Seja qual for o ponto de vista adotado, as vendas do Bruma e do Ilori foram excelentes negócios para o Sporting. Cada um destes jogadores não fez mais do que meia-dúzia de jogos pela equipa principal. As vendas com montantes equiparáveis noutras épocas envolveram jogadores que fizeram no mínimo uma época a jogar regularmente.
O caso do Bruma é excecional. O jogador encontrava-se livre para assinar por qualquer outra equipa a partir de janeiro do próximo ano. Encontrar um clube que desse o que deu o Galatasaray era um autêntico milagre. O Bruno de Carvalho manteve-se firme, preparou bem a argumentação jurídico-formal, manteve a tensão negocial e o jogo de nervos acabou por quebrar pelo lado dos jogadores e dos seus representantes (os representantes tinham, sem dúvida nenhuma, interesse em fazer o negócio em janeiro e não agora).
Estes dois casos são relevantes para o futuro. Em qualquer um deles, foram ganhar muito mais do que aquilo que o Sporting lhes pode pagar. A meu ver, nem metade o Sporting pode atualmente pagar. O Sporting tem que ter uma política salarial contida dentro de limites estreitos. Perante estes números as possibilidades negociais são muito reduzidas para a renovação dos contratos.
Isto implica que o Sporting antes de lançar os jogadores na primeira equipa tem que efetuar renovações contratuais. Só essa política é que garante estabilidade que permita a evolução e valorização dos jogadores associada a uma massa salarial aceitável e sem grandes desníveis entre os jogadores. É essa política que está a ser seguida. Essa política também envolve riscos. Implica renovações extensivas, envolvendo um número razoável de jogadores. Nem todos serão futuros bons negócios. Nem todos serão génios. Agora, têm que ter o mínimo de possibilidades de se virem a transformar em jogadores que possam jogar na primeira equipa de forma mais ou menos regular; o que obriga a dispor de um treinador que garanta essa possibilidade sem colocar em causa a competitividade. Com o Leonardo Jardim parece estar a resultar.
completamente de acordo.O negócio bruma é quase miraculoso.Quanto a Ilori é impossivel fazer crescer em simultâneo 4 centrais : Dier , Semedo ,Tobias e Ilori todos de grande potencial. Destes 4 Ilori era o que tinha contrato mais curto , clubes interessados e manifesta má vontade em continuar por cá. Adicione-se a cláusula de proteção que os impede de jogar em Portugal durante o contrato assinado e está tudo dito - excelente negócios com visão estratégica. Faltava disto por cá!
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarAcho que o Ilori tem condições para ser um defesa central de eleição a nível mundial. A questão é se vai ter o tempo e o espaço necessário para afirmar o seu potencial. O Dier é o que me convence mais, sobretudo pela maturidade que exibe. Quanto aos outros, não tenho opinião.
A percentagem em futuras vendas e a proteção face ao mercado nacional, foram as cerejas em cima do bolo.
SL
Claro exelentes negócios. O Bruma devia trazer da Turquia uma proposta e seria esta proposta a causa de ele acionar o Tribunal Arbitral. Só assim se entende. No caso do Ilori, o facto de ele não renovar era motivo mais que suficiente para ir treinar nos B.
ResponderEliminarPara mim o comum aos dois casos foi a ganância, quiseram empochar o dinheiro deles e o do nosso Sporting - claro, queriam ficar a dever a cama, mesa e roupa lavada de que usufruíram estes naos de Academia.
Sporting sempre
Meu caro,
EliminarNão coloco tanto o enfase nos jogadores. O Mundo está assim mesmo. Não gosto, é verdade, mas as coisas são como são. De repente a um jogador dão-lhe a oportunidade de ficar milionário de um dia para o outro. Isso perturba a cabeça e, sobretudo, a moral de qualquer um.
O que me enoja é os empresários e quejandos que mais não fazem do que fazer tráfico de pessoas e que querem um retorno imediato na primeira oportunidade sem cuidarem dos interesses de longo prazo pessoais e profissionais dos próprios jogadores.
SL
Concordo que tenham sido BONS negócios.
ResponderEliminarContudo, deixo apenas uma achega ao post : O Bruma tinha contrato com o SPORTING até 2015 com mais um ano de opção.
Foi precisamente isso (juntamente com a decisão da CAP) que permitiu ao SPORTING resolvêr o assunto de imediato.
SL
Meu caro,
EliminarNão tenho dados seguros que me permitam contrariar a sua opinião. Fiquei com a ideia pelas notícias que o contrato só era válido até 2014. Seja como for, o caso Bruma foi dado como perdido por toda a gente. O Bruno de Carvalho manteve-se firme e ganhou. Mérito para ele.
SL
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ResponderEliminarWelcome back Rui Monteiro, já estavamos a precisar de um pouco mais de actividade no blog mais interessante da blogofesra.
ResponderEliminarRelativamente aos grandes negócios efectuados, em teoria são dois estupendos negócios. Recentemente vendíamos o lateral direito da seleção nacional por 3M€, e agora vendemos 2 putos a cheirar a leite, por 20M€, é obra! Esperemos é que não exista nos bastidores, muita da cosmética financeira, muito usual por outras bandas.
No entanto, não consigo embandeirar em arco (que bela expressão), pois julgo que parte substancial destas receitas, serão absorvidas pelas estrelas do tempo do pequeno Godo.
A lista de excedentários era(ainda o é) grande: Boulahrouz, Prajnic, Evaldo, Labyad, Jefren, Bojinov, Onyewu. Todos eles com muito pouco mercado, devido uma desvalorização imensa, tornando-se assim elementos com um vencimento completamente desfazado do seu desempenho.
Regra geral, este tipo de jogadores, nunca sai, sem encaixar metade dos ordenados que tem direito até final de contrato. Estimo assim que esta limpeza, nos custará cerca de 1 Tiago Llori.
É certo que uma mudança estrategica de 180º em qualquer organização tem sempre enormes custos, e ao menos ainda fomos a tempo de a fazer!
Meu caro,
EliminarConheço alguma coisa do mundo das reestruturações. Envolvem sempre dinheiro. Dinheiro que o Sporting não tinha. Agora tem algum. Esperemos que a reestruturação seja bem sucedida e que a nova política, mais contida do ponto de vista dos custos, seja bem sucedida e que amanhã não voltemos ao mesmo. É preciso ter para o futuro uma política coerente e razoável.
SL
metade desses excedentários já rescindiu... www.sporting.pt
EliminarNao posso deixar de concordar.
ResponderEliminarO Sporting tinha tudo contra si nestes negócios:
1. Os contratos eram curtos e os jogadores nao queriam renovar. Ponto. Ilori confirmou-o em entrevista. Bruma y sus muchachos nunca me enganaram - queriam só ganhar tempo.
2. O historial recente do Sporting em transferencias é miserável. Saiu um goleador, internacional holandes, de 24 anos, de 48 golos em 2 épocas por 10M. Saiu um lateral-esquerdo internacional argentino por 3.5M. Saiu o lateral-direito da Seleccao nacional, semanas antes do Euro-2012, por 3M.
3. Os jogadores em questao tinham pouquissima valorizacao de mercado. Fizeram cada um uns 14 jogos pela equipa A em 2012-13. E é só! Os montantes envolvidos, tendo em conta estes factores, demonstram tao sómente que pela primeira vez em ANOS, o Sporting tem gente que sabe negociar transferencias. E o resto é conversa.
EliminarO contrato do Ilori de 2 anos era curto?!
Não tentes ilibar o presidente da sua atitude arrogante!
Vamos ver se daqui em diante, faz o mesmo a todos os jogadores que com 2 anos de contrato, não aceitem renovar o contrato!
Será uma boa maneira dos nossos rivais aproveitarem
e meterem na frente deles um contrato e ficarmos a ver navios...2 anos depois!
Anda por aqui cada ceguinho!...
ResponderEliminarÉs curto de ideias pá!
Só lá mais prá frente é que se vai saber se foram ou não bons negócios.
Vai depender do rendimento dos jogadores.Se o Ilori tivesse sido guardado (tinha mais 2 anos de contrato), poderia ser valorizado esta época e com certeza que seria vendido pelo dobro.
Se for confirmado o seu valor no Liverpool, verás depois quanto foi um mau negócio e depois se dirá que só pela teimosia do presidente em querer vergar o jogador à sua vontade, é que não se fez um melhor negócio, em prejuízo do Sporting.