terça-feira, 24 de julho de 2018

Quando a dialética marxista não deve ser tida nem achada

Desde que Bruno de Carvalho chegou a Presidente iniciou-se a luta de classes no Sporting. Esta luta de classes não resulta exclusivamente das diferentes classes sociais a que pertencem os adeptos e os sócios. Esta luta de classes procura simplesmente legitimar um determinado modelo de produção em relação a outro, em função dos resultados. De um lado, estaria o modelo de produção liderado pelos capitalistas, os proprietários dos meios de produção ou os “croquetes”, conforme se recorra à linguagem da boa dialética marxista ou dos verdadeiros sportinguistas. Do outro lado, estaria o modelo de produção liderado pelo povo, os trabalhadores ou os sportinguistas, conforme se recorra também recorra à linguagem da boa dialética marxista ou dos verdadeiros sportinguistas.

Bruno de Carvalho, o povo, os trabalhadores e os (verdadeiros) sportinguistas procuraram sempre aferir a superioridade dos resultados tendo como referência a classificação obtida na época 2012/2013 (iniciada sob a presidência do Godinho Lopes), quando acabámos em sétimo lugar. A argumentação foi-se entranhando que, a partir de certo momento, nem se estranhava. Quando se criticava Bruno de Carvalho aparecia sempre alguém a perguntar se queríamos voltar ao “croquetes” e ao sétimo lugar do Godinho Lopes, como se o Sporting se tivesse iniciado na época 2012/2013.

As classificações do Sporting neste século (e milénio) foram as seguintes: 3º, 1º, 3º, 3º, 3º, 2º, 2º, 2º, 2º, 4º, 3º, 4º, 7º, 2º, 3º, 2º, 3º e 3º. Em dezassete anos ficamos oito vezes em terceiro lugar (47%) e onze vezes atrás do Benfica e do Porto simultaneamente (61%). Nos últimos cinco anos ficámos três vezes em terceiro lugar (60%), que corresponde às mesmas três vezes que ficámos atrás do Benfica e do Porto simultaneamente (60%).

Analisados os dados deste modo, aparentemente os (verdadeiros) sportinguistas não estiveram melhor do que os “croquetes”. Aliás, o Filipe Soares Franco foi quem obteve de longe os melhores resultados (que aos segundos lugares ainda se devem acrescentar as vitórias na Taça e Supertaça). Os (verdadeiros) sportinguistas protestaram mais, gritaram mais alto, mas quanto a melhoria de resultados tudo se traduziu em nada; e no fim o que conta, o que conta mesmo são os resultados. Como diria o Jorge Jesus, quanto a resultados: bola.

Estamos conversados e espera-se que acabe de vez a luta de classes no Sporting. Segundo Marx, a luta de classes irá determinar o fim do capitalismo e o fim da história. A mim não me dava jeito nenhum que determinasse o fim da nossa história. É que não tenho imaginação suficiente para alterar a programação habitual dos meus fins-de-semana. Não deixa de ser uma simples conveniência burguesa, mas espero que não me levem a mal.

25 comentários:

  1. Contra factos não há argumentos. E os números provam que o problema não é dos "fritos"!
    Sempre critiquei os termos sportingados, notáveis, brunistas ou croquetes.
    Nunca avaliei o antes e depois de Bruno de Carvalho apenas pelos resultados do futebol. Distingo o antes e o depois através dos lucros consecutivos vs PER, 170 mil sócios vs 94 mil, regresso de modalidades e pavilhão vs extinção de modalidades e casa as costas e títulos divididos entre os rivais.
    Bruno de Carvalho foi corrido antes que "pusesse a casa abaixo" graças ao bom senso dos sportinguistas. Já fez a sua parte e sou-lhe muito agradecido.
    Neste momento o Sporting é muito apetecível e isso explica que continuem a "nascer" candidatos como cogumelos.
    Porventura o próximo presidente terá melhores activos para realizar dinheiro em caso de necessidade(e sem antecipar dinheiro da NOS) que os Jeffren, Schars, Labyads, Xandão e Pranjic deixados por Godinho.
    SL
    JHC

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    1. Caro JHC,

      Muito sinceramente, acho que tem razão. O BdC fez o melhor que pôde e soube. A partir de certa altura, desatou a mandar tiros nos pés dele e dos adeptos e sócios. Os sócios não gostaram e tudo se acabou.

      Espero que a Presidência seja justa na avaliação do legado de BdC, naquilo que ele tem de bom e tem de mau. Espero sobretudo que não lhe façam a ele o que ele fez aos outros, alguns deles (nem todos) manifestamente não mereciam.

      SL

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    2. Junto-me a si neste desejo de justiça, caro Rui Monteiro.

      SL

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  2. Falta muita coisa nessa macacada que escreveste. Não deve dar jeito dizer.

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    1. Caro Anónimo,

      A expressão "macacada" é muito feliz se se tiver em consta certos leitores. Quanto ao jeito, não tenha dúvidas que me falta algum. Sobretudo para andar a insultar os outros. Não sou perfeito o que é uma pena.

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  3. Meu caro
    Os números, tal como o algodão, não mentem.
    No entanto, teria preferido que, por questões clubístico-ideológicas confesso, tivesse posto o “brunismo” como uma espécie exemplar de Capitalismo Popular mas há que dar espaço à criatividade.
    Quanto à História, já acabou! Eis a prova: «a Academia Portuguesa de História – que decidiu dar o título de académico honorário a Santana Lopes porque apoiou, como dinheiros da Santa Casa, a publicação da obra completa do Padre António Vieira».
    Esperemos que a História do Sporting resista, caso contrário teremos sempre a pesca.
    Um abraço

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    1. Caro Trindade,

      O Marx não é para aqui chamado, manifestamente. Santana Lopes é uma referência mais adequada. Pelos forma como governou o país enquanto primeiro-ministro e, manifestamente, pelo seu contributo para a história nacional. O Padre António Vieira é que também não tem culpa nenhuma.

      Um abraços

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  4. É preciso não só comparar os resultados no futebol profissional como também os respetivos ativos e passivos! Comparar também as assistências, o número de sócios, as infraestruturas! Basta falar no relvado que não tinha remédio! Comparar os títulos europeus de BdC em tão pouco tempo! Não é necessário tentar apagar BdC da história, mesmo com todos os defeitos que possa ter. É indesmentível que ele fez um excelente trabalho até fevereiro passado. Cometeu o enormíssimo erro de ter contratado JJ. Se o Caso cashball fosse real anularia desde já o que escrevi anteriormente. Mas o que veio a lume nos e-mails sobre o caso Bruma, de 2013, faz-me crer que estes casos que estiveram na génese da guerra civil leonina têm uma mão marota vermelha!

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    1. Caro Hélder Mestre,

      É verdade o que diz. É preciso ser justo na avaliação do do trabalho de BdC. Sabemos em que país vivemos e sabemos como tudo se vai fazendo no futebol português. Por isso sempre desculpei os resultados aos diferentes Presidentes do Sporting e ao BdC também. Enquanto as coisas continuarem como estão, quem está no Sporting exclusivamente pelos resultados está no clube errado e precisa de mudar para o outro lado da Segunda Circular.

      A futura presidência que não se ilude. A guerra contra o actual sistema do futebol português não é uma guerra do BdC. É uma guerra de todos os sportinguistas e de todos aqueles que quer verdade desportiva. Queremos acreditar nos resultados. Queremos ver jogos de futebol com jogadores e bola e mais nada.

      SL

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  5. Nessa esteira, o Sporting foi o campeão oficioso de 2015-16. Agora, vou esperar sentado que este oficioso se torne oficial.

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  6. Fiquei esclarecido, assim como a maioria daqueles que leem este blogue, que para o autor do mesmo, não é importante ganhar, na sua ideologia, para ser um bom sportinguista, deveremos todos ser submissos aos nossos rivais, sugerindo mesmo, que aqueles que sonham com um sporting vencedor e pujante, ( como estava a sef construido, antes da golpada ), devem mudar de clube, e afiliarem-se no vizinho da segunda circular. Aqui está retratado a mentalidade do sócio croquete, conformado com a sua sina de ser o tapete dos rivais, assim não sr rui monteiro!

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    1. Meu caro,

      Cada um lê o que quer ler mesmo que não esteja escrito. Quanto ao "croquete", quando vou a Alvalade pago do meu bolso e abasteço-me antes nas roulotes à base de sandes de entremeada. São gostos.

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    2. Quem está no sporting, exclusivamente oelos resultados, deve mudar para o vizinho da segunda circular. O que é que isto quer dizer? Na minha interpretação, o rui monteiro acha que o sporting, não deve ter uma cultura de vitória, como era o lema da direcção de bruno de carvalho, mas sim uma cultura de participar nas competições, só para fazer corlk presente, aconselhando mesmo os sócios que gostariam de ver o clube lutar em tidas as frentes para vencer, mudarem-sse para o nosso rival, porque eles sim teem uma verdadeira cultura de vitória,. Diga-me onde é que eu intrepretei mal?

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    3. Meu caro,

      A minha resposta ao Hélder Mestre é a seguinte:

      "É preciso ser justo na avaliação do do trabalho de BdC. Sabemos em que país vivemos e sabemos como tudo se vai fazendo no futebol português. Por isso sempre desculpei os resultados aos diferentes Presidentes do Sporting e ao BdC também. Enquanto as coisas continuarem como estão, quem está no Sporting exclusivamente pelos resultados está no clube errado e precisa de mudar para o outro lado da Segunda Circular.

      A futura presidência que não se ilude. A guerra contra o actual sistema do futebol português não é uma guerra do BdC. É uma guerra de todos os sportinguistas e de todos aqueles que quer verdade desportiva. Queremos acreditar nos resultados. Queremos ver jogos de futebol com jogadores e bola e mais nada".

      Tirou uma frase do seu contexto e interpretou-a de forma literal. No contexto da resposta ao Hélder Mestre quer dizer exactamente o contrário como se verifica.

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    4. Eu pergunto, a anterior direcção, não estava a lutar contra a máfia do futebol português? Eu pergunto, acha que os golpistas, que dirigem os destinos do clube, estão a defender os interesses do sporting, contra esta corja que domina e controla o futebol ( vide o caso bruma, e a implicação do benfica, na rescisão unilateral do atleta com o sporting ), nem uma palavra, nem uma noticia no canal de tv do clube, acha isto bem?

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  7. Caro Rui, pela primeira vez desde que o leio, acho que está claramente a ser desonesto.
    Se a análise a uma direcção de um clube como o Sporting fosse reduzida à classificação final no campeonato nacional de futebol, então não éramos quem somos hoje.

    Soares Franco foi bom? Aquele que fazia planteis miseráveis (o Paulo Bento fez milagres), vendeu todo o património não desportivo e mesmo assim só conseguiu uma vez não ter perdas, que foi quando vendemos o Nani?

    E não, isto não foi uma luta de classes, foi mais um enfrentar de interesses instalados no clube (à Trump). O Sporting teve gente capitalista que noutros tempos era adorada pelos adeptos, porque só queriam ver o clube ser grande. No final do milénio os descendentes dessas elites usaram o clube para enriquecer através de projectos financeiros, construção do estádio e negócios obscuros com a banca. A pré-falência (vá ver as cassetes de 2011/2012/2013) revoltou os adeptos contra os parasitas que corromperam o clube, logo veio alguém de fora do sistema para fazer uma limpeza, com o apoio do adepto comum.

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    1. Já para não falar da possibilidade de, com estas coisas das toupeiras em carnide, os campeonatos de 2014 e 2016 poderem cá vir parar onde quem mereceu

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    2. Caro Diogo Marques,

      Não vale tresler nem fazer juízos de intenção. Contraditório? Sim, o mais possível. Também se escreve para isso. Escreve-se para que haja discordância. Estou de acordo consigo e, mais, estou de acordo que discorde de mim sempre que entender.
      Não devemos meter os “croquetes” todos no mesmo saco nem amar profundamente quem odeia os supostos “croquetes”. Ficamos sempre presos na lógica de quem é a favor de uns é contra os outros e vice-versa, mesmo no meu caso que nem sou a favor de uns nem de outros, admitindo que eles existem (para mim, só existem sportinguistas e não os distingo).

      O Filipe Soares Franco foi péssimo. Foi o estertor do roquetismo sem Roquette. Salvou-o o Paulo Bento de quem temos uma dívida de gratidão. Gostava que um dia o homenageássemos em pleno estádio. Foi o único treinador que nos defendeu contra os seus próprios interesses, perante uma direção que passava o tempo muda e queda. Jogou com os jogadores que lhe deram, não exigiu nada, saiu pelo seu pé sem se bater pela indeminização e só não ganhou o campeonato porque isto é Portugal.

      O Brunismo é mais uma versão peronista ou trumpista do Sporting. O Brunismo é pior do que o BdC. O BdC procurou ganhar e fez o que pôde. Como disse, espero que as futuras presidências sejam justas com ele, no que fez de nem e no que fez de mal. No final, a fotografia dele permanecerá sempre na galeria do Sporting. O Brunismo é só uma manifestação de rejeição do passado. Esgota-se nessa rejeição e nesse ódio.

      Um abraço

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    3. Daqui a algum tempo, vocês vão ver o que é o brunismo. Quando o clube começar a definhar, e a voltar aos bons velhos tempos, ( para os 71% dos submissos ). Na minha opinião, não existe brunismo, coisa nenhuma, o que existe, são pessoas que apreciaram a luta de um homem que tentou rumar contra o sistema, e que foi vitima da sua péssima maneira de comunicar, eu próprio reconheço, que muitas vezes, não tinha pachorra para o ouvir, no entanto, consigo separar o homem do essencial, que era a defesa intrasigente do clube, face aos nossos inimigos, e digo inimigos, porque, nós não temos adversários, temos inimigos, que nos querem aniquilar, basta ver o tratamento que é dado ao nosso clube, pela comunicação social, não se iludam com as tréguas,nesta altura, logo que o clube volte a incomodar aqueles que mandam no futebol português, os ataques vão voltar.

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  8. Caro Rui,

    Uma coisa é análise, outra é panfletismo. Vejo que fizeste uma análise e que a malta na caixa de comentários comenta como se tivesses escrito um panfleto de campanha. É sobre os pressupostos da análise que nos devemos debruçar.

    Assim, concordo claramente com:

    1) A tua analogia a uma luta de classes, embora Bruno de Carvalho tenha um perfil mais Sidonista que Leninista. Mas é evidente que ele liderou uma revolta contra a elite do sindicato bancário+construção que liderou o clube e que não só caiu em desgraça com o 7º lugar, como caiu em desgraça no país com BPN, BES e Troika. Creio que sem um destes eventos não havia Bruno (pelo menos em 2013). A queda de Bruno não se deve só a si, mas também ao contexto que mudou. Gasset não diria melhor.
    2) A avaliação dos sócios é muitíssimo influenciada pelos resultados do futebol. A aposta de BdC nas modalidades ajudou a mitigar essa focalização no futebol. Diminuiu, mas se formos ver todos os blogs do Sporting, passam 90% do tempo a escrever sobre futebol. Ou seja, ontem e hoje são os resultados desportivos do futebol que determinam o tempo que dura um presidente. Seja porque é corrido (Roquette, Dias da Cunha,...), seja porque não aguenta a pressão de ter de ganhar (Bruno). Em suma, os méritos financeiros, de número de sócios, de número de adeptos, etc, etc… de Bruno de Carvalho, são elogiáveis, mas contam pouco no final das contas.

    O que não concordo:
    A perceção desportiva do adepto não é só determinada pela posição na tabela, mas pela distância a que acabas do primeiro e pelo número de pontos que alcanças. É totalmente diferente acabar em 2º a 20 pontos, e ter ficado fora do campeonato em novembro, ou lutar até maio. Com Bruno de Carvalho a distância para o primeiro reduziu-se muito. E com JJ fizemos duas épocas com um número de pontos acima do que se fez antes. Ou seja, houve uma trajetória de perda de competitividade entre 2002 e 2013, especialmente assinalável depois de Soares Franco e uma recuperação muito grande nos últimos 5 anos. Mas claro, quanto a títulos a coisa foi “bola”, como dizes.
    SL


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    1. Caro Sérgio,

      A história do Sporting é uma excelente alegoria da economia e da sociedade portuguesa no pré-Troika. Uma suposta elite mancomunada com a banca e a construção civil pilhou até mais não. Ganharam dinheiro neste modo de vida e ainda tiveram direito a condecorações e a passearem a sua venalidade num televisão, num jornal ou numa revista cor-de-rosa perto de si. É esse contexto que explica também a ascensão do BdC.

      Esta perceção do país e das instituições mudou e isso muda as circunstâncias do Sporting e do BdC. Mas considero que a queda do BdC se deveu exclusivamente à incapacidade de gerir a pressão de ganhar. Essa pressão não veio tanto dos adeptos e dos sócios (estamos habituados). Veio dele próprio. Ele falhou face aos resultados que se propôs alcançar e com os quais viveu sempre obcecado. A obsessão foi tanta que se meteu nas mãos do Jorge Jesus como se ele fosse o Rei Midas.

      Estou de acordo com o teu desacordo. O Sporting ganhou competitividade relativa face aos rivais nos últimos cinco anos. Em dois deles, fizemos muito mais ponto do que o costume. Mas também é verdade que já não aguentava mais o futebol dos últimos dois anos. Não se gasta tanto dinheiro para se jogar tão pouco.

      SL

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  9. A sporting tv, agora, mais parece a cm tv e a tvi, nem uma noticia sobre os emails, que implicam o benfica, na tentativa de desviar bruma de alvalade. Porque será? Os 71% devem estar radiantes, agora sim voltamos aos bons velhos tempos de submissão aos nossos rivais da segunda circular.

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    1. Meu caro,

      Como disse na resposta anterior: A futura presidência que não se ilude. A guerra contra o actual sistema do futebol português não é uma guerra do BdC. É uma guerra de todos os sportinguistas e de todos aqueles que quer verdade desportiva. Queremos acreditar nos resultados. Queremos ver jogos de futebol com jogadores e bola e mais nada".

      Espero que a SportingTv seja um instrumento de denúncia fundamental. Agora a denúncia e a crítica não precisam de ser feitas aos gritos. Têm de ser feitas com inteligência e sentido estratégico. Os 71% nos quais me incluo querem tanto essa submissão como os restantes 29%. Querem todos porque todos são sportinguistas.

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  10. Caro Rui,

    Parabéns pelo excelente texto. A analogia com a luta de classes e com Marx é simplesmente genial.

    No essencial concordo e acho que posso acrescentar uma analogia culinária. Ainda que sejam conhecidas as consequências do consumo de fritos para a saúde, eu arrisco a dizer que o problema não está nos 'croquetes' mas na qualidade dos mesmos. Enquanto tivemos José Roquette, Dias da Cunha ou Soares Franco como Presidentes podemos discordar quanto a parte do estilo ou do conteúdo, mas no futebol é mais ou menos objetivo que não andámos mal de todo. O pior foi a progressiva degradação da qualidade do 'croquete', com os desastrosos Bettencourt e Godinho Lopes, que conseguiram agravar o crónico insucesso desportivo e ainda deixar o clube à beira da falência.

    E é nesse aspeto que o 'presidente do povo' esteve muito bem. Recuperou o clube de futebol falido e transformou-o num clube eclético poderoso, com saúde financeira. O problema foi, como mostra claramente no seu texto, que não resolveu o problema do insucesso desportivo no futebol e, séria agravante, provou ser incapaz de lidar com isso, acumulando erros no que à gestão do futebol sénior diz respeito. E sejamos francos, independentemente da receita que seguirmos, assegurar sucesso desportivo do futebol sénior é o prato principal no que ao presidente do Sporting diz respeito.

    SL

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    1. Caro João,

      Não sei se meto o Soares Franco junto do Dias da Cunha e do José Roquette. Aliás, estes dois últimos ganharam cada um o seu campeonato. Mas não disponho de informação muito relevante para fazer juízos definitivos. Agora, definitivamente o Bettencourt e o Godinho Lopes foram autênticos desastres.

      O BdC esteve bem. O principal problema dele é ele mesmo. Não consegue lidar com a frustração. Foi ele que colocou pressão sobre ele próprio. Ao colocá-la, acabou a tentar culpar os jogadores, que até podem ter culpas, mas no limite quem os contratou foi ele e ele e só ele é o principal responsável. Depois do jogo de Madrid, passou a culpar os sócios e adeptos. A partir daí o caldo entornou-se de vez.

      SL

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