O ano que vem não é necessariamente novo. Só é cronologicamente novo. Para ser verdadeiramente novo é preciso que façamos alguma coisa de diferente, de melhor, para que assim seja.
Um excelente Ano Novo para os nossos leitores e os sportinguistas em geral.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
segunda-feira, 30 de dezembro de 2013
Fizemos um jogo do Carrillo(*)
Há um momento definidor do jogo de hoje contra o Porto. O Wilson Eduardo recebe a bola em corrida, encara o Alex Sandro de frente, mete-lhe a bola por um lado e vai buscá-la pelo outro. Não é fácil fazer isto a ninguém. Muito menos o é ao Alex Sandro. O que é quase impossível é ter sido Wilson Eduardo a fazê-lo. Se é possível o Wilson Eduardo fazer isto, então também é possível ganharmos o campeonato.
Demos um banho de bola. Não ganhámos. Faltou o golo. Acontece. A bola andou lá perto. Faltou alguma frieza naquele momento em que tudo se decide. Mas, com o Porto a jogar à Paços de Ferreira, é normal que o Vítor não tenha percebido de que lado estava. Recebeu a bola mal das duas vezes, deixou-a um pouco para trás, e já não rematou como devia.
A equipa jogou bem. Pode-se destacar um ou outro (nomeadamente o Cédric e o Adrien, que estão a jogar acima das suas possibilidades), mas o que impressiona é a equipa. O Leonardo Jardim, repete-se mais uma vez, é um génio. Nada é deixado ao acaso. Não é por acaso que o Slimani recebe a bola e está proibido de fazer outra coisa que não seja passá-la ao médio que acompanha a jogada. Ainda pensei que a equipa, a jogar com a intensidade que estava, viesse abaixo nos últimos vinte minutos. Qual quê?! Foi quando ainda carregámos mais e criámos mais oportunidades.
Uma última nota para o Carrillo. Foi soberbo. As três grandes oportunidades saíram de jogadas dele. O Danillo parecia um menino de coro. É o milagre que falta. Se o Leonardo Jardim o conseguir colocar a jogar de acordo com as suas possibilidades, não vai ser fácil parar-nos. Nem as arbitragens manhosas.
(*) Com trocadilhos destes ainda acabo a escrever as letras do Quim Barreiros.
Demos um banho de bola. Não ganhámos. Faltou o golo. Acontece. A bola andou lá perto. Faltou alguma frieza naquele momento em que tudo se decide. Mas, com o Porto a jogar à Paços de Ferreira, é normal que o Vítor não tenha percebido de que lado estava. Recebeu a bola mal das duas vezes, deixou-a um pouco para trás, e já não rematou como devia.
A equipa jogou bem. Pode-se destacar um ou outro (nomeadamente o Cédric e o Adrien, que estão a jogar acima das suas possibilidades), mas o que impressiona é a equipa. O Leonardo Jardim, repete-se mais uma vez, é um génio. Nada é deixado ao acaso. Não é por acaso que o Slimani recebe a bola e está proibido de fazer outra coisa que não seja passá-la ao médio que acompanha a jogada. Ainda pensei que a equipa, a jogar com a intensidade que estava, viesse abaixo nos últimos vinte minutos. Qual quê?! Foi quando ainda carregámos mais e criámos mais oportunidades.
Uma última nota para o Carrillo. Foi soberbo. As três grandes oportunidades saíram de jogadas dele. O Danillo parecia um menino de coro. É o milagre que falta. Se o Leonardo Jardim o conseguir colocar a jogar de acordo com as suas possibilidades, não vai ser fácil parar-nos. Nem as arbitragens manhosas.
(*) Com trocadilhos destes ainda acabo a escrever as letras do Quim Barreiros.
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
As novas gerações agradecem
Hoje, através da leitura do Jornal do Sporting, ficámos a conhecer a rapaziada que trata do apito em Portugal. Há para todos os gostos. Mas o que mais impressiona é a presença do Lucílio Baptista. Sim, o Lucílio Baptista do apito continua a existir. O homem, a quem foi dedicada uma taça depois de ter organizado um brainstorming para decidir um penalty que ninguém viu, está a assegurar a adequada formação dos árbitros. O Manuel Mota constitui um dos primeiros resultados de tanto conhecimento, agora, transmitido às novas gerações.
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Rui Monteiro
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
O Natal é verde
O Natal é verde. É só clicar aqui. Se dermos os dados adequados, recebemos a resposta que esperávamos há muito: um presente verde, do Sporting.
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Rui Monteiro
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20:15
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domingo, 22 de dezembro de 2013
Voltando ao mesmo
Ontem, o Sporting
não terá feito uma boa exibição segundo muitos. A questão é que os jogos são as
suas circunstâncias também.
Não começámos
bem, mas por volta dos quinze minutos pegámos no jogo. Começaram os ataques com
perigo. Aí entrou o árbitro a equilibrar. Dois foras-de-jogo mal assinalados.
Duas vezes, o Carrillo ganha ao adversário e das duas vezes o adversário
trava-o com os braços. Quatro lances de perigo que não deram em nada por
superior intervenção da arbitragem.
A intimidação foi
fazendo o resto. As equipas de Manuel Machado são sempre do mesmo tipo. São
constituídas por uma série de calmeirões. Passam o jogo a dar pau. Ou os
árbitros controlam isso ou, então, é muito difícil jogar contra eles. O árbitro
deixou dar pau. Do outro lado, começaram as faltas e faltinhas do costume. De
repente, por volta dos 30-35 minutos, deixou-se de jogar. Cada falta,
lançamento de linha lateral ou pontapé de baliza demorava uma eternidade.
Na segunda parte
mais do mesmo mas com ligeiras “nuances”. Começaram os amarelos aos nossos
jogadores. Depois de tudo o que se viu, o amarelo ao Mané é de ir às lágrimas.
E chegou a cereja em cima do bolo: o golo (mal) anulado. O empurrão foi de tal
forma evidente que o jogador do Nacional em vez de cair para a frente caiu para
trás. Acabado o jogo procurou-se reinterpretar a história. O árbitro pode não
ter marcado a suposta falta do Slimani, mas a do Montero meia hora antes. É uma
narrativa conveniente. Tem é o inconveniente de não condizer com os factos. O
árbitro só apitou depois do golo e não meia hora antes. Dirigiu-se para o local
da suposta falta do Slimani. A má consciência foi tanta que passou a marcar
falta qualquer que fosse o toque com as mãos nas costas do adversário.
Faltou, ainda assim,
um suplemento de alma ao Sporting para repor a verdade desportiva. O suplemento
que permitiu virar o jogo contra o Marítimo. Mas nem sempre é possível.
Acabado o jogo,
acabou a suposta candidatura ao título do Sporting; apesar de continuarmos em primeiro.
Esse tom está por todo o lado. Na conferência de imprensa, nos jornais, nos
comentários. Todos perceberam o que aconteceu ontem. Ontem foi o aviso final.
Far-se-á o que se tiver que fazer para que tudo continue na mesma. Resta saber
como é que vão reagir os jogadores e adeptos do Sporting. Serão capazes, mesmo
assim, de lutar contra o destino que sempre lhes esteve traçado?
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Rui Monteiro
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sábado, 21 de dezembro de 2013
Natal
O Natal tem que ser o que era. Nós sabíamos isso e os nossos adversários também. Mas não basta que a profecia se cumpra a si mesma. É preciso fazer alguma coisa para que a tradição se mantenha.
Há quem goste de bacalhau com couves e batatas cozidas. Há quem prefira o polvo, frito de preferência. Não se dispensam as rabanadas. Quanto à comida, tudo acaba no bolo-rei. Alguém tem que ficar com a fava. No fim, brinda-se com um cálice de Porto.
Hoje tivemos isto tudo e de tudo isto um pouco. Polvo, muito polvo sobretudo, e fava. O resto foi mais bacalhau, um pouco insosso, com uma ou outra rabanada. Tudo acaba sempre com o Porto, embora encomendado pelo Benfica aparentemente.
Não é fácil. A onda vinha a ser criada. O nosso Presidente faz o que pode. Mas pode pouco. A imprensa foi fazendo o caminho. Nos programas de televisão, sempre dados a lutas corpo a corpo, contamos com uns lingrinhas que é suposto defenderem-nos. Os outros escolhem lutadores de sumo, nós apanhamos com as selecções que cada canal lhe dá na real-gana.
Somos a equipa mais beneficiada do campeonato pelas arbitragens. Isto viu-se mais uma vez hoje contra o Nacional. O resto fica por conta do Natal.
Há quem goste de bacalhau com couves e batatas cozidas. Há quem prefira o polvo, frito de preferência. Não se dispensam as rabanadas. Quanto à comida, tudo acaba no bolo-rei. Alguém tem que ficar com a fava. No fim, brinda-se com um cálice de Porto.
Hoje tivemos isto tudo e de tudo isto um pouco. Polvo, muito polvo sobretudo, e fava. O resto foi mais bacalhau, um pouco insosso, com uma ou outra rabanada. Tudo acaba sempre com o Porto, embora encomendado pelo Benfica aparentemente.
Não é fácil. A onda vinha a ser criada. O nosso Presidente faz o que pode. Mas pode pouco. A imprensa foi fazendo o caminho. Nos programas de televisão, sempre dados a lutas corpo a corpo, contamos com uns lingrinhas que é suposto defenderem-nos. Os outros escolhem lutadores de sumo, nós apanhamos com as selecções que cada canal lhe dá na real-gana.
Somos a equipa mais beneficiada do campeonato pelas arbitragens. Isto viu-se mais uma vez hoje contra o Nacional. O resto fica por conta do Natal.
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22:53
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
A velhice sempre serve para alguma coisa
A velhice chega devagar, sem se anunciar. Insidiosa, um dia deixa-nos as costas doridas, noutro impede-nos de ler as legendas. Mas só nos damos conta dela em determinados momentos. Quando ficamos a saber que uma das alunas é filha de um antigo professor. Quando ligamos a uma antiga aluna para procurar resolver um problema de trabalho.
A Maria Ribeiro é filha de dois amigos meus. Colegas da faculdade, do Jamaica, do Tokyo e da Nova América. Vou reencontrando a mãe pelo menos uma vez por ano. Numa dessas vezes, desafiei a Maria a escrever connosco sobre o Sporting. Gostou e nunca mais deixou de o fazer. Agora está na Tasca do Cherba. Vai ser muito mais divertido. A velhice sempre serve para alguma coisa.
A Maria Ribeiro é filha de dois amigos meus. Colegas da faculdade, do Jamaica, do Tokyo e da Nova América. Vou reencontrando a mãe pelo menos uma vez por ano. Numa dessas vezes, desafiei a Maria a escrever connosco sobre o Sporting. Gostou e nunca mais deixou de o fazer. Agora está na Tasca do Cherba. Vai ser muito mais divertido. A velhice sempre serve para alguma coisa.
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Rui Monteiro
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23:54
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terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Mais uma bela metáfora
O Sporting sempre foi a mais bela metáfora do país. Hoje é-a mais do que nunca.
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Rui Monteiro
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sábado, 14 de dezembro de 2013
Um projecto, um processo e sei lá que mais
O Belenenses é uma equipa especialista no engonha. Entrou para engonhar e estava disposto a tudo para não deixar de engonhar. Não vale a pena pressioná-los à frente porque eles saem à biqueirada à espera que o matacão que colocam à frente possa atrapalhar os centrais.
Também nos pressionaram à frente, impedindo-nos de sair com a bola. Passamos a viver de uns chutões à vez do Maurício e do Rojo; os do Rojo com mais estilo, diga-se. Estava-se neste ping-pong quando ganhámos um penalty aos trambolhões. Nem com um a zero o Belenenses mudou. Acabámos a primeira parte com o Montero a falhar um golo de caras.
A segunda parte prometia mais do mesmo. Até que o Carrillo fez uma recepção excepcional seguida de um passe certeiro para o segundo do André Martins. Aparentemente a lobotomia pré-frontal está a funcionar. Se passar no próximo teste psicotécnico, temos Carrillo para o resto da época.
Depois demos um massacre de aborrecimento futebolístico. A entrada do Slimani tirou a malta da modorra. Deu um outro sentido à expressão “jogador de cabeça baixa”. Com um movimento de pescoço à Houdini, meteu a bola no André Martins que fez um passe perfeito para a desmarcação o Wilson Eduardo. O Wilson Eduardo, a quem lhe foi introduzido um novo “chip” na cabeça depois do jogo contra o Gil Vicente, fez o que se lhe pedia: foi por ali fora, flectiu para dentro e rematou com segurança ao primeiro poste.
Fui para casa ainda a tempo de ouvir a conferência de imprensa do Leonardo Jardim. Às tantas, em resposta à enésima pergunta sobre a candidatura ao título, afirmou que “temos um projecto, um processo inerente aos nossos objectivos na classificação”. Finalmente percebi tudo.
Também nos pressionaram à frente, impedindo-nos de sair com a bola. Passamos a viver de uns chutões à vez do Maurício e do Rojo; os do Rojo com mais estilo, diga-se. Estava-se neste ping-pong quando ganhámos um penalty aos trambolhões. Nem com um a zero o Belenenses mudou. Acabámos a primeira parte com o Montero a falhar um golo de caras.
A segunda parte prometia mais do mesmo. Até que o Carrillo fez uma recepção excepcional seguida de um passe certeiro para o segundo do André Martins. Aparentemente a lobotomia pré-frontal está a funcionar. Se passar no próximo teste psicotécnico, temos Carrillo para o resto da época.
Depois demos um massacre de aborrecimento futebolístico. A entrada do Slimani tirou a malta da modorra. Deu um outro sentido à expressão “jogador de cabeça baixa”. Com um movimento de pescoço à Houdini, meteu a bola no André Martins que fez um passe perfeito para a desmarcação o Wilson Eduardo. O Wilson Eduardo, a quem lhe foi introduzido um novo “chip” na cabeça depois do jogo contra o Gil Vicente, fez o que se lhe pedia: foi por ali fora, flectiu para dentro e rematou com segurança ao primeiro poste.
Fui para casa ainda a tempo de ouvir a conferência de imprensa do Leonardo Jardim. Às tantas, em resposta à enésima pergunta sobre a candidatura ao título, afirmou que “temos um projecto, um processo inerente aos nossos objectivos na classificação”. Finalmente percebi tudo.
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
É urgente: uma calculadora para o Record e um mapa para A Bola!
Eu
sei que a culpa é minha. Esta vontade de me informar, de querer saber mais, no
fim, só me prejudica e apoquenta ainda mais.
Mais
uma vez cedi, e perdi, quando fui à «ABola» online ver os resultados dos clubes
portugueses e outros resultados na Liga Europa. Entre outras coisas mais
tristes, descobri que o «Maccabi de Paulo Sousa vence Bordéus (1-0) e apura-se
para os 16 avos de final». Fiquei feliz por ele e pelos seus jogadores. Triste,
triste, foi ver que a Redação deste
arauto da verdade desportiva, que
anda há décadas a iluminar os nossos
caminhos, esteja afinal tão desorientado. Então não é que, ao mesmo tempo que
diz «Maccabi Telavive,
orientado pelo português Paulo Sousa, está nos 16 avos de final da Liga Europa»,
umas linhas abaixo escreva «os cipriotas tiveram em campo o
português Nuno Morais. Esmaël Gonçalves e Mário Sérgio não saíram do banco».
Então Telavive
é no Chipre? Ou os cipriotas são os naturais de Israel?
Não! O Maccabi Telavive, fundado
em 1906 como "HaRishon LeZion-Yaffo", tem até o triste registo
do “colonialismo” israelita, na linha da infeliz ideologia da «Grande Israel»,
de ter sido o primeiro clube judeu dentro do território palestiniano. Seja como
for, ainda é cedo para colocar os israelitas a colonizarem o Chipre. Quem sabe
um dia ?!? Quanto à Bola, mesmo não percebendo grande coisa de geografia, futebol
continua a ser com eles, mesmo sem o Sobral. Mas, pelo sim pelo não, o melhor é consultar também outras fontes.
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A. Trindade
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domingo, 8 de dezembro de 2013
Nem o Manha nos agarra
Entrámos a atacar. Mais pressionantes do que brilhantes. Ao Gil Vicente restava-lhe sair à biqueirada para a frente. Até que Montero fez de desbloqueador de jogos. Confusão na área, um central distraído e bola lá dentro. Nos pés dele até parece fácil.
Continuámos na mesma mas sem a mesma insistência. O André Martins tentou mesmo marcar dois golos de cabeça. A conseguir, qualquer um deles, teríamos que ser considerados candidatos ao título.
A segunda parte não começou mal. O Wilson Eduardo fez o favor de nos explicar porque é que aquilo que parece fácil nos pés do Montero não é tão fácil assim. Depois começámos a asneirar. O Rui Patrício resolveu. O que não resolveu foi resolvido pelo central distraído do Gil Vicente. Mesmo assim, fiquei com alguma pena da sua expulsão. Mantinha uma esperança fundada que acabaria por ser humilhado mais uma vez pelo Montero. Porventura, terá sido esse receio que o levou a fazer aquela entrada assassina sobre o William Carvalho.
Não estávamos a jogar muito bem. Mas, com o Leornado Jardim, quando se joga mal, joga-se deliberadamente mal. A jogar contra dez as coisas podem sempre complicar-se. O Jorge Sousa estava a subir de rendimento na segunda parte. O Montero percebeu isso e acabou com o jogo. Sem o segundo golo não teríamos o prazer de voltar a ver jogar o Diogo Salomão.
A esta hora o Manha deve estar a trabalhar com logaritmos e integrais para determinar quem vai à frente do campeonato.
Continuámos na mesma mas sem a mesma insistência. O André Martins tentou mesmo marcar dois golos de cabeça. A conseguir, qualquer um deles, teríamos que ser considerados candidatos ao título.
A segunda parte não começou mal. O Wilson Eduardo fez o favor de nos explicar porque é que aquilo que parece fácil nos pés do Montero não é tão fácil assim. Depois começámos a asneirar. O Rui Patrício resolveu. O que não resolveu foi resolvido pelo central distraído do Gil Vicente. Mesmo assim, fiquei com alguma pena da sua expulsão. Mantinha uma esperança fundada que acabaria por ser humilhado mais uma vez pelo Montero. Porventura, terá sido esse receio que o levou a fazer aquela entrada assassina sobre o William Carvalho.
Não estávamos a jogar muito bem. Mas, com o Leornado Jardim, quando se joga mal, joga-se deliberadamente mal. A jogar contra dez as coisas podem sempre complicar-se. O Jorge Sousa estava a subir de rendimento na segunda parte. O Montero percebeu isso e acabou com o jogo. Sem o segundo golo não teríamos o prazer de voltar a ver jogar o Diogo Salomão.
A esta hora o Manha deve estar a trabalhar com logaritmos e integrais para determinar quem vai à frente do campeonato.
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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
A equipa do Sporting
Sobra em emoção o que falta em racionalidade. Sobra em clubismo o que falta em análise fria e desapaixonada. Sobra futebolês o que falta em rigor técnico-táctico. Precisávamos de uma análise destas para colocarmos as coisas na sua devida perspetiva.
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Rui Monteiro
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terça-feira, 3 de dezembro de 2013
À espera do Josué
Há um ponto completamente perturbador na derrota do Porto contra a Académica. Esse ponto remete para uma falta de capacidade organizativa e de liderança da estrutura dirigente. Analisaram-se muitas questões, mas faltou a essencial.
Alguns falaram da falta de experiência do Paulo Fonseca. Outros da incapacidade do Porto conseguir suprir as saídas do Moutinho e do James. Outros ainda da falta de qualidade dos extremos. Tudo isto tem importância, mas não tem a importância que lhe atribuem.
O grande erro foi a saída do Josué. Ele joga por uma única razão: o Porto tem em média um penalty a favor por jogo e é preciso alguém que não os falhe. Só esta razão explica a insistência no Josué. Ora, a sua substituição é reveladora de uma total falta de confiança no Capela. Como se viu, ele não é merecedor dessa desconfiança e quis deixar isso bem vincado para que não existam equívocos para a próxima. Enquanto houver esperança o Josué nunca pode sair.
Alguns falaram da falta de experiência do Paulo Fonseca. Outros da incapacidade do Porto conseguir suprir as saídas do Moutinho e do James. Outros ainda da falta de qualidade dos extremos. Tudo isto tem importância, mas não tem a importância que lhe atribuem.
O grande erro foi a saída do Josué. Ele joga por uma única razão: o Porto tem em média um penalty a favor por jogo e é preciso alguém que não os falhe. Só esta razão explica a insistência no Josué. Ora, a sua substituição é reveladora de uma total falta de confiança no Capela. Como se viu, ele não é merecedor dessa desconfiança e quis deixar isso bem vincado para que não existam equívocos para a próxima. Enquanto houver esperança o Josué nunca pode sair.
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Somos os primeiros!
O Henrique Calisto é um treinador da velha guarda do futebol português e isso nota-se. Nota-se, sobretudo, num sistema piloso farfalhudo sobre o lábio superior. Nota-se também na preocupação em jogar fechadinho atrás e na aposta, quando se tem a bola, em a ir trocando como se a equipa estivesse a jogar ao meio e o futebol fosse jogado sem balizas. Pouco importa se se está a perder por um ou por dois.
O jogo foi um xarope, do tipo óleo de fígado de bacalhau. Sabe mal, mas faz bem. Começámos a pressionar e marcámos um golo (continuamos a marcar golos de bola parada). Depois baixámos o ritmo e chamámos o adversário. Só que eles nada. A meio, entre trocas e baldrocas com a bola, deixam o Montero isolado. Boa defesa do guarda-redes e intervalo sem o merecido descanso no marcador.
A segunda parte prometia mais do mesmo. Até que, numa biqueirada para a frente, o Montero viu o que só os grandes jogadores vêm. Que o tonto do central queria ganhar a bola com o corpo sem saltar e jogar de cabeça. O central, quando deu por ela, já o Montero tinha saltado e isolado de cabeça o Carrillo. O Carrillo foi por ali fora com a dúvida estampada no rosto: chuto, passo a bola ao Montero ou volto para trás para ajudar o Jéfferson a defender? Acabou por passar a bola ao Montero que, às três tabelas, meteu-a lá dentro.
Entrou o Slimani, a alegria do povo, e a equipa mexeu. Passou a carregar ainda mais sobre o Paços de Ferreira. O Slimani não desarma. Vai a todas. É um trapalhão, mas é um trapalhão mais inteligente e imprevisível do que qualquer outro trapalhão. Tem dois lances geniais. No primeiro, parece que vai tentar um pontapé de bicicleta só que, entretanto, lembra-se que não o sabe fazer. Gerou-se um impasse na defesa e o Magrão ia marcando de fora da área. No quarto golo, de costas para a baliza, fica sem saber bem o que fazer. Na dúvida, não faz nada e o André Martins chuta com o pé que tinha mais à mão e para onde estava virado.
Estamos em primeiro. Por mim, isto acabava já.
O jogo foi um xarope, do tipo óleo de fígado de bacalhau. Sabe mal, mas faz bem. Começámos a pressionar e marcámos um golo (continuamos a marcar golos de bola parada). Depois baixámos o ritmo e chamámos o adversário. Só que eles nada. A meio, entre trocas e baldrocas com a bola, deixam o Montero isolado. Boa defesa do guarda-redes e intervalo sem o merecido descanso no marcador.
A segunda parte prometia mais do mesmo. Até que, numa biqueirada para a frente, o Montero viu o que só os grandes jogadores vêm. Que o tonto do central queria ganhar a bola com o corpo sem saltar e jogar de cabeça. O central, quando deu por ela, já o Montero tinha saltado e isolado de cabeça o Carrillo. O Carrillo foi por ali fora com a dúvida estampada no rosto: chuto, passo a bola ao Montero ou volto para trás para ajudar o Jéfferson a defender? Acabou por passar a bola ao Montero que, às três tabelas, meteu-a lá dentro.
Entrou o Slimani, a alegria do povo, e a equipa mexeu. Passou a carregar ainda mais sobre o Paços de Ferreira. O Slimani não desarma. Vai a todas. É um trapalhão, mas é um trapalhão mais inteligente e imprevisível do que qualquer outro trapalhão. Tem dois lances geniais. No primeiro, parece que vai tentar um pontapé de bicicleta só que, entretanto, lembra-se que não o sabe fazer. Gerou-se um impasse na defesa e o Magrão ia marcando de fora da área. No quarto golo, de costas para a baliza, fica sem saber bem o que fazer. Na dúvida, não faz nada e o André Martins chuta com o pé que tinha mais à mão e para onde estava virado.
Estamos em primeiro. Por mim, isto acabava já.
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Rui Monteiro
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domingo, 1 de dezembro de 2013
Uns mais incapazes do que outros
«A verdade é que fomos incapazes de ser superiores à
Académica» - Paulo Fonseca
Também acho. Já o João Capela esteve igual a ele próprio com a
intensidade, a mestria e habilidade do costume. No início não vê uma penalidade clara contra o FCP. Acaba em beleza a inventar uma penalidade para o mesmo lado. Não foi pelo Capela que as coisas falharam. Portanto, paguem lá ao homem…ele é
profissional, não é?
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A. Trindade
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