Falhar cada vez melhor seria um bom lema noutras épocas. O
nosso sentido de humor acompanha sem dificuldades qualquer resultado menos
conseguido (como agora se diz), mas o nosso coração e a nossa paciência têm
vida própria. Não vou discutir se a cabecinha dos jogadores (e equipa técnica?)
já estavam com o Barcelona. Parece-me até um contra-senso relativamente a
épocas anteriores. O que eu sei é que se na cabeça houvesse alguma estratégia
para o campeonato, o jogo com o Moreirense (antes de receber o Porto) revelava-se
de grande importância. Avisei de tarde que íamos falhar quando uns amigos se
deslocaram ao estádio. Eu não podia ir e estava a picar, claro. O que eu não
sabia é que a nossa equipa só ia entrar em campo apenas na 2ª parte e ainda
assim a espaços.
Não se tratou apenas da ausência de Acuna, do jogo menos
conseguido do Fernandes, mesmo jogando numa outra posição, da ausência do Ruiz
do jogo (qual a novidade?), mas da inércia (e sobranceria?) da equipa em geral,
deixando verdadeiras avenidas à surpreendida equipa contrária. Até o filosofo
Machado acreditou que a décalage entre ambas afinal seria menor. Questiono-me
sempre sobre as ausências quando estas funcionam em grupo. Por isso não percebi
JJ quando este se referiu a um ou dois jogadores. Não percebeu que ganhamos um
ponto. E ainda não percebeu que é líder de uma equipa. Voltamos a olhar para
cima. Venha lá o Barcelona.
Caro Gabriel,
ResponderEliminarSó se pode jogar no campo do Moreirense preparados para a guerra (o material de Tancos, segundo o Nuno Rogeiro, servia para este efeito). Fomos para lá armados, fomos para lá à armar. Acabámos dizimados por uma turba de tuaregues de Moreira de Cónegos liderados pelo seu grande chefe Manuel Machado.
Um abraço
Caro Rui,
EliminarFomos para lá armar, sem dúvida. Ainda por cima num jogo que tínhamos de ganhar. Acontece. Pois sim, mas é sempre ao mesmo.
Um abraço
Estou já em meditação para os próximo desafios, caro Gabriel.
ResponderEliminarImbuído numa meditação bélico-filosófica e inspirado na “paciência chinesa” (tão notória nestes dias que correm) proponho uma citação de Sun Tzu que ajuda a perceber a “batalha” de Moreira e os seus equívocos e a preparar as próximas:
«O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada.»
(por outras palavras: Ó Jesus põe lá a jogar os melhores, tira os nabos e não inventes)
Abraço
Tem razão, caro trindade. Falhar cada vez melhor é para a literatura, como disse Beckett. Na bola é só dar a responsabilidade adequada. Sem inventar...muito. Para a bola caseira basta. Quanto ao resto, venha de lá o Barcelona. São peanuts...
ResponderEliminarUm abraço