sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A história do Dier contada às crianças

Li no blog a Norte de Alvalade a entrevista do Dier ao Record. A entrevista é esclarecedora sobre o que escrevi aqui.

Os jogadores querem receber a mais alta remuneração possível com a mais baixa cláusula de rescisão possível também. Os clubes querem pagar a mais baixa remuneração possível com a mais alta cláusula de rescisão possível também.

É possível encontrar um ponto de equilíbrio por vezes. A maior das partes das vezes não é.

Quando os jogadores são bons, saem quando lhes aparece a proposta mais vantajosa possível. Os clubes tentam ganhar o maior encaixe possível com essa saída.

Quando os jogadores são maus, os clubes tentam rescindir com eles pagando o menos possível ou dispensando-os para os locais mais improváveis. Os jogadores resistem enquanto podem para obterem a maior indemnização possível.

No fim, isto é bom para os clubes que apostam na formação? Não é. Mas é bom para os jogadores e para os clubes que os recebem.

3 comentários:

  1. Haverá alguma universidade privada, bem gerida, que não acumule lucros apreciáveis no fim de cada ano lectivo? Porquê?!...

    SL

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  2. o nortito de alvalade não podia perder a opurtunidade de postar a entrevista desse bife ingrato, um bom lambuças será sempre um lambuças morto e enterrado, aí teremos um lambuças porreiro.

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  3. Caro Rui,

    Na realidade o futebol deve ser dos únicos negócios em que os funcionários enriquecem à custa de uma empresa falida. No caso português é ainda mais flagrante.
    O Sporting, depois de reestruturar a sua dívida, é um clube minimamente estável mas que herda um herança tão triste e desesperante que tem de marcar posição.
    Que clube no mundo é que cede 75% de um jogador após uma compra, por menos um milhão, e depois ainda garante 20% ao clube a quem comprou? Só um doido faz este negócio, sabendo que só poderia recuperar parte do passe em Setembro de 2015.
    Quanto a Slimani, forçou a saída do antigo clube por rescisão e agora quer ganhar uns milhões valentes outra vez.
    Mas o que eles se esquecem é de que assinaram os contratos, com duração de mais três anos, de alma e coração.
    Eu também posso achar que mereço mais dinheiro, faço tudo a tempo e horas e ainda mais do que devia, mas se pedir um aumento passado uns meses, o meu patrão vai-se rir. Não é por isso que deixo de aparecer no escritório...

    Mais uma vez, o Sporting tem de lidar com pressões de empresários, jogadores e fundos e vai ter de ceder. Isto depois de um ano em que achámos todos que isto tinha acabado.

    É uma herança pesada, de facto...

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