Há uma nova versão do “amor
à camisola”. Esse amor só existe se for amor à camisola do Benfica. É
concebível que se troque uma outra camisola pela do Benfica, isso é amor. Pode
ser até paixão, se vier do Sporting. Já quem se apaixonar por outras camisolas
abandonando o Benfica, trata-se de um ser ignóbil, de um eunuco, de um fingidor,
um interesseiro, um ogre incapaz de amar.
Antigamente, num país ainda mais atrasado, minado pela ignorância,
pelo sexismo e pela tolerância (quase legal) face à violência doméstica,
dizia-se com bonomia machista e autoritária que “quem não era do Benfica não
era bom chefe de família”. Hoje, mais evoluídos, o que parece vigorar é que “quem
não ama o Benfica, não ama de todo”.
Não tenho um medidor de “matéria
amativa”, utilizando o conceito poético do meu amigo Virgílio, mas acho que
cada um é livre de amar o que quiser. Até o Benfica.
Enorme prosa A. Trindade.
ResponderEliminarTudo certo nos sítios certos. Mas toda a gente do Benfica parece não perceber.
Mesmo aqueles que eu julgava mais evoluidos, os que eu julgava menos atrasados...
Desisti de os tolerar sequer...