A (des)organização da meia-final da taça Lucílio Batista, rebaptizada
de CTT fez jus ao seu nome: uma bela merda. Desculpem-me a sinceridade linguística.
Alterações à circulação pedonal
(pasme-se) através do Bairro da Misericórdia, supostamente existe por ali uma
casinha da claque feminina (?) do Braga, obrigou a malta a uma volta razoável e
a algum corta mato. Chegados à entrada exterior do recinto, filas intermináveis
de Sportinguistas, mas lá conseguimos entrar. Depois foi pior, com bilhete para
entrar na porta 9 ou 19, ambas se encontravam fechadas. Fizeram-se algumas
perguntas. A resposta era a porta 15 para toda a gente. Como é possível só uma
entrada? O mais caricato é que era só fogo-de-vista. A malta se quisesse
entrava de bazuca e lança granadas (do outro lado a claque do porto fez algumas
demonstrações pirotécnicas do mais fino quilate). Entrados, lá subimos as
escadas mas não nos deixaram ir para o piso superior (estava cheio?), parece
que os bilhetes eram daqueles das camionetas antigas, cada um sentava-se onde
queria e podia. Lá descemos 50 lanços de escadas e entramos finalmente a um
minuto do início do jogo. Outras centenas (milhares) não tiveram essa sorte e
foram entrando às pinguinhas, ficando muitos deles no início da bancada junto
ao relvado, obrigando assim todos os outros a levantarem-se.
Começa o jogo. Rapidamente percebi o porquê de se dizer por
aí que o Porto é uma equipa intensa: chaga a ser gratificante ver a forma
desinibida como distribuem pau, lenha da antiga, com o beneplácito do homem do
apito, fazendo jus à memória das arbitragens de Lucílio baptista. O homem do
apito, aliás, sofreu durante o jogo praticamente todo de miopia daltónica,
entremeada com verdadeiras alucinações, isto é, não via coisas consoante a cor
das camisolas dos intervenientes, e via (imaginava) coisas consoante a cor da
camisola dos intervenientes.
Por outro lado,
rapidamente se percebeu que havia jogadores a menos do lado do Sporting: o
Gelson teve que pedir (desde o início do jogo que se via isso) pelas alminhas
para sair, e foi preciso atirar-se para o chão aos gritos para o conseguir. O Acuna
parecia que ia explodir a qualquer momento, e fiquei com a sensação que bastava
tapar-lhe boca por segundos para irmos todos pelos ares. Não sei porquê mas o
Rúben Ribeiro dá a sensação de andar por ali perdido, não fosse o cabelo
amarelo e dificilmente tínhamos dado por ele. O William, por seu lado, arrasta
a sua lentidão com a classe que lhe reconhecemos, não esteve mal na primeira
parte, muitas vezes como verdadeiro libero. Grande jogo do Coentrão e do Mathieu.
Do jogo não rezará a história. O Rui já disse tudo. Se
aquela que foi à trave tem entrado, tinha conseguido beber a primeira cerveja
mais cedo. A saída foi outro filme dos antigos. Primeiro esperar que os meninos
do Porto saíssem, por motivos de segurança, disseram, sem se rir. Lá subimos 10
andares, mais uma voltinha ao parque da pedreira para nos encontramos todos,
Sportinguistas e Portistas na primeira curva da estrada. Sem polícia por perto.
Correu bem. Agora é erguer o caneco no sábado. Aposto que o Gelson vai jogar.
Caro Gabriel,
ResponderEliminarNeste momento, dava tudo por uma selfie com o Coentrão. Sempre adorei as Caxinas. É um sítio magnífico para se ler um livro no Verão. Os caxineiros são uma gente magnífica. O Coentrão ainda consegue ser o melhor deles.
SL
Caro Rui,
EliminarO Coentrão dá gosto. A forma como os adeptos do porto o saudaram na 2ª parte prova a sua classe. Mesmo coxo é menino para se fazer ao mar...
SL