domingo, 10 de agosto de 2014

Passando pelas brasas

O trabalho tem sido muito e debaixo de alguma pressão. O cansaço é muito. Os dias de Tróia a comer arroz de lingueirão e chocos de coentrada ainda estão longe.

Sento-me à secretária a ver se cato um “streaming” marado qualquer para ver o jogo do Sporting contra o Nacional de Montevideu. A expectativa não era muita. O jogo contra o Gijon deixou-nos desconfiados.

Não jogámos mal. Estamos bem no que já estávamos. No que não estamos bem, também nunca estivemos. Vi o jogo enquanto ia passando pelas brasas.

A defesa parece continuar sólida. Aparecem jovens promessas da Academia. Contratam-se mais uns tantos centrais, mas o Maurício parece não dar hipóteses a ninguém. Não é brilhante, mas não perde a primeira bola de cabeça. O jovem francês não parece mau. É lento, mas é grande. Os laterais também não comprometeram a defender. O Montevideu não criou uma oportunidade de golo nem esteve perto de a criar.

O meio-campo é o que conhecemos. Com o Willian Carvalho somos uma equipa. Sem ele, somos outras. Não está ainda em grande forma. No entanto, agora que ganhou estatuto já dá umas porradas como devem ser dadas. O Adrien e o André fazem o que podem e sabem. Nem sempre sabem ou podem tanto como gostaríamos.

O pior está no ataque. O Carrillo, uma ou outra vez, parece que sabe o que está a fazer. O Heldon nem isso. A quantidade de jogadas promissoras de ataque que acabam num centro para a molhada é impressionante. Todos os defesas sabem sempre o que os nossos extremos vão fazer. Ou isto muda ou vamos ter uma época como a do ano passado. Sempre a sofrer o tempo todo. Fomos felizes. A felicidade não dura sempre.

O Slimani continua com vontade, mas, hoje, só a vontade é que pôde ser avaliada. O Mané esteve melhor hoje. Fez umas arrancadas pelo meio interessantes.

O Marco Silva não estragou nada. Há quem pense que é pouco. Não é. Mas precisa de fazer mais alguma coisa no ataque. Não se podem desperdiçar lances sobre lances de ataque por má decisão dos extremos.

2 comentários:

  1. Caro amigo
    Eu estou de férias, ainda em casa mas de férias, só vim à tona para pedir tremoços e um par de galochas mas já que aqui vim deixo um abraço…e uma ou duas opiniõezinhas.
    Quanto ao Sporting também acho que mais vale não alinharmos nas análises tipo catavento da imprensa e acharmos que tão depressa “estão no caminho certo” como “estão bem longe do sucesso”. A equipa é semelhante e joga como no ano anterior. O treinador não me parece pior que o anterior. Tudo somado não parece mau e promete bons resultados, pelo menos se continuarem todos, outros resultados assim-assim e outros de m… como no sábado. Os jogadores bons continuam a ser bons e a serem essenciais à equipa (Adrien, William, Maurício & Rojo, etc.), outros, como o Capel, continuam iguais a si mesmos e neste caso isso não é uma boa notícia. O Mané, agora que parece estar garantido na equipa principal, começa a lembrar-me o Djaló, o dos momentos maus. Já agora espero que o sportinguista Paulo Portas não se lembre de emprestar o cronómetro dele para marcar quantas semanas, dias, horas, minutos faltam para o golo do Montero. Já o Carrilho despertou para o futebol total e até já defende. Dos novos, se alguns já deixaram a sua marca mostrando que podemos contar com eles, outros ainda me deixam muitas dúvidas. O caso mais enigmático é o do Geraldes. Mesmo achando que só posso estar errado e que o rapaz não pode ser assim tão mau, o melhor que posso dizer dele é que tem uma IMENSA margem de progressão.
    Quanto ao resto… Em relação ao primeiro troféu nacional o Rio Ave parece que fez tudo para não o perder mas esqueceu-se que nestas coisas às vezes é preciso tentar ganhar. Eu sei que é difícil com um treinador bazófias como o Pedro Martins e com um central como o Prince mas tem que fazer um bocadinho mais. Já o Duarte Gomes está em forma. O resto não vi, como disse estou de férias, não estou para me chatear.
    Um abraço

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    1. Meu caro,

      Boas férias. Em Coimbra é que vai ser a sério.

      Um abraço

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