Ontem, só vi a primeira parte do jogo. Depois da prenda de Natal do Boeck desisti, temendo o pior. Não levo muito a sério a Taça Lucílio Baptista. No entanto, depois de duas derrotas e na véspera do jogo contra o Porto, o pior que nos podia acontecer seria ensarilharmo-nos com o Paço de Ferreira. Fiz mal. Devia ter continuado a ver o jogo. A primeira parte tinha sido boa. A segunda ainda foi melhor.
Os golos deviam ser repetidos vezes sem conta aos jogadores do Sporting. É assim que o Jorge Jesus lhes ensina. É assim que devem fazer sempre. As jogadas são autênticos clássicos da arte de marcar golos a toda a sela.
No primeiro, lançamento de linha lateral, a esticar o jogo para a frente, domínio de bola do avançado sob pressão, passe para o lateral e centro, não para a molhada, mas para o sítio onde estava o único jogador do Sporting dentro da área, atraso de cabeça para a entrada da área e remate rasteiro e colocado junto ao poste. Assim até parece fácil.
No segundo, passe em profundidade para aproveitar a embalagem do lateral, domínio da bola e passe atrasado para a encostar lá para dentro. É para repetir mais vezes.
No terceiro foi tudo mais complicado. Não basta planear e treinar bem. A qualidade dos jogadores fez toda a diferença. O passe do Matheus é excelente, a desmarcação do Ruiz é melhor ainda. A conclusão é uma delícia. Espero que o André Martins tenha aproveitado para aprender alguma coisa. Um avançado não se assusta com o guarda-redes ou com os defesas; sobretudo não desperdiça um passe como o do Matheus.
Ganhámos bem a jogar bem também. Tivemos um infortúnio e fomos capazes de dar a volta ao resultado. Quebrámos um ciclo de duas derrotas. Descansámos uns tantos e demos ritmo de jogo a outros tantos. A equipa só pode ter ficado mais moralizada. É que ninguém tenha dúvidas, este jogo só terá qualquer interesse se nos der o ânimo necessário para um bom resultado contra o Porto. Esse jogo é que interessa.
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