Muitas análises salientaram que o Sporting só ganhou ao Braga porque jogou cerca de uma hora contra dez. Aparentemente, onze contra onze, o Braga ganharia, como parece decorrer, para quem assim pensa, da forma como se jogaram os primeiros trinta minutos.
Este raciocínio contém uma falha factual. Parece pequena mas é enorme. Foi a jogar onze contra onze que o Braga ficou com dez. Foi o mérito dos onze jogadores do Sporting, especialmente do Montero (mas que se não jogasse jogávamos com dez), que fez com que o Braga ficasse a jogar com dez. Não faz sentido, assim, a análise contrafactual.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Onze contra dez
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Rui Monteiro
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14:33
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sábado, 28 de setembro de 2013
Montero resolve
O primeiro golo é uma delícia. Um pequenino no meio de matulões, o defesa que hesita, ainda procura empurrar, mas quando chega já a bola está lá dentro. Depois o lance da expulsão. Intui o erro do defesa. Protege a bola, avançando. Percebe que o defesa fica para trás e que está um contra um. Simula o remate e faz a finta. Fiquei com pena da falta, mesmo com expulsão. Aquele lance merecia golo. Seria um lance de manual.
Depois, o Leonardo Jardim mostrou porque é um génio. Após a expulsão, ficámos mais instalados no meio-campo de Braga. Só que não dava nada. Na segunda parte, deixou a defesa atrás na mesma. Não pressionou a saída da bola da defesa do Braga, para que o jogo não ganhasse muita intensidade e não fizéssemos faltas para amarelo (que era isso que o Braga estava à espera). Deixou-os subir e procurou em contragolpe criar ataques em igualdade ou mesmo vantagem numérica.
Nem sempre finalizámos bem: umas vezes faltou o remate, noutras, o último passe. Nesse aspeto o Carrillo deixa qualquer um à beira de um taque de nervos: chuta quando deve passar, passa quando deve rematar e finta quando deve passar ou rematar.
A defesa esteve bem, sobretudo o Maurício (estava com medo do duelo com o Éder). O meio-campo não é brilhante. Talvez o Victor mereça mais oportunidades. O Slimani tem uns pés que parecem dois ferros de engomar. Mas qualquer equipa que se preze deve ter um avançado assim: alto, com cara de assassino e que meta medo à defesa.
Esta vitória tem muito mérito. Convém não esquecer que o Nuno André Coelho e o Joãozinho, por lesão, não jogaram. Com eles teria sido diferente. Mesmo assim ficou o Eduardo. Com as suas mãos de tesoura ajudou alguma coisa.
Depois, o Leonardo Jardim mostrou porque é um génio. Após a expulsão, ficámos mais instalados no meio-campo de Braga. Só que não dava nada. Na segunda parte, deixou a defesa atrás na mesma. Não pressionou a saída da bola da defesa do Braga, para que o jogo não ganhasse muita intensidade e não fizéssemos faltas para amarelo (que era isso que o Braga estava à espera). Deixou-os subir e procurou em contragolpe criar ataques em igualdade ou mesmo vantagem numérica.
Nem sempre finalizámos bem: umas vezes faltou o remate, noutras, o último passe. Nesse aspeto o Carrillo deixa qualquer um à beira de um taque de nervos: chuta quando deve passar, passa quando deve rematar e finta quando deve passar ou rematar.
A defesa esteve bem, sobretudo o Maurício (estava com medo do duelo com o Éder). O meio-campo não é brilhante. Talvez o Victor mereça mais oportunidades. O Slimani tem uns pés que parecem dois ferros de engomar. Mas qualquer equipa que se preze deve ter um avançado assim: alto, com cara de assassino e que meta medo à defesa.
Esta vitória tem muito mérito. Convém não esquecer que o Nuno André Coelho e o Joãozinho, por lesão, não jogaram. Com eles teria sido diferente. Mesmo assim ficou o Eduardo. Com as suas mãos de tesoura ajudou alguma coisa.
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Rui Monteiro
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23:44
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Para que servem os árbitros?
A arbitragem do Xistra e, em particular, a não marcação de um “penalty” evidente deu origem a várias interpretações, todas bastantes originais.
Os nossos adversários consideram que por termos sido beneficiados num fora-de-jogo no jogo anterior, o árbitro limitou-se a fazer justiça com efeitos retroativos. A ser levado a sério este argumento, os árbitros ficam obrigados em todos os jogos da segunda volta a marcar pelo menos um “penalty” inexistente contra o Porto e o Benfica para compensar os sucessivos erros que vão, como de costume, cometer a seu favor na primeira.
Os nossos adversários e alguns sportinguistas consideram que o resultado é justo, desculpando, portanto, o “penalty” não assinalado. A ser levado a sério este argumento, os árbitros não devem arbitrar de forma justa devem, isso sim, arbitrar de forma a dar justiça aos resultados.
O nosso treinador considera que os três grandes são sempre beneficiados, devalorizando implicitamente o erro do árbitro. A ser levado a sério este argumento, seremos tão beneficiados como o Benfica e o Porto durante todo o campeonato.
Os nossos adversários consideram que por termos sido beneficiados num fora-de-jogo no jogo anterior, o árbitro limitou-se a fazer justiça com efeitos retroativos. A ser levado a sério este argumento, os árbitros ficam obrigados em todos os jogos da segunda volta a marcar pelo menos um “penalty” inexistente contra o Porto e o Benfica para compensar os sucessivos erros que vão, como de costume, cometer a seu favor na primeira.
Os nossos adversários e alguns sportinguistas consideram que o resultado é justo, desculpando, portanto, o “penalty” não assinalado. A ser levado a sério este argumento, os árbitros não devem arbitrar de forma justa devem, isso sim, arbitrar de forma a dar justiça aos resultados.
O nosso treinador considera que os três grandes são sempre beneficiados, devalorizando implicitamente o erro do árbitro. A ser levado a sério este argumento, seremos tão beneficiados como o Benfica e o Porto durante todo o campeonato.
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Rui Monteiro
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20:28
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terça-feira, 24 de setembro de 2013
Balada da neve
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.
[…]
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
[…]
|
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A. Trindade
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23:01
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sábado, 21 de setembro de 2013
Não estamos ao nível do Xistra ainda
Passámos o nível Olegário com distinção. Não passámos o nível Xistra. Ainda não temos equipa para tanto. Tanto mais que o nível Xistra, hoje, foi muito elevado. Não foi um Xistra qualquer.
Não jogámos bem. Marcámos e ficámos um pouco a ver no que as coisas davam. No início da segunda-parte começámos a tremer um pouco. O Leonardo Jardim percebeu e fez o se impunha. Levámos um golo de bola parada. Não tínhamos estado mal nesses lances.
Tentámos voltar a dominar e a carregar no ataque. O Montero ainda fez uma jogada extraordinária. Não chegou. O Xistra fez o resto. A realidade voltou. Volta sempre.
Não jogámos bem. Marcámos e ficámos um pouco a ver no que as coisas davam. No início da segunda-parte começámos a tremer um pouco. O Leonardo Jardim percebeu e fez o se impunha. Levámos um golo de bola parada. Não tínhamos estado mal nesses lances.
Tentámos voltar a dominar e a carregar no ataque. O Montero ainda fez uma jogada extraordinária. Não chegou. O Xistra fez o resto. A realidade voltou. Volta sempre.
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Rui Monteiro
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22:22
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Sic transit gloria mundi...
Em meados dos anos 80, numa fase mais acesa de uma guerra
entre o Porto e o Sporting, o guineense Aduali Embaló, mais conhecido por Lay,
abandona os Juniores B do Sporting, transferindo-se para o Porto. Lay, soube-se
recentemente, foi o primeiro jogador representado por Catio Baldé em Portugal.
Depois de 2 anos nos Juniores A do Porto, esteve ainda 3 anos no Tirsense (onde
foi colega de um tal de Bio, hoje conhecido por Bebiano Gomes - sim, esse
mesmo…) e 3 anos no Leixões, antes de acabar a sua carreira no Lusitânia de
Lourosa...
O ponto alto da carreira de Lay foi um golo que marcou em
pleno estádio das Antas. Infelizmente para os adeptos portistas, Lay comemorou esse golo enquanto jogador do Tirsense, tendo um papel decisivo – juntamente com Baía - na eliminação do Porto da Taça de Portugal de 1989/1990.
Contudo, Lay não abandonou o Sporting sozinho. Com ele viajou também para o Porto outro adolescente que, década e meia mais tarde, ficaria para sempre ligado a uma das maiores alegrias da história recente do Sporting. Ora vejam lá de quem estou a falar…
Contudo, Lay não abandonou o Sporting sozinho. Com ele viajou também para o Porto outro adolescente que, década e meia mais tarde, ficaria para sempre ligado a uma das maiores alegrias da história recente do Sporting. Ora vejam lá de quem estou a falar…
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Júlio Pereira
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22:01
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domingo, 15 de setembro de 2013
Passámos o nível Olegário
Jogámos bem. Não me ocorre dizer muito mais. Continua a sobressair a forma como pressionamos a saída da bola do adversário. A equipa, quando perde a bola, não deixa o adversário pensar o jogo.
Nas bolas paradas é que as coisas não continuam bem. Não é só culpa dos centrais. A equipa é baixota e pouco agressiva nesses lances. Hoje poderiam ter sido fatais.
Faltam duas ou três referências. Ao Montero, que faz o que se espera de um avançado. Ao Willian Carvalho que cola o meio-campo e a defesa. Ao Dier, que permite a saída da bola com outra segurança (e que, já agora, nos pode livrar do Rojo de vez).
Falta falar do Olhanense e do árbitro.
Vieram-me à memória momentos sofridos com o Ricardo. No primeiro golo, com a habitual saída a meio-caminho com os olhos fechados. No segundo golo, o habitual lance trágico-cómico que acaba com ele à beira das lágrimas. Esteve quase acontecer o terceiro com ele a ver a bola a passar a bola ao segundo poste para o Capel; seria a cereja em cima do bolo.
Passámos o nível Olegário. Mais, beneficiámos de um autogolo dele. Só nos falta passar os níveis Duarte Gomes e Pedro Proença (espero que o Capela não nos apareça mais).
Faltam duas ou três referências. Ao Montero, que faz o que se espera de um avançado. Ao Willian Carvalho que cola o meio-campo e a defesa. Ao Dier, que permite a saída da bola com outra segurança (e que, já agora, nos pode livrar do Rojo de vez).
Falta falar do Olhanense e do árbitro.
Vieram-me à memória momentos sofridos com o Ricardo. No primeiro golo, com a habitual saída a meio-caminho com os olhos fechados. No segundo golo, o habitual lance trágico-cómico que acaba com ele à beira das lágrimas. Esteve quase acontecer o terceiro com ele a ver a bola a passar a bola ao segundo poste para o Capel; seria a cereja em cima do bolo.
Passámos o nível Olegário. Mais, beneficiámos de um autogolo dele. Só nos falta passar os níveis Duarte Gomes e Pedro Proença (espero que o Capela não nos apareça mais).
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Rui Monteiro
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21:15
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Bruno Alves a ponta-de-lança
Por razões que não vêm ao caso, acabei por chegar a casa muito cedo. Fui ao blog. Vi um comentário que me gerou curiosidade sobre o jogo de Portugal contra o Brasil. Vi o jogo.
Temi o pior. Não aconteceu o pior. Foi só mau. O Brasil foi simpático. Depois de marcarem três deixaram ficar as coisas como estavam.
O Nelson Oliveira é uma autêntica nulidade. Ele sabe disso e a equipa também. Ninguém conta com ele para nada e ele, sabendo isso, não atrapalha. Com o Postiga as coisas são muito diferentes para pior. É uma nulidade mas leva-se a sério. Quer participar no jogo. Quer tocar na bola e tenta rematar e tudo. Se tivesse quieto, como o Nelson Oliveira, atrapalhava menos. Enfim, se é para jogar com menos um, prefiro o Nelson Oliveira. Se queremos jogar com onze e não arranjamos um avançado que a defesa adversária respeite, então coloque-se o Bruno Alvas a ponta-de-lança.
Temi o pior. Não aconteceu o pior. Foi só mau. O Brasil foi simpático. Depois de marcarem três deixaram ficar as coisas como estavam.
O Nelson Oliveira é uma autêntica nulidade. Ele sabe disso e a equipa também. Ninguém conta com ele para nada e ele, sabendo isso, não atrapalha. Com o Postiga as coisas são muito diferentes para pior. É uma nulidade mas leva-se a sério. Quer participar no jogo. Quer tocar na bola e tenta rematar e tudo. Se tivesse quieto, como o Nelson Oliveira, atrapalhava menos. Enfim, se é para jogar com menos um, prefiro o Nelson Oliveira. Se queremos jogar com onze e não arranjamos um avançado que a defesa adversária respeite, então coloque-se o Bruno Alvas a ponta-de-lança.
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Rui Monteiro
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20:34
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terça-feira, 10 de setembro de 2013
Postiga, um avançado decisivo
O “post” anterior não foi bem compreendido, acho eu. Considero que o Cristiano Ronaldo foi fundamental para ganharmos o jogo contra a Irlanda do Norte. Mas decisivo foi mesmo o Postiga. Ninguém me tira da cabeça que a sem a sua expulsão não tínhamos conseguido vencer. Parecendo que não, atrapalha muito.
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Rui Monteiro
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20:35
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sexta-feira, 6 de setembro de 2013
Messi
Só o melhor jogador do Mundo é que poderia fazer o que o Cristiano Ronaldo fez contra a Irlanda do Norte. Sendo assim, não foi o Cristiano Ronaldo que jogou.
É verdade que o Postiga ajudou. Com ele em campo teria sido pior, muito pior. Não tenho dúvidas que o Cristiano Ronaldo, desculpem, o Messi, sofreria muito com a sua marcação cerrada.
É verdade que o Postiga ajudou. Com ele em campo teria sido pior, muito pior. Não tenho dúvidas que o Cristiano Ronaldo, desculpem, o Messi, sofreria muito com a sua marcação cerrada.
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Rui Monteiro
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22:41
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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Excelentes negócios
Seja qual for o ponto de vista adotado, as vendas do Bruma e do Ilori foram excelentes negócios para o Sporting. Cada um destes jogadores não fez mais do que meia-dúzia de jogos pela equipa principal. As vendas com montantes equiparáveis noutras épocas envolveram jogadores que fizeram no mínimo uma época a jogar regularmente.
O caso do Bruma é excecional. O jogador encontrava-se livre para assinar por qualquer outra equipa a partir de janeiro do próximo ano. Encontrar um clube que desse o que deu o Galatasaray era um autêntico milagre. O Bruno de Carvalho manteve-se firme, preparou bem a argumentação jurídico-formal, manteve a tensão negocial e o jogo de nervos acabou por quebrar pelo lado dos jogadores e dos seus representantes (os representantes tinham, sem dúvida nenhuma, interesse em fazer o negócio em janeiro e não agora).
Estes dois casos são relevantes para o futuro. Em qualquer um deles, foram ganhar muito mais do que aquilo que o Sporting lhes pode pagar. A meu ver, nem metade o Sporting pode atualmente pagar. O Sporting tem que ter uma política salarial contida dentro de limites estreitos. Perante estes números as possibilidades negociais são muito reduzidas para a renovação dos contratos.
Isto implica que o Sporting antes de lançar os jogadores na primeira equipa tem que efetuar renovações contratuais. Só essa política é que garante estabilidade que permita a evolução e valorização dos jogadores associada a uma massa salarial aceitável e sem grandes desníveis entre os jogadores. É essa política que está a ser seguida. Essa política também envolve riscos. Implica renovações extensivas, envolvendo um número razoável de jogadores. Nem todos serão futuros bons negócios. Nem todos serão génios. Agora, têm que ter o mínimo de possibilidades de se virem a transformar em jogadores que possam jogar na primeira equipa de forma mais ou menos regular; o que obriga a dispor de um treinador que garanta essa possibilidade sem colocar em causa a competitividade. Com o Leonardo Jardim parece estar a resultar.
O caso do Bruma é excecional. O jogador encontrava-se livre para assinar por qualquer outra equipa a partir de janeiro do próximo ano. Encontrar um clube que desse o que deu o Galatasaray era um autêntico milagre. O Bruno de Carvalho manteve-se firme, preparou bem a argumentação jurídico-formal, manteve a tensão negocial e o jogo de nervos acabou por quebrar pelo lado dos jogadores e dos seus representantes (os representantes tinham, sem dúvida nenhuma, interesse em fazer o negócio em janeiro e não agora).
Estes dois casos são relevantes para o futuro. Em qualquer um deles, foram ganhar muito mais do que aquilo que o Sporting lhes pode pagar. A meu ver, nem metade o Sporting pode atualmente pagar. O Sporting tem que ter uma política salarial contida dentro de limites estreitos. Perante estes números as possibilidades negociais são muito reduzidas para a renovação dos contratos.
Isto implica que o Sporting antes de lançar os jogadores na primeira equipa tem que efetuar renovações contratuais. Só essa política é que garante estabilidade que permita a evolução e valorização dos jogadores associada a uma massa salarial aceitável e sem grandes desníveis entre os jogadores. É essa política que está a ser seguida. Essa política também envolve riscos. Implica renovações extensivas, envolvendo um número razoável de jogadores. Nem todos serão futuros bons negócios. Nem todos serão génios. Agora, têm que ter o mínimo de possibilidades de se virem a transformar em jogadores que possam jogar na primeira equipa de forma mais ou menos regular; o que obriga a dispor de um treinador que garanta essa possibilidade sem colocar em causa a competitividade. Com o Leonardo Jardim parece estar a resultar.
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Rui Monteiro
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12:17
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Dois dias depois
Tinha prometido a mim mesmo que não voltava a escrever nada, qualquer que fosse o pretexto, enquanto estivesse de férias. Nada é mesmo nada, mesmo que se trate do Sporting- Benfica.
Se, antes do jogo, me tivessem proposto o resultado final, tinha aceitado de bom grado. O resultado é melhor para o Sporting do que para o Benfica. Não está somente em causa o investimento de cada um dos clubes nem as suas aspirações para este campeonato. A questão é puramente factual: o Benfica ficou a cinco pontos, em três jornadas, do Porto, enquanto o Sporting fica a dois.
Depois do jogo, soube-me a pouco. Provámos que somos mais equipa. Provámos que o nosso treinador sabe o que faz. Também ficámos a saber, se é que não sabíamos já, que o Benfica tem melhores valores individuais, sobretudo no ataque. Falta-nos algum poder de fogo, que o Benfica dispõe com abundância. Com esse poder de fogo, tínhamos resolvido tudo na primeira parte ou na parte final do jogo.
O Maxi Pereira acabou o jogo. Não acredito em mais beijos com o treinador. Com o árbitro a coisa é diferente. Devem ter sido vários e repenicados. Aliás, o Garay, o Luisão e o Matic não lhe devem ter ficado atrás.
Se, antes do jogo, me tivessem proposto o resultado final, tinha aceitado de bom grado. O resultado é melhor para o Sporting do que para o Benfica. Não está somente em causa o investimento de cada um dos clubes nem as suas aspirações para este campeonato. A questão é puramente factual: o Benfica ficou a cinco pontos, em três jornadas, do Porto, enquanto o Sporting fica a dois.
Depois do jogo, soube-me a pouco. Provámos que somos mais equipa. Provámos que o nosso treinador sabe o que faz. Também ficámos a saber, se é que não sabíamos já, que o Benfica tem melhores valores individuais, sobretudo no ataque. Falta-nos algum poder de fogo, que o Benfica dispõe com abundância. Com esse poder de fogo, tínhamos resolvido tudo na primeira parte ou na parte final do jogo.
O Maxi Pereira acabou o jogo. Não acredito em mais beijos com o treinador. Com o árbitro a coisa é diferente. Devem ter sido vários e repenicados. Aliás, o Garay, o Luisão e o Matic não lhe devem ter ficado atrás.
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Rui Monteiro
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