoroso adepto benfiquista se tratasse. É preciso ter outra relação com ela. Se não a conseguimos usar como o Benfica, há outros jornais, como os generalistas, que estão mais dispostos a isso. Não há investigação jornalística nem jornalismo sério. Há notícias plantadas e mais nada.
Os jogos e campeonatos decidem-se muito no espaço mediático. Ou sabemos jogar aí ou nada feito. Não se esqueçam disso quando andarem a negociar direitos televisivos ou a conceder autorizações aos jornalistas. E não se esqueçam de os convidar nas deslocações para as competições europeias. Eles gostam e tornam-se mais isentos ainda.
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