domingo, 30 de setembro de 2018

Teorias

Ao contrário de Jorge Jesus, tenho várias ideias, outras tantas teorias e, por vezes, até alguns pensamentos que redundam em nadas. Um desses pensamentos que se desdobram em teorias é sobre o Nani. Bom, o Nani é como os eucaliptos (vamos exagerar): seca tudo à sua volta (ou quase). Ele não faz por mal, é um grande jogador, símbolo do nosso clube, importante na conjuntura actual (que não é fácil), mas não é um líder. Isso percebemos com a naturalidade da nossa insignificância. Nem sequer me refiro à sua saída, em braços imaginários, em Braga. O homem não gostou (lembram-se de Rochemback?) e o Peseiro lá teve que fazer aquilo que era o bom senso em termos de balneário: não o convocar para o jogo com o Marítimo. Com esforço, imaginamos.

Parte disto (lá estão as minhas teorias) explica a primeira parte de ontem com o Marítimo. O Fernandes soltou-se, deixou de pensar na vida, de ter um símbolo ali por perto, e começou a pautar o jogo nem que seja pela sua presença. O Peseiro é que tem que ver isso (eles podem jogar os dois, claramente), descobrindo a complementaridade entre ambos que beneficie a equipa, mas de forma a que coisa carbure. O Nani chama a si todas (ou quase) atenções; parte significativa das bolas, e até alguns adversários para receberem um autografo ou lhe darem uma pranchada. Temos que utilizar isso para a equipa, deixando o Fernandes na sua rotação assassina (desculpem, são influências da TV). O Marítimo tem bons jogadores mas só nos vai ganhar se um for jogo muito importante para nós e, sobretudo, para o Benfica. De resto, deixam jogar.

Foi o que se viu, uma primeira parte santa, podíamos ter marcado mais. Até o Montero fez o gosto ao pé de nós todos. Na segunda entramos em modo farsolas: quinze minutos e nada mais. O Marítimo à socapa contactou o nosso rival. Eles estavam chateados, nada de mais, a procissão ainda vai no adro. O resto foi peanuts, como diria JJ. Deu para o Peseiro inventar o Misic (ah, e ainda lá andava o Petrovic- que grande vitória a nossa), e fazer uma substituição aos noventa e três: entrou o Mané para os pôr em sentido. Todos nós ficamos. Claro.

4 comentários:

  1. Extraordinário texto, meu caro

    Com prosas destas os jornais voltariam a ter algum interesse:)

    Abraço

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    1. Meu caro, obrigado até pelo exagero:)

      Os jornais ainda vão, não tarda, a voltar à sua origem de informantes e com crónicas sérias (mais um exagero).

      Um abraço e SL

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  2. Precisamos de pots assim divertidos e bem escritos. O futebol não é para ser levado muito a sério. Mas na primeira parte eu acrescentaria o Jovane, enquanto teve pernas...

    Paulo.L

    SL

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    1. Meu caro,

      Não me levo a sério, isso é um princípio. Também acrescento o Jovane, a sério...

      SL

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