A identidade de um clube forja-se por si própria e por oposição à dos outros. Não há Sporting sem Benfica, como não há Benfica sem Sporting. Essa identidade é evolutiva e marcada por contextos históricos. É assim que as coisas funcionam.
Isto tudo tem que ver com o próximo jogo do Benfica contra o Estoril. É do nosso interesse que o Benfica ganhe. Só que aqui entra a parábola da rã e do escorpião. Por muito que isso nos possa custar, não há nada que mude a natureza.
Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
terça-feira, 30 de abril de 2013
Que se lixe a rã
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
19:34
13
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
segunda-feira, 29 de abril de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
Falta futebolês pós-moderno no ataque
Fim-de-semana fora. Saio de Ourém e fico a saber que o Ouriense tinha acabado de se sagrar campeão de futebol feminino. Fico a pensar que se tivesse ido a Alvalade ganhávamos o jogo de caras.
Venho pelo caminho a ouvir o relato. A coisa começa bem. O Bruma parece um autêntico quebra-cabeças e o Capel mete a primeira lá dentro. Na primeira parte, pelo que ouvi, controlámos o jogo. Não deixámos o Nacional chegar à nossa área, quanto mais rematar com perigo. Mas, por isto ou por aquilo, acabámos por não marcar mais nenhum.
Chego a Braga e vou ver o jogo ao café da esquina. As coisas estavam a ficar feias. Fiquei com a sensação que fisicamente a equipa não conseguia acompanhar o ritmo do adversário, sobretudo o meio-campo. O Adrien, o André Martins e o Capel estavam mais para lá do que para cá. O Jesualdo percebeu cedo que estávamos a ir por mau caminho. Procurou recompor o meio-campo. Tirou o André Martins e o Adrien e meteu o Schaars e o Labyad. Quando parecia que estávamos a equilibrar o jogo, o Bruma faz uma asneira e o Nacional marca. É um miúdo, um miúdo habituado a atacar e que, de repente, se viu virado para a sua própria baliza sem saber bem o que fazer à bola. Às vezes uma biqueirada é a melhor solução.
Entra o Viola e abana com o jogo. O Ilori faz um corte absolutamente notável. Bola lá, bola cá, até que surge o golo. O improvável Rojo teve direito ao seu dia. Depois, conseguimos controlar o jogo. O Capel aprendeu imenso com o Jesualdo. Levou a bola para a linha e lá foi encanando a perna à rã, uma e outra vez.
A equipa melhorou muito, mas não melhorou ainda o que pode, e deve, melhorar. Recorrendo ao futebolês pós-moderno, falta “agressividade ofensiva” e “melhor definição dos lances de ataque”. Há sempre alguém que no momento decisivo hesita: remata quando devia passar, passa quando devia rematar, centra um pouco para trás ou um pouco para a frente. E a equipa também não pode depender quase exclusivamente do Wolfswinkel. Os médios e os extremos têm de marcar mais golos. Só assim os defesas são surpreendidos. É que, como aconteceu em vários lances, os defesas sabem que, mais tarde ou mais cedo, vamos acabar a tentar meter a bola no Wolfswinkel.
Venho pelo caminho a ouvir o relato. A coisa começa bem. O Bruma parece um autêntico quebra-cabeças e o Capel mete a primeira lá dentro. Na primeira parte, pelo que ouvi, controlámos o jogo. Não deixámos o Nacional chegar à nossa área, quanto mais rematar com perigo. Mas, por isto ou por aquilo, acabámos por não marcar mais nenhum.
Chego a Braga e vou ver o jogo ao café da esquina. As coisas estavam a ficar feias. Fiquei com a sensação que fisicamente a equipa não conseguia acompanhar o ritmo do adversário, sobretudo o meio-campo. O Adrien, o André Martins e o Capel estavam mais para lá do que para cá. O Jesualdo percebeu cedo que estávamos a ir por mau caminho. Procurou recompor o meio-campo. Tirou o André Martins e o Adrien e meteu o Schaars e o Labyad. Quando parecia que estávamos a equilibrar o jogo, o Bruma faz uma asneira e o Nacional marca. É um miúdo, um miúdo habituado a atacar e que, de repente, se viu virado para a sua própria baliza sem saber bem o que fazer à bola. Às vezes uma biqueirada é a melhor solução.
Entra o Viola e abana com o jogo. O Ilori faz um corte absolutamente notável. Bola lá, bola cá, até que surge o golo. O improvável Rojo teve direito ao seu dia. Depois, conseguimos controlar o jogo. O Capel aprendeu imenso com o Jesualdo. Levou a bola para a linha e lá foi encanando a perna à rã, uma e outra vez.
A equipa melhorou muito, mas não melhorou ainda o que pode, e deve, melhorar. Recorrendo ao futebolês pós-moderno, falta “agressividade ofensiva” e “melhor definição dos lances de ataque”. Há sempre alguém que no momento decisivo hesita: remata quando devia passar, passa quando devia rematar, centra um pouco para trás ou um pouco para a frente. E a equipa também não pode depender quase exclusivamente do Wolfswinkel. Os médios e os extremos têm de marcar mais golos. Só assim os defesas são surpreendidos. É que, como aconteceu em vários lances, os defesas sabem que, mais tarde ou mais cedo, vamos acabar a tentar meter a bola no Wolfswinkel.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
22:21
2
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Está-se a exigir demais
Ao que me informam, o Capela levou “bom mais” pela arbitragem do Benfica-Sporting. Uma pergunta se impõe: é humanamente possível pedir muito mais a um árbitro? Quatro penalties não marcados que prejudicam uma equipa e quatro a favor da outra que não tenham sido? Duas ou três expulsões perdoadas a uma equipa e duas ou três expulsões injustas da outra? Se não chega uma dezena de decisões contra uma equipa, qual é o limite? O Capela vai longe, como muitos afirmam. Mas podia ir muito mais se a exigência não fosse tanta.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
13:29
10
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quinta-feira, 25 de abril de 2013
Limpinho
O Benfica pode jogar sem o Capela? Poder, pode. Só não é a mesma coisa. Não, não jogaram com o Bayern ou o Dortmund. Jogaram com o Fenerbahçe, que se deu ao luxo ainda de falhar um penalty e mandar três bolas ao poste.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
22:08
13
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
O meu Cinema Paraíso
O Académico de Viseu subiu à segunda liga. Sou de Viseu. Sou do Académico de Viseu. O Académico de Viseu é uma parte importante da minha infância e adolescência. Lembro-me de muitas coisas. Envelhecer é isto mesmo. Vivemos com o passado mais presente e sem futuro.
Lembro-me de ir a Lordelo com o meu pai, na nossa 4L, ver o último jogo da liguilha que nos levou pela primeira vez à primeira divisão. Um golo de Pedro Paulo deu-nos o empate. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Procurei saber quem são hoje os jogadores e o treinador do Académico de Viseu. Não conheço nenhum. Procurei pelo menos um apelido que me fizesse lembrar um dos craques de infância. Nada. Não encontrei uma réstia do passado. O Académico de Viseu é o meu Cinema Paraíso, sem beijos mas com a mesma lágrima ao canto do olho e nó na garganta.
(Parabéns ao Académico de Viseu e aos seus adeptos, como eu, especialmente aos meus amigos Zé, Almeida e Carlos)
Lembro-me de ir a Lordelo com o meu pai, na nossa 4L, ver o último jogo da liguilha que nos levou pela primeira vez à primeira divisão. Um golo de Pedro Paulo deu-nos o empate. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.
Procurei saber quem são hoje os jogadores e o treinador do Académico de Viseu. Não conheço nenhum. Procurei pelo menos um apelido que me fizesse lembrar um dos craques de infância. Nada. Não encontrei uma réstia do passado. O Académico de Viseu é o meu Cinema Paraíso, sem beijos mas com a mesma lágrima ao canto do olho e nó na garganta.
(Parabéns ao Académico de Viseu e aos seus adeptos, como eu, especialmente aos meus amigos Zé, Almeida e Carlos)
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
01:53
8
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Hegel à capelada
Vi quatro penalties. Relativamente a todos eles, já vi marcar por muito menos. O problema não está na não marcação de qualquer um deles. Ninguém espera que um árbitro marque quatro penalties a favor de uma equipa num só jogo, mesmo que essa equipa seja o Benfica. O que não se espera é que não consiga marcar nenhum deles.
Mas as coisas não se ficaram por aí. Várias faltas não foram marcadas em lances de contra-ataque. Entradas de sola e pisões nos adversários sem amarelo e por aí fora. Ainda me lembro de um canto transformado em pontapé de baliza logo seguindo de um pontapé de baliza transformado num canto do outro lado.
Alterações quantitativas de certa dimensão geram alterações qualitativas. É pura e simples aplicação da dialética Hegeliana. Um erro é uma coisa. Dois ainda podem ser puros e simples erros. A partir de um certo número, um erro deixa de ser um erro e passa a ser outra coisa. Foi o que se passou no jogo contra o Benfica. Não sei se perante uma situação destas o Hegel recorreria à sua dialética. Porventura procuraria resolver o assunto à capelada também.
Mas as coisas não se ficaram por aí. Várias faltas não foram marcadas em lances de contra-ataque. Entradas de sola e pisões nos adversários sem amarelo e por aí fora. Ainda me lembro de um canto transformado em pontapé de baliza logo seguindo de um pontapé de baliza transformado num canto do outro lado.
Alterações quantitativas de certa dimensão geram alterações qualitativas. É pura e simples aplicação da dialética Hegeliana. Um erro é uma coisa. Dois ainda podem ser puros e simples erros. A partir de um certo número, um erro deixa de ser um erro e passa a ser outra coisa. Foi o que se passou no jogo contra o Benfica. Não sei se perante uma situação destas o Hegel recorreria à sua dialética. Porventura procuraria resolver o assunto à capelada também.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
01:39
12
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
domingo, 21 de abril de 2013
À Capela
Depois de percorrido todo o kamasutra era preciso inovar. Foi à capela e, para os devidos efeitos, foi muito bem. Como dizia o Jorge Jesus, o Benfica estava bem preparado para as dificuldades que o Sporting pudesse causar. As coisas costumam ser assim e, pelos vistos, não há razão para que assim não continuem a ser.
(O Maxi Pereira acabou o jogo. O Maxi Pereira nem o amarelo viu. O Maxi Pereira é o homem do jogo)
(O Maxi Pereira acabou o jogo. O Maxi Pereira nem o amarelo viu. O Maxi Pereira é o homem do jogo)
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
22:47
22
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sábado, 20 de abril de 2013
Brutal
Mais um grande jogo da nossa equipa de futsal. O Benfica é uma excelente equipa, mas o Sporting deixa qualquer adversário à beira de um ataque de nervos. Os jogadores são bons. Os dos adversários não são piores. Só que o treinador transformou um conjunto de jogadores numa verdadeira equipa. O todo é muito superior à soma das partes.
As modalidades amadoras são fundamentais para potenciar a relação entre os adeptos e o clube. O que faz o Sporting grande não são os jogadores, a direção, os treinadores e por aí fora. Esses vão passando. O que faz o Sporting um grande clube nacional são sobretudo os adeptos. Espero que não se desinvista nas modalidades amadoras. Hoje, desportivamente, só ganhámos um jogo, que nem sequer era decisivo. No coração dos adeptos ganhou-se mais uma razão para se ser do Sporting.
(Há uma má prática nas campanhas eleitorais, que é a de arrebanhar o apoio de antigos jogadores a troco de uns empregos bem remunerados depois sem se saber para fazer bem o quê. Não sei, nem ninguém sabe ao certo, quanto ganham e o que fazem ex-jogadores como o Manuel Fernandes, o Beto, o Vidigal, o Nelson ou o Tiago (para não se falar do Dominguez e do Pedrosa a fazerem de conta que são treinadores). Era bom que nos explicassem quanto é que ganha toda esta gente e o que é que fazem para o merecer. Como diria o Vítor Gaspar, há aí umas poupanças a fazer, que bem úteis podem ser para se potenciarem as modalidades amadoras)
As modalidades amadoras são fundamentais para potenciar a relação entre os adeptos e o clube. O que faz o Sporting grande não são os jogadores, a direção, os treinadores e por aí fora. Esses vão passando. O que faz o Sporting um grande clube nacional são sobretudo os adeptos. Espero que não se desinvista nas modalidades amadoras. Hoje, desportivamente, só ganhámos um jogo, que nem sequer era decisivo. No coração dos adeptos ganhou-se mais uma razão para se ser do Sporting.
(Há uma má prática nas campanhas eleitorais, que é a de arrebanhar o apoio de antigos jogadores a troco de uns empregos bem remunerados depois sem se saber para fazer bem o quê. Não sei, nem ninguém sabe ao certo, quanto ganham e o que fazem ex-jogadores como o Manuel Fernandes, o Beto, o Vidigal, o Nelson ou o Tiago (para não se falar do Dominguez e do Pedrosa a fazerem de conta que são treinadores). Era bom que nos explicassem quanto é que ganha toda esta gente e o que é que fazem para o merecer. Como diria o Vítor Gaspar, há aí umas poupanças a fazer, que bem úteis podem ser para se potenciarem as modalidades amadoras)
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
16:23
7
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Meia dúzia de redatores à beira de um ataque de nervos
Alguma imprensa desportiva, solidária com o nosso clube, como sempre, anda ansiosa em encontrar-nos, ainda esta semana, um treinador. Devemos agradecer tal urgência pois parece-me que Benfica e Porto também irão precisar de um. De qualquer modo, fica o sinal de alguma ansiedade que alguns pasquins não disfarçam. Deviam fazer como diz Esopo: «um pedaço de pão comido em paz é melhor do que um banquete comido com ansiedade.»
Ainda se
engasgam.
Publicada por
A. Trindade
à(s)
11:37
1 Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
terça-feira, 16 de abril de 2013
Afinal havia outro
Esta é dedicada ao caro Leão F****. Não me passou despercebida
a sua dedicação ao Helder Postiga, nem o seu esforço estatístico para comprovar
as valias desse avançado, ou o ritmo matemático como bate o seu coração quando
se fala em alguns avançados proscritos (Djaló por exemplo).
Aqui fica um pequeno incentivo.
Caro Leão f**** para os Postigas parece que existe “dinastia”, a estatística vai ter que
continuar...
O Sporting deslocou-se este domingo a Setúbal onde
goleou o Vitória local por 5-0, em jogo da 8.ª e antepenúltima jornada da
segunda fase de juvenis. O herói do
encontro foi o avançado José Postiga, irmão de Hélder, que apontou um
hat-trick em apenas 10 minutos (10’, 17’ e 20’). Lisandro Semedo (72’) e Lucas
Jamanca (74’) apontaram os outros golos dos leões.
Publicada por
A. Trindade
à(s)
20:30
2
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Deixar de andar atrás do Mourinho perdido
Não gosto do Jesualdo. Mas é somente uma questão de gosto. Faz-me lembrar um membro da STASI. Não é por nada, é só pela cara.
Agora, o homem tem méritos na melhoria do jogo do Sporting. Não percebo nada disto, mas há coisas que parecem evidentes e outras, menos evidentes, também têm uma explicação.
Salta aos olhos de qualquer um que o posicionamento da defesa melhorou muito. Sobe quanto tem de subir e desce quando tem de descer de forma sincronizada e coerente. Os espaços relativamente ao meio-campo diminuíram. A equipa está mais compacta. Ainda há um ou outro disparate, como o do Rojo no segundo golo do Braga, que vai pressionar um avançado para a lateral deixando imediatamente o centro de defesa em igualdade numérica com os avançados. Mas até a inclusão do Rojo procuro compreender. A entrada dele faz com que o Dier possa jogar no meio-campo, ganhando a equipa em altura. Aliás, a equipa deixou de ser tão atarracada.
No meio-campo também há melhorias. O Rinaudo deixou-se de tretas e passou a fazer o que lhe compete, que é estar mais sossegado na posição de trinco e a soltar a bola com ponderação. Deixou-se de correrias e de passes de risco e vagamente inconsequentes. Perde-se menos a bola, mesmo que às vezes as jogadas se transformem numa grande xaropada. Falta o tal 10 e quanto a isso não há muito a fazer. O André Martins faz o que pode mas não sei se pode o suficiente naquela posição. Mesmo assim, é melhor do que o Adrien naquela posição.
Os extremos deixaram de ser tão extremos. No último jogo, era claro o posicionamento mais em zonas interiores, nomeadamente o Bruma (há mais espaço, assim, para os laterais subirem sem andarem todos aos encontrões). O Capel joga do lado direito, o que o impede de continuar a fazer correrias para a linha e a centrar sem saber como é que estão posicionados os defesas e avançados. Aprendeu a esperar pelo lateral e a tomar decisões mais acertadas, deixando de atirar bolas para a cabeça dos defesas ou pela linha final. Quem ganha com isto tudo é o Wolfswinkel. Começa a ser servido em melhores condições e não é necessário que continue a correr de um lado para o outro como um desvairado.
Isto é o que vejo.O que se vê pressupõe sempre um entendimento. Outros verão outras coisas e coisas diferentes, porque têm outros entendimentos. No limite pode não existir qualquer entendimento. Mas se houver, é porque tudo isto é preparado nos treinos. Se assim for, esperemos que o BdC compreenda, contrariamente a outros, que uma equipa de futebol profissional não pode ser entregue a amadores; que não podemos andar sistematicamente atrás do nosso Mourinho perdido.
Salta aos olhos de qualquer um que o posicionamento da defesa melhorou muito. Sobe quanto tem de subir e desce quando tem de descer de forma sincronizada e coerente. Os espaços relativamente ao meio-campo diminuíram. A equipa está mais compacta. Ainda há um ou outro disparate, como o do Rojo no segundo golo do Braga, que vai pressionar um avançado para a lateral deixando imediatamente o centro de defesa em igualdade numérica com os avançados. Mas até a inclusão do Rojo procuro compreender. A entrada dele faz com que o Dier possa jogar no meio-campo, ganhando a equipa em altura. Aliás, a equipa deixou de ser tão atarracada.
No meio-campo também há melhorias. O Rinaudo deixou-se de tretas e passou a fazer o que lhe compete, que é estar mais sossegado na posição de trinco e a soltar a bola com ponderação. Deixou-se de correrias e de passes de risco e vagamente inconsequentes. Perde-se menos a bola, mesmo que às vezes as jogadas se transformem numa grande xaropada. Falta o tal 10 e quanto a isso não há muito a fazer. O André Martins faz o que pode mas não sei se pode o suficiente naquela posição. Mesmo assim, é melhor do que o Adrien naquela posição.
Os extremos deixaram de ser tão extremos. No último jogo, era claro o posicionamento mais em zonas interiores, nomeadamente o Bruma (há mais espaço, assim, para os laterais subirem sem andarem todos aos encontrões). O Capel joga do lado direito, o que o impede de continuar a fazer correrias para a linha e a centrar sem saber como é que estão posicionados os defesas e avançados. Aprendeu a esperar pelo lateral e a tomar decisões mais acertadas, deixando de atirar bolas para a cabeça dos defesas ou pela linha final. Quem ganha com isto tudo é o Wolfswinkel. Começa a ser servido em melhores condições e não é necessário que continue a correr de um lado para o outro como um desvairado.
Isto é o que vejo.O que se vê pressupõe sempre um entendimento. Outros verão outras coisas e coisas diferentes, porque têm outros entendimentos. No limite pode não existir qualquer entendimento. Mas se houver, é porque tudo isto é preparado nos treinos. Se assim for, esperemos que o BdC compreenda, contrariamente a outros, que uma equipa de futebol profissional não pode ser entregue a amadores; que não podemos andar sistematicamente atrás do nosso Mourinho perdido.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
21:40
14
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Já esfolaram o bicho até ao fim?
“Quem ler as contas auditadas do clube percebe que está tudo dado como
garantia. Por muito dinheiro que entre no Sporting, se as pessoas não
quiserem, não há nenhum. É a situação que vivemos”, declarou, a dado
momento, o presidente “leonino”.
Publicada por
A. Trindade
à(s)
11:45
7
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Quem semeia ventos colhe Barbosas
[Está tudo dito]
"Os jornalistas não são flores de estufa, mas convidar
adeptos para conferências de imprensa é uma intimidação medieval, tratá-los
como idiotas é uma idiotice e desmentir o que membros do próprio clube haviam
confirmado é falta de ética. Bruno de Carvalho vai mesmo seguir esse caminho?"
Pedro Santos Guerreiro
Publicada por
Sergio Barroso
à(s)
18:51
10
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
terça-feira, 9 de abril de 2013
Futebol é lindo. O resto é conversa!
Obrigado aos deuses por me deixarem ter assistido a mais um
excelente jogo.
Mais do que adepto de um clube, assumo, eu gosto é de ver um
bom jogo de futebol.
Nos últimos anos é exagerada a oferta de jogos, mas bons e
emotivos como estes, são muito raros.
Não torcia particularmente por ninguém.
Inconscientemente, talvez tivesse uma certa tendência de indisfarçável origem
judaico-cristã que me leva sempre a uma ligeira inclinação pelos mais
"fracos" ou pobrezinhos, neste caso, o Galatasaray. Não
torço por portugueses simplesmente pelo facto de o serem, isso
obrigar-me-ia a andar por aí a defender as maiores bestas-quadradas apenas
porque partilhamos o mesmo retângulo de nascimento e não apenas no futebol.
Seja como for, parti para ali para ver futebol e foi isso
que vi. Entrega, Esforço, Solidariedade. Magia. Sorte. Tática e estratégia.
Fair-play. E golos, muitos golos.
Adorei o "velho" Drogba combatente e
aguerrido como sempre. A arte de régua e esquadro de um Sneijder que mais parece um
arquiteto da bola ou do Ozil. A veia predadora do Ronaldo. O golo de raiva do Eboué. Vi
humildade das vedetas a trabalharem no duro quando foi preciso, vi a ousadia
daqueles que tardam em vender a derrota e que lutam até ao fim. Foi lindo. Foi
justo. Foi raro. Tive saudades de quando via o meu Sporting metido nestas
guerras.
Lá voltaremos
Publicada por
A. Trindade
à(s)
22:57
4
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sábado, 6 de abril de 2013
A coisa deve-se ao BdC, ponto final
No jogo contra o Braga sobrou uma dúvida: se o resultado se devia ao Peseiro ou ao BdC. Hoje as dúvidas foram dissipadas. O mérito é do BdC. Não me lembro de ganharmos um jogo a acabar quanto mais dois.
O jogo foi uma coisa estúpida. O Moreirense meteu um ou dois autocarros à frente da baliza. O Sporting procurou não se enervar e, muito menos, precipitar. Mas também valha a verdade que em alguns momentos se limitou a fazer cócegas na defesa contrária. Continuo na minha: contra equipas destas, jogar com um só avançado, é dar descanso ao adversário.
Estamos a melhorar. O Jesualdo Ferreira tem méritos nisso. Agora, o homem não pode tudo. Falta alguma maturidade. Depois de se fazer o mais difícil, que era colocarmo-nos à frente no resultado, não se pode permitir o empate por duas vezes. Sobretudo, não se podem permitir faltas ridículas, dando oportunidade ao Moreirense de criar as únicas possibilidades de perigo que consegue criar.
Como disse, a equipa está a melhorar. Gostei do Ilori, de quem tinha, e tenho, algumas dúvidas. Os dois últimos golos devem-se à sua lucidez. Quem não melhora nunca é o Rojo. Tem culpa nos dois golos. No primeiro, bastava ter acompanhado o avançado e não fazer aquele carrinho ridículo (aliás, aqueles carrinhos com que costuma arranjar maneira de ser expulso são uma imagem de marca). No segundo, estava com um ar vagamente desorientado sem saber o que fazer, como o costume, deixando o adversário entrar à bola e cabecear à vontade. Percebi melhor o posicionamento do Dier no meio-campo. O Júlio Pereira já me tinha explicado a coisa. Aparentemente, ele anda por ali para entrar como segundo avançado em lances de cabeça.
O jogo foi uma coisa estúpida. O Moreirense meteu um ou dois autocarros à frente da baliza. O Sporting procurou não se enervar e, muito menos, precipitar. Mas também valha a verdade que em alguns momentos se limitou a fazer cócegas na defesa contrária. Continuo na minha: contra equipas destas, jogar com um só avançado, é dar descanso ao adversário.
Estamos a melhorar. O Jesualdo Ferreira tem méritos nisso. Agora, o homem não pode tudo. Falta alguma maturidade. Depois de se fazer o mais difícil, que era colocarmo-nos à frente no resultado, não se pode permitir o empate por duas vezes. Sobretudo, não se podem permitir faltas ridículas, dando oportunidade ao Moreirense de criar as únicas possibilidades de perigo que consegue criar.
Como disse, a equipa está a melhorar. Gostei do Ilori, de quem tinha, e tenho, algumas dúvidas. Os dois últimos golos devem-se à sua lucidez. Quem não melhora nunca é o Rojo. Tem culpa nos dois golos. No primeiro, bastava ter acompanhado o avançado e não fazer aquele carrinho ridículo (aliás, aqueles carrinhos com que costuma arranjar maneira de ser expulso são uma imagem de marca). No segundo, estava com um ar vagamente desorientado sem saber o que fazer, como o costume, deixando o adversário entrar à bola e cabecear à vontade. Percebi melhor o posicionamento do Dier no meio-campo. O Júlio Pereira já me tinha explicado a coisa. Aparentemente, ele anda por ali para entrar como segundo avançado em lances de cabeça.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
23:40
13
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
A narrativa astrológica
A corrente astrológica e profética imposta pelo ministro
Gaspar, levou-me a reparar num estranho alinhamento das estrelas.
Fruto desse alinhamento o Papa abdicou; o Ministro Relvas, inanimado, também resignou; o Belenenses subiu de divisão e Portugal consegui quase dois dias de autossuficiência energética; o Tribunal Constitucional decidiu e chumbou parte do que era para chumbar; o Carlos Cruz foi entregar-se à porta da prisão; no Sporting, as “consoantes dobradas” deram lugar ao povo do Carvalho; logo de seguida, o Sporting venceu o Braga. O Dias Ferreira abandonou o seu painel sem mesmo ir às trombas ao outro morcão. Tudo isto coincidiu com o regresso de Paris do oráculo Sócrates, mestre Sorbonne em Narrativas.
Os sinais estão aí. Os alinhamentos também. Seguindo a linha das previsões de Gaspar, posso afirmar SEGURAMENTE que o défice português deste ano será de 4,9% e que nós, Sporting Clube de Portugal, vamos ser campeões.
O défice ainda poderá ter “ligeiras” variações, do que não duvido, nem eu nem o mago Gaspar, é de que VAMOS SER CAMPEÕES! É tudo uma questão de narrativas.
...Há pois, tinha-me esquecido, as estrelas também diziam que íamos ganhar por 3-2 ao Moreirense!
Publicada por
A. Trindade
à(s)
17:25
2
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Agora em "slow motion"
O Ronaldo marcou mais um golo que parece fácil vindo dele. Um golo em velocidade, mas decidido como se tudo decorresse em “slow motion”. A desmarcação, a recepção, o olhar para o movimento do guarda-redes e a colocação do remate, como se de um passe se tratasse, para o golo.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
01:40
0
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
segunda-feira, 1 de abril de 2013
A dúvida
A responsabilidade desta vitória contra o Braga ou é do Peseiro ou do Presidente. Nós sabemos, são onze de cada lado, a bola é redonda e, no fim, o Peseiro perde. O que não sabíamos é que acontecia com dez também. O Presidente talvez dê sorte. Talvez precisássemos de um Presidente assim; com o pé quente.
Não vi a primeira parte. Entrei no carro e o Wolfswinkel marcou. Não tinha chegado à auto-estrada e um Elderson qualquer já se tinha enganado por uma vez. O Wolfswinkel nem me deixou chegar às portagens. Não deu para descansar, todavia. Deixámo-nos empatar.
Entrei no Flávio, pejado de adeptos do Braga, com as dúvidas do costume. As dúvidas passaram a certezas com a bandalheira habitual. A expulsão do Joãozinho não foi a cereja em cima do bolo. Foi o bolo em cima da cereja. Ou vêm os russos, os do KGB, ou nada feito. A dos passarinhos é pouco. Esgotámos há muito as alegorias possíveis, mesmo com vernáculo pelo meio. As coisas não se endireitam assim. A falta de vergonha não tem limites.
Com dez as coisas não correram tão mal quanto isso. Fiquei na dúvida se foi por o Rojo ter passado para a esquerda ou por, simplesmente, ter deixado o centro da defesa para quem saber: o Dier. Este, sim, é um grande jogador. Não engana. A entrada do Bruma também ajudou. Se dúvidas existem, basta comparar o desempenho dele com o do Jéffren.
Estava assim o bolo em cima da cereja quando o Wolfswinkel a tirou debaixo do bolo e a colocou onde devia estar. Começou tudo numa corrida alucinante do Bruma. Obrigou os defesas do Braga a correrem atrás dele para um lado. Esperou três quartos de hora pela chegada dos seus colegas para lhes passar a bola e assim se concretizar o terceiro golo numa jogada magnífica. Vamos ter saudades do Wolfswinkel.
Não vi a primeira parte. Entrei no carro e o Wolfswinkel marcou. Não tinha chegado à auto-estrada e um Elderson qualquer já se tinha enganado por uma vez. O Wolfswinkel nem me deixou chegar às portagens. Não deu para descansar, todavia. Deixámo-nos empatar.
Entrei no Flávio, pejado de adeptos do Braga, com as dúvidas do costume. As dúvidas passaram a certezas com a bandalheira habitual. A expulsão do Joãozinho não foi a cereja em cima do bolo. Foi o bolo em cima da cereja. Ou vêm os russos, os do KGB, ou nada feito. A dos passarinhos é pouco. Esgotámos há muito as alegorias possíveis, mesmo com vernáculo pelo meio. As coisas não se endireitam assim. A falta de vergonha não tem limites.
Com dez as coisas não correram tão mal quanto isso. Fiquei na dúvida se foi por o Rojo ter passado para a esquerda ou por, simplesmente, ter deixado o centro da defesa para quem saber: o Dier. Este, sim, é um grande jogador. Não engana. A entrada do Bruma também ajudou. Se dúvidas existem, basta comparar o desempenho dele com o do Jéffren.
Estava assim o bolo em cima da cereja quando o Wolfswinkel a tirou debaixo do bolo e a colocou onde devia estar. Começou tudo numa corrida alucinante do Bruma. Obrigou os defesas do Braga a correrem atrás dele para um lado. Esperou três quartos de hora pela chegada dos seus colegas para lhes passar a bola e assim se concretizar o terceiro golo numa jogada magnífica. Vamos ter saudades do Wolfswinkel.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
23:45
15
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
1 de Abril
Para este "dia especial" e dele em diante apenas deixo um desejo,
político e desportivo:
«Queremos Mentiras
Novas”
Publicada por
A. Trindade
à(s)
12:08
1 Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Subscrever:
Mensagens (Atom)