quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Fundos e férias

Férias são arroz de lingueirão, massada de peixe, chocos de coentrada, tudo regado, à falta de melhor, com Torre de Menagem, que está barato num qualquer hipermercado perto de si. São também as promessas de recuperação das leituras que deixámos para trás durante o ano e de revisão dos programas para o próximo ano letivo.

Estou a ler uma biografia do Karl Marx do Isaiah Berlin. Ao mesmo tempo, estou a rever os apontamentos de gestão para o próximo semestre.

A biografia inicia-se como uma frase de Joseph Butler. “As coisas são o que são e as consequências delas serão o que serão: porque desejamos então ser enganados?”. Espero que ninguém esteja a enganar-se a si próprio e aos outros. Espero que ninguém se deixe enganar.

Na gestão das organizações, existem várias formas de antecipar as eventuais consequências imprevisíveis das decisões que se tomam. Só assim ninguém se deixa enganar nem engana os outros. Basta provisioná-las devidamente. Se assim for, os efeitos nos resultados do Sporting decorrentes da rescisão do contrato com o Doyen são reduzidos. Se tudo correr bem, há pavilhão. Se não correr, fica para a próxima.

7 comentários:

  1. Oh homem, mas que formidável aborrecimento ler a biografia de Karl Marx durante as férias. Já eu, depois de um fantástico bacalhau de cebolada e fricassé, estou a ler o seu blogue que é sem dúvida muito mais fresco e apetecível que a literatura que agora o cavalheiro abraça.

    Apesar de tudo, parece-me que Marx (Karl) será mais utópico do que o Sporting campeão. Ou serão os meus olhos?

    Boas férias e dê-se ao trabalho de aqui escrevinhar amiúde. Faz-nos bem.

    Um abraço,

    Abade Ferrão


    Post Scriptum: Bakunin acertou quase que em cheio »nas eventuais consequências imprevisíveis das decisões que se tomam«. O Manha apesar de vermelho não acerta uma.

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    1. Meu caro,

      Estamos em desvantagem. Não me posso ler a mim próprio. Mais, parafraseando Marx, o Grouxo, jamais leria um blogue que aceitasse um blogger como eu.

      Um abraço

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    2. Bom dia cavalheiro,

      Preciosa a sua citação do nosso amado Groucho. Mas não leia, escreva só. Não reveja o texto. Já todos percebemos que eventuais erros ortográficos que possam acontecer ― e acontecem a todos nós ― serão fruto do rigor das estatísticas e não tirarão qualquer prazer à leitura dos seus textos. Aliás, creio que ambos os Marx apreciariam bastante o seu estilo.

      Quanto ao capital, nmmo, ele é, e será sempre, selvagem. Cabe-nos a nós domesticá-lo e fazer uso dele proveitoso quanto o nosso engenho permita. Qual será neste momento o valor do capital de confiança adquirido nestes últimos tempos pelo universo Sportinguista?


      Um abraço,

      Abade Ferrão

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  2. Naturalmente de acordo: "... Se assim for, os efeitos nos resultados do Sporting decorrentes da rescisão do contrato com o Doyen são reduzidos. Se tudo correr bem, há pavilhão. Se não correr, fica para a próxima.".

    Penso que terá sido por aí que passou o raciocínio do Presidente e do Vice da finança. Bruno de Carvalho e Carlos Vieira, terão jogado pelo seguro: os tempos exigem-no! Logo, corações ao alto e continuação de boas férias!...

    SL

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    1. Meu caro,

      O Presidente o que disse foi o mesmo que eu disse só que por outras palavras. A receita é contigente.

      SL

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  3. Ah e já agora, sendo que será conveniente usar antes o espanador, invejo-lhe a leitura! Haverá por aí tanta coisa a fazer ao... capital!...

    Será que alguma vez o Sol brilhará?! Acho que irei embora antes...

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    1. Meu caro,

      Nesta altura, basta-me o sol de Troia. Agora quando vejo aplicações financeiras em futebolistas, acho que o capitalismo está louco.

      SL

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