terça-feira, 17 de novembro de 2015

Mais metadona

Sem futebol, restam-nos as aquisições para não começarmos a ressacar. Desta vez, vieram aos pares. Vieram o Bruno César e o Marvin Zeeglaar.

Não faço a mais pálida ideia de quem seja este Marvin Zeeglaar. A sua aquisição só tem uma justificação. Definitivamente, o Jonathan Silva foi uma contratação fracassada. O rapaz não é mau a atacar. Centra bem. O problema é que defende mal e recupera pior. Ao fim de meia hora já não pode com uma gata pelo rabo. Na América do Sul, onde o futebol se joga parado e a passo, talvez sirva. Na Europa, onde o futebol se joga a correr, não serve.

Tenho “mixed feelings” relativamente ao Bruno César. Precisamos de alguém que desequilibre no ataque. Que seja mais vertical e vá para a baliza e para o golo sem medo. Que faça os defesas hesitar, sem saberem se devem sair ao jogador ou não. Tem vários senãos. Não é mau, mas também não é um titular indiscutível. É a atirar para o gordo, sem ser um Taarabt. Não é velho, mas não vai para novo. Pode progredir, embora tenha idade suficiente para ter progredido o que tinha para progredir. Não parece caro, apesar de se encontrar mais barato na formação. Enfim, não é carne nem peixe.

2 comentários:

  1. É mais um "tiro nos pés" de todo o trabalho e investimento feito na Academia de Alcochete... esses são dois jogadores bem conhecidos do futebol português, e todos sabemos que não têm nada a mais do que os nossos jovens formados na nossa casa. Bem, a mais de certeza que têm o ordenado. Vai ser muito, mas mesmo muito difícil motivar as camadas jovens daqui para a frente...

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    1. Meu caro,

      Estou parcialmente de acordo consigo. Há uma incompatibilidade entre uma perspectiva de médio prazo e uma perspectiva de curto prazo.

      O Sporting quer ganhar a toda a força campeonato este ano. Para isso, faltam-lhe jogadores no ataque que façam a diferença em certos jogos. Sobretudo jogadores mais assertivos e agressivos. O Matrheus Pereira e o Gélson Martins são excelentes jogadores. Mas, nesta altura, não resolvem este problema.

      O problema é que se não apostamos neles, então não só não resolvem este ano como não resolvem nunca. Esta é a incompatibilidade. Havendo dois objectivos aparentemente incompatíveis, está lá um presidente para decidir por qual deles opta.

      SL

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