sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Dia da Vitória de Brondby: Ganhar 3-0 é Notável - Ganhar 3-0 com Postiga, Abel e Djáló é Histórico!



A cena ocorre no acampamento leonino no dia da Batalha de Brondby (26 de Agosto de 2010). O Rei Paulo Sérgio faz a revista às suas tropas. Os leões têm 8 cavaleiros efectivos, 3 escudeiros e 200 bravos apoiantes para opor aos 11 cavaleiros, aos 3 juízes e aos 25 mil vikings que os aguardam nas planícies de Brondby, entusiasmados com a vantagem nórdica obtida na Batalha de Alvalade.


De súbito, o Rei Paulo Sérgio é abordado pelo Ministro Costinha, que contesta a utilização dos escudeiros Abel, Postiga e Djáló, dizendo que, na prática, o Reino de Alvalade apresenta apenas oito cavaleiros efectivos nesta Batalha decisiva. Lamenta-se, pois, da falta de mais cavaleiros para pelo menos tentar equilibrar um pouco a enorme diferença dos efectivos de combatentes. O Rei Paulo Sérgio toma, então, a palavra e, inspirado por Shakespeare, pronuncia o seu histórico discurso:

“Quem expressa esse desejo? Tu, meu caro Ministro Costinha? Não, meu simpático amigo; se estamos destinados a morrer, o nosso Reino não tem necessidade de perder mais homens do que nós aqui temos; e, se devemos viver, quanto menor é o nosso número, maior será para cada um de nós o quinhão da glória. Pela vontade de Deus! Não desejes nem um homem a mais, te rogo! Por Júpiter! Não sou avaro de ouro, e pouco me importo se vivem às minhas expensas: sinto pouco que outros usem minhas roupas: essas coisas externas não encontram abrigo entre as minhas preocupações; mas se ambicionar a honra é pecado, sou a alma mais pecadora que existe.

Não, por fé, não desejeis, hoje, nenhum homem a mais no nosso exército. Paz de Deus! Não quereria, pela melhor das esperanças, expor-me a perder uma honra tão grande, que um homem a mais poderia quiçá compartir comigo. Oh! Não ansieis por nenhum homem a mais! Proclama antes, através do meu exército, Costinha, que aquele que não for com coração à luta poderá retirar-se: daremos um passaporte e poremos na sua mochila uns euros para a viagem; não queremos morrer na companhia de um homem que teme morrer como companheiro nosso.

O Dia da Vitória de Brondby: aquele que sobreviver este dia voltará são e salvo ao seu lar e colocar-se-á na ponta dos pés quando se mencionar esta data, ele crescerá sobre si mesmo. Aquele que sobreviver este dia e chegar à velhice, a cada ano, na véspera desta festa, convidará os amigos e lhes dirá: "Amanhã é o Dia da Vitória de Brondby". E então, arregaçando as mangas, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirá: "Recebi estas feridas no Dia da Vitória de Brondby."

Os velhos esquecerão; mas, aqueles que não esquecem de tudo, lembrar-se-ão todavia com satisfação das proezas que levaram a cabo naquele dia. E então nossos nomes serão tão familiares nas suas bocas como os nomes dos seus parentes: o Rei Paulo Sérgio, o Rui Patrício, o Nuno André Coelho, o Carriço, o Evaldo, o André Santos, o Maniche, o Liedson, o Vukcevic e até os escudeiros Djáló, Abel e hãaa, sim, isso mesmo, imaginem, até o Postiga, serão ressuscitados pela recordação viva e saudados com o estalar dos copos.

O bom homem ensinará esta história ao seu filho, e desde este dia até o fim do mundo a festa do Dia da Vitória de Brondby estará sempre na nossa recordação, na lembrança do nosso pequeno exército, do nosso bando de irmãos; porque aquele que verter hoje seu sangue comigo, por muito vil que seja, será meu irmão, esta jornada enobrecerá sua condição e os cavaleiros que permanecem agora no leito de Alvalade irão considerar-se como malditos por não estarem aqui, e sentirão sua nobreza diminuída quando ouvirem falar daqueles que combateram, hoje, aqui, connosco, no Dia da Vitória de Brondby”.

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