segunda-feira, 30 de julho de 2018

Did they expect us to treat them with any respect?


É evidente que o futebol português corre rapidamente para a irrelevância e para o seu desaparecimento. Primeiro, porque a UEFA é promotora de um modelo de distribuição de receitas e de acesso a provas que cava brutais iniquidades entre países, depois porque o futebol nacional caiu num pântano de descrédito, que vai da corrupção à agressão de atletas, que afasta qualquer investidor ou o interesse em comprar direitos televisivos em qualquer outro local, que não seja aqui entre os indígenas.

Mas achar que este problema de credibilidade se resolve com paninhos quentes, é piada ou cegueira. Não pode haver paz enquanto houver injustiça, corrupção e viciação de resultados. Não se podem reatar relações com quem procura por meios ilegítimos e ilegais obter resultados desportivos, viciando a verdade, influenciando árbitros, aliciando atletas, controlando a comunicação social e corrompendo a justiça.

Não há “business plan” que salve o futebol português, sem um banho de ética e sem uma vassourada na corrupção, que faça com que se possa voltar a acreditar que o futebol são 11 contra 11 e no final ganha o melhor, ou quem tiver tido a sorte do jogo.

Superada a caganeira institucional dos últimos meses, era bom que os candidatos à presidencia do Sporting percebam que ser um exemplo ético é respeitar a pluralidade interna – união é outra coisa e só se consegue com títulos –  e não ter qualquer tipo respeitinho, complacência ou tolerância na apanha do polvo. 

Se quiserem usar uma versão retro, vistam-se de Dias da Cunha. Se quiserem ser pós-modernos, apresentem-se de Lunático. Mas nunca se vistam de parvos.

 They can polish their medals and sharpen their
Smiles, and amuse themselves playing games for awhile.
Boom boom, bang bang, lie down you're dead.”

7 comentários:

  1. Os eternos 'meninos do coro' !...

    Como se não tivessem grandes culpas na trampa em que o 'futeluso' está transformado pelas tricoloridas trupes...

    Concretamente em relação ao Sporting Cube de PORTOgal, estás a falar de quê?!

    - Das tentativas falhadas, por estupidez, do seja Cintra, actual presidente da SAD, na compra dos 6 campeonatos nacionais, por nunca se ter chegado à frente com a guita ?!

    - Da confessada COMPRA de resultados que podes ler na NET e ouvir no You Tube do Jorge "Bigodes" Gonçalves ?!

    - Dos depósitos de 2000 € nas contas de árbitros e dos assaltos a residências o Cristovão e do "mustafá"?!

    - Das trapaças de todos os tipos do sociopata Burlão de Carvalho ?!

    - Do CASHBALL ou do saco azul do Geraldes ?!

    - Da 'VERDE..ade' desportiva que o perdão de MILHÕES em dívida e em VMOC's, um autêntico DOPING que a lagartóide Máfia Bancária lhes permite, à vara larga, com o dinheiro do Zé povinho ?!


    ! ...Se "não se podem reatar relações com quem..." por que o fizeram os últimos 40 tal anos, salvaguardando raríssimas excepções, fazem e farão ?!

    - A quem serviu, MAIS UMA VEZ, a "santa aliança" com os compadres da fruta?!

    - p. s. -

    (Sou do tempo em que vós tínheis o TRIPLO dos campeonatos do FêCêPê) !!!

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    1. Se a estupidez matasse, tu já tinhas ressuscitado pelo menos umas 3 vezes.... a caminho da quarta!

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    2. AXN és só mais um que se julga um iluminado, que escreves as tontices que ouves e que queres acreditar que são verdades e te esqueces propositadamente de toda a trampa onde o teu clube está enterrado até às orelhas.
      Vir falar de 2.000€, num caso que envolve um escroque que até já foi expulso do Clube e se "esquecer" de quase 2.000.000€ que estão por explicar, é mesmo de lampião que tem uma noz no lugar do cérebro.

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  2. Realmente há uma série de burros que podem dizer o que lhes apetece.

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  3. Caro Sérgio,

    Em condições normais, dentro de menos de uma década, as equipas portuguesas deixam de ter entrada na Liga dos Campeões. Sem essas receitas e a valorização dos jogadores que decorre também dessa participação, o modelo de negócios atual das equipas em Portugal esgota-se. O modelo atual vive da participação na Liga dos Campeões e da venda de jogadores, tudo receitas extraordinárias. Sendo assim, os orçamentos terão de baixar, por um lado, e o investimento tem de ser rentabilizado através exclusivamente das competições nacionais (obrigando a um competição que se jogue nas quatro linhas e que as pessoas directamente ou indirectamente estejam dispostas a pagar), por outro.

    No entanto, o futebol português é cheio de mistérios. A questão não é somente a da sobrevivência futura. A questão também é a da sobrevivência no passado. As equipas dos campeonatos como o belga e holandês não resistiram. Em Portugal, resistiram. E resistiram porque o campeonato português constitui uma plataforma de entrada de jogadores na Europa, de negócios pouco explicáveis e, consequentemente, de circulação de dinheiro que a partir de certa altura deixa de ter cor. Se esta razão persistir, não há motivos para alterar seja o que for. Esta razão é um modo de vida para muita gente, menos para os clubes de futebol, que são os únicos a perder (são as únicas organizações que não ganham direito com o futebol apesar de serem elas as responsáveis pela sua existência).

    Um abraço,

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  4. Caro Rui,

    Parece-me que o modelo de negócio centrado na plataforma "norte -sul", está a dar lugar ao modelo de negócio "aviário". Que também é, em certa medida, um modelo de negócio "norte-sul", porque não temos natalidade que alimente este fluxo. A vitória no europeu dos sub-19 encaixa-se na perfeição neste modelo. Já todos vão ser vendidos a 15 ou 20 milhões. O "velho" modelo Ajax, mas agora na ótica industrial.
    Diria que nesta matéria, os portugueses têm sabido valorizar as suas qualidades de intermediação. Mas será isso suficiente para financiar os clubes e termos equipas competitivas? Temos ambos muitas dúvidas.

    SL

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