sábado, 18 de fevereiro de 2012

Reconhecimento, autoridade, liderança e reputação

Tenho dedicado uma grande parte da minha vida a estudar e a ensinar temas associados à economia e à gestão. Sou responsável pela gestão de uma organização com mais de duas dezenas de pessoas. O tema da liderança não me é, assim, desconhecido ou indiferente.

A liderança pressupõe sempre, de uma ou outra forma, autoridade; autoridade reconhecida, interna e externamente, e por isso legítima e legitimada no exercício das funções de gestão. Para que essa autoridade seja reconhecida é necessário que quem a exerce disponha de qualidades morais, psicologias/emocionais e técnicas para a exercer. É preciso que os outros reconheçam essas qualidades para que, por sua vez, acreditem que os objectivos definidos podem ser alcançados. O reconhecimento permanente dessa autoridade gera reputação.

O Domingos dispunha dessa reputação. Não foi por acaso que os sportinguistas tanto saudaram a sua contratação. O Domingos falhou. Interessa pouco saber as razões. É um facto. Foi despedido, logo, falhou. Não há moral da história quando um gestor é despedido.

O Domingos dispunha de reputação como treinador e falhou. O Sá Pinto não tem essa reputação. Precisa, mais do que o Domingos, de ganhar o reconhecimento (dos jogadores, adeptos, imprensa, etc) da sua autoridade para ser um líder. Não basta o sportinguismo e a forma mais ou menos representada de o demonstrar. É preciso dispor das qualidades morais, psicológicas/emocionais e técnicas para ser reconhecido como tal. Não sei se dispõe. Esperemos que quem o contratou saiba. Esperemos…

1 comentário:

  1. Concordo com a questão da autoridade e da sua importância numa organização. De resto, aguardo ansioso que o Sá Pinto adquira rapidamente uma boa dose da mesma para que possa sentar no banco o Polga e o João Pereira sem ter que recorrer à táctica da chapada. Também não percebi a ausência do Matias mas tenho pouca autoridade para falar destas questões técnico-tácticas caso contrário abordaria também aqui o "estranho caso de Wolfswinkel" em que o jovem avançado se torna de dia para dia num velho perneta. Melhores dias virão.
    SL

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