Falaremos do Sporting, mais mal do que bem. Falaremos também do Benfica, sempre mal. Falaremos do Porto, conformados.
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Não é sim
Não ganhámos à Tunísia. Espera-se que não se ganhem os jogos que se seguem, a brincar e, depois, a sério. Se não ganharmos, ganhamos.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
22:21
6
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sábado, 26 de maio de 2018
Private jokes
Esperemos que a legalização da eutanásia não passe na Assembleia da República. Só assim haverá hipóteses de o Sporting se salvar.
ou...
O Sporting é uma casa a arder. O que vale é que está lá o Marta Soares.
Publicada por
Gabriel Pedro
à(s)
17:56
8
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sexta-feira, 25 de maio de 2018
Estamos como estamos e não queríamos estar
Há um estudo de caso que costumo de desenvolver nas aulas que é elucidativo da situação atual do Presidente do Sporting. Adiantando, neste estudo de caso tem-se um alto quadro de uma instituição financeira que dirige um gabinete de avaliação de risco. Encontrando-se uma das empresas financiadas em dificuldades e operando-se uma reestruturação, esse alto quadro é convidado para integrar o seu Conselho de Administração enquanto representante da instituição financeira. A história transforma-se num vale de lágrimas até ele se demitir e voltar para o seu antigo lugar.
Quando se pergunta aos alunos se se tratou de uma escolha bem-sucedida, obtemos as respostas mais complexas e intrincadas, quando é tudo muito simples: se tivesse sido uma boa escolha ainda hoje lá trabalhava e não se tinha demitido passado pouco tempo. Este exemplo serve para explicar aos alunos que em primeiro lugar se medem os resultados das decisões. Se o resultado não é bom, então a decisão não foi boa. Só depois é que se procura perceber as razões que levaram a que a decisão não fosse bem-sucedida. Normalmente, os alunos baralham a análise pura e simples dos resultados com a explicação para não terem sido os desejados.
No Sporting, a situação é similar. O resultado não é o desejado. A decisão dos sócios de eleger a atual Direção não foi bem-sucedida, dado que não foi para estarmos como estamos que coletivamente se tomou essa decisão. É verdade que existem razões para estarmos como estamos suportadas em teorias mais ou menos sustentadas em evidências, permitindo um narrativa convincente para uns e pouco ou nada convincente para outros. Mas a única coisa que podemos avaliar objetivamente é que estamos como estamos e não queríamos estar.
Quando se pergunta aos alunos se se tratou de uma escolha bem-sucedida, obtemos as respostas mais complexas e intrincadas, quando é tudo muito simples: se tivesse sido uma boa escolha ainda hoje lá trabalhava e não se tinha demitido passado pouco tempo. Este exemplo serve para explicar aos alunos que em primeiro lugar se medem os resultados das decisões. Se o resultado não é bom, então a decisão não foi boa. Só depois é que se procura perceber as razões que levaram a que a decisão não fosse bem-sucedida. Normalmente, os alunos baralham a análise pura e simples dos resultados com a explicação para não terem sido os desejados.
No Sporting, a situação é similar. O resultado não é o desejado. A decisão dos sócios de eleger a atual Direção não foi bem-sucedida, dado que não foi para estarmos como estamos que coletivamente se tomou essa decisão. É verdade que existem razões para estarmos como estamos suportadas em teorias mais ou menos sustentadas em evidências, permitindo um narrativa convincente para uns e pouco ou nada convincente para outros. Mas a única coisa que podemos avaliar objetivamente é que estamos como estamos e não queríamos estar.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
21:37
20
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quarta-feira, 23 de maio de 2018
No rasto do furacão
Vergonha
Quando daquela vez viste um avião cair com uma outra equipa lá na
América do Sul, a culpa foi do piloto. Mas quando caiu a tua equipa a culpa foi
apenas tua. Mesmo que não fosse, foi isso que sentiste. E mesmo que não tenhas
sentido, foi isso que te quiseram fazer sentir. Só não sei se como castigo de
opções passadas, se para te imporem opções futuras.
Vazio
Quando o da assembleia em vez de ser solidário falar em jogos à
porta fechada, quando o primeiro em vez de ser solidário anunciar algo que não
tem, uma Autoridade, e o presidente solidário não tiver uma só palavra para contigo,
é porque definitivamente, como diria o Manuel António Pina, a tua pátria é mesmo
o teu clube.
Profecia
Nos tempos da dinastia croquete, explicava assim uma assembleia
geral: “se vais para as primeiras filas estão uns gajos de gravata que te vão gamar
a carteira; se ficas mais para trás estão uns tipos que te dão com uma barra de
ferro nas costas”. Aconteceram as duas. O pior de dois mundos.
Moche ao
gordo
Sete dias tem o bullying e desengane-se quem acha que populismo
é lepra que grassa apenas nas lideranças. É também uma certa forma de fazer mentirismo: perguntas
que já contêm respostas; microfones só para certas bocas; mentiras muitas vezes
repetidas; verdades sistematicamente esquecidas; tudo fora do seu contexto; 50
valem mais de três milhões e meio; um grunho de óculos a espumar a meio da
escada conta mais na TV que todos os outros a aplaudir; a canalhice dos sinónimos
escroques; uma emboscada trituradora; um diluvio de rescisões; testes psicotécnicos
em Nápoles; Benfica de olho no cu da vaca. E nisto, contra a desonestidade em
forma de microfone, temos um canal a ensinar como se faz caldeirada.
Lamechice
Percebe-se que estejamos senilizados. É a demografia. Mas isso não
explica a paranoia “do vai acabar”. Também não é preciso estar sempre a
reclamar que tal não vai acontecer. As evidencias não necessitam de ser
afirmadas.
Não há futuro
sem passado
Em 50 anos houve três presidentes com projeto, com impacto e com
resultados: João Rocha, José Roquete e Bruno de Carvalho. Qualquer um deles com
erros de palmatória. O que havia antes explica o seu sucesso e o que veio
depois nunca foi melhor. Só o primeiro é que saiu pelo seu pé. Ainda ninguém
concorda com isto, mas lá no futuro poderei dizer, lembram-se?
A dinastia croquete existiu com a complacência bovina dos associados.
Mas no presente, toda e qualquer criatura relacionada, próxima ou semelhante
arrisca-se a levar uma marrada. E não se espere que um guarda-redes de futsal saiba
fazer uma pega de caras.
O presente
também não
“A gente não percebe o que disse sem querer, e o que deixou pra
depois. Mas o importante é perceber que a nossa vida em comum depende só e
unicamente de nós dois”. Ou se demite você ou o demitimos nós. Até lá pode
continuar a contratar velhas glórias, seja porque a máquina precisa, ou porque
nos quer fazer parecer que sendo o mesmo, já é outro.
Bas Dost
Lembra-te de agradecer todos os dias a quem não te confundiu com a
escória. Lembra-te de agradecer ao único que percebeu que existiam “verdadeiros
adeptos do Sporting”. Lembra-te de agradecer ao único que não te meteu no saco
da canalhada cobarde. Lembra-te da voz que amainou a vergonha. Lembra-te todos os dias da infâmia que fizeram ao Sporting e da ignomínia que fizeram a este homem. Há coisas que não têm perdão.
Publicada por
Sergio Barroso
à(s)
23:18
10
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
domingo, 20 de maio de 2018
Nem crucificado nem ressuscitado: é assim a vida de (Jorge) Jesus
Nunca se pode dizer que se bateu no fundo. Há sempre mais fundo para além do fundo e quando se olha fixamente para o abismo o abismo olha para nós. O abismo tinha os olhos fixados em nós desde o primeiro minuto. Não desviámos o olhar. Voltámos a embrulhar-nos nas táticas maradas do Jorge Jesus com passes para trás e para a frente sem grande objetividade e menor contundência.
Face ao Aves, este monstro sagrado da futebolândia nacional, todos os cuidados eram poucos. Jogámos com dois trincos: o Battaglia e o William Carvalho, com o segundo um pouco mais avançado do que o primeiro e sempre na dúvida sobre quem fica e quem vai, quem recua e quem avança. As dúvidas eram tantas que no lance do primeiro golo do Aves não estava nenhum no seu lugar. Sofrido o primeiro golo, o William Carvalho recuou, o Bruno Fernandes também e não se percebeu muito bem o que andava a fazer o Battaglia em campo. Não seria grave se não percebêssemos. O que é grave é que o Battaglia também não entendeu. No ataque, o Bas Dost ainda ficou mais isolado. A precisar de marcar um golo, resolvemos dar descanso à defesa do Aves até ao final da primeira parte.
Na segunda parte, saiu o Williiam Carvalho e entrou o Montero. Deixou de haver menos dúvidas posicionais, mas continuámos sem saber muito bem o que fazer para marcar um golo. Esperava-se um massacre mas, para além das duas vezes que o Gelson Martins acertou no Quim na primeira parte, nem uma oportunidade para amostra se criou até se levar o segundo golo. A equipa queria acordar mas não conseguia. Entretanto, o Misic tinha entrado para o lugar do Coentrão e passou jogar a extremo esquerdo, uma novidade absoluta. Rapidamente se percebeu que também não sabia muito bem o que fazer em campo, passando a andar por um lado e pelo outro, tal deve ter sido a “overdose” de orientações que o Jorge Jesus lhe deve ter dado. O Bas Dost conseguiu falhar um golo de baliza aberta que, temo bem, até o Bryan Ruiz teria marcado.
Só quando o Battaglia e o Acuña quiseram apertar o papo a um avançado do Aves é que a equipa acordou. A equipa acordou sozinha em campo, sem orientação, sem ideias e completamente desesperada. Os centrais foram para a área do adversário e passaram-se a mandar bolas atrás de bolas para a área, até que num ressalto o Montero marcou golo. O vendaval de bolas para a área intensificou-se com o Aves a resistir como podia. Não chegou. Os jogadores deram mais em dez minutos do que nos restantes oitenta. O Aves sofreu mais nesses dez minutos do que nos restantes oitenta minutos também.
Este jogo foi o espelho da época. Jogadores amarrados a táticas e mais preocupados em as cumprir do que em ganhar jogos. Quatro e cinco jogadores na construção de jogo para os quais bastam dois adversários para a condicionar. Avançados isolados na frente à espera de companhia e que a bola lhes chegue. Incapacidade para dispor de um plano b e de um plano c que permita romper o cerco que criamos a nós próprios. Manutenção do pastelão tático com trocas permanentes de posição entre os médios até nenhum deles perceber bem o que está a fazer em campo. Ausência de bolas a explorar a profundidade e de saídas de bola rápidas pelas laterais. No final, Jesus costuma acabar crucificado. Não me parece que seja o que vai acontecer. Apesar dos milhões e milhões de euros gastos, fizemos duas épocas consecutivas miseráveis. Não satisfeito, o Bruno de Carvalho arranjou-lhe o álibi perfeito.
Face ao Aves, este monstro sagrado da futebolândia nacional, todos os cuidados eram poucos. Jogámos com dois trincos: o Battaglia e o William Carvalho, com o segundo um pouco mais avançado do que o primeiro e sempre na dúvida sobre quem fica e quem vai, quem recua e quem avança. As dúvidas eram tantas que no lance do primeiro golo do Aves não estava nenhum no seu lugar. Sofrido o primeiro golo, o William Carvalho recuou, o Bruno Fernandes também e não se percebeu muito bem o que andava a fazer o Battaglia em campo. Não seria grave se não percebêssemos. O que é grave é que o Battaglia também não entendeu. No ataque, o Bas Dost ainda ficou mais isolado. A precisar de marcar um golo, resolvemos dar descanso à defesa do Aves até ao final da primeira parte.
Na segunda parte, saiu o Williiam Carvalho e entrou o Montero. Deixou de haver menos dúvidas posicionais, mas continuámos sem saber muito bem o que fazer para marcar um golo. Esperava-se um massacre mas, para além das duas vezes que o Gelson Martins acertou no Quim na primeira parte, nem uma oportunidade para amostra se criou até se levar o segundo golo. A equipa queria acordar mas não conseguia. Entretanto, o Misic tinha entrado para o lugar do Coentrão e passou jogar a extremo esquerdo, uma novidade absoluta. Rapidamente se percebeu que também não sabia muito bem o que fazer em campo, passando a andar por um lado e pelo outro, tal deve ter sido a “overdose” de orientações que o Jorge Jesus lhe deve ter dado. O Bas Dost conseguiu falhar um golo de baliza aberta que, temo bem, até o Bryan Ruiz teria marcado.
Só quando o Battaglia e o Acuña quiseram apertar o papo a um avançado do Aves é que a equipa acordou. A equipa acordou sozinha em campo, sem orientação, sem ideias e completamente desesperada. Os centrais foram para a área do adversário e passaram-se a mandar bolas atrás de bolas para a área, até que num ressalto o Montero marcou golo. O vendaval de bolas para a área intensificou-se com o Aves a resistir como podia. Não chegou. Os jogadores deram mais em dez minutos do que nos restantes oitenta. O Aves sofreu mais nesses dez minutos do que nos restantes oitenta minutos também.
Este jogo foi o espelho da época. Jogadores amarrados a táticas e mais preocupados em as cumprir do que em ganhar jogos. Quatro e cinco jogadores na construção de jogo para os quais bastam dois adversários para a condicionar. Avançados isolados na frente à espera de companhia e que a bola lhes chegue. Incapacidade para dispor de um plano b e de um plano c que permita romper o cerco que criamos a nós próprios. Manutenção do pastelão tático com trocas permanentes de posição entre os médios até nenhum deles perceber bem o que está a fazer em campo. Ausência de bolas a explorar a profundidade e de saídas de bola rápidas pelas laterais. No final, Jesus costuma acabar crucificado. Não me parece que seja o que vai acontecer. Apesar dos milhões e milhões de euros gastos, fizemos duas épocas consecutivas miseráveis. Não satisfeito, o Bruno de Carvalho arranjou-lhe o álibi perfeito.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
22:51
22
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quinta-feira, 17 de maio de 2018
O último a sair que feche a porta
(...)
(posta originalmente publicada aqui)
Aproveito apenas para friamente assinalar que, esta época, o
Sporting teve uma dose de coerência que em tudo se assemelha a uma política. A
equipa, de forma coerente, não jogou nada. Jorge Jesus, de forma coerente, foi
mantendo a sua ideia. Esta coerência apenas foi ligeiramente alterada após o
jogo com o Atlético (por razões que todos sabemos: a posta do Presidente e o
desgaste da equipa com lesões, castigos, cansaço). E, por fim, o Presidente (e
toda a sua equipa se é que existe uma equipa) foi coerente no seu caminho para
o abismo. Até ontem ainda havia a possibilidade de recuarmos. Hoje a queda
livre não permite pensar sequer em milagres.
E teria bastado alguma imprevisibilidade, alguma (porque
não?) incoerência, tanto na equipa como no treinador para chegarmos a outro porto.
Quanto ao Presidente, não sei se já se inventou uma palavra para o sucedido.
Talvez suicídio. Mas não quero ser coerente.
(posta originalmente publicada aqui)
Publicada por
Gabriel Pedro
à(s)
12:00
26
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quarta-feira, 16 de maio de 2018
Para o que aconteceu ontem nunca, mas nunca mais se repita!
Ter um clube, ser de um clube não se explica. Nem sequer é razoável. Seria muito mais conveniente que não se tivesse e não se fosse. Não estaríamos permanentemente a sair da festa da comunhão do sobrinho para ver se empatámos contra o Moreirense ou se até estamos a ganhar, suportando o olhar reprovador da mulher e do resto da família. Não ficaríamos de neura toda a semana porque empatámos ou perdemos. Não faríamos papéis ridículos no café da esquina depois de um golo perante a incredulidade dos vizinhos que nos consideram pessoas normais e educadas.
Ser do Sporting é racionalmente uma inconveniência, mas não consigo deixar de ser. Sou capaz de contar a minha vida toda a partir das datas e dos factos que fazem a história do Sporting do que utilizando qualquer outra cronologia mesmo envolvendo aqueles que mais amo. Entranhou-se em mim e na minha vida de tal maneira que não consigo desfazer-me desta pertença.
Ontem, ao chegar a casa e ver as imagens na televisão, tive vergonha desta minha pertença. Daria tudo para me ver livre dela. Daria tudo para não me sentir responsável também, mas sou responsável. Não sei se sou ou pelo menos tento-me convencer que não sou, que os responsável são os outros, mas sinto-me responsável. Não consigo deixar de pensar que esta pertença irracional, por muito pouca expressão que possa ter, juntamente com a dos outros sportinguistas é que conduziu à violência e a esta desgraça.
Mete-me alguma confusão a desvalorização da violência e a relativização da desgraça. É um caso de polícia? É sim senhor, mas também deve merecer consequências no plano desportivo. Não me parece que se possa jogar a final da Taça de Portugal e continuar a pensar que tudo continua como antes. Se ganharmos, festejamos? Como se nada tivesse acontecido? Num país a sério, seria cancelada a final e não seria atribuído o título esta época. Não sendo um país a sério, se fôssemos um clube a sério, não deveríamos jogar a final da Taça de Portugal: glória ao Aves! É que disto tudo importa que não se perca a memória, para que enquanto a vergonha perdurar, e espero que perdure para sempre, o que aconteceu ontem nunca, mas nunca mais se repita.
Ser do Sporting é racionalmente uma inconveniência, mas não consigo deixar de ser. Sou capaz de contar a minha vida toda a partir das datas e dos factos que fazem a história do Sporting do que utilizando qualquer outra cronologia mesmo envolvendo aqueles que mais amo. Entranhou-se em mim e na minha vida de tal maneira que não consigo desfazer-me desta pertença.
Ontem, ao chegar a casa e ver as imagens na televisão, tive vergonha desta minha pertença. Daria tudo para me ver livre dela. Daria tudo para não me sentir responsável também, mas sou responsável. Não sei se sou ou pelo menos tento-me convencer que não sou, que os responsável são os outros, mas sinto-me responsável. Não consigo deixar de pensar que esta pertença irracional, por muito pouca expressão que possa ter, juntamente com a dos outros sportinguistas é que conduziu à violência e a esta desgraça.
Mete-me alguma confusão a desvalorização da violência e a relativização da desgraça. É um caso de polícia? É sim senhor, mas também deve merecer consequências no plano desportivo. Não me parece que se possa jogar a final da Taça de Portugal e continuar a pensar que tudo continua como antes. Se ganharmos, festejamos? Como se nada tivesse acontecido? Num país a sério, seria cancelada a final e não seria atribuído o título esta época. Não sendo um país a sério, se fôssemos um clube a sério, não deveríamos jogar a final da Taça de Portugal: glória ao Aves! É que disto tudo importa que não se perca a memória, para que enquanto a vergonha perdurar, e espero que perdure para sempre, o que aconteceu ontem nunca, mas nunca mais se repita.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
15:30
17
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
terça-feira, 15 de maio de 2018
O fim dos irmãos metralha (II)
Primeiro, em 2 de julho de 2015 e, depois, em 22 de julho de 2017, dizia isto:
Cada vez gosto mais de filmes de pancadaria. A saga dos Mercenários é excelente. Num só filme temos o Sylvester Stallone, o Arnold Schwarzenegger, o Chuck Norris e por aí fora. Não vai ser preciso ver o terceiro filme da série. Temo-los a todos na versão portuguesa no Sporting. Num só clube contamos com o Bruno de Carvalho, o Jorge Jesus e o Octávio Machado. Só falta o Maxi Pereira para termos o elenco completo.
Nos filmes, isto acaba bem. No Sporting, vamos ver. É que já nos tínhamos visto livres do Octávio Machado. Nos últimos anos tinha-se esquecido de nós e só falava sobre o Porto.
Cada vez gosto mais de filmes de pancadaria. A saga dos Mercenários é excelente. Num só filme temos o Sylvester Stallone, o Arnold Schwarzenegger, o Chuck Norris e por aí fora. Não vai ser preciso ver o terceiro filme da série. Temo-los a todos na versão portuguesa no Sporting. Num só clube contamos com o Bruno de Carvalho, o Jorge Jesus e o Octávio Machado. Só falta o Maxi Pereira para termos o elenco completo.
Nos filmes, isto acaba bem. No Sporting, vamos ver. É que já nos tínhamos visto livres do Octávio Machado. Nos últimos anos tinha-se esquecido de nós e só falava sobre o Porto.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
11:00
20
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
domingo, 13 de maio de 2018
“Without lap, there is no tactics' king of portuguese football”, como diria o Carvalhal
Após a vitória do Tondela na Luz, começou a conversa de que o zero a zero em Alvalade contra o Benfica chegava. O discurso do Jorge Jesus não deixava dúvidas: tínhamos mais medo de perder do que vontade de ganhar. Essa estratégia foi executada com o rigor possível de quem joga para não perder, sabendo-se, como se sabe, que quem joga assim está mais próximo de perder e mais longe de ganhar. Empatámos, mas o empate só serviria se fosse seguido por uma vitória no Marítimo.
Pelos vistos, tínhamos medo de perder, jogámos para não perder, não perdemos, empatámos, mas não sabíamos o que fazer a seguir quando se pedia a vitória. Pedia-se, hoje, a vitória. Esperava-se a reedição dos jogos contra o Porto e contra o Atlético de Madrid para, respetivamente a Taça de Portugal e a Taça UEFA, quando nenhum outro resultado que não a vitória servia. Só que esses jogos foram o engano da época. Não sabemos jogar para ganhar como nunca soubemos durante a época toda. Como de costume, esperávamos ganhar nos descontos, com o Rui Patrício a safar-nos nas situações mais aflitivas, mas a sorte não dura sempre: perdemos nos descontos com o Rui Patrício a enterrar-nos.
Repetiram-se todos os erros. Erramos e cada jogo que passa erramos melhor. Entrámos com a equipa presa por arames. Os dois laterais não apoiam o ataque e, mesmo assim, são os dois primeiros jogadores a arrebentar. O caso do Piccini é que não se compreende, definitivamente. O jogador mal se conseguia mexer. O Ristovski cumpriu sempre que entrou, especialmente a dar profundidade no flanco. Assim, o Gelson Martins foi deixado à sua sorte no lado direito, sem qualquer apoio no ataque e com a necessidade de apoiar a defender, não tendo praticamente tocado na bola na segunda parte em condições de desequilibrar.
Do lado direito estávamos conversados, mas do lado esquerdo não estávamos melhor. Jogámos com os estafados Coentrão e Acuña e quando quisemos mudar tínhamos esse poço de energia e de velocidade que é o Bryan Ruiz. O que diria o Jorge Jesus do Iuri Medeiros, ou de qualquer um dos seus outros pequenos ódios de estimação, se marcasse um livre perigoso a nosso favor diretamente pela linha de fundo? No meio, viveu-se a confusão do costume sempre que jogam o William Carvalho e o Battaglia. Quando joga sozinho, o Battaglia sai a todos e vai a todas, limpando tudo até onde a vista alcança o horizonte. Quando joga com o William Carvalho, elabora-se em cima do joelho um Tratado de Tordesilhas qualquer sem que fique claro quem faz o quê, atrapalhando-se ambos.
O jogo de ataque ficou entregue ao Bas Dost e ao Bruno Fernandes. O Jorge Jesus tem-nos transformado numa equipa de comandos ou de outro tipo de tropas especiais a quem se entrega um “kit” do Rambo e se coloca atrás da linha do inimigo, esperando que ganhe a guerra sozinho. O Bas Dost está mesmo condenado a disputar sempre a bola na área contra três ou quatro adversários sem que tenha qualquer colega por perto. Mesmo ajudada pelo Gelson Martins, uma equipa de comandos como esta pode arranjar umas escaramuças, pode desestabilizar o inimigo, pode ajudar a ganhar uma ou outra batalha, mas não ganha sozinha a guerra. Nessas circunstâncias só o Rambo e não tenho a certeza que o possa fazer no campeonato português como a mesma facilidade com que o fez no Vietname ou no Afeganistão.
Com exceção dos dois golos, que foram mais obra do acaso do que outra coisa, os primeiros setenta a setenta a cinco minutos constituíram simples prelúdio para a ponta final, onde é necessário “put all meat in the barbecue”, como diria o Carvalhal. Começámos com um ponta-de-lança para acabarmos com três. Eram tantos que nem sobrou espaço na área para lá se meter o Coates também, o autor das vitórias épicas nos últimos minutos. Não subiu para a área e mesmo assim ele e o William Carvalho não foram suficientes para travar um avançado do Marítimo que ao querer ver-se livre da bola acertou-lhe nas orelhas e permitiu ao Rui Patrício o único frango desta época.
Definitivamente, ficou demonstrado que, sem colinho, o Jorge Jesus não passa de mais um cromo, embora o cromo mais caro do futebol português. Cinco anos depois com milhões e milhões euros gastos em camiões e camiões de jogadores e no treinador mais caro de sempre continuamos na casa de partida, isto é, em terceiro lugar e mais próximos do quarto do que do primeiro lugar. Este treinador e estes jogadores são os outros, aqueles que não são do Presidente, que, assim, não tem responsabilidade nenhuma. Continua a fazer aquilo em que é melhor: falar de si próprio, deixando ao “Facebook” e ao seu pai a responsabilidade de resolver aquilo que a ele e só a ele lhe compete.
(Há razões para ter esperança. Na final da Taça de Portugal, contra o Aves, há sempre a possibilidade se ganhar por “penalties”, situação de jogo muito treinada pelo Jorge Jesus e que muitos resultados positivos nos tem proporcionado)
Pelos vistos, tínhamos medo de perder, jogámos para não perder, não perdemos, empatámos, mas não sabíamos o que fazer a seguir quando se pedia a vitória. Pedia-se, hoje, a vitória. Esperava-se a reedição dos jogos contra o Porto e contra o Atlético de Madrid para, respetivamente a Taça de Portugal e a Taça UEFA, quando nenhum outro resultado que não a vitória servia. Só que esses jogos foram o engano da época. Não sabemos jogar para ganhar como nunca soubemos durante a época toda. Como de costume, esperávamos ganhar nos descontos, com o Rui Patrício a safar-nos nas situações mais aflitivas, mas a sorte não dura sempre: perdemos nos descontos com o Rui Patrício a enterrar-nos.
Repetiram-se todos os erros. Erramos e cada jogo que passa erramos melhor. Entrámos com a equipa presa por arames. Os dois laterais não apoiam o ataque e, mesmo assim, são os dois primeiros jogadores a arrebentar. O caso do Piccini é que não se compreende, definitivamente. O jogador mal se conseguia mexer. O Ristovski cumpriu sempre que entrou, especialmente a dar profundidade no flanco. Assim, o Gelson Martins foi deixado à sua sorte no lado direito, sem qualquer apoio no ataque e com a necessidade de apoiar a defender, não tendo praticamente tocado na bola na segunda parte em condições de desequilibrar.
Do lado direito estávamos conversados, mas do lado esquerdo não estávamos melhor. Jogámos com os estafados Coentrão e Acuña e quando quisemos mudar tínhamos esse poço de energia e de velocidade que é o Bryan Ruiz. O que diria o Jorge Jesus do Iuri Medeiros, ou de qualquer um dos seus outros pequenos ódios de estimação, se marcasse um livre perigoso a nosso favor diretamente pela linha de fundo? No meio, viveu-se a confusão do costume sempre que jogam o William Carvalho e o Battaglia. Quando joga sozinho, o Battaglia sai a todos e vai a todas, limpando tudo até onde a vista alcança o horizonte. Quando joga com o William Carvalho, elabora-se em cima do joelho um Tratado de Tordesilhas qualquer sem que fique claro quem faz o quê, atrapalhando-se ambos.
O jogo de ataque ficou entregue ao Bas Dost e ao Bruno Fernandes. O Jorge Jesus tem-nos transformado numa equipa de comandos ou de outro tipo de tropas especiais a quem se entrega um “kit” do Rambo e se coloca atrás da linha do inimigo, esperando que ganhe a guerra sozinho. O Bas Dost está mesmo condenado a disputar sempre a bola na área contra três ou quatro adversários sem que tenha qualquer colega por perto. Mesmo ajudada pelo Gelson Martins, uma equipa de comandos como esta pode arranjar umas escaramuças, pode desestabilizar o inimigo, pode ajudar a ganhar uma ou outra batalha, mas não ganha sozinha a guerra. Nessas circunstâncias só o Rambo e não tenho a certeza que o possa fazer no campeonato português como a mesma facilidade com que o fez no Vietname ou no Afeganistão.
Com exceção dos dois golos, que foram mais obra do acaso do que outra coisa, os primeiros setenta a setenta a cinco minutos constituíram simples prelúdio para a ponta final, onde é necessário “put all meat in the barbecue”, como diria o Carvalhal. Começámos com um ponta-de-lança para acabarmos com três. Eram tantos que nem sobrou espaço na área para lá se meter o Coates também, o autor das vitórias épicas nos últimos minutos. Não subiu para a área e mesmo assim ele e o William Carvalho não foram suficientes para travar um avançado do Marítimo que ao querer ver-se livre da bola acertou-lhe nas orelhas e permitiu ao Rui Patrício o único frango desta época.
Definitivamente, ficou demonstrado que, sem colinho, o Jorge Jesus não passa de mais um cromo, embora o cromo mais caro do futebol português. Cinco anos depois com milhões e milhões euros gastos em camiões e camiões de jogadores e no treinador mais caro de sempre continuamos na casa de partida, isto é, em terceiro lugar e mais próximos do quarto do que do primeiro lugar. Este treinador e estes jogadores são os outros, aqueles que não são do Presidente, que, assim, não tem responsabilidade nenhuma. Continua a fazer aquilo em que é melhor: falar de si próprio, deixando ao “Facebook” e ao seu pai a responsabilidade de resolver aquilo que a ele e só a ele lhe compete.
(Há razões para ter esperança. Na final da Taça de Portugal, contra o Aves, há sempre a possibilidade se ganhar por “penalties”, situação de jogo muito treinada pelo Jorge Jesus e que muitos resultados positivos nos tem proporcionado)
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
22:53
16
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sexta-feira, 11 de maio de 2018
Fuga da vitória
Esta semana tem sido muito interessante de seguir. O nosso
rival, Benfica, queixa-se de várias coisas. Queixa-se de não poder ganhar a
taça de Portugal. Queixa-se de não ter ganho a (sua) taça da liga (para eles taça Lucílio
Baptista). Queixa-se de não ganhar o campeonato. Queixa-se por ter de jogar o
último jogo sem saber se o carcanhol da liga dos milhões vai chegar à sua
conta. Queixa-se (baixinho) de não ter ganho um jogo sequer (nem empatado) na liga dos milhões deste
ano. Queixa-se de conduta violenta de elementos ligados ao Sporting, entre eles
o (violento) roupeiro Paulinho, num jogo em que se queixa de não ter ganho. Esse jogo foi contra o Sporting, a quem o benfica acusa de vestir de verde e...branco.
Entretanto, a imprensa desportiva vai vendendo todos os
jogadores do Sporting. Já ficamos sem equipa B, agora corremos o risco de
ficar sem equipa A. Patrício? Vendido. Ou quase. Quer sair. Mal com o
presidente. William? Vendido, quer dizer, quase, quer sair. Mal com o
presidente. Bas Dost? Quase vendido, quase que quer sair. Quase de mal com o
presidente. Fernandes? Quase vendido. Gélson? Quase vendido, para o ano é que
vai ser. Doumbia? Em fuga, quase vendido. Coates? Vendido ou quase, não tarda.
Piccini? Tem pretendentes a dar com um
pau. Quase vendido. Coentrão? Andou à porrada com vários elementos alegadamente
ligados à estrutura de uma equipa que jogou recentemente com o Sporting. Depois
andou quase à porrada com o (nosso) presidente. Isto tudo durante o jogo e ninguém viu
nada. Quase devolvido. Bryan Ruiz? Quer ficar. Já se pensou algemar a um daqueles lindos postes
verdes no exterior do estádio. Quase que fica, vão ver. Ideiafix JJ? Fica. A
sério? Sério. E o chuta chuta também. É meia equipa.
Publicada por
Gabriel Pedro
à(s)
14:29
8
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
segunda-feira, 7 de maio de 2018
Cobardia
O futebol não é para meninos, embora possa ser para meninas, como se viu este fim-de-semana com a equipa do Sporting a sagrar-se bicampeã. É para homens de barba rija, mas pressupõe lealdade e, por isso, que as armas sejam iguais. As leis do jogo servem para assegurar essa lealdade, competindo ao "fair play" dos jogadores os comportamentos éticos que são independentes, e estão para além, da regulamentação.
Durante anos, assistimos impotentes à atuação de gerações de sarrafeiros do Porto como o Fernando Couto, o Jorge Costa ou Paulinho Santos. Atuaram sempre com total impunidade. Batiam no que se mexia sem que sofressem qualquer penalização dos árbitros e sem que os adversários pudessem retorquir na mesma moeda. Sempre considerei essa atuação uma cobardia. Até que um dia o “velho” Acosta enfiou uma cotovelada no Paulinho Santos que lhe abriu um buraco na cara. O Paulino Santos percebeu na sua própria pele as consequências do seu reiterado comportamento, tendo o Acosta resgatado a honra de todos aqueles que foram agredidos época atrás de época, especialmente o João Pinto. O comportamento não foi bonito e as imagens arrepiantes.
Depois do Apito Dourado e do Benfica se ter transformado no “Dono Disto Tudo”, passámos a assistir à atuação de uma geração de sarrafeiros do Benfica que se permitem comportamentos que a nenhuns outros são admitidos. Seguindo o belíssimo exemplo do Luisão, assistimos a comportamentos reiteradamente violentos do David Luís, do Maxi Pereira, do Javi Garcia ou do Renato Sanches. A nova coqueluche do varapau é o Rúben Dias. Não há jogo em que não mereça o amarelo ou a expulsão, não há lance que não dispute em falta. Tudo lhe é permitido sem que sofra quaisquer consequências. Não foi expulso uma única vez e tem o mesmo número de amarelos do Rui Patrício.
No sábado, fez duas faltas na área para “penalty” e ainda enfiou uma cotovelada gratuita no Gelson Martins para vermelho direto. Em nenhum lance foi sequer marcada falta e, portanto, não levou nenhum amarelo, quanto mais vermelho. Num jogo em que em circunstâncias normais teria enterrado a sua equipa duas vezes e sido expulso duas vezes também, admitindo-se que tal fosse possível, acaba por ser o grande herói. Porque é que ele joga assim? Porque pode, dado que de outra forma não se perceberia o descaramento do Rui Vitória ao considerar que o Benfica ainda foi prejudicado pela arbitragem. Aonde pára o Acosta? É que não me parece que o Bruno Fernandes dê conta deste recado sobretudo quando não acerta nas canelas de quem merece e por isso e só por isso também merecia ser expulso.
Durante anos, assistimos impotentes à atuação de gerações de sarrafeiros do Porto como o Fernando Couto, o Jorge Costa ou Paulinho Santos. Atuaram sempre com total impunidade. Batiam no que se mexia sem que sofressem qualquer penalização dos árbitros e sem que os adversários pudessem retorquir na mesma moeda. Sempre considerei essa atuação uma cobardia. Até que um dia o “velho” Acosta enfiou uma cotovelada no Paulinho Santos que lhe abriu um buraco na cara. O Paulino Santos percebeu na sua própria pele as consequências do seu reiterado comportamento, tendo o Acosta resgatado a honra de todos aqueles que foram agredidos época atrás de época, especialmente o João Pinto. O comportamento não foi bonito e as imagens arrepiantes.
Depois do Apito Dourado e do Benfica se ter transformado no “Dono Disto Tudo”, passámos a assistir à atuação de uma geração de sarrafeiros do Benfica que se permitem comportamentos que a nenhuns outros são admitidos. Seguindo o belíssimo exemplo do Luisão, assistimos a comportamentos reiteradamente violentos do David Luís, do Maxi Pereira, do Javi Garcia ou do Renato Sanches. A nova coqueluche do varapau é o Rúben Dias. Não há jogo em que não mereça o amarelo ou a expulsão, não há lance que não dispute em falta. Tudo lhe é permitido sem que sofra quaisquer consequências. Não foi expulso uma única vez e tem o mesmo número de amarelos do Rui Patrício.
No sábado, fez duas faltas na área para “penalty” e ainda enfiou uma cotovelada gratuita no Gelson Martins para vermelho direto. Em nenhum lance foi sequer marcada falta e, portanto, não levou nenhum amarelo, quanto mais vermelho. Num jogo em que em circunstâncias normais teria enterrado a sua equipa duas vezes e sido expulso duas vezes também, admitindo-se que tal fosse possível, acaba por ser o grande herói. Porque é que ele joga assim? Porque pode, dado que de outra forma não se perceberia o descaramento do Rui Vitória ao considerar que o Benfica ainda foi prejudicado pela arbitragem. Aonde pára o Acosta? É que não me parece que o Bruno Fernandes dê conta deste recado sobretudo quando não acerta nas canelas de quem merece e por isso e só por isso também merecia ser expulso.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
19:40
11
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
domingo, 6 de maio de 2018
O título já está!
Tinha prometido a uns amigos portistas que lhes havíamos de entregar o título. Tinha mais confiança no Sporting do que no Porto para se chegar a essa classificação final. O Porto fez a sua parte mas se não tivéssemos feito a nossa não chegavam lá. Foi o Sporting que decidiu o título, foi o Sporting que impediu que o Benfica fosse penta-campeão. Como diz o nosso Primeiro-Ministro, palavra dada, palavra honrada!
Há quem possa pensar que teria sido melhor ganhar ao Benfica e assegurar, desde já, o segundo lugar. Quem pensa assim pensa mal. Se ganhássemos, o Porto podia chegar ao título ganhando ao Feirense, convencendo-se, erradamente, que tinham algum mérito. O Jorge Jesus pensou nisto tudo muito bem e, feitas as contas, acertou. Mudar a equipa para voltar a colocar o Piccini e o William Carvalho a jogar, mesmo que entrapados, e o Bryan Ruiz a extremo era a melhor forma de garantir que não nos passaria pela cabeça ir para cima do Benfica, passando a estar o resto da equipa com um olho no burro e outro no cigano. Não vamos qualificar ninguém, não seria próprio, mas sempre se pode dizer que o Rafa transformou o Piccini num Schelotto e que o Samaris se chegou a isolar depois de ter atravessado o deserto do nosso meio-campo com um simples cantil de água.
Se a estupidez do treinador fosse pontuada, ao intervalo devíamos estar a enfardar umas duas ou três. Felizmente não é. Ainda nos podemos queixar de um “penalty” que o amigo Xistra deixou por assinalar, devido ao mata-leão que o Ruben Dias aplicou ao Mathieu. Esse rapaz do Benfica confunde um retângulo com um octógono e a luta livre com futebol. Não lhe bastou o Mathieu e teve de arrear também no Bas Dost e no Gelson Martins. O amigo Xistra voltou a não assinalar novo “penalty” e a não marcar livre e correspondente vermelho. Não são só os jogadores que confundem as modalidades e as geometrias.
Na segunda parte, com a saída do William Carvalho, ficámos de imediato em superioridade no meio-campo. Não se deram mais abébias aos jogadores do Benfica e procurou-se engonhar o jogo no meio-campo adversário. Engonhámos sempre bem, não se correndo qualquer risco de se marcar golo e não se atribuir o título ao Porto. O jogador mais perigoso acabou por ser o Ruben Dias. Foi perigoso para as trombas e o pescoço dos adversários, (des)construindo assim mais jogadas com perigo (de golo) do que o Gelson Martins e o Bruno Fernandes juntos.
Face ao sucesso alcançado, tenho medo que esta tática venha a ser reproduzida nos dois últimos jogos da época. O Jorge Jesus é muito apegado a táticas, sobretudo quando são bem-sucedidas, como foi hoje o caso. É muito cioso das suas ideias e embirra quando alguém não concorda com elas. É melhor não o avisarmos que contra o Marítimo e o Aves o empate não serve. É um pormenor e não deve ser um pormenor a estragar uma tática ou uma ideia.
Há quem possa pensar que teria sido melhor ganhar ao Benfica e assegurar, desde já, o segundo lugar. Quem pensa assim pensa mal. Se ganhássemos, o Porto podia chegar ao título ganhando ao Feirense, convencendo-se, erradamente, que tinham algum mérito. O Jorge Jesus pensou nisto tudo muito bem e, feitas as contas, acertou. Mudar a equipa para voltar a colocar o Piccini e o William Carvalho a jogar, mesmo que entrapados, e o Bryan Ruiz a extremo era a melhor forma de garantir que não nos passaria pela cabeça ir para cima do Benfica, passando a estar o resto da equipa com um olho no burro e outro no cigano. Não vamos qualificar ninguém, não seria próprio, mas sempre se pode dizer que o Rafa transformou o Piccini num Schelotto e que o Samaris se chegou a isolar depois de ter atravessado o deserto do nosso meio-campo com um simples cantil de água.
Se a estupidez do treinador fosse pontuada, ao intervalo devíamos estar a enfardar umas duas ou três. Felizmente não é. Ainda nos podemos queixar de um “penalty” que o amigo Xistra deixou por assinalar, devido ao mata-leão que o Ruben Dias aplicou ao Mathieu. Esse rapaz do Benfica confunde um retângulo com um octógono e a luta livre com futebol. Não lhe bastou o Mathieu e teve de arrear também no Bas Dost e no Gelson Martins. O amigo Xistra voltou a não assinalar novo “penalty” e a não marcar livre e correspondente vermelho. Não são só os jogadores que confundem as modalidades e as geometrias.
Na segunda parte, com a saída do William Carvalho, ficámos de imediato em superioridade no meio-campo. Não se deram mais abébias aos jogadores do Benfica e procurou-se engonhar o jogo no meio-campo adversário. Engonhámos sempre bem, não se correndo qualquer risco de se marcar golo e não se atribuir o título ao Porto. O jogador mais perigoso acabou por ser o Ruben Dias. Foi perigoso para as trombas e o pescoço dos adversários, (des)construindo assim mais jogadas com perigo (de golo) do que o Gelson Martins e o Bruno Fernandes juntos.
Face ao sucesso alcançado, tenho medo que esta tática venha a ser reproduzida nos dois últimos jogos da época. O Jorge Jesus é muito apegado a táticas, sobretudo quando são bem-sucedidas, como foi hoje o caso. É muito cioso das suas ideias e embirra quando alguém não concorda com elas. É melhor não o avisarmos que contra o Marítimo e o Aves o empate não serve. É um pormenor e não deve ser um pormenor a estragar uma tática ou uma ideia.
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
08:30
24
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sábado, 5 de maio de 2018
Falhar para semana
Cenário: o meu cérebro.
(Ontem tinha falado na coisa duas ou três vezes a alguns
colegas. Esta noite terei sonhado com isso. Era mais ou menos assim: o Sporting
ganha hoje. O Porto perde amanhã. O Braga empatava para não correr o risco de
ultrapassar o Benfica. Podíamos, desta forma, falhar apenas para a semana. Falhar
melhor seria impossível.)
Publicada por
Gabriel Pedro
à(s)
14:24
6
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
sexta-feira, 4 de maio de 2018
l etat c est moi
Pelo
que aqui tenho lido começo a achar que há bastantes adeptos de uma governação absolutista
capaz de perdoar os tiques “tirânicos” do líder em nome da Obra. Já vimos disso
muitas vezes ao longo da História da
Humanidade e muitas atrocidades aconteceram fomentadas e permitidas por esta forma de (não) agir.
Felizmente
não será este o caso agora. Trata-se apenas de aceitar a existência de um Presidente-Sol
que enquanto for dando umas marretadas na "velha nobreza", distribuindo umas
benesses pela burguesia e pela baixa-nobreza, promovendo obras, distribuindo
muita cacetada nos adversários (internos e externos), governando os súbditos com
mão de ferro e ganhando aqui e ali umas guerras, tudo estará bem.
Este
“laissez-faire laissez-passer” nem sempre resultou em termos económicos, e
muito menos em termos políticos, mas são os sinais do tempo e, provavelmente,
se há o risco do Rui Gomes da Silva chegar ao poder no rival vizinho, o melhor
mesmo é ter um presidente “musculado”.
Provavelmente.
Publicada por
A. Trindade
à(s)
17:53
14
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quinta-feira, 3 de maio de 2018
A fazer de Arnaldo Matos
Não tenho feitio para ser o grande educador da classe operária. Em Portugal, conhecido e reconhecido, houve um: Arnaldo Matos. Não me ocorre competir por esse lugar histórico, mas a recente vitória no voleibol e os consequentes festejos suscitam reflexão.
O grande problema da dinastia Roquette foi o de nunca perceber que um clube não é uma empresa e o facto de se transformar numa SAD não altera o essencial, passando a ser uma empresa com características especiais. O valor de um clube ou de uma SAD depende do número de sócios e adeptos e da sua maior ou menor mobilização. Pressupõe uma relação afetiva e essa é que determina a grandeza de um clube ou de uma SAD. Se o Sporting não jogar bem ou tiver umas camisolas ou uns barretes mais foleiros não leva ninguém a mudar para o Benfica.
Esta relação afetiva necessita de ser permanente alimentada. Sem grandes resultados desportivos no futebol, por um lado, e desinvestindo nas modalidades, não construindo um pavilhão e passando os treinos para Alcochete, por outro, esta relação tendeu a esbater-se e a quebrar-se. Foi a perceção que essa relação afetiva se iria retomar que levou o Bruno de Carvalho à Presidência do Sporting. O Bruno era um dos nossos, era um adepto que queria, como qualquer outro, resgatar o clube e trazer as vitórias e os títulos de volta.
Bruno de Carvalho pode ter vários defeitos, mas a falta de sagacidade não é um deles. Percebeu que a sua legitimidade estava dependente dessa relação afetiva. Construiu o Pavilhão João Rocha, apostou nas modalidades para ganhar e procurou construir uma equipa de futebol também ganhadora. Ao mesmo tempo, abriu todas as frentes externas necessárias para condicionar poderes instituídos e abrir espaço às vitórias. A relação afetiva alimenta-se de proximidade, de vitórias e do combate a inimigos, existentes e/ou convenientes.
Nos últimos tempos, o grande problema dele passou a ser ele, isto é, a sua incapacidade para estar calado sobretudo quando existem problemas internos. A reação à vitória no fim-de-semana foi esclarecedora: “Quem não conquistar vitórias, não está cá a fazer nada!”. Na negra, contra o Benfica, estivemos a um pelinho de perder. Há muito mérito dos jogadores e da equipa no seu conjunto, mas também houve sorte, muita sorte nos dois últimos pontos, quando estávamos a ficar por baixo do jogo. E se tivéssemos perdido, a proclamação seria a mesma? O Miguel Maia não estava no Sporting a fazer nada?
É nestas alturas, nas derrotas, que o Bruno de Carvalho revela o seu pior. Transforma-se no adepto mais doente. Basta dar uma vista de olhos pelas redes sociais para se perceber o que os adeptos iam dizendo da equipa e dos jogadores quendo estávamos a perder. A maior parte deles está de tal maneira intoxicada pela propaganda que acredita mesmo que os jogadores do Benfica se limitam a receber “vouchers” para comer à borla no Museu da Cerveja e que os nossos vêm todos com ordenado de administrador da GALP ou da EDP.
Quando se ganha é fácil. Quando se perde é que tudo se torna mais difícil. Por isso é que prefiro ver os dirigentes nas derrotas a vê-los nas vitórias. As vitórias são para os jogadores e para os adeptos. As derrotas é que são para aqueles que serem ser líderes. Esses esperam pouco do presente, esperam é que o futuro lhes dê razão, quando se fizer o balanço das derrotas e das vitórias e se perceber que muitas derrotas foram o início das vitórias e vice-versa.
(Este "post" é dedicado ao meu amigo Júlio Pereira, que faz hoje anos - pensei que nunca mais lá chegavas!-, tão grande como os maiores sportinguistas de sempre e um brunista crítico quando é preciso)
O grande problema da dinastia Roquette foi o de nunca perceber que um clube não é uma empresa e o facto de se transformar numa SAD não altera o essencial, passando a ser uma empresa com características especiais. O valor de um clube ou de uma SAD depende do número de sócios e adeptos e da sua maior ou menor mobilização. Pressupõe uma relação afetiva e essa é que determina a grandeza de um clube ou de uma SAD. Se o Sporting não jogar bem ou tiver umas camisolas ou uns barretes mais foleiros não leva ninguém a mudar para o Benfica.
Esta relação afetiva necessita de ser permanente alimentada. Sem grandes resultados desportivos no futebol, por um lado, e desinvestindo nas modalidades, não construindo um pavilhão e passando os treinos para Alcochete, por outro, esta relação tendeu a esbater-se e a quebrar-se. Foi a perceção que essa relação afetiva se iria retomar que levou o Bruno de Carvalho à Presidência do Sporting. O Bruno era um dos nossos, era um adepto que queria, como qualquer outro, resgatar o clube e trazer as vitórias e os títulos de volta.
Bruno de Carvalho pode ter vários defeitos, mas a falta de sagacidade não é um deles. Percebeu que a sua legitimidade estava dependente dessa relação afetiva. Construiu o Pavilhão João Rocha, apostou nas modalidades para ganhar e procurou construir uma equipa de futebol também ganhadora. Ao mesmo tempo, abriu todas as frentes externas necessárias para condicionar poderes instituídos e abrir espaço às vitórias. A relação afetiva alimenta-se de proximidade, de vitórias e do combate a inimigos, existentes e/ou convenientes.
Nos últimos tempos, o grande problema dele passou a ser ele, isto é, a sua incapacidade para estar calado sobretudo quando existem problemas internos. A reação à vitória no fim-de-semana foi esclarecedora: “Quem não conquistar vitórias, não está cá a fazer nada!”. Na negra, contra o Benfica, estivemos a um pelinho de perder. Há muito mérito dos jogadores e da equipa no seu conjunto, mas também houve sorte, muita sorte nos dois últimos pontos, quando estávamos a ficar por baixo do jogo. E se tivéssemos perdido, a proclamação seria a mesma? O Miguel Maia não estava no Sporting a fazer nada?
É nestas alturas, nas derrotas, que o Bruno de Carvalho revela o seu pior. Transforma-se no adepto mais doente. Basta dar uma vista de olhos pelas redes sociais para se perceber o que os adeptos iam dizendo da equipa e dos jogadores quendo estávamos a perder. A maior parte deles está de tal maneira intoxicada pela propaganda que acredita mesmo que os jogadores do Benfica se limitam a receber “vouchers” para comer à borla no Museu da Cerveja e que os nossos vêm todos com ordenado de administrador da GALP ou da EDP.
Quando se ganha é fácil. Quando se perde é que tudo se torna mais difícil. Por isso é que prefiro ver os dirigentes nas derrotas a vê-los nas vitórias. As vitórias são para os jogadores e para os adeptos. As derrotas é que são para aqueles que serem ser líderes. Esses esperam pouco do presente, esperam é que o futuro lhes dê razão, quando se fizer o balanço das derrotas e das vitórias e se perceber que muitas derrotas foram o início das vitórias e vice-versa.
(Este "post" é dedicado ao meu amigo Júlio Pereira, que faz hoje anos - pensei que nunca mais lá chegavas!-, tão grande como os maiores sportinguistas de sempre e um brunista crítico quando é preciso)
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
20:00
28
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
quarta-feira, 2 de maio de 2018
Amadores
Quando falamos com amigos de
clubes (supostamente grandes) rivais, percebemos a sua indiferença (e
desconhecimento) sobre as modalidades (ditas) amadoras, que de amadoras já
apenas sustentam o nome. Salvo raras exceções, ou em situações muito
particulares (por vezes isso acontece no futsal), ou nas denominadas “polémicas”
dinamizadas pela TV, simplesmente são adeptos de uma equipa de futebol.
Ontem, no trabalho, senti
perfeitamente isso na pele. Três a quatro vezes tentei uma abordagem ao jogo de voleibol (eu seguia-o através de SMS´s de um amigo), abordagem essa que, ou era
recebida como se de uma disputa alienígena se tratasse, ora confundida com o
pano de fundo clubístico habitual, sustentado em polémicas, tricas, e
desinformação informada. Em suma: o futebol.
Se olharmos bem, e eu lá vou
tentando olhar, isso permite-nos tentar entender uma série de coisas. Nas
modalidades acima referidas, existindo investimento, e agora com o pavilhão
João Rocha, as nossas equipas lutam até ao fim e até ganham. O ano passado isso
aconteceu no andebol e futsal; este ano já fomos campeões no voleibol (e logo
no primeiro ano), estamos bem encaminhados no andebol e futsal e
(surpreendentemente até) em todas as frentes no hóquei em patins. Isto
relativamente a modalidades coletivas.
A pergunta que não para de ganhar
forma na minha cabeça é daquelas perguntas para um milhão de euros.
Independentemente do investimento (sempre discutível) na equipa de futebol, da
onda verde, este ano em casa sempre acima de 40 000 espectadores, da
asneirada, ou mesmo do desporto sportinguista de tiros no pé, pergunta-se:
porque é que nunca conseguimos molhar a sopa? No final, com toupeiras ou ratos,
com polvos azulados ou apitos, ganham sempre os mesmos. Parece que a conclusão
andará próxima da biologia evolutiva. A inexistência de um polvo verde, ou
roedor esverdeado, parece (dizem os cientistas) estar directamente relacionado
com o assunto. Mas não há provas. Ou então, somos todos mesmo amadores.
Publicada por
Gabriel Pedro
à(s)
18:19
18
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
terça-feira, 1 de maio de 2018
Dia D
O dia começou pela ordem certa. Parabéns do meu banco, seguidos da Mike Davis, da Sephora, da Lion of Porches e da Caetano Retail. A Bertrand não quis faltar à festa e ofereceu-me um “voucher” de cinco euros em compras superiores a vinte e cinco euros nos próximos trinta dias. Esperava mais consideração da EDP e da NOS pelos clientes, mas os “vouchers” não são para todos e só nos ligam quando é para lhes pagar.
A família não faltou também. Primeiro a mulher, depois a filha e, por fim, a mãe, a irmã e o sobrinho. Os amigos vieram depois a conta-gotas. A meio da tarde ainda faltavam muitos, esperava eu. Esperava mais, mas esperava sobretudo a prenda que o Hugo e o Afonso me tinham prometido.
Fui dar uma volta à cidade. Retardei o regresso até mais não puder e não demonstrado que estava nervoso. Estive a aboborar numa esplanada enquanto bebericava um café e comia uma tíbia. Vi as montras todas que havia para ver. Hesitei vezes sem conta na compra de uns calções e de uma camisola às riscas para passar o tempo. O tempo não passava e não encontrava mais razões para adiar o regresso a casa.
Regressei no final do terceiro “set”. Perdemo-lo e fiquei com a sensação que íamos passar à história. Mas animada pelo jovem João Simões, a velharia não queria dar o braço a torcer, ganhando o quarto “set”. Deixei de ir espreitando o jogo e o resultado. Os nervos eram muitos e procurei ler um policial enquanto via pelo canto do olho o Velocidade Furiosa 7, filme que recomendo quando se está com elevados níveis de ansiedade. Sem me conseguir concentrar em nada, fui à Tasca do Cherba ver como paravam as modas: estava 13-13. Fui para a varanda fumar cinco cigarros seguidos.
De repente, as mensagens começaram a cair furiosamente no telemóvel. Voltei à Tasca do Cherba e regressei à sala para ver a Sporting TV. O Hugo e o Afonso tinham cumprido o prometido. Vi o último “set” enquanto respondia às mensagens. Os parabéns misturavam-se com o voleibol, de sportinguistas, benfiquistas e portistas. Não tenho dúvidas que eles ajudaram a bola a trepar a rede e a passar para o outro lado nos dois últimos serviços do americano Muagututia. Os amigos são assim, estão presentes nestes momentos em que não pudemos contar com mais ninguém para fazer o que é preciso para sermos felizes. Agradeci a todos enviando-lhes o vídeo do último ponto que saquei no Artista do Dia.
São eles e o Hugo e o Afonso. Não o disse na altura, mas digo-o agora: “O Hugo e o Afonso ganharam! O Sporting é campeão!”
A família não faltou também. Primeiro a mulher, depois a filha e, por fim, a mãe, a irmã e o sobrinho. Os amigos vieram depois a conta-gotas. A meio da tarde ainda faltavam muitos, esperava eu. Esperava mais, mas esperava sobretudo a prenda que o Hugo e o Afonso me tinham prometido.
Fui dar uma volta à cidade. Retardei o regresso até mais não puder e não demonstrado que estava nervoso. Estive a aboborar numa esplanada enquanto bebericava um café e comia uma tíbia. Vi as montras todas que havia para ver. Hesitei vezes sem conta na compra de uns calções e de uma camisola às riscas para passar o tempo. O tempo não passava e não encontrava mais razões para adiar o regresso a casa.
Regressei no final do terceiro “set”. Perdemo-lo e fiquei com a sensação que íamos passar à história. Mas animada pelo jovem João Simões, a velharia não queria dar o braço a torcer, ganhando o quarto “set”. Deixei de ir espreitando o jogo e o resultado. Os nervos eram muitos e procurei ler um policial enquanto via pelo canto do olho o Velocidade Furiosa 7, filme que recomendo quando se está com elevados níveis de ansiedade. Sem me conseguir concentrar em nada, fui à Tasca do Cherba ver como paravam as modas: estava 13-13. Fui para a varanda fumar cinco cigarros seguidos.
De repente, as mensagens começaram a cair furiosamente no telemóvel. Voltei à Tasca do Cherba e regressei à sala para ver a Sporting TV. O Hugo e o Afonso tinham cumprido o prometido. Vi o último “set” enquanto respondia às mensagens. Os parabéns misturavam-se com o voleibol, de sportinguistas, benfiquistas e portistas. Não tenho dúvidas que eles ajudaram a bola a trepar a rede e a passar para o outro lado nos dois últimos serviços do americano Muagututia. Os amigos são assim, estão presentes nestes momentos em que não pudemos contar com mais ninguém para fazer o que é preciso para sermos felizes. Agradeci a todos enviando-lhes o vídeo do último ponto que saquei no Artista do Dia.
São eles e o Hugo e o Afonso. Não o disse na altura, mas digo-o agora: “O Hugo e o Afonso ganharam! O Sporting é campeão!”
Publicada por
Rui Monteiro
à(s)
23:21
10
Comentários
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Subscrever:
Mensagens (Atom)