Li no blog a Norte de Alvalade a entrevista do Dier ao Record. A entrevista é esclarecedora sobre o que escrevi aqui.
Os jogadores querem receber a mais alta remuneração possível com a mais baixa cláusula de rescisão possível também. Os clubes querem pagar a mais baixa remuneração possível com a mais alta cláusula de rescisão possível também.
É possível encontrar um ponto de equilíbrio por vezes. A maior das partes das vezes não é.
Quando os jogadores são bons, saem quando lhes aparece a proposta mais vantajosa possível. Os clubes tentam ganhar o maior encaixe possível com essa saída.
Quando os jogadores são maus, os clubes tentam rescindir com eles pagando o menos possível ou dispensando-os para os locais mais improváveis. Os jogadores resistem enquanto podem para obterem a maior indemnização possível.
No fim, isto é bom para os clubes que apostam na formação? Não é. Mas é bom para os jogadores e para os clubes que os recebem.
Haverá alguma universidade privada, bem gerida, que não acumule lucros apreciáveis no fim de cada ano lectivo? Porquê?!...
ResponderEliminarSL
o nortito de alvalade não podia perder a opurtunidade de postar a entrevista desse bife ingrato, um bom lambuças será sempre um lambuças morto e enterrado, aí teremos um lambuças porreiro.
ResponderEliminarCaro Rui,
ResponderEliminarNa realidade o futebol deve ser dos únicos negócios em que os funcionários enriquecem à custa de uma empresa falida. No caso português é ainda mais flagrante.
O Sporting, depois de reestruturar a sua dívida, é um clube minimamente estável mas que herda um herança tão triste e desesperante que tem de marcar posição.
Que clube no mundo é que cede 75% de um jogador após uma compra, por menos um milhão, e depois ainda garante 20% ao clube a quem comprou? Só um doido faz este negócio, sabendo que só poderia recuperar parte do passe em Setembro de 2015.
Quanto a Slimani, forçou a saída do antigo clube por rescisão e agora quer ganhar uns milhões valentes outra vez.
Mas o que eles se esquecem é de que assinaram os contratos, com duração de mais três anos, de alma e coração.
Eu também posso achar que mereço mais dinheiro, faço tudo a tempo e horas e ainda mais do que devia, mas se pedir um aumento passado uns meses, o meu patrão vai-se rir. Não é por isso que deixo de aparecer no escritório...
Mais uma vez, o Sporting tem de lidar com pressões de empresários, jogadores e fundos e vai ter de ceder. Isto depois de um ano em que achámos todos que isto tinha acabado.
É uma herança pesada, de facto...