A brincadeira da Liga dos Campeões paga-se cara. É bom para o ego ganhar ao Schalke 04. Face ao que interessa, que é o campeonato, não só não serve para nada como prejudica. Hoje estávamos mortos. Na segunda parte demos tudo por tudo, mas as jogadas eram todas feitas em esforço. Com outra disponibilidade física e mental, não se tinham falhado os golos cantados que se falharam nos últimos vinte minutos.
Demos uma parte de avanço. Conseguimos jogar ainda mais devagar do que o Paço de Ferreira. Na segunda parte, com a saída do William Carvalho e do Carrillo, supostamente partiríamos o jogo. Estaríamos mais expostos ao contra-ataque. Mas, como sempre digo, quando se mete mais um avançado nenhuma equipa como o Paços de Ferreira quer dividir o jogo. Recua a defesa e esquece-se de atacar.
O árbitro promoveu ao antijogo. Nada que não estejamos habituados. O livre assinalado pelo árbitro aos setenta e quatro minutos só foi marcado pelo Nani aos setenta e oito. Um jogador do Paços de Ferreira lesiona-se e demora dois minutos a sair. Volta a entrar, dá uma corrida, atira-se para o chão e demora mais dois minutos a sair. Desde o primeiro minuto, que era preciso pedir por favor ao guarda-redes para marcar um pontapé de baliza. Levou um amarelo a acabar o jogo. No final, o árbitro deu quatro minutos de descontos.
Em condições normais, o campeonato já se foi. Agora, esta fatalidade pode não ser má. Temos a Liga dos Campeões. Não sei se foi com o objetivo de a ganhar que preparámos a equipa. Pensei que não. Mas às tantas não tenho, nem nunca tive razão.
(Que ninguém fale da falta de atitude dos jogadores. Deram o que tinham e o que não tinham. Agora, não dá para jogar neste sistema de jogo duas partidas por semana com o plantel que temos)
concordo, tocou em todos os pontos importantes e, com ironia diz verdades que, sem ela, custaria muito admitir...
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarO treinador colocou a equipa a jogar um futebol espetacular. Nunca com o Jardim jogámos assim. Só que a jogar assim a equipa arrebenta quando tem que fazer dois jogos. Contra o Guimarães tinha-se visto a equipa com falta de força também.
O Slimani falhou imensos golos porque estava estoirado. Com outra frescura física não os tinha falhado. O Nani nunca conseguiu esticar o jogo, porque simplesmente não conseguia correr.
Mesmo assim merecíamos ganhar. Contar o jogos a partir dos resultados irrita-me. O Paços de Ferreira jogou o típico jogo do futebol português. Perante a apatia do Sporting na primeira parte, andou a trocar a bola para os lados e para trás. Marcou o golo praticamente no único remate que fez à baliza. Na segunda parte, com um pouco de sorte do Sporting, tinha saído goleado.
SL
ok, como explicar a 2ª parte pelo lado físico?... eu concordo com a sua análise, mas sempre que se entra com motivação, com querer, o físico é sempre secundário...agora quando se entra em modo "deixa ver o que isto vai dar", a probabilidade das coisas correrem mal aumenta exponencialmente...e depois é sempre a correr atrás do prejuízo...
EliminarMeu caro,
EliminarO Sporting na segunda parte fez das tripas coração. Os golos falhados não só precipitação. São cansaço. O Slimani mais fresco não teria falhado os golos que falhou.
O Nani na primeira parte nem entrou em jogo. Notou-se nitidamente que nem arriscava correr porque não podia. Na segunda correu mais qualquer coisa mas viu-se que não podia fazer muito mais.
O Sporting tem um sistema de jogo que começa logo na pressão na saída da bola. Quando a recupera lança não sei quantos jogadores para o ataque. Os laterais passam o jogo todo a subir no terreno.
Os jogadores não estão a aguentar. Depois, temos os árbitros a ajudar.
SL