O futebol português nunca pára de nos surpreender. Há jogos em Aveiro e em Arouca, conforma a vontade do freguês. A isto estávamos habituados. Um treinador entrar dentro de campo para agredir um jogador adversário é que ainda não tínhamos visto. O Sporting foi o principal prejudicado. Ficou a jogar com dez, com a resposta do Naldo à agressão. Está encontrada uma nova forma de indrominar os resultados dos jogos.
Mas esse momento gerou uma dúvida insanável na cabeça dos rapazes de Arouca: estando a jogar contra dez, continuamos a defender e a perder tempo como pudermos e como nos pediram ou comportamo-nos como uma equipa de futebol? Esse momento de dúvida foi fatal. O Ruiz teve tempo e espaço para lançar a bola para o Montero, que, mais uma vez, tentou marcar em estilo. Valeu-nos o Slimani que, aos noventa minutos, ainda é que capaz de fazer um “sprint” marado à procura de uma oportunidade que nem sequer sabia se a ia ter. Às três tabelas a bola chegou-lhe e fez o que costuma fazer com toda a simplicidade do mundo: empurrou-a lá para dentro sem tentar um domínio impossível, uma finta desnecessária ou um remate artístico.
O jogo foi mais do mesmo. O Sporting sempre controlar e, a pouco e pouco, a asfixiar o adversário. Só que a falta de jeito no ataque não ajuda. Nos últimos trinta minutos o Arouca estava encostado às cordas. Aparentemente, era só esperar pelo inevitável. Só que, por isto ou por aquilo, o inevitável não acontecia.
O ataque é o Slimani. Está em todo lado ao mesmo tempo. Recua para os apoios frontais. Desmarca-se para as laterias, para fugir às marcações dos centrais e para os arrastar. Arranca para a área depois de tabelar com os colegas à espera que a bola lhe chegue. Só que não há mais ninguém. Não há ninguém que remate de fora da área, que ataque os espaços deixados livres na área, que vá para a a baliza com fogo nos olhos e nas botas.
Estava a acabar de escrever um texto no meu blog e leio este com muitos pontos em comum (e ainda bem!):
ResponderEliminar- também acho que o Arouca pensou que, após a expulsão, tinha de ganhar o jogo; entraram em curto-circuito e foi-lhes fatal;
- os nossos 3 avançados, quando querem (e é muitas vezes), juntos, não fazem 1; e é aqui que estamos muito distantes dos nossos rivais;
Incrível a atitude do Lito. Consegue colocar o Sporting a jogar com 10 e tira o Naldo do jogo com Benfica (Oliveira e Tobias, contra Jonas e Mitroglou...)
um grande abraço
Meu caro,
EliminarEstamos quase de acordo. Considero o Slimani um bom avançado. Já leva sete golos no campeonato com a equipa a jogar um futebol miserável.
Precisamos de jogadores para o ataque. Perdemos os nossos dois principais desequilibradores da época passada: o Nani e o Carrillo. Em contrapartida contratámos dois pernetas: o Téo e o Ruiz. O Téo é definitivamente um caso perdido.
Um abraço
Amigo Rui,
EliminarNão o conheço, mas pelo seu bom espirito e pela maneira divertida como escreve, acredito que seja um com companheiro de copos.
Dito isto, não posso estar mais em desacordo relativamente á qualificação do avançado titular da Colombia, como perneta (sentando Jackson ou Bacca).
Assim, desafio o camarada, a pagar um copo de um bom tinto, por cada golo, acima da dezena, que o experiente argentino vier a marcar esta temporada!
Aposta a cobrar na final da Taça de Portugal, em pleno Jamor ;-)
Abraço e um bom haja
Caro Rui,
ResponderEliminarEstávamos à espera de "futebol a sério", tivemos apenas o "a sério". Futebol foi muito pouco. Ainda assim deu para perceber que só o "a sério" já é um espectáculo muito melhor que "futebol a brincar". Pelo menos teve emoção e pancada até ao fim.
Para a história fica o resultado e mais um viva ao Slimani, o nosso herói da lama.
SL,
Meu caro,
EliminarAinda bem que o poupámos. De outra forma, não sei quem é que teria força para aos 90 minutos fazer aquela corrida e marcar um golo que, à primeira vista, até parece fácil.
Um abraço