Afazeres de última hora obrigam-me a sair tarde do trabalho. Venho ainda com as palavras que escrevi a ressoarem na cabeça. Lembro-me subitamente de uma anedota que hoje me contaram. Telefone ao Sérgio para lha contar. O Sérgio pergunta-me se lhe vou falar do golo do Carrillo. Só nesse momento me lembrei que jogávamos contra o Famalicão.
Chego a casa e procuro saber o resultado final. Tínhamos ganhado quatro a zero. Revejo os golos. O primeiro é sublime. Corrida na horizontal do Carrillo, para ganhar balanço, e desmarcação no momento certo para as costas do defesa para receber um passe notável do William Carvalho e rematar de primeira, fazendo um chapéu sobre o guarda-redes. Este passe e este movimento têm dedo do treinador. A qualidade dos jogadores fez o resto.
Estamos nas meias-finais da Taça de Portugal. Cumprimos a obrigação. Agora é pensar no jogo contra o Braga. Vai valer tudo menos arrancar olhos, como dizia o meu pai. O Braga dá pau o jogo todo. O Sérgio Conceição é um José Mota com melhores jogadores e uma trunfa penteada à maneira. O árbitro está encomendado seguramente. Vai ser necessário jogar contra tudo e contra todos. Espero que os jogadores e o treinador se consciencializem disso. Se se consciencializarem disso e estiverem dispostos a sofrer, face à pancadaria do adversário e à complacência do árbitro, a nossa melhor organização colectiva e o Nani se encarregarão de fazer a diferença.
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