domingo, 3 de janeiro de 2016

Segurem o Lopetegui!

Há um mito urbano sobre a capacidade do Porto e, em particular, do Pinto da Costa para nos endrominar. Temos que lhes agradecer a contratação do Ghilas ao Moreirense, envolvendo 3,6 milhões de euros por 50% do passe. Se assim não fosse, hoje talvez estivesse no Sporting e não teríamos que contratar o Slimani por trezentos mil euros.

O Lopetegui surpreendeu-nos. Não jogou o Marcano. As nossas fichas estavam todas nele. Meteu o Martins Indi. Não chegou. O Slimani não estava para brincadeiras. Foram dois golos e devia ter sido mais um. Teve tempo a mais para preparar o cabeceamento. Teve tanto tempo que acabou por enviar a bola à barra.

A primeira parte não foi famosa. O golo surgiu finalmente de uma bola parada. O Porto esteve melhor. Cada bola no lado direito do ataque era um autêntico susto. O Jéfferson não defende mal. Simplesmente parece que não vê bem. Ou não vai à bola quando devia ou vai quando devia estar quieto. A conclusão é sempre a mesma: o extremo passa seja de que maneira for.

Esperava-se o pior na segunda parte. Não parecia possível que os laterais conseguissem parar o Brahimi e o Corona. O árbitro começou com uma pressão alta. Passada essa pressão, o Sporting não deu mais hipóteses nenhumas. O Jorge Jesus não deixou.

O Naldo esteve intransponível. Valeu por ele, pelo Paulo Oliveira e pelo Jéfferson. O João Mário fez um grande jogo, a atacar e, sobretudo, a defender. O João Pereira está-lhe agradecido seguramente. O Adrien esteve acima das suas possibilidades. Ninguém me convence que ele é capaz de fazer dois bons remates de fora da área num só jogo. O Bryan Ruiz é um fenómeno. O segundo golo é espantoso. Recebe a bola e avança, parece que a vai passar, para, torna outra vez a avançar, olha para um lado e passa a bola para o outro a isolar o Slimani. Já se disse tudo o que havia a dizer sobre o Slimani. Dois golos à ponta-de-lança num jogo decisivo.

Estou completamente de acordo com o Jorge Jesus. Digo-o com a mesma convicção dele. O Porto esteve muito forte: grande controlo de jogo, excelente posse de bola, bom trabalho tático. Em resumo, o Porto esteve muito bem. Eu gostei.

8 comentários:

  1. Caro Rui,

    O puerto teve uma oportunidade de golo na primeira parte, aquela na cara do Rui Patrício. O Aboubakar pagou cara a ousadia sendo retirado do jogo. Na verdade o puerto não difere assim tanto do União da Madeira na estratégia de jogar sem balizas, chamando-lhe eufemisticamente de tiki-taka com molho de francesinha. O plano continua: apenas não marcamos mais um ou dois para que o lopetegui continue na fruteira...

    um bom ano

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    1. Caro Gabriel,

      Gosto do "tiki-taka com molho de francesinha. O Porto é isso. Desta vez o Sporting não permitiu que isso fosse.

      Bom ano para si, isto é, um ano com o Lopetegui e o Rui Vitória e com menos APAF.

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  2. Também gostei muito:) E gostei ainda mais do Sporting e do resultado final! SL

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  3. Grande jogo do Sporting Clube de Portugal. Quem ganhou o jogo foi a equipa do Sporting não foi o Porto que perdeu!!! É que ganhamos dando banhos de bola a lampiões e andrades, e depois parece que a equipa do Sporting não ganhou os jogos pois, a derrota é sempre atribuída a erros de RV ou Lopetegui??!!Isto é injusto para a equipa e para o Clube - e é a abordagem que lampiões e andrades querem - e por isso os sportinguistas não devem ir por aí. SL

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    1. Meu caro,

      O Sporting fez um excelente jogo. O Porto foi um excelente adversário, sobretudo na primeira parte.

      SL

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  4. Caro Rui,

    Também gostei muito do Porto. Gostei ainda mais do Sporting. Gostei tanto do Adrien que ainda nem acredito. E também gostei muito desta deliciosa recordação do Ghilas e de como devemos estar agradecidos ao Pinto da Costa.

    SL

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    1. Caro João,

      A do Ghilas é do me amigo Júlio Pereira que tem uma memória de elefante.

      O Porto, contrariamente ao que para aí se diz, não fez um mau jogo. Na primeira parte foi superior. Tem duas oportunidades flagrantes de golo. O Sporting foi mais eficaz.

      Ao intervalo estava convencido que se as coisas continuassem assim não seríamos capazes de ganhar o jogo. Felizmente, na segunda parte, o jogo mudou, sobretudo após os 60 minutos aproximadamente. Não só não permitimos que o Porto fizesse um remate à nossa baliza como criámos várias oportunidades de golo.

      SL

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