sábado, 22 de janeiro de 2011

3ª proposta para o Programa do futuro Presidente do Sporting

Seja, como a Norte, sorvendo uns comendadores xexés, seja, como a Sul, aspirando o pó que o diabo amassou, precisamos que o próximo Presidente tenha ou saque “graveto” suficiente para tornar mais razoáveis as condições de negociação do Sporting com a banca. Basta, portanto, de Presidentes assalariados da banca a brincarem ao quem quer ser milionário. Como dizia o Woody Allen (ou seria a Lili Caneças?), ser rico é melhor que ser pobre, nem que seja por razões financeiras. É verdade que, no futebol como na vida, dinheiro não traz felicidade, mas provoca uma sensação tão parecida que é preciso um especialista muito avançado para descobrir a diferença.
Como é evidente, em Portugal isto é condição necessária, mas não suficiente. Dizia e bem o Rui Monteiro, é preciso conhecer por dentro os chamados meandros do futebol português. É preciso ser frequentador assíduo dos locais onde se sabem ou se decidem as coisas realmente importantes do futebol nacional, do "Lima 5" a Canal Caveira, de "O Barbas" ao "Sapo", do "Pérola Negra" ao "Calor da Noite". É preciso ter bons fígados para resistir às tais “tainadas” com os dirigentes da Liga Orangina, mas também ao “halterocopismo” [levantamento de copo] com os “jornaleiros” desportivos, ou ainda às "saladas de fruta e chocolates" com os árbitros e empresários. Mas é preciso, igualmente, ter maus fígados para, quando necessário, organizar um Mega Arraial “Moche”, tornando mais próximos tipos que, por manifesta infelicidade, tenham tropeçado connosco. Enfim, a triste máxima do actual futebol português é, antes temido, que amado e, na dúvida, mais vale comprado, que apalavrado.

5 comentários:

  1. Não estarei lá muito de acordo com a parte final do teu comentário mas que as negociações com os Agentes de jogadores bons e baratos deveria ser um "must" no nosso clube, lá isso deveria.

    SL

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  2. Cara Tite,

    O registo do texto é naturalmente irónico. Uma coisa é percorrermos com afinco o “roteiro da carne assada e bacalhau com natas” para, com um projecto de poder, ir angariando aliados para tornar o futebol português uma coisa minimamente séria e credível - isso eu acho que devemos fazer. De alguma forma, aliás, já conseguimos fazer isso quando, no final da época de 98/99, nos aliamos ao Boavista e Guimarães (à família Loureiro e ao Pimenta Machado – OK, não é muito chique, mas isto do futebol não é para meninos) para impor o sorteio dos árbitros na Liga (o sorteio serviu pelo menos para, durante uns tempos, baralhar o sistema – nesses anos de sorteio mais ou menos puro e sem bolas quentes e frias, o Sporting foi campeão duas vezes e o Boavista uma).

    Outra coisa é entrarmos também nós nesse processo de viciação do futebol português - e isso eu acho que não devemos fazer, quer por querermos continuar a ser um Clube exemplar, quer também – confesso - pela nossa manifesta falta de jeito :). Recordo que na última estrutura da Liga Portuguesa de Futebol Profissional tivemos, simultaneamente, durante vários anos, um Presidente da Liga e um Presidente do Conselho de Arbitragem supostamente sportinguistas e vimos o que isso nos valeu...

    Saudações leoninas e volte sempre

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  3. Caros amigos sportinguistas,

    Gostava de saber a vossa opinião acerca dos seguintes nomes como possíveis candidatos à presidência do Sporting:

    - Vicente Moura
    - Moita Flores
    - Hermínio Loureiro
    - Joaquim Oliveira
    - António Boronha

    SL

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  4. eu votaria Fernando Nobre:
    http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1475852

    Sinceramente desses nomes, há algum a sério?

    O antónio boronha talvez, mas está Fora de serviço há anos e não me parece para aí virado.

    Sejam realistas, a escolha não depende dos sócios.
    O bettencourt teve 90 e tal por cento dos votos.

    com certeza que vai aparecer uma linha de continuidade, um candidato imposto praticamente, pois não vejo ninguém com vontade e capacidade de se impor contra o "sistema" vigente no sporting...
    E continuo a bater na mesma. Mais importante do que um Presidente não seria a Recontratação de Carlos Freitas?
    Não teve ele sucesso e foi campeão pelo Sporting?
    Não fez boas contratações para o Braga (hugo viana, luís aguiar- que foi vendido e voltou por empréstimo)?

    Por fim, não foi o José Veiga que levou o SLB a ser o campeão mais fraco (leia-se com menos pontos) da história?

    Para mim este era um objectivo antigivel e pelo qual os sportinguistas deveriam lutar.

    Porque Portugal precisa de um Sporting forte, caso contrário daqui a uns anos há-de ser aprovada uma lei para que os jogadores da Selecção tenham todos nomes como Jaílson, Denilson ou qualquer coisa do genero...

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  5. Caro Berde e Branco, Caro P. Cardoso,

    Sou tentado a concordar com o P. Cardoso no que respeita às candidaturas à Presidência - a escolha vencedora, infelizmente, dependenderá muito pouco dos sócios.

    Concordo, também, que a escolha do Director Desportivo é crucial para revertermos a actual situação do futebol leonino. Penso, no entanto, que é condição necessária, mas não suficiente. É verdade que noutros Países isso poderia chegar. Em Portugal, tenho muitas dúvidas.

    Ou seja, julgo que o Presidente do Sporting terá que assumir uma posição muito mais activa no terreno e no campo mediático do que o que tem sucedido nos últimos anos. Não me parece que seja sustentável deixar o Director de Futebol e muito menos o Treinador a remarem sozinhos contra o sistema instalado no futebol português e na comunicação social desportiva. O mesmo diria relativamente à necessidade de mobilização e de pacificação da nação leonina. Num e noutro casos, o papel do futuro Presidente será, do meu ponto de vista, insubstituível e decisiva, em larga medida, para podermos ou não vir a alcançar o sucesso.

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