O resultado é enganador. As coisas foram difíceis. O Marítimo é uma boa equipa e jogou bem. As diferenças estiveram nos detalhes. Mas também é verdade que são os detalhes que fazem a diferença quando as equipa se equivalem.
Na primeira parte não estivemos muito bem. Talvez sirva de desculpa o facto de termos atacado para a parte do relvado em pior estado.
Na segunda parte as coisas começaram a mudar praticamente a partir do nada. Um cruzamento do Capel e, de repente, o Carrillo estava a cabecear para o golo. O Wolfswinkel encosta-se a um central na disputa de uma bola e este quando dá conta já ele se tinha virado e corria para a baliza (andámos anos a ver o Liedson fazer isto). Falta em desespero, penalty e expulsão. O Wolfswinkel resolveu complicar e rematou ao poste. Nova corrida, nova viagem. O Carrillo tenta meter o Rossio na Betesga e mete-o. Falta e novo penalty. Wolfswinkel redime-se e marca o segundo golo.
Parecia tudo acabado, mas o Marítimo não se queria dar por vencido. Oportunidades de um lado e do outro. Até que o Ínsua, farto daquilo tudo, remata fortíssimo contra a cabeça do guarda-redes e na recarga, como quem bebe uma mini e come um prato de tremoços, cabeceia para o terceiro golo. Até pareceu fácil.
O que é que se pode dizer mais? Quando tudo parece um sarilho, eis que aparece o Carrillo (inventei esta com a minha filha; agora não digam mal, vejam lá).
É mais gira e original do que o "vitória encarrilhada". :)
ResponderEliminarQuanto ao jogo, foi bem mais difícil que o resultado deixa transparecer, pois se temos sofrido um golo primeiro... Mas o mais importante foi conseguido, estamos nas meias, o Wolfswinkel é mesmo o Iceman, à segunda (e para o mesmo lado!)e após provocações, não falhou e há muito tempo que só se fala no Rui Patrício mas por boas razões.
Uma nota só pró João Pereira, que, por vezes, parece-me algo displicente e que era algo que no início da época parecia estar resolvido.
SL
Se há cinco meses, com um plantel, treinador e direcção novos, me dissessem que seríamos a única equipa portuguesa em todas as frentes, ainda que com um atraso de seis pontos naquilo que é o mais importante, o campeonato, comprava sem hesitar. É, também, uma perspectiva redutora: podíamos estar em todas as frentes por favor, ou mera sorte. Mas a ideia que passa é precisamente o contrário: o potencial da equipa está apenas a meio gás. A pergunta que se impõe fazer é: alguma vez poderemos fazer uso de todas os ases de trunfo que temos? Ainda hoje perdemos mais um, o carriço. Não vejo isto acontecer com a passarada e os da fruta...
ResponderEliminarPs: a minha gamebox é ao pé da bancada de imprensa e por isso nunca vejo a bancada superior da central e os topos das superiores, mas hoje fiquei ao pé do relvado. Que maravilha. Percebe-se menos bem os foras de jogo e o que se passa à distância mas ali ao pé da acção é fantástico, só lamentei (e estranhei) a escassa assistência. Reparei que na segunda parte vários dos nossos se divertiam dentro de campo a jogar à bola. É a importância de nos adiantarmos no marcador relativamente cedo. Temos de o fazer mais vezes, como já fizemos esta época. Ir à bola voltará a ser fixe.
Ps 2: vários jogadores merecem louros, mas, cinco meses depois, há um que me enche as medidas: Schaars. É o nosso treinador dentro de campo e é um craque. Mas que presença.. Inteligente à brava, tecnicista, solidário, tranquilo, comprometido. Foi o último a sair de campo e deu a volta ao estádio. Se algum camião de euros ou libras levar o Patrício (vénia) depois do Europeu voto nele para ser o nosso capitão.
SL
Schaars, Rinaudo, Wolverine, Capitao America, Carrillo , tudo jogadores que a cada jogo me fazem lembrar o Queridas Manhas e a sua cronica fantástica de inicio de época. Hilariante :D
ResponderEliminarSL
Agora estou numa fase que quero e tenho visto os jogos do nosso clube do pricipio ao fim (com as declarações finais do Domingos incluidas). Isso é bom sinal. Já lá vão os tempos em que saia da sala, apagava a televisão e ia fazer outra coisa qualquer. Mas ontem o meu filho não me acompanhou. Disse que não estava para sofrer. O que ele perdeu. O Cota do Pai com grande fezada e o filho com a mania que tinha mais coisas importantes para fazer.Era o percurso final da Taça de Portugal em jogo. Grande segunda parte mas o Maritimo tambem ajudou. Algumas daquelas facilidades não iremos ter de certeza no jogo contra o Porto mas acho mesmo assim temos equipe para eles. O que me chateia é que os verdadeiros momentos de inspiração demoram demais a aparecer. As equipas estudam-se tacticamente, ninguem quer cometer erros (que depois são impensaveis de recuperar), "encaixam-se uma na outra" e por isso os inicios e meios das 1ªa partes são quase sempre muito irritantes porque até se dá o caso do adversário poder aproveitar em alguma das circunstancias. Ontem com as habilidades de A S Dias na 1º parte (amarelos mal mostrados, faltas cirurjicas marcadas contra os nossos e outras não marcadas ao Maritimo) as coisas não estiveram faceis. E nós precisamos tambem de ter um relvado em condições para explanar e deixar vir ao de cima a melhor tecnica dos nossos jogadores. Temos de ver o que se passa nesse aspecto pois o Inverno só agora chegou e as dificuldades vão aparecer.
ResponderEliminarMas voltando ao jogo e depois de uma falta ao nosso Andre na área que ficou por marcar (e ainda levou amarelo) o golo de Carrilho deu outra postura á equipe que pareceu mais desinibida e pressionante. O Maritimo jogava com dez e nunca mais foi a mesma equipe. Depois foi o que se viu. Grande joga que podia ter acabado em goleada.
Agora,no Janeiro do Ano Novo vem o Porto e as pressões sobre os arbitros. Não tenhamos medo. Podem vir completos e com todas as manhosices,que serão bem recebidos, com a arte de jogar bem á bola. O queremos é que os nossos jogadores não se amedrontem joguem desclompexados porque eles não são, nem têm nada de especial. Se ganharmos encurtamos distancias mas se perdermos ou empatarmos ficaremos demasiado longe. É isso que todos nós não queremos para , mesmo atrasada, ser uma boa prenda de Natal (que neste caso poder+á ser de... Reis)
Caro Captomente,
ResponderEliminarDepois de falhar o primeiro penalty, estava a ver que o Wolfswinkel tinha perdido o dom. O Patrício é cada vez mais o melhor guarda-redes português e um dos melhores da europa.
SL
Caro Rui Coelho,
ResponderEliminarQuando o Schaars pega no jogo, as coisas mudam completamente. Dá ideia que há uma equipa com ele e outra sem ele.
De facto, está-se a construir qualquer coisa de absolutamente impensável há uns meses atrás. O Domingos é treinador, digam lá o que disserem.
SL
Caro anónimo,
ResponderEliminarGosto particularmente do que se foi dizendo sobre o Onyewu. Estão todos a engolir as parvoíces que foram dizendo. Se tem jogado contra o Marítimo para o campeonato, nunca tinhamos perdido o jogo.
SL
Caro Fernando Sousa,
ResponderEliminarEspero que a nossa Direcção não ande a dormir. A equipa e o Domingos têm-se mantido impassíveis perante todas as pressões e roubalheiras.
SL
Da gosto ver jogar este Sporting e os coveiros do Patricio durante anos devem andar agora a morder a lingua de raiva.Forca Rui
ResponderEliminarMais um comentário a favor do Schaars. O meu lugar é no topo Norte, na baliza onde foram os dois penalties do Wolfswinkell. No segundo, cheio de pressão em cima, haviam vários jogadores do Marítimo sempre a rodear o Wolf, tiravam a bola do sítio, mandavam-lhe bocas, falavam ao ouvido dele (não sei se notaram tudo isto na TV), sob o olhar atento e calmo de muitos jogadores do Sporting (anjinhos, vá). Eis que chega Schaars, dá um empurrão e tira a bola das mãos de um dos tipos do Marítimo, dá outro empurrão e ameaça outro dos tipos e dá a bola ao Wolf para marcar o golo. Foi uma grande voz e figura de autoridade do Sporting, num momento de bastante pressão sobre os nossos jogadores.
ResponderEliminarAqui fica o link para o momento: http://www.youtube.com/watch?v=a-gcd9tsRZY&feature=related
ResponderEliminarVejam ali entre o segundo 10 e o segundo 20.