São os pormenores que decidem os campeonatos. Só que os pormenores não ficam para a história dos vencedores. Há dois anos o Benfica ganhou o campeonato. Ninguém se atreve hoje a dizer que não foi com mérito. Não me ocorre dizer que não foi também. O contrafactual não muda a realidade; nem sequer a reescreve. O Benfica jogou metade da época contra dez jogadores. É um facto. Sem isso teria ganho o campeonato na mesma? Não sei. Nunca saberemos. O que sei é que não me lembro de, em Alvalade, alguma equipa adversária ter visto jogadores expulsos, contrariamente ao que aconteceu com os jogadores do Sporting.
Os árbitros são o que são e daí não vem nada de novo. Agora, os jogadores, treinadores, direcções e adeptos têm feito o que devem para alterar esta situação? Não. O que é preciso fazer?
Primeiro, não vale a pena andar a reclamar com o árbitro quando já estamos a perder ou a empatar a quinze minutos do fim por não expulsar os adversários depois destes terem feito sucessivas faltas. Quando um jogador sofre uma falta mais dura e antidesportiva, nem que seja a primeira, tem que se atirar para o chão e contorcer-se como se o tivessem matado. Depois, a equipa deve organizar imediatamente o “moche” respectivo sobre o árbitro. Não estou a defender que andemos a correr atrás do árbitro pelo relvado fora como os do Porto fizerem com o José Pratas. Só temos que fazer sem exageros o que faz qualquer equipa que não seja uma equipa de meninos. O treinador e o banco também têm que ajudar. Por fim, o público tem que apoiar. É preciso assobiar e apupar o antijogo dos adversários e os árbitros que com ele contemporizam.
O Javi Garcia foi expulso no ano passado em Braga por várias razões. A principal não foi a de ter esmurrado o adversário. Andou a fazer o mesmo ao longo de toda a época e não foi expulso por isso. Foi expulso porque o Alan levou um soco no peito e deitou-se no chão aos gritos e a rebolar-se agarrado à cabeça. Foi expulso porque o banco do Braga se levantou imediatamente e, com o resto da equipa, organizou o respectivo “moche” junto do árbitro. Foi expulso porque a assistência não teria permitido outra decisão.
Será que vamos fazer o que devemos ou continuamos, como habitualmente, a assobiar os nossos jogadores? Depois não venham com as habituais lágrimas de crocodilo no fim dos jogos.
E tem o amigo toda a razão...: numa circunstancia dessas os jogadotres do Sporting devem de imediato pressionar (sem exagerar) o árbitro...
ResponderEliminarIso mesmo...!!
E sabe o prezado consócio o que certamente acontecerá...? - É simples...:
Ao jogador adversário...nada vai acontecer e quantos aos do Sporting...
Têm mesmo uma possibilidade muito elevada de lavarem cartões amarelos (e é uma sorte se ficarmos por aí...), e o mesmo acontecerá no banco...não me admirando mesmo nada que até o treinador vá mais cedo para os balneários...
Meu amigo "o sistema" não é uma miragem, existe mesmo e enquanto as instancias do Futebol não forem suficientemente "higienizadas"...o Sporting continuará para a maioria desses biltres...
A ser o bombo da festa...e a servir de exemplo aos mais fracos...!!
Leão do Oeste
Contra mim falo.
ResponderEliminarNunca escrevi tanto sobre futebol e relativamente á minha equipe como neste defeso. Mas o que eu gosto mesmo é de futebol. Com 5 ou 6 anos o meu avô contrariado emprestava-me umas botas de caça para eu dar uns valentes biqueiros na bola e nas canetas do Reinaldo que era filho da cozinheira, nos nossos embates de fim de tarde. No pátio do Calvário assistia-se a uns dramáticos derbis que mudavam aos seis e acabavam aos doze. Aquilo sim era competição a sério sem passes ao guarda- redes , porque o que se queria era marcar o mais cedo possivel, para no fim dar cabo da cabeça com as mais variadas bocas ao adversário extenuado e desmoralisado. Que gozo pleno. Ainda me lembro de na cozinha a engraxar as botas do meu avô comentar que aquilo sim é que tinham sido umas fintas e grandes golos sem hipótese para o Manuel, que em desforço abandonava as balizas para tentar marcar o golito de honra.
Hoje porem ao pensar nesses tempos quase tudo mudou menos uma coisa , o meu gosto pela bola.
Mas não gostaria de ver a minha equipa a adoptar os metodos de muitas , senão a maioria, das equipas da nossa liga. Muita matreirice, muito anti-jogo até se dar o imprevisivel . Uma qualquer asneirada dos jogadores da defesa do nosso clube a darem possibilidade de o adversario marcar e depois o relogio a avançar a uma velocidade estonteante sem que se vislumbrasse qualquer reacção, nem dos nossos avançados nem do arbitro a fazer um "favorzinho", como tantas vezes aconteceu aos outros.
Mas eu não gostava de ver isto outra vez. O que eu gostava mesmo é que os nossos novos jogadores me fizessem iluminar as vistinhas e o epilogo fossem muitos golos na baliza do adversario, como nos tempos do Calvário. O que eu não gostava mesmo de ver era a nossa equipe sem saber dar rumo ao futebol tentasse ganhar tempo e avanço com jogadas e cenas de dubia falsidade, arrastando-se penosamente ao sabor das circunstãncias que nunca nos poderiam ser favoráveis.Mas até concordo com o Rui Monteiro. Em parte do que foi explicadoo vamos mesmo ser obrigados a gastar dessa "pomada" visto que a nossa liga é mesmo assim, apesar da 5ª do Mundo em valor competitivo (ate nem dá para acreditar) .
O Sporting vai ter de implementar esquemas de matreirice q.b. que aliados a um grande concentração e ao poder das nossas linhas possa vir a derrubar quem nos apareça pela frente.Assim e reunidos estes epidotos voltaremos rapidamente a ser felizes.
Aquele maldito fosso. Não existe jogador adversário ou árbitro que não se sinta no relvado quase tão seguro que em sua casa. Infelizmente os árbitros acabam por apitar como se estivessem no sofá a acariciar o seu cartão de sócio adversário e os jogadores das outras equipas acabam por gozar connosco, adeptos presentes, como se estivessem no seu campo de treinos. Uma merda. Um caso único o nosso estádio.
ResponderEliminarExcelente propaganda ao desporto. Vamos incentivar e 'melhorar' as simulações, para ver se enganamos mais uns tolos.
ResponderEliminarFDX e que tal começar a jogar à bola de verdade? E fazer um futebol tao intenso, que os adversários só conseguem parar os jogadores com sucessivas faltas e ai sim são expulsos em quase todos os jogos?
Não, esperem, têm razão. Contratem o Alan. É realmente mais facil, e tambem 15 ou 16 é a mesma merda. E podem por o gajo a jogar so contra o Benfica, que o gajo é especialista.
Saudinha e as melhoras.
Tenho de dar razão ao Lucifer.Este post não lembrava ao diabo
ResponderEliminarPelo contrário, é algo que digo há alguns anos.
ResponderEliminarEnquanto uns têm o diabo de Gaia e os túneis para pressionarem os árbitros, e aparecem nos blogs a apelar ao fair-play,
o Sporting, clube que se orgulha de ser diferente é papado constantemente pelos espertos dos árbitros que vêm mão ao peito no defesa que se encontra de costas para eles na outra ponta do campo, ou perturbam exercícios de aquecimento dos atletas, ameaçando com violência de arruaceiros os preparadores físicos do Sporting.
Em caso de dúvida, decidem em prejuízo do Sporting. Num corte de um defesa sobre um avançado, o árbitro apita atraso para o guarda-redes que dá em golo, e não tem dúvidas no lance. Num caso de bola na mão num defesa do Sporting, dá penalty. Num corte de mão em carrinho de Rolando, o árbitro tem dúvidas, mas não apita, por exemplo.
Eles nomeiam árbitros que têm contencioso em tribunal com o clube.
Chega!
Está na hora de jogarmos com as mesmas armas dos adversários. Eles pressionam os árbitros, nós teremos de deixar de ser anjinhos.
Há que jogar à bola, e ter equipa para isso, mas todos sabemos que as faltas a meio-campo inclinam o jogo numa determinada direcção.
Deixo a questão: Se fosse o João Pereira a fazer carrinho e derrubar o Saviola após o árbitro apitar e o jogo estar parado, como fez o Luisão sobre o Liédson, quem tem dúvidas que fosse vermelho directo, ou no mínimo o segundo amarelo? Eu não! São detalhes que decidem jogos que ajudam a decidir campeonatos.
My friend, fazer pressao, ter os adeptos em cima, tudo bem. A cena das simulações é que não pode ser pá.
ResponderEliminarNão queremos de volta as cenas do pistoleiro Silva nas grande areas deste pais, não é?
Agora que jogar bem à bola ajuda a isto, é incontornavel. Só assim teras as faltas dos outros, para depois se fazer a pressão.
Se não, agora, vais fazer pressao com o que? So se for para fazer pressao ao camarote presidencial
Caro anónimo 1,
ResponderEliminarO argumento não é muito bom. Nós fazemos pouca pressão sobre os árbitros. A que fazemos, fazemos mal. Acabamos por ter jogadores expulsos e nenhum adversário é expulso em Alvalade. Continuar assim é que não dá.
Como se pressionam e se contuinuarão a pressionar os árbitros, pelos menos que o façamos de forma competente.
SL
Caro Fernando Sousa,
ResponderEliminarO futebol em quanto desporto é jogado da forma que refere. Quando eramos miúdos nem havia árbitro. As faltas só existiam quando de comum acordo as considerávamos.
Só que o futebol, infelizmente, deixou de ser um desporto. Passou a ser um espectáculo com as suas regras e formas de representação, onde entra muito do que disse. Podemos discordar dessa transformação, mas que ela existe, lá isso existe.
Um abraço
Caro Roupa Branca,
ResponderEliminarPrimeiro foi a pista de cilclismo, depois a pista de atletismo e, agora, o fosso. Não foi por acaso que o Porto cabou com a sua pista ainda no antigo estádio das Antas e rebaixou o campo para ter os adeptos mais próximos do campo.
SL
Caro Lucifer,
ResponderEliminarUma dose de (falso) moralismo nesta altura é que não. Falei do Benfica como podia ter falado do Porto. Assim, continuando a falar do Benfica, digo-lhe o seguinte:
-Sem grande esforço de memória, destaco três excelentes jogadores dos últimos anos: Aimar, Fábio Coentrão e Di Maria. Qualquer um deles tem tanto de bom jogador como de fiteiro. Quantos pénalties, amarelos e vermelhos arrancaram nos últimos anos? Por isso, os benfiquistas deixaram de gostar deles?
- Sem grande esforço, destaco outros três excelentes jogadores dos últimos anos com características um pouco diferentes: Luisão, David Luís e Javi Garcia. Quantos faltas e mais faltas, muitas delas grosseiras, nãofizeram sem a consequente punição mas parando e intimidando os seus adversários e, com isso, fazendo com que a sua equipa sofresse menso golos? Por isso, os benfiquistas deixaram de gostar deles?
Numa coisa estou de acordo consigo. Também é preciso jogar à bola. Só que saber jogar à bola é condição necessária mas não suficiente para se ganaharem campeonatos. Tenho pena que assim seja, mas é assim.
Saúdinha também para si.
Caro anónimo 2,
ResponderEliminarA resposta para o Lucifer também lhe serve. O Diabo veste Pravda e, por isso, à primeira vista engana.
Caro Valdemar,
ResponderEliminarEstamos de acordo. Mas para que não continuemos a compotarmo-nos como umas Amélias, temos que mudar colectivamente: Os jogadores, os treinadores, as direcções e, principalmente, os adeptos. Sem isso nada feito.
Para que isto surja efeito, precisa-se de ganhar o apoio da opinião pública, o que é difícil com a clubite que impera nos media. É dificl mas não é impossível, só que para isso temos que jogar mais e melhor do que fizemos nas últimas duas épocas.
SL
Não sei de que falso moralismo falas.
ResponderEliminarNão apoiei nem nunca apoiarei simulações para sacar amarelos, penaties, ou moches a arbitros.
Quando dizes que:
"Qualquer um deles tem tanto de bom jogador como de fiteiro."
Só podes estar a gozar. isso é ser ceguinho e não me parece o caso. São jogadores de top mundial, e dois deles estão no Real.
Por vezes podiam outros jogadores nossos ter visto cartões? Verdade, e ai a pressão de que falas pode ser util.
So achei estranho a inclusao de simulação e pressão no mesmo post.
Acho que baralhaste as coisas de uma má forma. Como já aqui foi dito, resolvam o problema do fosso. Depois podem pensar em pressao.
Caro Lucifer,
ResponderEliminarO facto de serem excelentes jogadores nada tem que ver com o facto de serem fiteiros. Uma coisa não exclui a outra. O caso do Di Maria chegou ao cúmulo dos festejos permanentes depois de simulações bem sucedidas que deram penalties. O Fábio Coentrão no ano passado andou o tempo todo a atirar-se para a piscina.
Não falei de simulações. Falei de dramatização quando as faltas, e disse faltas grosseiras, acontecem. É o que se faz no futebol ou em qualquer outra modalidade. Alguém no basquetebol marca uma falta atacante se o defesa não acabar no chão?
A pressão sobre os árbitros, que não envolva violência, é completamente legítima. Mais uma vez acontece no futebol e em qualquer outra modalidade.
Mais, a pressão e a dramatização estão intimamente ligadas. Como é que se podem pressionar legitimamente os árbitros se são os próprios jogadores não são capazes de dramatizar as situações?
Enfim, não vejo razão para o espanto.
Bonito discurso. Mas dramatização não pode ser um gajo levar um pontape nos tomates e queixar-se da cabeça.
ResponderEliminarE para o que se passou hoje? Podemos so ter um bocadinho de violencia, sem pressão? O gajo acabou por sair do estadio com os dentes todos?
ja nao sei se são corruptos ou se são apenas incompetentes. so sei que não deviam andar neste campeonato.