terça-feira, 23 de agosto de 2011

Silly season

Há quem não goste de futebol e isso percebe-se. O que não se percebe é que alguém não aprecie esta grande confusão que é o futebol português. Nem a pedido se arranjava um argumento destes. Há personagens para todos os gostos e têm, qualquer uma delas, uma graça insuperável. Não há nada como estar de férias e assistir com deleite a isto tudo. Aqui vai um conjunto de notas que me sai antes de voltar para a praia.

1. Estou solidário com o boicote dos árbitros. Espero que o levem tão longe quanto possível, demore o que demorar. Nelson Mandela demorou uma vida até que o tempo lhe desse razão. O tempo dará razão aos árbitros, disso tenho a certeza. Por isso, espero que não se precipitem e demorem o tempo que for necessário, mesmo que seja muito.

2. Estou com grande expectativa, de acordo com os regulamentos, de ver um jogo Benfica – Sporting apitado pelo João Pereira e o Luisão. Espero que nesse dia ninguém se esqueça de que é proibido criticar os erros de arbitragem.

3. Cruz dos Santos continua imparcial contra tudo e contra todos. Na Terça-feira passada considerava, a propósito dos erros a favor do Benfica (primeiro golo) e contra o Sporting, que os árbitros não erram com intenção e que as suas decisões estão “longe de merecerem condenação”. Hoje, a propósito do vermelho não mostrado ao Otamendi no jogo contra o Gil Vicente, considera que “tudo tem limites” e que o “Rui Silva [árbitro desse jogo] não respeitou a lei, não tem desculpa e oxalá não tenha havido falta de coragem”.

4. Muitos comentadores fazem um raciocínio e seguem uma linha de argumentação muito interessante. O Sporting só tem autoridade para criticar os árbitros se marcar golos e, sobretudo, se ganhar. Para estes comentadores, as arbitragens aparentemente não influenciam os resultados desportivos e, mais do que isso, não dispõem da prorrogativa de anular golos limpos, como aconteceu na semana passada. Assim, o Sporting só se pode queixar dos árbitros quando marcar golos. Como os árbitros lhe anulam os golos, então, não se pode queixar nunca. Este excelente argumento foi hoje defendido no “Público” por Bruno Prata, que, enquanto jornalista, escreve no “Público” e participa no programa Zona Mista da RTP-N com João Gobern, também ele jornalista.

3 comentários:

  1. Epa, um jogo apitado pelo João Pereira e pelo Luisão era o classico dos classicos. lol

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  2. Acabo de ouvir no programa rtp-n Contra-Ataque o Comentador. APVasconcellos (tenho que lhe gabar a lucidez e coragem!)o seguinte extracto - ...(O que o Sporting fez) não é nada que se compare com o que o Benfica e com toda a legitimidade fez o ano passado e aí foi um ataque frontal a um árbitro e não houve nenhum manifestação de solidadriedade... Mas a seguir e para para condicionar o jogo das meias-finais da taça de portugal o sr. Antero Henriques (do FCPorto) deu uma conferência de imprensa com 14 lances a acusar o sr. duarte gomes (...) com o único propósito de condicionar o jogo seguinte, com o objectivo estratégico de condicionar ... fim de citação. Isto diz tudo o Porto Benfica tudo podem o Sporting paga as favas! Desta vez tem que ser uma luta até ao fim, de forma pacifíca, mas os apitadores terão de futuro que nos respeitar! S. Leoninas.

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