Fim-de-semana fora. Saio de Ourém e fico a saber que o Ouriense tinha acabado de se sagrar campeão de futebol feminino. Fico a pensar que se tivesse ido a Alvalade ganhávamos o jogo de caras.
Venho pelo caminho a ouvir o relato. A coisa começa bem. O Bruma parece um autêntico quebra-cabeças e o Capel mete a primeira lá dentro. Na primeira parte, pelo que ouvi, controlámos o jogo. Não deixámos o Nacional chegar à nossa área, quanto mais rematar com perigo. Mas, por isto ou por aquilo, acabámos por não marcar mais nenhum.
Chego a Braga e vou ver o jogo ao café da esquina. As coisas estavam a ficar feias. Fiquei com a sensação que fisicamente a equipa não conseguia acompanhar o ritmo do adversário, sobretudo o meio-campo. O Adrien, o André Martins e o Capel estavam mais para lá do que para cá. O Jesualdo percebeu cedo que estávamos a ir por mau caminho. Procurou recompor o meio-campo. Tirou o André Martins e o Adrien e meteu o Schaars e o Labyad. Quando parecia que estávamos a equilibrar o jogo, o Bruma faz uma asneira e o Nacional marca. É um miúdo, um miúdo habituado a atacar e que, de repente, se viu virado para a sua própria baliza sem saber bem o que fazer à bola. Às vezes uma biqueirada é a melhor solução.
Entra o Viola e abana com o jogo. O Ilori faz um corte absolutamente notável. Bola lá, bola cá, até que surge o golo. O improvável Rojo teve direito ao seu dia. Depois, conseguimos controlar o jogo. O Capel aprendeu imenso com o Jesualdo. Levou a bola para a linha e lá foi encanando a perna à rã, uma e outra vez.
A equipa melhorou muito, mas não melhorou ainda o que pode, e deve, melhorar. Recorrendo ao futebolês pós-moderno, falta “agressividade ofensiva” e “melhor definição dos lances de ataque”. Há sempre alguém que no momento decisivo hesita: remata quando devia passar, passa quando devia rematar, centra um pouco para trás ou um pouco para a frente. E a equipa também não pode depender quase exclusivamente do Wolfswinkel. Os médios e os extremos têm de marcar mais golos. Só assim os defesas são surpreendidos. É que, como aconteceu em vários lances, os defesas sabem que, mais tarde ou mais cedo, vamos acabar a tentar meter a bola no Wolfswinkel.
Gaita...sofri mais do que merecia...11
ResponderEliminarum dia destes morro com um ataque de coração numa cadeira verde de Alvalade...
Mas foi bom saborear os três pontos...!!
Meu caro,
EliminarIsto tem pelo menos a vantagem de acabarmos o jogo em apoteose. Mas temos de evitar estas coisas. Temos de aprender a vencer habitualmente.
SL