Quando Ricardo chegou ao Sporting, confesso que fui um dos que pensei que, finalmente, a nossa baliza estava em boas mãos.
Inicialmente, achava o popular “Labreca” um Guarda Redes muito irregular – com uns reflexos extraordinários, mas com fraca concentração e lapsos ridículos em lances aéreos. Depois, nas duas épocas anteriores a vir para o Sporting, o homem convenceu-me. No Boavista, foi um dos principais responsáveis pelas grandes épocas do Clube do Bessa ao nível nacional e internacional (aquele distribuidor de jogos, como é que se chamava... sim, esse mesmo, o tal de Valentim, também não era mau…). Na selecção, além de jogos do apuramento para o Mundial 2002 (sobretudo, naquele confronto decisivo em Chipre), recordo-me bem de dois particulares Portugal – Brasil disputados nessa altura, que pareciam um confronto unicamente entre Ronaldo, Ronaldinho & Companhia contra Ricardo.
Fui, então, assistir à estreia de Ricardo pelo Sporting, num jogo particular disputado no Bessa contra o Leixões. E, logo na estreia, Ricardo mostrou que não enganava, ou pelo menos, que não nos queria enganar. Pontapé de baliza do Leixões muito longo, a bola entra na área do Sporting, Ricardo eleva-se sozinho para agarrar a bola, no entanto, calcula mal a impulsão, o esférico bate no relvado, salta-lhe por cima, gera-se o caos e… golo do Leixões!
Depois, foi o que se conhece, uma carreira irregular, com uns momentos extraordinários (sobretudo na Selecção, onde chegou a ser mais decisivo do que Baía) e outros ridículos (infelizmente, mais no Sporting). Foi implacavelmente perseguido, é certo, quer pela Comunicação Social desportiva. Pela benfiquista, que nunca lhe perdoou ter optado pelo Sporting e não pelo Benfica, aquando da saída do Bessa. Pela portista, que sempre quis vingar o afastamento do mito, perdão, do mítico, Baía. Aproveitaram qualquer momento infeliz, para o fragilizar e derrotar psicologicamente, mesmo em situações em que o seu único erro foi confiar demais nos Paratys que ainda por aí andam…
Enfim, a terceira Lei de Newton diz-nos que a toda a acção corresponde uma reacção, com a mesma intensidade, mesma direcção e sentidos contrários. Por isso, hoje, na baliza do Benfica, temos… Roberto.
ROBERTO.
ResponderEliminarPois excelenteg.redes, espero que por lá continue, e se por algum acto de maldade nos levarem o patricio porque não ir lá (buscar) o Moreira, não é mau de todo e sempre davamos uma facadinha nos lampiões.