Ao contrário de Jorge Jesus, tenho várias ideias, outras tantas teorias e, por vezes, até alguns pensamentos que redundam em nadas. Um desses pensamentos que se desdobram em teorias é sobre o Nani. Bom, o Nani é como os eucaliptos (vamos exagerar): seca tudo à sua volta (ou quase). Ele não faz por mal, é um grande jogador, símbolo do nosso clube, importante na conjuntura actual (que não é fácil), mas não é um líder. Isso percebemos com a naturalidade da nossa insignificância. Nem sequer me refiro à sua saída, em braços imaginários, em Braga. O homem não gostou (lembram-se de Rochemback?) e o Peseiro lá teve que fazer aquilo que era o bom senso em termos de balneário: não o convocar para o jogo com o Marítimo. Com esforço, imaginamos.
Parte disto (lá estão as minhas teorias) explica a primeira parte de ontem com o Marítimo. O Fernandes soltou-se, deixou de pensar na vida, de ter um símbolo ali por perto, e começou a pautar o jogo nem que seja pela sua presença. O Peseiro é que tem que ver isso (eles podem jogar os dois, claramente), descobrindo a complementaridade entre ambos que beneficie a equipa, mas de forma a que coisa carbure. O Nani chama a si todas (ou quase) atenções; parte significativa das bolas, e até alguns adversários para receberem um autografo ou lhe darem uma pranchada. Temos que utilizar isso para a equipa, deixando o Fernandes na sua rotação assassina (desculpem, são influências da TV). O Marítimo tem bons jogadores mas só nos vai ganhar se um for jogo muito importante para nós e, sobretudo, para o Benfica. De resto, deixam jogar.
Foi o que se viu, uma primeira parte santa, podíamos ter marcado mais. Até o Montero fez o gosto ao pé de nós todos. Na segunda entramos em modo farsolas: quinze minutos e nada mais. O Marítimo à socapa contactou o nosso rival. Eles estavam chateados, nada de mais, a procissão ainda vai no adro. O resto foi peanuts, como diria JJ. Deu para o Peseiro inventar o Misic (ah, e ainda lá andava o Petrovic- que grande vitória a nossa), e fazer uma substituição aos noventa e três: entrou o Mané para os pôr em sentido. Todos nós ficamos. Claro.
Extraordinário texto, meu caro
ResponderEliminarCom prosas destas os jornais voltariam a ter algum interesse:)
Abraço
Meu caro, obrigado até pelo exagero:)
EliminarOs jornais ainda vão, não tarda, a voltar à sua origem de informantes e com crónicas sérias (mais um exagero).
Um abraço e SL
Precisamos de pots assim divertidos e bem escritos. O futebol não é para ser levado muito a sério. Mas na primeira parte eu acrescentaria o Jovane, enquanto teve pernas...
ResponderEliminarPaulo.L
SL
Meu caro,
EliminarNão me levo a sério, isso é um princípio. Também acrescento o Jovane, a sério...
SL