Bruno de Carvalho foi apoiado pela esmagadora maioria dos sócios, tendo sido reeleito nas penúltimas eleições com noventa por cento dos votos. Não há, não pode haver maior reconhecimento pelo trabalho desenvolvido do que uma reeleição com esta expressão. Nessa altura, todos trazíamos à lapela o “Je Suis Bruno” como forma de dizer com orgulho “Je Suis Sporting”. O “anti-brunismo” era, assim, um fenómeno externo ao Sporting, servindo os próprios intentos de Bruno de Carvalho, que, eleitos os inimigos externos, se legitimava e relegitimava permanentemente (ao melhor estilo de Pinto da Costa).
Chega o ano de 2018 e a reunião da Assembleia Geral para aprovação dos novos estatutos. Conforme se iam desvanecendo as expetativas de se ganhar o campeonato, Bruno de Carvalho entra em permanente desvario. Os conflitos deixam de ser externos e passam a ser internos. Cria-se o “anti-brunismo” (os “sportingados”) para se efetuar uma purga e (re)legitimar uma direção que precisava de tudo menos disso. O resto é conhecido e é escusado continuar a remexer na ferida e a bater mais no ceguinho. A destituição de Bruno de Carvalho e da sua direção em Assembleia Geral não resulta de nenhum movimento “anti”, mas da pura e simples conclusão de que não dispunham de condições para continuar a exercer as funções para as quais tinham sido eleitos pelos sócios.
Este último ano serviu para confirmar a justeza dessa decisão. Bruno de Carvalho não poupou ninguém, nem os membros da sua direção. Não existiu um único momento de dúvida, de autorreflexão, de reconhecimento de responsabilidades próprias. Foram os outros, mesmo aqueles que ele escolheu. Ninguém foi poupado, especialmente os sócios e adeptos, e a atual direção foi um bombo de festa permanente. Esse ressentimento gerou um grupo de fiéis, reduzido mas muito ativo. O Bruno de Carvalho deixou de ser um símbolo do Sporting para ser o símbolo do “Brunismo” e o “Brunismo” gerou, finalmente, o “Anti-Brunismo”.
Os sócios reconheceram o trabalho desenvolvido pelo Bruno de Carvalho. A sua destituição não resulta dessa falta de reconhecimento, mas do reconhecimento, a partir de um certo momento, de que não dispunha de condições para continuar a presidir ao Sporting, não existindo nenhum movimento “anti-brunista”, pelo menos com expressão. A destituição de Bruno de Carvalho e a sua incapacidade para compreender as razões que a determinaram gerou o “Brunismo” e, por sua vez, o “Brunismo” gerou o “Anti-Brunismo”, que se foi radicalizando. Hoje, o Sporting, encontra-se partido em duas fações radicalizadas, embora a maioria se esteja nas tintas e queira é ver a bola. É essa radicalização que também explica a sua expulsão como sócio na última reunião da Assembleia Geral.
As instituições estão para além das pessoas que circunstancialmente as dirigem. É sempre um privilégio presidir a uma instituição como o Sporting e isso basta. Fazer um bom trabalho enquanto se preside não necessita de qualquer reconhecimento. É a obrigação de quem preside e de quem representa. O reconhecimento vem com a história. Varandas e Bruno de Carvalho são duas figuras de papel quando comparadas com Winston Churchill e Clement Attlee. Não foi por falta de reconhecimento que os britânicos votaram no segundo em detrimento do primeiro no pós-segunda guerra mundial. As circunstâncias mudaram e o votos também. É a vida!...
Bingo! Como sempre :-)
ResponderEliminarCaro Rui, obrigado pela clareza e serenidade. O homem é o homem e a sua circunstância.
ResponderEliminarAs feridas estão abertas e estamos no pós-operatório a procurar arrepiar caminho. 70% de votos a preferir a expulsão parece-me um cenário bem menos lesivo para o Sporting do que 30% a preferir a presidência. Estamos menos mal que anteontem. Continuemos.
Meu caro,
EliminarTemos de continuar. Não temos outro remédio. Nunca se devia ter chegado a este ponto.
SL
Mal ou bem, a ver se agora passamos ao futuro, ainda que com coisas por resolver vindas do passado (rescisões, processo Alcochete), mas atrás das quais ninguém mais se pode esconder.
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarO mais de acordo possível. Não há desculpas. Acabou o Bruno. Para o bem ou para o mal, as responsabilidades são de quem foi eleito.
SL
Há um movimento anti-brunista. Sempre houve.
ResponderEliminarA dada altura, esse movimento foi também anti-Sporting, aquele pujante e não subjugado a interesses que não fossem vencer troféus e aumentar o clube, com modalidades, adeptos, sócios, finanças e património.
Esse movimento contou com a participação de toda a imprensa nacional, com especial incidência no grupo do correio da manhã, inclusive gente do poder político e não só, que não têm problemas em se sentar ao lado do devedor Vieira ou do sobejamente conhecido seu professor Pinto da Costa, mas que tinham um microfone à frente quando o assunto era desancar BdC.
BdC teve, e tem, um movimento anti. Com folhetos distribuidos anonimamente e com cartazes afixados na segunda circular pela calada da noite.
Esse movimento já não existe, e o Sporting inofensivo é, agora, elogiado na imprensa. Varandas, sem apresentar nada, é apresentado como melhor presidente do que BdC alguma vez foi.
Ele que duvido que alguma vez venha a terreno denunciar práticas chicoespertas, desonestas e criminosas de presidentes de outros clubes, como fez BdC, e que talvez por isso, tenha sido alvo das campanhas que o Rui diz que nunca existiram.
Diz a lei do desporto nacional que o Sporting tem que ter um presidente cordial e educado, enquanto compete com Benfica e Porto, a quem os próprios adeptos reconhecem perícia na arte da chico-espertice e até do crime.
Mas existe só o movimento anti-Bruno. E anti-apoiantes-do-trabalho-do-ex-presidente-bruno. Como é o meu caso.
Eu ia comentar o post, mas depois de ler o seu comentário, vejo que já está marcado, e muito bem, o ponto.
EliminarIsto independentemente de achar que BdC já não tem quaisquer condições de ser presidente do SCP. Mas que marcou o caminho certo a seguir, disso não tenho dúvida nenhuma.
Meus caros,
EliminarAcabei de ter uma conversa como o meu amigo Júlio Pereira sobre este ponto exatamente. Havia antibrunismo externos, embora se tivessem prestado a este serviço alguns sportinguistas em programas de televisão e noutros meios de comunicação e que foram cooptados por essa razão. Não desvalorizo essa dimensão mas não a considero fundamental em todo este processo. O que pesa e o que pesava era o apoio esmagador dos sócios.
Esse apoio não era à figura e às suas idiossincrasias. Era o apoio a um presidente que corporizava algumas das nossas revindicações. O campeonato era e continua a ser um batota e é necessário lutar contra esse estado de coisas. Para essa luta, os sportinguistas sempre se uniram.
A meu ver, ele falhou o “timing”. Quando aparecem os emails, devia ter assumido a decisão de não participar no campeonato enquanto o assunto não fosse esclarecido. Essa decisão devia ter sido assumida em conjunto com o Porto. Ou porque achávamos que podíamos vencer passando pelos pingos da chuva ou porque o Porto não queria mudar o sistema mas dominá-lo em contrapartida, falhou-se esse “timing”. Penso que uma contestação deste tipo, com os adeptos mobilizados do Porto e do Sporting teria obrigado o poder político a intervir.
O contexto atual é diferente do dessa época. O Benfica prepara-se para processar a Ana Gomes. Ao que chegou o sentido de impunidade. Agora, a luta continua. Espera-se que alguém corporize essa luta mas com maior autoridade e que disponha de passado inatacável. Atualmente, não vejo ninguém com esse perfil e que se disponha a uma missão destas. Para além disso, é necessário mobilizar os adeptos. Sem mobilização dos adeptos para esta luta, o poder político não se mexe e tudo fica como está. Como está, não temos hipóteses, que ninguém tenha ilusões.
SL
Está tudo dito, em resumo, quem matou o BdC foi o proprio, uma espécie de suicídio.
ResponderEliminarQuanto as expulsões, não podemos esquecer que por ele corria com todos os sportingados e ficava o O sporting clube de BdC e estou à vontade para falar desta forma, votei sempre no BdC, mas depois da Assembleia, tive que dizer basta... foi sempre a piorar e matava o clube e como sempre argumentaria que a culpa é dos outros...
Admitamos que foi um suicídio assistido. À data dos outdoors não eram os tiros nos pés q faziam mossa...
EliminarMeu caros,
EliminarA partir de certa altura, nada do que fez Bruno de Carvalho deixou de ter lógica. Houve atenuantes, como sempre há, mas o Bruno de Carvalho não se ajudou a si próprio e tornou tudo mais difícil para si.
SL
Joga-se fora a figura BdC e ao mesmo tempo a Gestão BdC.
ResponderEliminarGestão que trouxe uma segunda vida ao clube e que como refere teve um reconhecimento de 90%.
Interessa a quem isto?
Esqueça o BdC. Já foi. A gestão é que é bom que, mais tarde ou mais cedo, alguém volte a aplicá-la.
EliminarO ponto era sobre a gestão implementada com sucesso por ele.
EliminarE isso será quando? Quando se acabar a massa?
Meus caros,
EliminarNão sei é a gestão propriamente. Como disse na resposta a um comentário atrás, precisamos de alguém que corporize a nossa luta contra um sistema que ninguém leva a sério. Espero que apareça alguém com essa coragem mas com mais discernimento.
SL
O passo a seguir é retirar a inscrição da Estátua da Cidade Sporting, o quadro da parede dos presidentes e reescrever com mentiras os 5 anos de mandato do ex-presidente.À lampião.
ResponderEliminarMeu caro,
EliminarO passo a seguir é continuar a pensar pela própria cabeça e ter uma atitude crítica relativamente a quem seja presidente, seja o BdC ou outro qualquer.
SL
Excelente análise.
ResponderEliminarÉ o que a maioria dos sócios pensa, os não sócios está-se nas tintas de tão habituados a esta instabilidade.
Já no final da década de 80, no tempo de Jorge Gonçalves, uma Assembleia Geral foi interrompida devido à pancadaria entre o grupo pró Jorge e o outro pró João Rocha.
Apesar de tudo fizeram-se progressos as Assembleias chegaram ao fim.
Agora é hora de cumprir os estatutos, há uma Direção democraticamente eleita, legitima, com condições para dirigir os destinos do clube.
É a Direção da maioria dos sócios, ate dos que ,como eu, não a sufragaram.
O mais importante : dos 29 jogadores em estágio na Suiça, 14 são da formação, um com 16 anos, 2 com 17, vários com menos de 20 anos. É esse o caminho.
SL
João Balaia
Caro João Balaia,
Eliminar"A maioria dos sócios pensa". É isso mesmo. Desvalorizar as suas decisões é desvalorizar a sua inteligência a afirmá-los como estúpidos. Não o foram quando votaram no Bruno de Carvalho e não o foram quando o destituíram.
SL
o scp tem muitos covardes , foi esse o problema . Bruno quis fazer a guerra , mas quando olhou para trás estava praticamente sozinho .
ResponderEliminarQuis fazer a guerra, só que a mira estava estragada e os tiros foram (quase sempre) na direção dos próprios pés.
EliminarQuis fazer a guerra, só que a mira estava estragada e os tiros que não foram nos próprios pés foram no coração dos que têm a responsabilidade de meter a bola na baliza.
Quis fazer a guerra, só que não percebeu o contexto e o terreno de batalha.
Quis fazer a guerra, só que não percebeu que combates de espingarda são coisas de décadas atrás. É preciso uma estratégia de diplomacia muito mais inteligente.
Quis fazer a guerra, só que os sócios do Sporting não concordaram com a forma como o estava a fazer e cumpriram o seu direito legítimo de se pronunciarem.
Meus caros,
EliminarEstas coisas não vão de valentia. Vão de inteligência. É preciso definir uma estratégia e segui-la para se efectuar qualquer guerra. As guerras não se ganham com o Rambo, mas ganham-se lendo-se Sun Tzu.
SL
A Gestão Bruno (?), falha-me alguma coisa; quem veio a seguir disse que havia 40 milhões a ser pago a fornecedores, o Guimarães chegou a pedir a falência do Sporting, (que) os sócios eram menos de metade do que diziam, o empréstimo obrigacionista não foi feito, a Academia uma miséria, o Scouting, qual Scouting, o treinador ganhava 9 (nove milhões!!!por época) os triunfos no futebol em 5 anos foram os mesmos que os do dr. Varandas em 9 meses...
ResponderEliminarAgradeço muito a gestão à Bruno, mas prefiro a do meu merceeiro!..Alguns, por culpa própria, outros nem tanto, levaram uma lavagem que vai levar anos a aceitarem os factos. Em bom tempo abri os olhos.
J.Oliveira. SL
Caro J. Oliveira,
EliminarHá vários BdC e vários momentos BdC. A parte final, sobretudo com o Jesus, foi desastrosa. A parte inicial, com a reestruturação financeira e a primeira época com uma equipa de jogadores desconhecidos e o Leonardo Jardim, foi excelente.
SL
Caro Rui Monteiro, Estou de acordo, e por isso - nessa altura - votei nele. A partir daí a culpa já não foi minha.
EliminarJ.Oliveira. SL
Actualmente, se é bruno (o bruno metonímico) o maior opositor a esta direcção, não deixa de ser irónico que é também bruno o escudo que esta direcção utiliza para se proteger.
ResponderEliminarAtiram-se as culpas às heranças (herdou problemas, como dívidas de 40M, mas também herdou soluções, como os 500M da NOS que utilizou para as pagar), fazem conferências a falar de colchões e de batuques quando sofremos uma série de desaires e somos eliminados da liga europa.
Quando se levantam vozes contra a direcção, os seus argumentos são rapidamente transformados em ruído ao serem imediatamente catalogados como "brunistas".
A esta direcção, portanto, dá jeito bruno (o metonímico, claro).
Se é ele que desestabiliza, é também ele o motivo do retomar da estabilidade.
O dia em que não houver bruno...aí a bola terá que entrar.
Se nesse dia não entrar, ou varandas arranja alguma estratégia, ou não haverá heranças pesadas nem malucos focados em desestabilizar para o salvar. Só abutres com bons argumentos.
Caro Luís,
EliminarÉ verdade. Enquanto se discute o Bruno de Carvalho não se discute o Sporting e, sobretudo, uma estratégia consequente que nos permite alterar a atual relação de forças do futebol português. E a bola não vai entrar, como não entrou com o BdC e os que o antecederam. Ou existe uma estratégia mobilizadora ou, então, estamos condenados a recriminarmo-nos sucessivamente sem compreendermos o contexto onde competimos.
SL
O ponto é essencial. O Bruno dos últimos tempos fazia jeito... Agora, as coisas não serão como dantes... Parece que algumas vão bem (retorno à formação, mais critério nas aquisições, acabar de disparar para qualquer lado sem critério, aumento da capacidade da marca etc). Mas, nos primeiros anos, BC corporizou a revolta contra a podridão do futebol e isso foi um enorme capital que teve (E que ele desbaratou de modo próprio o que é, me desculpem, é uma monumental falta de gestão). Essa expectativa de uma direcção capaz de levantar a voz de forma estratégica e estruturada contra os poderes, mantem-se… actual como nunca! Não me parece que se faça com gritos por muito que isso possa dar idéia de que somos um "grande exército na luta pela justiça". É preciso mais do que isso. O grande desafio é precisamente uma estratégia de combate que envolva os sócios também. Reconheço enorme dificuldade em a definir e executar no contexto actual. Futebol não é diferente do resto e … o que o Porto fez, não foi lutar pela verdade, foi lutar por um lugar que perdeu... e o que os maiores partidos fazem não é para mudar o status mas lutarem pelos lugares no banquete... Mas um programa de ideias concretas pela mudança do futebol, discutido com os sócios e até quem sabe, em Congressos, Assembleias, na comunicação (uma rubrica especial?), no parlamento, defendendo ideias fracturantes poderia ser um caminho... para que a alma continuasse a vibrar
ResponderEliminar... além da boa prestação futebolística pois claro.
Caro Sol Carvalho,
EliminarComo respondi ao comentário anterior, o BdC dava jeito. Enquanto pairava, bastava ser-se pró ou contra. É tudo muito mais simples. O Sporting e os seus resultados ficavam ao lado desta disputa, comparando-se desempenhos e idiossincrasias dos dirigentes.
O contexto hoje é muito diferente do de há dois anos atrás. É verdade que o BdC, embora de forma despropositada muitas vezes, contribui para essa alteração de contexto quando se começou a saber dos “vouchers” dos emails e quejandos. O que se sabe hoje não é novidade. Os protagonistas nem sequer são novos. São aqueles que saíram ilesos do Apito Dourado e continuaram a fazer pela vida.
Gostava de ter uma direção que de uma forma serena mas firma colocasse na sua agenda a alteração do atual estado de coisas (BdC, a partir de certo momento, transformou-se numa caricatura que ninguém levava a sério fora do Sporting). Não é sequer em nome do futebol ou do Sporting. É em nome da sanidade da nossa vida coletiva. A degradação da ideia de justiça alimenta-se da atual situação e perde-se o nosso sentido de pertença.
Para se combater este estado de coisas, é preciso mobilizar os adeptos. Porventura, é necessário falar para um público-alvo mais alargado que não se reveja neste mundo do futebol, onde tudo vale para se ganhar. Para que se mude, é necessário que o poder político tenha a perder (votos) com o atual estado de coisas. É o único poder que pode ajudar a mudar porque é o único que pode ter a perder. Mas para ter essa perceção precisa da opinião pública do lado dele. De outra forma, assobia para o lado e remete para a autorregulação.
SL
40% de votantes contra a sua expulsão é reduzido?
ResponderEliminarConcordo que BdC não é solução , mas reduzir isto tudo a que não existe insatisfação no povo Sportinguista contra a forma como as coisas foram feitas? As gentes que lá estão neste momento são muito piores, receio muito mais ainda o que podem fazer, porque parecem estar a remar ao contrário. Como o estádio a esvaziar, e os sócios a sair, no lugar de arranjar forma de os manter, estão a fazer precisamente o contrário. Aumentam brutalmente as Gameboxes, e ainda por cima tratam mal o sócios que os questionam.. Não acredita, vá uma AG para ver como evitam responder a qualquer questão dos sócios e tentam passar um mundo colorido e que nós temos de comer e calar.
EliminarSL.
Sportinguista «brunista», o que quer que isso seja, com quotas em dia e gameboxes renovadas, mas extremamente desiludido com este Sporting.
Meu caro,
EliminarNós somos sportinguistas. Depois, também somos muitas outras coisas, mas só depois. Não estou propriamente entusiasmado com a atual direção. Não quer dizer, por isso, que se deve voltar ao passado, até porque não há passado para onde se voltar. Esta direção deixou de ter qualquer álibi. Será avaliada pelos sócios como todas foram.
Falta nervo nesta direção e alguma convicção em lutas que são nossas e nos unem. Não é preciso voltar ao estilo BdC que ninguém deseja. Mas é preciso voltar a essas causas com firmeza e autoridade, embora com menos chinfrineira e mais inteligência.
SL
Não vou dicorrer sobre o indivíduo BdC e a sua capacidade, ou falta dela, para dirigir o Sporting pois não vale a pena. Os sócios do Sporting já tomaram a palavra, por várias vezes, nos últimos meses, uns, a maioria, acham que BdC é incapaz, outros, a minoria, entendem que o Sporting necessita dele para vencer. Aos últimos apenas digo, com BdC, os resultados do Sporting, no futebol, que é a força motriz do clube,foram um desastre. Foi muito ruído e muito dinheiro mal gasto (nomeademente com JJ) mas resultados foram ZERO ou quase. Quem não consegue ver isto, não vê o essencial. ´
ResponderEliminarSL
Os resultados eram tão zero, que sempre estiveste na luta pelos títulos… Coisa que mudou tanto que em Novembro já foste.
EliminarPara o Sportinguista não cota: Sempre estivemos na luta pelos títulos, nos últimos 5 anos? Acha mesmo? Vive no mundo da lua? Essa mentira é repetida muitas vezes pelos apoiantes de BdC mas uma mentira dita muitas vezes não passa a ser verdade.
EliminarNão, claro que não! No primeiro ano estivemos lá até ao fim, em 2015/16 não foi até à ultima jornada, o ultimo ano foi preciso as ultimas jornadas para não chegarmos lá… Exactamente igual à luta 7-13º lugar de 2012/13 ou a do ano passado que em Novembro já estavas de férias… Tu deves ser daqueles que acredita que o ano passado foi o melhor ano desportivo do sporting do milénio...
EliminarIsto tudo sem falar na recuperação Clube/modalidades… Mas tu preferes andar debaixo da asa do Mendes e Vieiras. O que se pode fazer...
EliminarEm 2015/16 tinhamos um grande treinador, Leonardo Jardim, mas é falso que tenhamos lutado até ao fim pelo campeonato. No ano seguinte, com Marco Silva, cedo, deixámos de lutar pelo título. O primeiro ano de JJ, foi o único em que tivemos perto do título mas o Mestre da Táctica deixou-se bater, inapelavelmente em Alvalade pelo Rui Ceboladas (claro que para JJ a culpa foi do Ruiz). Do último ano de BdC é melhor nem falar, ano mais negro da história do Sporting. Como estou a responder a alguém que não quer ver, tenho que sublinhar que o episódio mais negro é a invasão da Academia pelos tontos da Juve Leo e não a inenvitável e justíssima Destituição de BdC.
EliminarQuanto à última época, como poderia ser a melhor do milénio se começou com Peseiro a treinador? Quanto a Keizer vamos ver, este ano, se ele é ou não treinador para o Sporting.
Meus caros,
EliminarTemos de perceber que o adversário ou o inimigo está fora de portas, não está entre nós. De outra forma é uma conversa do roto sobre o nu. Há anos e anos que não ganhamos o campeonato. Os dois últimos que ganhámos foi numa embaralhação do sistema com uma zanga entre o Pinto da Costa e o Valentim Loureiro e o sorteio puro e simples dos árbitros.
Foram circunstâncias excecionais. Sem alterações de circunstâncias novamente, nunca vamos lá. Lembro-me da época do Leonardo Jardim. Devíamos ter ido à Luz na frente do campeonato. Não fomos porque o árbitro que tem um talho (não me lembro do nome) nos anulou um golo limpo em Alvalade contra o Guimarães, se a memória não me atraiçoa. Devíamos, mas não fomos. Como não fomos e perdemos, ficámos fora da corrida para o título no início da segunda volta.
SL
Em 2015/16 tinhamos um grande treinador, Leonardo Jardim.
EliminarNesse ano o treinador era JJ
Há problemas que se resolvem com uma facilidade enorme, o fantasma do anterior presidente tem uma solução simples basta a actual direcção comprometer-se em convocar uma AGS para reintegração dos sócios agora expulsos caso se prove em tribunal que não houve qualquer intervenção da anterior direcção nos actos praticados na academia Sporting. Eu sei que não foi por isso que os sócios foram propostos para expulsão, mas foi por isso que eles foram expulsos...
ResponderEliminarAdiante, o que me incomodou no pós academia foi não identificar ninguém a defender o Sporting, todos tiveram os mais variados actos absurdos e ninguém teve capacidade de parar e defender o Sporting e o seu património. Infelizmente saímos todos mais pobres desses dias, saímos com o Sportinguismo magoado, ferido porque independentemente das razões de cada um, todos prejudicaram o Sporting.
Adiante que se faz tarde, o tempo que nós perdemos a apontar dedos uns aos outros é perfeitamente inútil quando há questões muito mais urgentes a resolver. Há uma estratégia clara em tornar o Sp. Braga no terceiro clube nacional, não me parece que seja para o lugar de nenhum dos nossos rivais, como vamos enfrentar esse designo de outros? Já agora terceiro não é posição para ninguém, como vamos crescer e ser também a maior potencia futebolística nacional? Será através de parceiros no mercado nacional? Será através de parceiros internacionais? Quais são os nossos trunfos e os nossos handicaps? Porque é que sempre que tivemos oportunidade de entrar na Champions no último jogo do campeonato perdemos esse jogo em favor de outro rival? Devemos atacar já o primeiro lugar ou crescer com segundos lugares "dourados"?
Tudo isto são discussões mais importantes hoje do que o património, as dividas e as dúvidas das anteriores direcções.
Meu caro,
EliminarDaqui a uns tempos, pode ser que se consiga olhar para o que se passou de forma mais distanciada e, assim, mais friamente. A conclusão deste processo, espero que tenha a vantagem de nos deixarmos de apontar a dedo.
No contexto atual, o Sporting terá sempre muitas dificuldades. É ver e ouvir o que se passa à nossa volta. É preciso reler o Sun Tzu e traçar uma estratégia para se ganhar uma guerra que se avizinha longa. Quando apareceram os emails, estavam reunidas condições para uma ação determinada para a mudança do futebol português. Quer o Porto, quer o Sporting, envolveram-se em tacticismos de curto prazo. No fundo, há sempre a esperança de mudar o dono do sistema sem mudar o sistema.
SL
Caros sportinguistas. Não tendo o tempo para escrever um texto curto vou cingir-me às "minhas" opiniões das quais lamento não ter provas.
ResponderEliminarSabia que no Sábado passado BdC seria expulso de sócio juntamente com outro que nem sei quem é. Não sei a que horas mas tive a curiosidade de conhecer as percentagens e abri o smartphone e deparei com a notícia da morte de João Gilberto. Logo me veio à mente o "Desafinado" (em quem bate no fundo bem no fundo do peito um coração) e lembrei-me que foi um dos insultos que lhe tinha dirigido por entre outros mais comuns do tipo "tresloucado", "doente", "desvairado", etc desde o dia em que assisti a um jogo (qual?) em que simulou uma lombalgia e em que vi o sorriso do Varandas! Desde esse dia que deduzi que alguém tinha algo a ganhar e um outro alguém temia perder dinheiro. E, mal informado talvez, continuo com o mesmo feeling sobretudo quando vejo que o "obreiro" do ataque à Academia continua à solta e os mandados "caladinhos"...talvez porque a justiça escolhe a velocidade (e o momento) que mais lhe interessa para decidir o que pode e só o que pode.
É a minha fé de forma mais ou menos doentia que tenha também de lamentar as "cartilhas" que não são a exclusividade do benfica.
SL
Caro Aboim Serôdio,
EliminarAté é capaz de ter razão. Quem sou eu para contrariar o seu "feeling". O problema da teoria da conspiração é que ele se pode desdobrar em tantas quantas a imaginação do autor. A certa altura confudem-se factos com relações de causa e efeito e deixa-se de se saber o que é verdadeiramente verdade e o que é especulação.
O João Gilberto é um dos meus músicos de culto desde sempre. É uma grande perda.
SL
Os 40% estão lá e são militantes, já os outros, estão sempre dependentes de alguém pagar ou não excursões aos seniores. Para não falar dos cata-ventos que votam segundo o índice cm. Não está nada " para trás das costas", longe disso.
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