Não tenho nem muito tempo nem muita paciência para ver programas da bola. Leio “A Bola” quando vou ao Flávio tomar café. Não leio propriamente, porque aquilo não tem nada para ler. Folheio e nada mais. Fiquei a saber que o Manuel Fernandes disse que nós somos uma equipa de pernetas. Também fiquei a saber que o Bruno de Carvalho disse que perneta era a avó dele ou qualquer coisa do género. Tudo ao nível de um bom debate Seguro vs Costa. Até aqui tudo bem.
De repente, começo a receber uns comentários de uma rapaziada a equiparar-me ao Manuel Fernandes ou ao Rui Gomes da Silva pelo simples facto de ter malhado no André Martins e no Capel. A comparação com o Rui Gomes da Silva não me fica bem. Lembro-me de uma proposta, de quando era Ministro, de se passar a escolher os comentadores políticos pelo Método de Hondt ou assim parecido. Fiquei contente com a comparação com o Manuel Fernandes. As quatro batatas que espetei a uns miúdos da minha rua do Benfica sempre tiveram, afinal, a divulgação que mereciam.
Há jogadores que são um mistério. O André Martins, assim como o Postiga ou o Nuno Gomes estão nesse lote. Não jogam (ou não jogavam) a ponta de um caracol. Mas há sempre alguém que os defende. Que não. Que a malta é parva e não percebe nada da bola. Há um metafísica da coisa que nos escapa e está só ao alcance de entendidos.
Há outras coisas menos misteriosas. Acontecem no futebol como acontecem no dia-a-dia em muitas outras atividades, nomeadamente na política. Há sempre um talibã qualquer que é mais mulá que o mulá.
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