Continuamos jogo a jogo, crónica a crónica. Não interessa a maior ou menor proximidade à data do último jogo. Existe uma e uma só regra: a crónica de um jogo tem de preceder a realização do jogo seguinte. O jogo [do Sporting] contra o Vizela foi na quinta-feira. De lá para cá, muita água correu debaixo das pontes, mas passado é passado, ninguém o pode alterar, mas uma simples crónica ajuda a ter esperança no dia de amanhã [ou no dia de terça-feira, melhor dizendo, quando disputarmos a meia-final da Taça da Liga].
Na quinta-feira, jantei com uns colegas no Solar Moinho de Vento, no Porto, não havendo televisão por perto. Não vi o jogo, portanto. Há quem pense que ver o jogo é condição necessária [e suficiente] para se saber o que lá se passa [ou se vai passando]. Nada de mais errado, como nos explicam o Jorge Coroado, o José Leirós e o Fortunato Azevedo no jornal “O Jogo”. Segundo eles, o árbitro errou ao mostrar cartão amarelo ao Hjulmand do Sporting [15 minutos], ao não mostrar cartões amarelos ao Anderson e ao Escoval do Vizela [51 e 70 minutos]; ao não marcar dois “penalties” a favor do Sporting [68 e 88 minutos]. O árbitro estava a ver o jogo [há testemunhas]. Quanto ao vídeo-árbitro, nada se pode afirmar, nada se pode concluir definitivamente [no Solar do Moinho de Vento não estava, isso posso confirmar].
Ver o jogo não é condição necessária e suficiente para se ver o que nele vai acontecendo, como se demonstrou. Nem sempre se vê também porque uma imagem ou uma sequência delas pode resultar de efeitos especiais: o primeiro golo do Vizela fez-me lembrar a bicicleta a voar no E.T. [O Extraterrestre], mítico filme dos anos oitenta realizado por Steven Spielberg. Se nem sempre se vê o que se está vendo, o que está à frente dos olhos, então não se deve falar do que se não viu ou [de outra forma], ainda se acaba dentro do campo com o apito na boca a ver sem ver. Está visto, resta-nos continuar assim, a procurar o milagre de ganhar jogo atrás de jogo [com crónica atrás de crónica] e a esperar os jogos decisivos contra o Benfica e o Porto. Pode ser que nesses jogos se consigam duas goleadas que nos permitam ganhar por um ou dois a zero. A ver vamos [ou vamos ver, não sei bem].
Além do inatel já os podem ir buscar ao centro helen keller. Alarga o universo de escolha e treino. Fica tudo a ganhar. Até aqui as cronicas que mesmo que alegadamente meio ambliopes acabam escritas sobre linhas direitinhas, direitinhas. Boa!
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarOs jogos do Sporting fazem-me lembrar O Feitiço do Tempo, quando o Bill Murray não consegue sair do Dia da Marmota, acordando sempre no mesmo dia a ouvir o “I got you baby”. No Sporting, cada jogo é sempre uma repetição [do anterior].
Abraço,
RM