Trabalho é trabalho; conhaque é conhaque. Nunca soube muito bem o que isto queria dizer. Deve ser qualquer coisa como um “slogan” de prevenção rodoviária, mas em relação ao trabalho. Qualquer coisa como: “se trabalhar não beba conhaque; se beber conhaque não trabalhe”.
Hoje era dia de trabalho e, portanto, não era dia de conhaque, perdão, de Sporting- Belenenses. Só ouvi uma parte do relato no rádio do carro entre o final da primeira parte e meados da segunda. É sempre muito divertido pressentir os locutores e comentadores de monco caído quando o Sporting marca um golo. Porque o Belenenses estava a jogar melhor; porque o Belenenses tinha tido mais oportunidades; porque o futebol é isto mesmo e isto mesmo não é bom se for bom para o Sporting.
Vi o último quarto de hora e o resumo do jogo. Parece-me existir um problema quando jogamos contra equipas que se fecham muito lá trás, como o Belenenses, hoje, ou o Benfica, na última jornada do campeonato. O Wolfswinkel fica muito sozinho na frente. Aí, ou os extremos jogam mais em zonas interiores ou os médios têm que chegar à área ou próximo dela para rematar. Mas nem sempre isso acontece ou quando acontece parece faltar fogo nas botas para rematar de fora de área.
Enfim, talvez não fosse má ideia testar um modelo alternativo com dois pontas-de-lança. É porque ou muito me engano ou esta táctica do José Mota vai-se repetir mais vezes.
Caro Rui,
ResponderEliminarSe esta táctica do José Mota se repetir?!... Então se até o benfas a utiliza, o que hão-de fazer os outros pobres coitados?!... Ná!... Acho que com outro PL não seremos tão fortes. Assim de 2-0 em 2-0, com mais autocarros ou mais "motas", acho que está muito bem... E, por ironia do destino, até foram 3-0, mas a bandeira tremeu na mão do boneco e zás, pôs-se em pé... É precisa muita "paciência"!...
Um abraço
O texto que escreveste é basicamente igual ao meu comentário sobre o jogo, com o sublinhar de que passámos mesmo um mau bocado na primeira parte. Não soubemos o que fazer com a bola. Não jogámos rápido, não circulámos a bola, não houve dinamismo dos jogadores, não optámos por um futebol directo, só jogámos lento na versão asneiras, expondo-nos a contra-ataques com o Onyewu armado em médio centro, em construtor de jogo (!?). Alguém tem de vir buscar a bola.
ResponderEliminarÉ preocupante porque isto que o belenenses fez será feito por mais equipas, em melhor. A presença do bojinov numa das alas devia resolver parte do problema do isolamento do wolfs, mas hoje a ilha foi mesmo o bojinov. Não o vi em campo. Com espaço para jogarmos - o Beleneneses entusiasmou-se... - claro que a conversa foi logo outra, ao invés dos golos limpos anulados em alvalade, aí a conversa é sempre a mesma.
SL
Caro Álamo,
ResponderEliminarO modelo alternativo é para certas situações de jogo em que é preciso criar novos problemas ao adversário. É alternativo e, por isso mesmo, é para ser adoptado em certas situações mais extremas (nos últimos jogos o Sporting quando ficou a perder nunca mais recuperou).
SL
Caro r.c,
ResponderEliminarDe facto, a colocação do Bojinov numa das alas visa resolver um pouco este problema de meter mais gente na área em certas circunstâncias.
Outro problema também é que ao termos um trinco mais posicional, temos mais dificuldades de atacar com equipas que defendem mais atrás. Fica gente a mais cá atrás (dois centrais e um trinco) e falta gente no meio e à frente. Contra o Benfica, quando ficaram com 10, essa deficiência foi notória (o André Santos não resolveu esse problema).
SL
Por acaso não acho que o problema seja tanto de jogar com 1 ou 2 avançados.
ResponderEliminarO nosso grande problema que existe desde o inicio da época, é a equipa não estar treinada para jogar e aproveitar o centro do terreno (a chamada zona 10) para construir lances de ataque (muito raro quando o faz).
É uma coisa que o SLB faz muito bem, por exemplo. E oferece mais soluções do que atacar só pelos flancos como nós fazemos quase exclusivamente.
Boas,
ResponderEliminarTal como foi dito pelo r.c., ontem o problema não terá sido falta de presença na área contrária.
Faltou-nos sim, um armador de jogo, que viesse buscar a bola cá atrás e assumisse o controlo jogando e fazendo jogar.
Cheguei a pensar que Elias ou Schaars, pudessem assumir esse papel, mas parecem não ter características para isso.
Assim sendo, Matias Fernandez deve ser o jogador mais apto de desempenhar essa função, pelo centro, e não pela direita, como tem vindo a ser desaproveitado nalguns jogos.