Passei o fim-de-semana a anti-histamínicos. Assim, hoje, tive mais uma razão para me sentir ensonado a ver um jogo do Sporting. Tão ensonado estive que não me lembro de grande coisa.
O treinador, por força das circunstâncias, está com cada vez menos margem de manobra para baralhar e dar de novo. Na defesa não há muito a fazer. Jogam aqueles e mais nada. Ainda lhe deu na cabeça inventar aquela da dupla Abel – João Pereira na ala direita, mas, depois do João Pereira lhe dizer que andava amuado, passou-lhe.
No meio campo jogam aqueles três. O Pedro Mendes e o Maniche porque mandam no treinador (com a vantagem de o Pedro Mendes ainda fazer as vezes de treinador dentro de campo). O André Santos porque corre e joga por eles.
No ataque, o Postiga joga sempre e a até ao último minuto praticamente; mesmo quando está a entrar em coma. Sobram dois lugares. Um acaba por ser para o Liedson. Porque ou ele começa a jogar e ainda podemos aspirar a alguma coisa ou então nada feito. Sobra um. Hoje calhou ao Vukcevic. Jogou bem, em minha opinião. O que, provavelmente, significa que para o próximo jogo sai.
Quanto ao jogo, como disse, lembro-me de pouco. Na segunda parte, então, penso que não terá acontecido mesmo nada. O Patrício está cada vez mais guarda-redes. O André Santos começa a parecer melhor que o Moutinho (atenção, só deixei de gostar do Moutinho quando o começaram a por a jogar a 10; nessa posição decidia sempre mal: passava quando devia fintar ou levar a bola, levava a bola ou fintava quando a devia passar).
Dois ou três apontamentos finais. Os livres são marcados por quem berra mais alto. Nem sei sequer se esse é o critério. Quando vi, primeiro, o Polga e, depois, o Postiga a marcar livres directos à entrada da área, ia-me dando uma coisa. Vale a pena não insistir com o Vukcevic e o Maniche não vão eles querer marcar golos. No golo do Portimonense, assistiu-se a mais um capítulo da nossa interminável saga de golos sofridos na sequência de lances de bola parada. A defesa, como diz o meu amigo Júlio Pereira, avançou às arrecuas para a bola.
Por fim, o nosso treinador teve que contribuir para uma parte final do jogo mais emocionante. Alguém lhe deve ter dito que quando estamos a ganhar devemos defender com unhas e dentes o resultado mesmo que o adversário não ataque. Assim não foi de modas: tratou de tirar um avançado para meter um defesa e deixar-se pressionar pelo adversário.
Isto foi tudo tão chocho que não me ocorre sequer a “punch line” habitual.
independentemente do jogo, do resultado, da exibição, hoje é o dia que fica para a história como o dia em que alguém decidiu que era boa ideia escolher o Polga para bater um livre directo. Quando um gajo achava que o quotidiano deste clube não conseguiria comportar mais bizarria… eis que nos surpreendem. O Polga. A bater livres.Ó pá stª paciência pra isto...
ResponderEliminarCaro Anónimo,
ResponderEliminarJá vi marcar livres de muitas formas. Numa determinada altura estava na moda os livres em "folha seca". Nunca percebi bem a alegoria. Agora o que nunca vi foi o pontapé livre à Polga que são os livres em "jeito de pontapé de baliza".
SL