O dia começou pela ordem certa. Parabéns do meu banco, seguidos da Mike Davis, da Sephora, da Lion of Porches e da Caetano Retail. A Bertrand não quis faltar à festa e ofereceu-me um “voucher” de cinco euros em compras superiores a vinte e cinco euros nos próximos trinta dias. Esperava mais consideração da EDP e da NOS pelos clientes, mas os “vouchers” não são para todos e só nos ligam quando é para lhes pagar.
A família não faltou também. Primeiro a mulher, depois a filha e, por fim, a mãe, a irmã e o sobrinho. Os amigos vieram depois a conta-gotas. A meio da tarde ainda faltavam muitos, esperava eu. Esperava mais, mas esperava sobretudo a prenda que o Hugo e o Afonso me tinham prometido.
Fui dar uma volta à cidade. Retardei o regresso até mais não puder e não demonstrado que estava nervoso. Estive a aboborar numa esplanada enquanto bebericava um café e comia uma tíbia. Vi as montras todas que havia para ver. Hesitei vezes sem conta na compra de uns calções e de uma camisola às riscas para passar o tempo. O tempo não passava e não encontrava mais razões para adiar o regresso a casa.
Regressei no final do terceiro “set”. Perdemo-lo e fiquei com a sensação que íamos passar à história. Mas animada pelo jovem João Simões, a velharia não queria dar o braço a torcer, ganhando o quarto “set”. Deixei de ir espreitando o jogo e o resultado. Os nervos eram muitos e procurei ler um policial enquanto via pelo canto do olho o Velocidade Furiosa 7, filme que recomendo quando se está com elevados níveis de ansiedade. Sem me conseguir concentrar em nada, fui à Tasca do Cherba ver como paravam as modas: estava 13-13. Fui para a varanda fumar cinco cigarros seguidos.
De repente, as mensagens começaram a cair furiosamente no telemóvel. Voltei à Tasca do Cherba e regressei à sala para ver a Sporting TV. O Hugo e o Afonso tinham cumprido o prometido. Vi o último “set” enquanto respondia às mensagens. Os parabéns misturavam-se com o voleibol, de sportinguistas, benfiquistas e portistas. Não tenho dúvidas que eles ajudaram a bola a trepar a rede e a passar para o outro lado nos dois últimos serviços do americano Muagututia. Os amigos são assim, estão presentes nestes momentos em que não pudemos contar com mais ninguém para fazer o que é preciso para sermos felizes. Agradeci a todos enviando-lhes o vídeo do último ponto que saquei no Artista do Dia.
São eles e o Hugo e o Afonso. Não o disse na altura, mas digo-o agora: “O Hugo e o Afonso ganharam! O Sporting é campeão!”
Foi concerteza um bom dia...Parabéns!! Continuação de bons dias.
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarCom a vitória do voleibol só podia ser um grande dia. Tão cedo não o esqueço.
SL
Caríssimo Rui:
ResponderEliminarParabéns atrasados.
Como apaixonado pelo voleibol desde a minha meninice, por motivos familiares (minha mãe, hoje quase com 90 anos, foi praticante e dirigente da modalidade e dela me ensinou a gostar), e como ainda me lembro dos tempos das grandes equipas do Instituto Superir Técnico, com os irmãos Pinto Leite e outros, e dos primeiros títulos do Sporting, e como me lembro também da raiva imensa que me causou uns senhoritos que nada percebiam de ecletismo terem extinto o basquetebol (dando de mão beijada o Carlos Lisboa ao Benfica) e o voleibol, na altura campeão, fiquei muito contente com o regresso da modalidade ao Clube.
Não esperava tão grande sucesso no primeiro ano, mas ontem lá em casa os gritos dos meus filhos e meus, a cada ponto ganho, eram mais emotivos que os do futebol.
Parabéns portanto ao Clube, à secção, aos dirigentes, ao Presidente.
Um Abraço muito especial ao grande Miguel Maia, talvez o mais completo voleibolista (de pavilhão e de praia) que Portugal alguma vez teve. Que especial deve ser ver um sonho ruir e, 24 anos depois, vê-lo renascer, no Clube do nosso coração.
Para si um Grande Abraço! Que o dia 1 de Maio se repita por muitos e bons, e que nos continue a deliciar com a sua verve e lucidez!
Grande Abraço,
José Lopes
Caro José Lopes,
EliminarOs dirigentes da altura nunca perceberam o óbvio: um clube não é uma empresa ou é uma empresa com características muito especiais. O valor de um clube depende do número de sócios e adeptos e da sua mobilização. Pressupõe uma relação afetiva e essa é que determina a grandeza de um clube.
A relação afetiva e a mobilização dos adeptos necessita de ser alimentada. Desinvestindo nas modalidades, não construindo um pavilhão e levando a equipa de futebol para treinar em Alcochete, a relação com sócios e adeptos quebra-se.
Só consigo ver voleibol quando é muito bem jogado. Reservo-me para os Jogos Olímpicos. Ontem, como nos restantes jogos da final, foi para mim evidente que se joga bem em Portugal, contrariamente ao que pensava. E depois há a emoção que não existe em qualquer outra modalidade: não há cronómetro nem gestão do jogo, é bola lá, bola cá e tudo pode virar de um momento para o outro. Há a emoção e o Miguel Maia. O Miguel Maia é o voleibol em Portugal. Não me esqueço das alegrias nos jogos olímpicos e também a tristeza de não conseguir uma medalha. O Miguel Maia merece tudo.
Um abraço
Viva,
ResponderEliminarjá tinha tido ocasião de lhe dar os Parabéns...
venho apenas partilhar que também eu segui atentamente o resultado na Tasca do Cherba...nomeadamente através do "Leão Verde"... que me ia matando :)
Vibro muito com o futebol, mas confesso que estas vitórias das modalidades têm sido simplesmente fantásticas no sentido de afirmar aquilo que é a essência do Sporting Clube de Portugal. Acho que através das modalidades existe de facto esse conceito de família leonina. E por tudo isto, o Presidente Bruno de Carvalho está de parabéns... é gigante o que ele fez por algo que nos tinhamos começado a habituar à ideia que, mais dia menos dia, iria desaparecer.
Se as grandes obras e conquistas necessitam de alicerces fortes, as nossas modalidades são esses alicerces.
Abraço
Meu caro,
EliminarO problema do nosso Presidente é que as vitórias são contra alguém. Vamos admitir que perdíamos. Se estivesse no pavilhão teria aplaudido os jogadores do Benfica e teria aplaudido ainda mais os nossos jogadores. A derrota esteve ao virar da esquina convém não esquecer para nos lembrarmos para a próxima. É preciso saber ganhar e é preciso saber perder. É que vamos perder algumas vezes. É a lei da vida.
Um abraço
Caro Rui,
ResponderEliminarParabéns atrasados, são parabéns abençoados.
Ganhamos. É possível ganhar...menos no futebol, claro.
Um abraço
Caro Gabriel,
EliminarObrigado. No voleibol não há cronómetro nem gestão do jogo. É bola lá, bola cá, em grande interferências dos árbitros. Talvez esteja na natureza do jogo a razão para ganharmos nas modalidades amadoras.
Um abraço
Há razões que a própria razão desconhece...
ResponderEliminarEu também queria ter ganho no fim-de-semana... mas se foi para te trazer esta prenda, neste dia especial... agora podemos dizê-lo todos juntos... PARABÉNS CAMPEÃO..., que dia...!!!!
Meu caro,
EliminarDepois desta, só preciso que me mande a sua data de aniversário. Se o Benfica ganhar nessa data também lhe mando os parabéns.
Obrigado e um abraço