quarta-feira, 9 de maio de 2012

O Futebol Clube do Porto: divagações sobre a exploração da marca

Os clubes de futebol, nomeadamente pela sua história, são produtores de capital simbólico e identitário. Esse capital transforma-os em marcas, numa sociedade e economia em que cada vez mais tudo se transaciona. O valor de um clube é, antes de mais, o valor da sua marca.

Os clubes percebem esta realidade melhor do que ninguém. O valor da sua marca pode ser explorado em atividades comerciais, para além da pura e simples exploração do espetáculo futebolístico. O “merchandising” é uma delas. Um clube como o Real Madrid ganha mais a vender camisolas do que a vender bilhetes para a bola.

Dito isto, a melhor imagem, o melhor símbolo da vitória do Porto no último fim-de-semana é o Pedro Proença. Não tenha dúvidas que uma camisola com ele venderia seguramente muito mais do que uma com o Hulk. Não sei qual dos dois finaliza melhor, mas o primeiro proporciona mais e melhores jogadas de perigo.

A exploração do “merchandising” pode ajudar até a preparar os adeptos e a opinião pública para o previsível despedimento do treinador. Qual seria a camisola mais vendida? Uma que dissesse “Vitor há só um, o Pereira que nos escolhe os árbitros e mais nenhum” ou outra onde se afirmasse “Vítor há só um, o Pereira que nos escolhe os jogadores e mais nenhum”?

2 comentários:

  1. Proponho uma abordagem mais popular tipo Feira da Vandoma – “Com o herói Proença, não há quem nos vença”, ou, “Com o Vítor Pereira a nomear, nem o Vitinho nos consegue parar”. Um abraço,

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  2. Simplesmente fabuloso! Mais uma vez, um tiro certeiro! É por isso que esse boi chegou e continua a ser apitador internacional!!!

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