sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O alinhamento das estrelas

Terminada a Taça da Liga, voltamos ao que interessa. Na jornada passada, ganhámos em todos os campos dos nossos principais adversários: Benfica, Porto, Braga e Guimarães. Na prática, estes quatro clubes, especialmente o Porto e o Benfica, é que (co)mandam o futebol português. Há, assim, um alinhamento de incentivos para recuperarem no jogo contra o Arouca o que perderam na jornada passada.

O jogo contra o Benfica começa com o Arouca; que ninguém tenha dúvidas. É a primeira parte, com a desvantagem de não podermos chegar ao intervalo empatados. Com exceção dos sportinguistas, ninguém está interessado em que tenhamos a possibilidade de disputar no jogo contra o Benfica as (poucas) hipóteses que ainda temos de ganhar o campeonato. Vai ser precisa muita coragem e uma enorme vontade de ganhar, desde o primeiro minuto.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A cereja



Já ia a fanfarra no adro acompanhada pela ululante multidão de engravatados. O fogueteiro já ultimava o arsenal. As bifanas estavam no ponto. Nas rádios, tv´s e jornais ganhava dimensão a sempre esperada onda de unanimismo irracional. Já se havia começado até o enterro dos vencidos e se começara a estender o tapete vermelho próprio destas ocasiões. Naturalmente, a habitual euforia dava lugar nas últimas horas ao histerismo incontrolado. Não se calavam já as emoções, bastava esperar.
E eis que… o Syriza ganha as eleições! A Syriza no topo do bolo!
Sim, pensavam que se estava a falar de quê?

domingo, 25 de janeiro de 2015

Cumprimos, mas não foi bom

Este é o tipo de jogo que detesto. Começa por ser um jogo para cumprir calendário. O adversário é fraco e vem jogar para o pontinho da praxe. Mete-se todo lá atrás. Monta todos os autocarros que pode e faz todo o anti-jogo que a habitual complacência dos árbitros permite.

Os jogadores do Sporting começam por se deslumbrar. Parece haver muito espaço para jogar. Engano redondo. Há espaço até à entrada da área. Dentro dela não há um centímetro quadrado livre. O adversário joga com dois defesas laterais de cada lado. O Carrillo e o Nani começam a ficar bloqueados.

É preciso marcar cedo para desbloquear estes jogos. De outra forma, o adversário ganha moral. O Montero falha um golo cantado a passe de Carrillo. Mau prenúncio. Na primeira parte, praticamente só temos mais duas carambolas dentro da área.

Na segunda parte aceleramos um pouco mais o jogo. Mas, nestes jogos, jogar com um avançado é dar descanso à defesa. Com o Montero o descanso é ainda maior. O rapaz está sempre a recuar, quando o que precisamos é exactamente do contrário. Precisamos de um avançado na linha do fora-de-jogo sempre pronto a desmarcar-se e a empurrar a defesa para trás. Não há recuos e apoios frontais que resistam quando ninguém se desmarca nas costas do avançado ou se lembra de rematar de fora da área.

O Marco Silva resiste a meter o Tanaka no início da segunda parte. Só o faz depois dos sessenta minutos. Entra o Mané também. Prepara-se o assalto final. Preparam-se os corações para o sofrimento final também. Mas o Tanaka é um autêntico Xanax. Desmarcação rápida para o centro da área, a pedir um passe soberbo do William Carvalho, cabeçada para uma defesa notável e recarga do João Mário que dá o primeiro (e único) golo.

O mais difícil estava feito. Esperava-se a qualquer momento o golo da tranquilidade. O Nani chega a tê-lo nos pés, mas é displicente. Uma jogada daquelas não se conclui assim quando se está a ganhar por um. O golo da tranquilidade não aparece. A Académica tenta aparecer no ataque mas não consegue.

No último minuto dois disparates seguidos. Falta sobre o William Carvalho que o deixa no chão. Em vez de pararem o jogo, os jogadores do Sporting avançam para a área para tentarem o segundo. Não conseguem e bola para novo ataque da Académica. Ainda não estávamos refeitos do disparate anterior, já o Mané estava a desmarcar um avançado da Académica para o único remate perigoso à nossa baliza.

Mantemos a pressão sobre o Porto e distanciámo-nos do Guimarães. Os objectivos foram alcançados. Mas é preciso aprender. Aprender a resolver depressa e bem estes jogos e a congelá-los na sua fase final.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Miguel Galvão Teles

Morreu Miguel Galvão Teles. Foi um grande sportinguista. Continuará a ser o meu Presidente da Assembleia Geral. Há pessoas com quem simpatizamos sem as conheceremos. O Miguel Galvão Teles era uma delas.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Domingo há bola

Depois de uma longa pausa natalícia regresso a este blog para falar de um jogo para uma competição que não interessa nem ao menino Jesus. Parece que apenas interessa a Jesus, o treinador. Depois das críticas aos que escolhem para estes jogos protagonistas de segunda linha (será que se dirigia a quem escolhe os árbitros?) viu-se que para certos clubes estes jogos parece que contam mais que certos jogos da liga: é o caso do Belenenses que ao contrário de outras ocasiões não descansou nem o Deyverson nem o Miguel Rosa.

Adiante. Não vi o jogo todo mas gostei bastante que o Sporting mantenha a sua atitude: honrar o Lucílio Baptista jogando com a segunda equipa nesta competição. Para mim isso é muito mais importante que o resultado, não só quando perdemos mas também quando ganhamos. Sempre que se vê o onze do Sporting lembro-me da peitada ao Lucílio e do arremesso da medalha, magníficos episódios do futebol que temos.

Por falar em futebol gostei de alguns jogadores, gostei do espírito lutador. Continuo a não gostar que esta equipa não saiba segurar resultados.

Domingo temos mais bola. Desta vez a sério.

domingo, 18 de janeiro de 2015

“On fire”

Foi mais difícil do que o resultado deixa transparecer. O Rio Ave é uma boa equipa e sabe o que está a fazer em campo.

Na primeira parte tivemos muitas dificuldades em chegar à área do adversário. Sentiu-se a falta do Slimani. Dá outra profundidade ao jogo do Sporting. Obriga a defesa a recuar. Uma coisa é fazer os famosos apoios frontais à entrada da área. Outra bem diferente é andar sistematicamente, como faz o Montero, a recuar a meio do meio-campo para tabelar com os colegas. A defesa sobre com ele e os espaços entrelinhas, como agora se gosta de dizer, reduzem-se.

Marcámos de penalty. O penalty é evidente. Só não é evidente a favor do Sporting. Os comentadores não estão habituados e estranham. Os rapazes do Rio Ave tentaram chegar a roupa ao pelo do árbitro. O árbitro desfez-se em mesuras e limitou-se a uns amarelos. O que se chama um árbitro corajoso. Acabámos a sofrer um golo ridículo. Parecia um contra-ataque de um jogo de andebol.

Na segunda parte entrámos bem. Falhámos três ou quatro oportunidades de golo. Fizemos o dois a um e o três a um. O jogo parecia resolvido. Demos uma abébia e levámos o segundo golo. O jogo estava perigoso, muito perigoso. Precisava de entrar o Tanaka, sobretudo depois do Montero tentar marcar um golo de chapéu à entrada da área. O japonês está “on fire”. Quatro a dois e jogo arrumado.

Ganhámos e isso é sempre bom. Ganhámos apesar do André Martins. Já não tínhamos esta sensação há muito tempo. A defesa tremeu, sobretudo os laterais. Gostei do João Mário. Teve mais pilha do que estava à espera. O Nani foi decisivo. Temi o pior quando vi entrar o Mané. Os últimos jogos dele foram horríveis. Não esteve mal. O Tanaka é que está imparável. O William Carvalho está a voltar ao normal. Gostei do Ryan Gauld. Parece jogador, mas é preciso dar tempo ao tempo. Gostava de ter visto jogar o  Wallyson Mallmann. Parece-me um jogador mais maduro.

Só nos resta desejar que a crise continue por mais algum tempo. Desejavelmente até ao fim da época.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Marcar de bola parada

Não vi o jogo. Vi o resumo. Parece que merecemos ganhar. Aparentemente o Ryan Gauld vem-se afirmando. Temos jogador. Se não for para esta época será para a próxima.

Ouvi também uns comentários na televisão. Retive um só comentário. Dizia um pândego qualquer que o Tanaka só marca de bola parada. Que o Tanaka marca de bola parada já o sabíamos. Não sei de onde veio o só. É situação para dizer: mais vale só do que mal acompanhado.

Com esta vitória sobre o Boavista, estamos a um passo das meias-finais. Para quem não queria ganhar a Taça da Liga, não está nada mal.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Assim é que é bonito

Assim é que é bonito: ganhar no último remate; um remate sem espinhas, de livre. Este remate ainda teve outro picante. A falta que deu origem ao livre deveria ter determinado a expulsão do guarda-redes. Esgotadas as substituições, não restaria outra alternativa que não fosse um jogador de campo do Braga ocupar o lugar de guarda-redes. Mas o Tanaka não gosta de facilidades. Três passos atrás, curta corrida de balanço e remate com convicção. A bola ainda não tinha chegado à barreira e já estava lá dentro.

Temia-se o pior. O Braga dá pau e sabe jogar com o árbitro. A trancada do Ruben Michael no Nani, sem o correspondente amarelo, parecia confirmar esses receios quanto ao árbitro. Esqueceu-se de marcar um livre perigoso à entrada da área por falta sobre o Nani. Esqueceu-se de expulsar o guarda-redes, como se referiu. Depois, bem, depois foi uma no cravo e outra na ferradura. Tenho grandes expectativas quanto aos resultados do quinto amarelo mostrado ao Maurício e ao Adrien. A equipa tem tudo para melhorar no próximo jogo contra o Rio Ave.

Primeira parte equilibrada, sem grande oportunidades, com uma arrancada extraordinária do William Carvalho, concluída com um passe a rasgar para o Carrilllo, que centra para remate do Nani e grande defesa.

Na segunda parte, entrámos de forma extraordinária. Nos primeiros vinte minutos, podíamos ter resolvido o jogo. O Carrillo ensaboou a cabeça ao lateral esquerdo. Valeu o guarda-redes do Braga e a falta de convicção do João Mário e do Montero. Depois o jogo ficou equilibrado. Fisicamente a equipa parecia ter conhecido melhores dias. O treinador arrisca. Recua o João Mário e mete o Mané e o Tanaka. O Braga parecia estar mais forte. Mas estava lá o Tanaka.

Esta vitória era fundamental. Passámos para o terceiro lugar e deixámos a cinco pontos o Braga. Mantemos a pressão sobre o Porto. Esperemos que a crise que atravessamos se mantenha por muito e bom tempo.

domingo, 11 de janeiro de 2015

私は日本人だ


Hoje deu-me para o xintoísmo. O xintoísmo não conhece divindades ou um deus, mas reconhece a existência dos kamis, seres divinos, que se podem hospedar em tudo o que existe como árvores, rios, montes, etc. Hoje estava um hospedado no Tanaka. 

Mais, o xintoísmo não tem dogmas, teologia ou escritura sagrada. O xintoísmo reduz-se a poucos preceitos fundamentais como, por exemplo, «não prestar atenção às coisas falsas, não ver e não falar falsamente», coisas simples portanto, embora pouco praticadas. Se houvesse um preceito a incluir, neste momento eu proporia: «não aplicarás um golpe de karaté sobre um japonês em cima da hora e perto da linha da grande área.» 

Para terminar. Dominámos o jogo e merecemos ganhá-lo. Já a rádio TSF e a sua trupe de cantores radialistas achou que o melhor jogador em campo foi o Rui Patrício. Não fosse eu hoje xintoísta e iria fazer alguns comentários menos próprios. Sendo assim, não vou prestar atenção às coisas falsas.
Tora. Tora. Tora.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Mais trabalho e menos conhaque, mais uma vez

Afazeres de última hora obrigam-me a sair tarde do trabalho. Venho ainda com as palavras que escrevi a ressoarem na cabeça. Lembro-me subitamente de uma anedota que hoje me contaram. Telefone ao Sérgio para lha contar. O Sérgio pergunta-me se lhe vou falar do golo do Carrillo. Só nesse momento me lembrei que jogávamos contra o Famalicão.

Chego a casa e procuro saber o resultado final. Tínhamos ganhado quatro a zero. Revejo os golos. O primeiro é sublime. Corrida na horizontal do Carrillo, para ganhar balanço, e desmarcação no momento certo para as costas do defesa para receber um passe notável do William Carvalho e rematar de primeira, fazendo um chapéu sobre o guarda-redes. Este passe e este movimento têm dedo do treinador. A qualidade dos jogadores fez o resto.

Estamos nas meias-finais da Taça de Portugal. Cumprimos a obrigação. Agora é pensar no jogo contra o Braga. Vai valer tudo menos arrancar olhos, como dizia o meu pai. O Braga dá pau o jogo todo. O Sérgio Conceição é um José Mota com melhores jogadores e uma trunfa penteada à maneira. O árbitro está encomendado seguramente. Vai ser necessário jogar contra tudo e contra todos. Espero que os jogadores e o treinador se consciencializem disso. Se se consciencializarem disso e estiverem dispostos a sofrer, face à pancadaria do adversário e à complacência do árbitro, a nossa melhor organização colectiva e o Nani se encarregarão de fazer a diferença.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

«Uma dúvida caro Watson»



Depois da perseguição e até estigma culinário lançado sobre os croquetes e os seus comedores como é que nunca ninguém se questionou sobre a capacidade de sobrevivência do fornecedor dos mesmos?


Sherlock
 

domingo, 4 de janeiro de 2015

Continuando a aprender

Vi há pouco um bocado do programa de ontem da SIC Notícias. Está lá tudo o quer nos caracterizou nos últimos anos. Sportinguistas que são mais sportinguistas do que os outros e o possidonismo elevado à sua máxima potência. É gravar o programa e mostrá-lo sempre que alguém queira fazer fracas figuras.

Necessitamos de normalidade, de viver habitualmente. Não necessitamos de estar sempre a questionar-nos. Não gosto da palavra estabilidade, mas, se tiver que ser, que seja a estabilidade. Mas que não haja equívocos: o principal responsável pela estabilidade, ou pela falta dela, é sempre a Presidência do Sporting; pelo que faz e diz e, sobretudo, pelos resultados que obtém. Não é desta Presidência em particular. É uma responsabilidade de todas.

O treinador e a equipa estão a aprender, como se viu no jogo contra o Estoril. Isso é um bom sinal. Já tivemos vários cromos a treinar que, em vez de errarem e errarem melhor, erravam e erravam pior.

A melhor maneira de defender é evitar que o adversário ataque, que tenha a bola e jogue como quer. É necessário defender com a equipa toda, logo desde a saída da bola da defesa adversária. A equipa não se pode desposicionar, em particular na zona central. Os defesas centrais não podem ser deixados à sua sorte. O William Carvalho tem que os apoiar, evitando que os médios e avançados adversários tenham todo o terreno e tempo para decidir.

Quando se tem a bola, não é preciso correrem todos à maluca para o ataque. Com o Nani e os restantes avançados que dispomos, estamos sempre próximos do golo. É só esperar pelo momento certo para dar a estocada. Os campeonatos ganham-se na defesa e com uma dose razoável de cinismo (que inclui marcar golos de bola parada, seja em lançamentos laterais, cantos ou livres). Em Portugal, para além disso, é preciso um pouco (ou muito, talvez) de árbitro também.

sábado, 3 de janeiro de 2015

A aprender

O que mais impressionou neste jogo com o Estoril foi a forma como se defendeu. O Estoril, que é uma boa equipa, praticamente não teve uma oportunidade de golo. O Marco Silva e a equipa parecem estar a aprender.

O William Carvalho deixou as correrias e passou a estar onde deve estar: na cobertura da zona central, descaindo mais para um lado ou para outro, em função da forma como o adversário vai conduzindo o jogo. Ainda não foi o William Carvalho da época passada. Uma ou outra perda de bola e um ou outro passe falhado, compensados por duas ou três grandes recuperações de bola e um passe para o Carrillo absolutamente extraordinário.

Mas o mérito vai para a equipa toda e, sobretudo, para o Marco Silva. O Estoril estava bem estudado, em particular a saída da bola e a construção de jogo. A pressão alta foi tão bem feita que, na segunda parte, o Estoril praticamente não conseguiu ter a bola como queria e jogar como habitualmente. Acabaram encostados e à biqueirada para a frente.

Foram três, mas poderiam ter sido mais. Vamos sentir falta do Slimani. O segundo golo define-o. Recua para receber a bola e metê-la na lateral, arranca imediatamente para a área e para a receber no sítio certo e, com a convicção do costume, metê-la lá dentro. Tudo simples e com a intencionalidade do costume. Mérito também para o Jefferson.

Só o Mané não esteve ao nível dos restantes. Não foi por não tentar, por não se empenhar. Hoje não era o seu dia. O Marco Silva viu bem e substitui-o. Também não parece que a melhor posição para o Nani seja aquela com que iniciou o jogo. Partindo da lateral, torna-se muito mais perigoso e influente.

Não se pode dizer que tudo está bem quando acaba bem. Agora, as coisas estão como devem estar sempre. O Marco Silva será julgado, positiva ou negativamente, pelas suas opções e resultados; e não por qualquer teoria da conspiração. A Presidência do Sporting estará lá para isso e não qualquer adepto, por mais relevante que se considere.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Equívocos

Existe um enorme equívoco na conversa sobre a Academia do Sporting e a Equipa B. Para se darem oportunidades aos jogadores da Academia e, em particular, aos da Equipa B, é necessário que a Equipa A seja constituída a pensar nisso mesmo. Sendo assim, a Equipa A não pode ter mais de vinte jogadores (este número é um pouco aleatório, como devem imaginar).

A Equipa A e a Equipa B devem ser pensadas em conjunto. Antes de mais, devem ser pensadas de forma a permitir a redução de custos com os salários dos jogadores e as respetivas contratações. Porventura, nenhum dos plantéis pode ter mais de vinte jogadores. De outra forma, a Equipa B não passa de um sorvedouro de dinheiro.

Como é que se espera que sejam dadas oportunidades na Equipa A aos jogadores da B, quando nem todos os da Equipa A têm essas oportunidades também? É que sem se desfazerem estes equívocos não se pode discutir seriamente o tal projeto do Sporting, seja isso o que for.