A falhada contratação do Kléber é muito reveladora. O Sporting sabia (ou devia saber) que o jogador estava há muito contratado pelo Porto. Acabou por fazer o papel de idiota útil. Não se sabe bem para quem, se para o Marítimo, se para o Benfica.
Ficou-se a saber que a proposta do Sporting era superior à do Porto. Se este mercado fosse concorrencial e transparente a transferência tinha-se concretizado. Não se tendo concretizado, levantam-se as maiores suspeitas. No futebol existem umas comissões pagas a empresários (e a outros agentes estranhos como esses) de valores incomensuráveis, que nunca se percebe a justificação. Efectuam-se aquisições de autênticos pernetas por valores estrambólicos, que são incompreensíveis quando se sabe que actuam neste mercado agentes muito bem informados.
Tudo isto tresanda a “slush funds” por todo o lado. E, aqui, não há inocentes. Pode tudo isto ser infundado, mas, numa economia de mercado, estas coisas investigam-se; têm que se investigar. Qualquer mercado só funciona se existir confiança. Sem confiança não há mercado. Pode existir uma coisa parecida, mas mercado é que não é.
Se a Liga servisse para qualquer coisa asseguraria, como a UEFA pretende assegurar, “fair play” financeiro. Mas não se espera que daí venha nada. Estão entretidos com o Madaíl e a aviar árbitros por encomenda. O que não se compreende é que a CMVM não faça nada.
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