terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Paulo Sérgio, o desconstrutivista

A metodologia do pim-pam-pum-cada-bola-mata-um-prá-galinha-e-pró-peru-quem-fica-és-mesmo-tu a que o Paulo Sérgio vem recorrendo para formar a equipa tem mais que se lhe diga do que parece à primeira vista. Que o Rui Santos não perceba isto, compreende-se. Que o Freitas Lobo o não compreenda também, compreende-se mal. O que não se perdoa é que nós, aqui, tenhamos tomado a aparência pela realidade, sem nos preocuparmos em utilizar os melhores referenciais analíticos que um assunto desta importância merece.

Como li há dias o “centro é tudo o que preside à ordenação dos elementos de um sistema, mas que não participa da mobilidade das unidades que coordena. Nesse sentido, o centro encontra-se ao mesmo tempo dentro e fora da estrutura. Enquanto elemento interno, explica-se pela sua condição coordenadora; enquanto elemento externo, explica-se por não participar do jogo e dos riscos do movimento inerente à ideia de estrutura”. Agora compreende-se melhor. É descontrutivismo no seu melhor. É pós-estruturalismo, mas não é um pós-estruturalismo qualquer.

Que nos perdoe Paulo Sérgio, Derrida e seus seguidores. É este o pedido de desculpas que aqui queremos deixar pela menor compreensão do trabalho que tem vindo a ser feito no Sporting. A ignorância não nos fica bem. Esperamos que a humildade que aqui revelamos nos fique melhor.

2 comentários:

  1. Boa teoria, mas não julgo que PS conheça Derrida. Mesmo se a negação do método é também uma das suas premissas, o produto final será acidental. AInda assim a receita resulta. O futebol do Sporting é para lá de pós-moderno.

    MTP

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  2. Caro MTP,

    Tem toda a razão. Pede-se ao Paulo Sérgio um pós-estruturalismo simples e sai-nos um pós-estruturalismo com ovo a cavalo.

    SL

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