Escrevo a frio, ou melhor, a gelado, por isso serei rápido e
(a ver vamos) eficaz. Estamos perante um Sporting que acredita em si próprio
sem temores esotéricos e sem sentimentalismos de inferioridade bacoca. O início
não foi brilhante: os laterais demoraram a acertar o passo, ao mesmo tempo que
o meio campo se embrulhava numa passerelle imaginária. Nada como um golo para
acordar. O Porto começou a acreditar em algumas expulsões para desfrutar do
passeio. Enganou-se… mas por pouco.
Quando começamos a jogar a bola o adversário suspirou pela
antiga capela das antas. Não era para menos, aquele meio campo verde engolia o
amarelo (Danilo versus William, alguém acredita?), inclinando o campo de uma
maneira que as laterais começaram a florir, atapetando os corredores onde
brilhavam o Chuta-Chuta e o Gelson, não esquecendo o Ruiz, a espaços, com a
suavidade de um final de tarde de verão. Não fosse a voracidade de um Slimani
(outra vez vendido) e estaríamos apenas perante um poente lírico de trazer por
casa. Não era o caso.
Os primeiros vinte minutos da segunda parte confirmaram que
a voracidade nem sempre colhe frutos. Estivemos perto da tempestade quando o
árbitro se decidiu pelo entretenimento de outras eras, sem consequências por
manifesta falta de originalidade. Que grande jogo do Semedo e do Chuta e joga como o caraças. Até o
Paulista deu um ar de sua graça. Não tarda e também é vendido. Umas vinte
vezes. Quem dá mais?
Meu caro,
ResponderEliminarApesar de ter sido rápido acho que foi eficaz. No ano passado a superioridade do Sporting ao Porto foi sempre evidente. O que se viu no Domingo foi que o Sporting do ano passado também foi claramente superior ao Porto deste ano. Vejamos o que nos reserva o Sporting deste ano (ainda temos de esperar umas horas).
No entanto, houve uma coisa que mudou. No ano passado Sporting e Porto foram por algumas vezes bastante prejudicados pelos árbitros. O Sporting não se calou e foi chamando a atenção para a forma como uns e outros eram tratados. No Porto apenas o desgraçado do Peseiro protestava. Isso mudou. O Porto deste ano parece em grande forma nesse domínio: sejam os jogadores a rebolar no chão e a rodear o árbitro, sejam os dirigentes, seja nas redes sociais. Nesse aspeto o Porto voltou às suas tradições... ainda que curiosamente com muito menos motivos que os do Peseiro!
SL
Caro João,
Eliminartem toda a razão: a superioridade do Sporting é uma realidade que a actualidade confirma, o rebolar no chão (e nas redes sociais) dos adversários é que me parece ser um modus operandi a registar. Nada de novo, não fosse a mancha a alastrar...
Sl
Excelente posta GP! Talvez demasiado bem escrita:)
ResponderEliminarE não esqueças os temas quentes, os lances polémicos, o material que ilumina a latrina. De outro modo não há estória:))
De resto, um abraço
Caro amigo,
EliminarVivemos um período quente, tão quente que até queima as mãos de alguns. O material assim é sempre luminoso mas de cepa duvidosa:))
Abraço
Caro Gabriel,
ResponderEliminarA seguir ao William Carvalho, o "Chuta e joga como o caraças" é o melhor. Até nem parece gordo. Às tantas até está magro.
Um abraço
Caro Rui,
EliminarChuta e joga como o caraças e o William ficam, o que já não é nada mau tendo em conta o janelão do mercado. Fica também o Patrício, o resto logo se vê...
Abraço