sábado, 12 de dezembro de 2020

Notas de rodapé

 

O Sporting fez um grande jogo, com momentos (e golos) capazes de levantar um estádio vazio. Está provado que é possível. A páginas tantas, eu só pensava: o tridente da frente (é assim que se diz?) é composto por um gajo que jogava no Portimonense, outro no Rio-Ave e outro ainda que jogava nos sub qualquer coisa 21 ou 23 do Sporting, já não sei. E quando descíamos o olhar continuávamos surpreendidos com a qualidade da equipa, onde, por vezes, até o Neto engana. A coisa tem mão, antebraço, cotovelo e braço do treinador. Arriscaria dizer até que tem clavícula e omoplata do técnico. A distribuição anatómica do treinador no jogo da equipa chega ao ponto de o cérebro conseguir faiscar várias sinapses, causando alguma surpresa até nos comentadores do jogo na TVI.

O Paços de Ferreira é uma boa equipa, com bons jogadores, e visitou Alvalade para jogar futebol. Não sei se será conveniente entronizar já o Pepa no olimpo dos treinadores, mas os resultados e as exibições recentes da equipa são um excelente cartão de visitas. Posto isto, vencemo-los duas vezes, marcando cinco golos sem sofrer nenhum. Um pormenor apenas.

Assim de cabeça, o árbitro do jogo conseguiu mostrar quatro cartões amarelos, três dos quais (adivinharam) mostrados a jogadores do Sporting (Porro, Palhinha, Nuno Santos). Amarelar é um verbo transitivo muito bem conjugado pelos árbitros que apitam o Sporting. Quem pode, pode…

4 comentários:

  1. Gabriel Pedro
    O Pinheiro tinha que mostrar serviço.
    Não é qualquer um que chega a árbitro FIFA.
    Vamos estar atentos aos jogos do Benfica e FCP para ver se tem coragem de amarelar os patrões.
    Mas esta equipa do Sporting a jogar assim, os padrecos vão ter que improvisar "missas"
    SL

    João Balaia

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    1. Meu caro,

      Nao os subestime. A religiosidade, e uma boa alimentação à base de fruta, são muito importantes na sociedade portuguesa da bola.
      SL

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  2. O Sporting está uma equipa previsivelmente imprevisível nos recursos que utiliza para chegar à baliza. Há várias surpresas a baralhar até as nossas contas, quanto mais as dos apitadeiros. Se continuarmos a ir todos para cima deles, não há missas nem padres que lhes valham.

    No início da época, não percebia as rotinas defensivas do Sporting e houve golos que não levámos por sorte. Mas agora nem isso posso dizer. Que chatice!

    Há contudo uma ratoeira em que não nos podemos deixar cair, que é o de se arrastar a bola de neve das novelas à volta das arbitragens manhosas. Só o jogo seguinte realmente interessa.

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    1. Meu Caro,

      A distribuição anatómica do treinador no jogo da equipa não chega para tudo. Mas percebo a sua preocupação.
      SL

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