Não sei se o Sporting está de volta. O Izmailov está. Continuamos a não criar uma oportunidade de golo. O Wolfswinkel começa a ser uma dor de alma. Corre o jogo todo e não tem uma bola para golo. Pedem-lhe que ganhe as bolas aos centrais, tabele com os médios e extremos e que, depois, ainda esteja na área para as bolas que não lhe fazem chegar.
Agora, também não deixamos criar oportunidades de golo. Mal perdemos a bola, logo alguém pressiona o adversário e no limite faz falta. O Xandão parece bom, pelo menos para jogar em Portugal. Com o Onyewu e, agora, com o Xandão, deixámos de perder a primeira bola de cabeça, quando as outras equipas pretendem progredir à biqueirada; praticamente a única forma que a maior parte das equipas como o Rio Ave tem de atacar.
As coisas estão a mudar. Pelo menos a sorte e o marcador dos livres. Ver, depois destes anos todos, o Polga a bater os livres não deixa de ser extraordinário. É impressionante a forma convicta como o faz. Chegou a tentar uma bola cortada ao ângulo. Quem não o conhecesse até poderia pensar que o sabe fazer.
Aos poucos a coisa vai. Hoje, para lá do esforço e dedicação e de uma defesa mais assertiva, já se conseguiram vislumbrar algumas jogadas de futebol. É de facto peregrina a visão do Polga a marcar livres mas devo confessar que fiquei surpreendido pelo facto de a bola ter passado das duas vezes perto da baliza...e não era a nossa! Mesmo assim continua a ser uma aflição vê-lo como o último defesa. Seja como for, só falhou uma vez, perante o João Tomás, e ia dando golo mas desta vez não deu. Já o João Pereira falhou, quer à frente quer atrás, mas continua a ter lugar cativo, deve ser amizade entre bullies. Quanto ao Wolfswinkel não reparei nele mas se o caro Rui diz que ele andou por lá, eu acredito. Em forma continuam os comentadores da TVI (tal como de certo os da SIC, RTP, SporTv e outros) que este fim de semana estarão bastante mais agastados, o que se compreende e festeja, pois a caminhada triunfal para o título sofreu um pequeno soluço...é a maldita objectividade filiada.
ResponderEliminarEnfim, a continuarmos assim, julgo que lá para Maio ou Junho vamos estar em grande forma, dirão que um pouco tarde talvez mas... "mais vale tarde do que nunca".
SL
já agora alguem me pode dizer porque o Matias não jogou um unico minuto?!?! fds Sá vai po caralho! nos jogos co o legia ele é que nos safou e já agora ao Sá pinto e para o campeonato já não serve? que injustiça e ingratidão do Sá pinto!
ResponderEliminarO problema do Polga nos livres é que ele marca-os da mesma forma que faz aqueles pontapés longos a partir da defesa: cá vai disto e seja o que deus quiser.
ResponderEliminarPenso que, embora seja 'estranho' ver o Polga a marcar livres, no primeiro 'rossou' o golo - portanto é porque o homem tem um dom até agora desconhecido e quem sabe chegue assim a marcar um golo na liga portuguesa. Quanto ao Matias não jogar(assim como o Rui Patricio também não) tem únicamente a ver com o facto do jogador jogar pela seleção(tal como o Rui) e poupar esforços. Ao mesmo tempo é um voto de confiança nos outros e aumentar desta forma o espirito de grupo.
ResponderEliminarSL
Bem, devagarinho mas a coisa vai indo.
ResponderEliminar3 jogos consecutivos a vencer e sem sofrer golos, é um feito assinalavel. A 1ª parte já mostrou uma equipa menos medrosa, a criar perigo e claro só pelo golo do czar, já valia a pena ter ido ao estádio.
Duas notas, porque diabo o nosso avançado sai da area nos cantos, e porque raio ainda deixam o Polga marcar livres directos?
Ontem cheguei a Gaia- Devesas vindo de Lisboa acompanhado por duas Senhoras e fui apanhar um taxi. Deviam ser quase 19 e 45. Estava a pensar que este fim de semana futebol já era e que ficaria para a semana pois ate era capaz de ser mais interessante. Meti as bagagens na mala ,entramos no carro onde se encontrava um senhor de idade ao volante imperturbável com o som inconfundivel de um relato de jogo em altura ensurdecedora. Com todo o respeito pedi para baixar um pouco o volume do som e a minha mulher já a sentir-se em casa perguntava se o Porto já estava a jogar. Surpresa das surpresas: o respeitavel motorista respondeu-lhe de contentamento que só mais tarde, que aquele era dos lagartos, dos seus lagartos, dos lagartos do seu coração. Leões, disse-lhe eu sentindo-me bem com o ambiente dentro do taxi. Mas as histórias estavam para vir. Que tinha ficado cedo sem Pais mas gostava tanto do Sporting que não perdia um jogo nas Antas.Até num que foi ver somente com 12 anos festejou efusivamente o 1º golo do Sporting sendo por isso ameaçado para ser menos exuberante nos festejos por um associado do Porto. Passado pouco tempo o Porto empatou e o dito cujo falou com o nosso motorista a dizer-lhe que no final é que ele ia ver. O nosso homem pegou em qualquer coisa que não percebi e meteu no bolso. Quando o Sporting meteu o segundo a ave rara ameaçou de pancada o nosso homem e este rapidamente tirou a "surpresa" do bolso afifando-lhe com a dita nos dentes que ficaram irremediavelmente partidos.Teve de ir a tribunal por para lá ter sido empurrado quando o regedor da freguesia disso teve conhecimento e nas antigas juras de protecção aos pais do miudo não abdicar de as por em prática. Mas as historias continuavam no meio das criticas á falta de concretização dos nossos jogadores que tardavam em ampliar o resultado. Dizia na sua sabedoria:"parece impossivel, depois do que o Domingos fez no Braga como deixou de saber de treinar. E os nossos depois de ganharem 10 jogos como desaprenderam de jogar e de marcar". Dizia: "se eu fosse para lá teria de fazer uma limpeza geral a tudo o que estivesse lá dentro e começar do zero". Tentei acalmá-lo a dizer que outros já pensaram o mesmo mas que chegados lá pouco tempo depois estavam a fazer como os outros não encontrando antidotos para virarem a pagina. Disse-lhe que com Sa Pinto as coisas iam mudar e que o nosso clube ia voltar a ser o verdadeiro Sporting. No radio sempre que alguem do Rio Ave pegava na bola parecia que a ressonãncia no tecto aumentava pondo o carro todo a vibrar. Faltava pouco para o fim e ainda tivemos de deixar a amiga da minha mulher, parando por breves momentos enquanto esperava que se enfiasse na sua casa e o nosso homem continuava a dar sinais de enorme nervoseira . O amigo Fernando sofria .Acalmei-o dizendo que os tres pontos já não fugiam . Mas a viagem ainda continuava e as histórias tambem. Os seus companheiros de profissão eram muito complicados e quando as coisas não corriam bem para as hostes do FCP tornavam-se insuportáveis. Como eu o compreendia. Entretanto chegamos e depois de uma efusiva despedida de saudações leoninas ainda liguei para o meu filho a perguntar-lhe a que horas eram horas do Feirense vir roubar uns pontitos ao Dragão. Desejo mais tarde não concretizado mas um gozo terrivel por confirmar que o nosso grande clube continua e continuará a ser sempre enorme. Haverá por ai espalhados muitos Srs Fernandos desconhecidos que de quando em quando se cruzam comnosco e mantem vivo o nosso elan.
ResponderEliminarRui,
ResponderEliminarVou partilhar contigo o meu know how de largos anos de observador de sofá, sobre avançados. Para saber se um avançado é mesmo bom, só é preciso uma coisa, senti-lo. Não interessam as frases feitas dos comentadores, que "é forte em transição", ou que "trabalha muito pra equipa". Um bom avançado, sente-se!
É simples, se quando estou a ver um jogo e a meio penso, "ele está demasiado distante da equipa", então é porque há algo de errado com o homem. Com um bom avançado, o meu instinto diz-me, "Ainda não tocou na bola? não tarda enfia uma batata e resolve isto!"
É que, sabes Rui, não sou só eu que sinto se o avançado é bom ou não. Os defesas adversários também o sentem. Aquilo na área, como tu bem sabes, é uma questão de marcação de território, e um bom avançado, se for mesmo bom, marca território. Quantas horas achas que dormia o Luisão na semana anterior a um derbi? E os feios, porcos e maus dos tripeiros, lembras-te como até perdiam a voz grossa quando sentiam o cheiro do Acosta? (no caso do Paulinho, chegou mesmo a perder o maxilar...)
Agora, não sei o que este holandes vai ser em 5 ou 6 anos, mas francamente isso também me interessa muito pouco. O que eu sei é que já o vi jogar umas 20 vezes e que ainda não o sinto como se sentem os bons avançados. Não o sinto eu, nem o sentem os defesas, que já perceberam que se se encostarem um bocadinho, o metem num bolso. Aquele não provoca insónias, nem suores frios...
E, confesso-te mais uma aprendizagem que retiro da minha experiência de sofá, sem um avançado que se sinta, dificilmente algum dia vamos lá...
Pensa nisso Rui, um bom avançado sente-se.
JPaulo