quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Quase, quase!...

Primeira vitória: não perdemos com a Juventus. Segunda vitória: a Juventus não nos ganhou. Estivemos quase a não perder os jogos com o Real Madrid, o Borussia de Dortmund, o Barcelona e a Juventus. Desta vez, novamente com a Juventus, estivemos quase a ganhar o jogo. Não foi quase, foi quase, quase!... Parafraseando George Orwell, os quase são todos iguais mas há uns mais iguais do que outros.

Só vi a última meia hora de jogo e, por isso, não posso dizer muita coisa. Quando comecei a ver, a Juventus estava a pressionar que não era brincadeira e o árbitro ainda mais, com uma pressão altíssima (começou logo com um cartão amarelo ao Bas Dost de ir às lágrimas). Mas quem estava a pressionar ainda mais era o comentador da SporTv. A ansiedade era muita, a vontade ainda mais, foi pena os jogadores da Juventus não ouvirem, tão embrenhados estavam no jogo, e não seguirem as suas instruções. É uma situação a rever na próxima oportunidade, para que não se corra o risco de ganharmos o jogo.

Vi pouco e pouco me foi dado rever. Dizia-se que a defesa estava remendada, mas, pelo que me foi dado observar, pareceu-me nova em folha. Não foi pela defesa que sofremos o golo. Foi culpa única e exclusiva da Juventus e dos seus jogadores. Começa tudo numa viragem de flanco muito longa para um jogador ganhar de cabeça e passar para o meio, onde apareceu outro a atrasar de primeira para Cuadrado, que ficou com todo o espaço e tempo para decidir como entendesse, avançando, rematando ou passando, o Ristovski baixou da linha de fora-de-jogo para marcar por dentro e cobrir uma desmarcação e, embora tenha recuperado rapidamente, colocou em jogo o Higuaín, que se tinha desmarcado nas costas do André Pinto, para transformar o difícil naquilo que até parece fácil nos pés e na cabeça dele. Foi sem espinhas: limpinho, limpinho!...

Do que li, vi e revi, retiro duas ou três conclusões. Pode ser que o Jorge Jesus tenham percebido o que qualquer pessoa bem-intencionada percebe: todos têm direito a uma segunda oportunidade na vida, quanto mais para jogar na sua equipa. Nestes jogos temos saudades do Slimani. Tinha infernizado a cabeça aqueles defesas na parte em que estávamos mais à rasca, bastando para tal deixá-lo correr como um maluco atrás da bola depois de qualquer biqueirada para a frente. Depois chegava sempre a tempo nas entradas de carrinho. O Bas Dost não dá a mesma profundidade e quer marcar golos de carrinho em grande estilo e falha sempre por uma unha negra. Daqui a dez anos, Rui Patrício, ao olhar para o outro lado do campo noutro jogo contra a Juventus, verá o Buffon a defender como se de um muro se tratasse uma cabeçada à queima do Bas Dost e perguntar-se-á: “como é possível ter ficado à frente dele no ranking para melhor do Mundo?”

4 comentários:

  1. É nestes jogos que eu tenho saudades do Téo. Aquela bola que o Dost falhou por uma negra, tinha vindo ter com o Téo onde quer que ele estivesse.

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    1. Meu caro,

      Aquela era mais à Slimani. Com o Teo eram necessários pelo menos dois ressaltos.

      SL

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  2. Só uma correcção... é o Gelson quem coloca o Higuain em jogo.

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    1. Meu caro,

      Tem razão. Estive a ver o lance, o Ristovski baixa e o Gelson também, mas parece que é Gelson que fica atrás.

      SL

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