domingo, 14 de novembro de 2010

Rivalidades

Deixámos a Académica para trás. Ficaram a três pontos, pelo menos por enquanto. Acabámos o jogo de dentes cerrados, com três centrais e três trincos, e a queimar tempo. Não foi bonito mas foi bom. É assim que se joga, quando se joga para não descer ou para o meio da tabela. Tem sido assim que o Paços de Ferreira se tem mantido na Primeira Liga. Também já temos um relvado impraticável, só precisamos de encurtar o campo e colocar o público atrás de umas grades a um metro dos fiscais de linha.

Não sei o que se pode dizer mais sobre o jogo. Pode-se dizer que o Postiga é um brinca na areia, mas todos sabemos isso. Pode-se dizer que no ataque escapa o Vukcevic e o Valdés, mas todos sabemos isso também.

Falando um pouco mais a sério, devemos a vitória ao nosso guarda-redes, que fez uma defesa do outro mundo quando o resultado estava dois a um. O treinador estava completamente ansioso por meter o Pedro Mendes. Percebe-se; é a sua derradeira oportunidade. Espera que seja o Pedro Mendes a fazer com que os jogadores se entendam dentro de campo, já que ele não consegue isso através dos treinos.

Enfim, este jogo teve um significado particular para mim. Adoro rivalidades e, particularmente, as que envolvem a Académica. Em Viseu, podíamos perder com todos, o que não desculpávamos é que o nosso Académico não ganhasse aos de Coimbra. Na época de 1978/79, fomos, pela primeira vez, disputar a primeira divisão. Acabámos em últimos com 11 pontos, mas valeu a pena. Ganhámos-lhes um a zero, no Estádio do Fontelo, com golo de Joaquim Rocha (que tínhamos ido precisamente contratar à Académica). Foi a nossa primeira vitória na primeira divisão, há aproximadamente 32 anos.

Já me esquecia: estamos com os mesmos pontos do Benfica.

2 comentários:

  1. Não podendo competir com o vosso conhecimento histórico/enciclopédico/futebolístico, recordo-me da vossa manifestação de alegria esperançosa (há 2 anos?), à sombra da canforeira, quando o Postiga foi para o Sporting e da minha, por ele ter deixado o Porto!
    Como se diz na moderna teoria da negociação, um verdadeiro win-win!

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  2. Caro anónimo,

    Nós comprámos o Postiga e, portanto, ele é nosso. Nós podemos dizer mal dele. Se queriam dizer mal dele, então, não o deviam ter vendido.

    Um abraço e volte sempre.

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