sábado, 31 de dezembro de 2011

Prémios “Insustentáveis 2011”: And The Winner is…


Nesta Edição de 2011 dos Prémios “Insustentáveis”, voltamos a distinguir aqueles que, como dizia o Poeta, por obras ruinosas, se vão da lei do corte libertando (ou lá o que é...).


Nos termos do Memorando de Entendimento assinado entre os autores deste blogue e a Troika, este Prémio terá que assumir este ano uma natureza predominantemente simbólica. Na ausência de crédito para adquirir o chapéu à Treinador do Paços de Ferreira (como no ano passado), ficamo-nos, então, pela oferta do CD “Psycho Chicken” dos velhinhos Fools, com uma dedicatória especial adaptada do genial Millôr Fernandes.

Nesta singela, mas sentida homenagem, vamos, agora sim, à lista dos dez premiados 2011 e às respectivas dedicatórias:

Prémio “Herói 2011” – Fernando Gomes - “É uma espécie de São Jorge que, anunciando que pretende salvar a donzela, acaba sempre casando com o dragão”.

Prémio “Comentador Futebolístico 2011” – Luís Freitas Lobo – “Ele andava para trás e para a frente, para a frente e para trás, equilibrando-se perigosamente numa pequena ideia, fazendo a você uma pergunta, respondendo ele mesmo e logo começando a provar que você está redondamente enganado”.

Prémio “Vendedor do Ano 2011” – Rui Santos - “Se você falar uma hora extra com um vendedor de carros em segunda mão acabará convencido de que o automóvel é uma coisa que melhora com o uso. E basta ele continuar a gritar os mesmos pregões saloios horas a fio para as pessoas começarem a pensar: "E quem sabe se, no fundo, ele não tem razão?"

Prémio “Imprensa Desportiva 2011” – “A Bola” & “Record”, ex aequo – “O futebol é o ópio o povo e o narcotráfico dos media - metade das mentiras que os jornais desportivos publicam não são verdade”.

Prémio “Magistratura 2011” – Tribunal "O Jogo" - “E quando, depois do roubo, os ladrões chegaram a casa, um deles disse: - Bem vamos apurar quanto conseguimos neste assalto. Mas um outro respondeu: Vamos dormir que estou muito cansado. Amanhã de manhã a rapaziada do Tribunal "O Jogo" dirá quanto apuramos”.

Prémio “Justiça Cega 2011” – APAF - “Roubavam sim, mas só em legítima defesa. E ficavam profundamente indignados com as tentativas de suborno. Pensavam que valiam muito mais”.

Prémio “Excelência 2011” – Hélder Postiga – “Uma coisa temos que reconhecer – ele faz o pior o melhor que pode”.

Prémio “Erudição 2011” – Rui Oliveira e Costa - “Erudito é um sujeito que tem mais cultura do que cabe nele. Em geral as pessoas que se perdem em pensamentos é porque não conhecem muito bem esse território. Por vezes, sentem-se tão grávidas de ideias que só lhes saem gémeas, as palavras: reco-reco, tati-bitati, ron-ronar, coré-coré, rema-rema, tintim por tintim, etc, etc”.

Prémio “Promessa 2011” – Vitor Pereira (o Treinador, pois claro) - “Quem nasce para to be or not to be nunca chega a ser. E quem não é não pode ser”.

Prémio “Eloquência 2011” – Jorge Jesus – “Um terror me sacode; estou perdido na terrível floresta da linguagem. Ignorando a estrada sintática vou tropeçando em anglicismos, latinismos, barbarismos e idiotismos de linguagem, quando ouço o silvar de vocábulos paragógicos. Caio no areal dos solecismos e sou mordido por vários anacolutos. A custo, afastando duas redundâncias e esmagando um horrendo pleonasmo, escorregando em sinistras hipérboles, agarro-me a um verbo auxiliar e a um complemento não essencial. Morto de exaustão, cercado por centenas de substantivos promíscuos, já desespero, quando percebo que cheguei a um lugar-comum”.

Boas Festas e votos para todos do melhor 2012 que se conseguir arranjar!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Em Janeiro e com pouco dinheiro

Em Janeiro, jogamos, no dia 2, com o Rio Ave para a Taça da Liga; no dia 7, com o Porto para o Campeonato; no dia 11 com o Nacional para a Taça de Portugal; e no dia 15 com o Braga para o Campeonato. O sucesso ou insucesso desta época joga-se nos próximos quinze dias. Se vierem reforços, sejam eles quais forem, vão contar muito pouco. Foi com os que estão que aqui chegámos. Vai ser com estes que vamos ter de ganhar os jogos que se seguem.

Nenhum destes jogos será a Batalha de Agincourt. O Domingos não é o Henrique V. Não sou, definitivamente, Shakespeare. Mas apetece-me dizer que “aqueles que ganharem estes jogos e chegarem à velhice, no final de cada ano, convidarão os seus amigos e lhes dirão: “amanhã começa um novo ano”. E então, arregaçando as calças, ao mostrar-lhes as cicatrizes, dirão: “recebi estas cicatrizes no início do ano de 2012””.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O manhoso, o líder e o indiferente

Neste vídeo assiste-se a três pormenores muito interessantes. Ao ar seráfico do Soares Dias, enquanto ia permitindo que os jogadores do Marítimo procurassem destabilizar o marcador do penalty. À atitude do Schaars, procurando acabar com aquela brincadeira (aí o Soares Dias decidiu que era árbitro outra vez). Depois disto tudo, à forma impassível como o Wolfswinkel marca o penalty.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Deixem jogar o Carrillo

O resultado é enganador. As coisas foram difíceis. O Marítimo é uma boa equipa e jogou bem. As diferenças estiveram nos detalhes. Mas também é verdade que são os detalhes que fazem a diferença quando as equipa se equivalem.

Na primeira parte não estivemos muito bem. Talvez sirva de desculpa o facto de termos atacado para a parte do relvado em pior estado.

Na segunda parte as coisas começaram a mudar praticamente a partir do nada. Um cruzamento do Capel e, de repente, o Carrillo estava a cabecear para o golo. O Wolfswinkel encosta-se a um central na disputa de uma bola e este quando dá conta já ele se tinha virado e corria para a baliza (andámos anos a ver o Liedson fazer isto). Falta em desespero, penalty e expulsão. O Wolfswinkel resolveu complicar e rematou ao poste. Nova corrida, nova viagem. O Carrillo tenta meter o Rossio na Betesga e mete-o. Falta e novo penalty. Wolfswinkel redime-se e marca o segundo golo.

Parecia tudo acabado, mas o Marítimo não se queria dar por vencido. Oportunidades de um lado e do outro. Até que o Ínsua, farto daquilo tudo, remata fortíssimo contra a cabeça do guarda-redes e na recarga, como quem bebe uma mini e come um prato de tremoços, cabeceia para o terceiro golo. Até pareceu fácil.

O que é que se pode dizer mais? Quando tudo parece um sarilho, eis que aparece o Carrillo (inventei esta com a minha filha; agora não digam mal, vejam lá).

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Respeitar os adversários

Há muito tempo que não cumpria o ritual de ir ao Flávio ler a “Bola”. Ontem, por momentos, recuperei-o. Li o jornal na diagonal, como merece ser lido qualquer jornal desportivo, antes de ser utilizado para embrulhar fanecas ou jaquinzinhos.

O Miguel Sousa Tavares diz lá umas coisas sobre o Sporting. Escreve a graça do costume sobre o Natal (nunca teve grande graça e à força de ser tão repetida, então, não tem graça nenhuma). Mas, sobretudo, afirma que o Sporting fez uma última meia-hora contra a Académica digna de um candidato ao título. Ora aí está uma coisa com a qual concordo.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Depois do jogo, os prognósticos

1. O Sporting depois de perder o Rinaudo tem revelado muito mais dificuldades. O Carriço até se tem portado melhor do que esperava. Só que, quando se quer pressionar mais à frente e circular a bola mais depressa, sabe a pouco.

2. Num primeiro momento, os adversários foram surpreendidas pelo jogo do Sporting. Estavam mal habituadas do passado e algumas deles até pensaram que podiam continuar a vir a Alvalade fazer umas flores. Depois, pouco a pouco, foram aprendendo. Sem o Rinaudo, basta ficar lá atrás e esperar.

3. O jogo do Sporting foi ficando mais estereotipado. As opções não são muitas e as mudanças tácticas não podem, por isso, ser muitas também. Anteontem, a saída do Capel e a colocação do Ínsua na frente resultaram. É preciso ir surpreendendo os adversários. De outra forma, há momentos do jogo em que estamos a chover no molhado.

4. Jogar em 4x3x3 não pressupõe que os extremos joguem pelas linhas exclusivamente. Pelo exemplo do Ínsua contra a Académica, pode ser que o Capel perceba que muitas vezes a forma mais eficaz de chegar ao golo é ir pelo caminho mais fácil, que é em linha recta para a baliza. De vez em quando, é preciso experimentar a colocação de mais um ponta-de-lança. Dependemos excessivamente do Wolfswinkel. Se fosse o Jardel, muito bem. Não sendo, é preciso ir pensando noutras alternativas tácticas, sobretudo quando os adversários se fecham lá atrás.

5. O penalty contra a Académica é por demais evidente. É evidente na televisão e no estádio. O árbitro não marcou e estamos habituados a isso. O típico árbitro português tem características muito singulares. Faz o que convém a quem mais convém. Quando passa a comentador de arbitragem não perde estas singularidades. Ontem no campo, hoje nos estúdios de rádio e televisão ou nos jornais. O ridículo mata quase sempre. Só não mata na arbitragem. Não só não mata, como degrada a percepção colectiva que temos da justiça.

domingo, 18 de dezembro de 2011

O regresso dos heróis

A primeira parte fez-me lembrar o passado, com o Wolfswinkel a fazer de Postiga e o Polga a fazer de Polga. Nestes jogos, em que o adversário defende muito atrás, jogar com um trinco como o Carriço é pura perda de tempo. Na segunda parte, com o Schaars mais recuado, a equipa jogou melhor.

Demorámos muito tempo a compreender que a defesa era o principal ponto fraco da Académica. Depois, o Domingos acertou em praticamente todas as opções que tomou. Só não acertou na baliza, porque não estava a jogar.

A substituição do Capel e a colocação do Ínsua a jogar mais por dentro foi uma ideia simplesmente genial (até o Evaldo fez um centro para golo). A intenção de colocar o Bojinov na zona central a vir mais de trás também foi boa. Só que não resultou tão bem. O homem parece um corpo estranho nesta equipa. O Carrillo fez o que se lhe pedia. Nem sempre bem, mas, quando acertou, fez a diferença: no golo e no lance em que o Onyewu falhou de baliza aberta.

Acabaram por nos gamar mais uma vez. Nada que se estranhe. Não só não se estranha como se entranha no subconsciente de todos. Hoje e amanhã não faltarão os comentadores de arbitragem a dizer que a falta sobre o Ínsua só se consegue ver na televisão. Estes árbitros são uns heróis. Não o são para todos. Mas para alguns são os verdadeiros heróis deste campeonato.

Perguntas de Fim de Semana: Depois das violentas críticas de Pinto da Costa a Duarte Gomes ficamos todos sentados à espera…

…Que Duarte Gomes se recuse a apitar mais jogos do Porto face às declarações hoje produzidas pelo seu Presidente (ou pelo menos que decida “pegar-se” com o... Rui Quinta durante o aquecimento do próximo jogo…)? 

…. Da solidariedade que os ex-heróis da APAF certamente manifestarão com Duarte Gomes, decidindo de imediato boicotar todos os jogos do Porto até Pinto da Costa pedir desculpa pelas suas declarações?
… Da missiva que o ex-Presidente da Liga e actual Presidente da Federação Fernando Gomes não deixará certamente de enviar aos dirigentes do futebol português, recordando-lhes o acordo por eles assinado no sentido de pôr fim às declarações dos dirigentes sobre os árbitros e as arbitragens antes e depois dos jogos?
... Das críticas violentas que o (jornalista) Bruno Prata fará corajosamente ao Porto e a Pinto da Costa por este tipo de declarações?
… De ter amanhã uma excelente arbitragem de um dos manos Costa em Coimbra?
… Da nomeação de um árbitro isento para o próximo Sporting – Porto?
… De assistir aos próximos actos da peça “Esperando por Godot” de Samuel Becket?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Whatever

As aulas de Quarta-feira ao fim da tarde impediram-me de ver o jogo contra a Lazio. Precisamos de acelerar o processo de empobrecimento nacional. Só assim poderemos ter tempo disponível para ver os jogos que precisamos.

Dignificámos o espectáculo e o futebol em geral. Se assim não fosse, os jogadores da Lazio não festejariam, como festejaram, os golos como se não houvesse amanhã, nem, muito menos, os espectadores estariam, como estavam, em autêntico delírio. Ficámos felizes por perder? Teríamos preferido ganhar? Tanto faz.

Agora, está na hora de regressar à base e preparar os jogos que temos até ao Natal. Esses é que são jogos a sério, e para ganhar. Lá mais para frente, logo vemos se organizamos outro jogo a feijões.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um duro bife não deixa de ser um bom bife

Woody Allen diz-nos que “a realidade é dura, mas ainda é o único lugar onde se pode comer um bom bife”. O que não nos diz, é que não só é dura como muitas vezes nos sai um bife duro como sola também. Aliás, os que não são verdadeiros bifes (ingleses), mas que se parecem com eles (americanos), são sempre um pouco mais duros ainda.

Isaac Newton, um dos melhores bifes que me foi dado provar, concluía isso mesmo na sua Terceira Lei. Quando alguém bate contra uma parede, regista-se uma reacção de intensidade e direcção iguais, mas sentido oposto.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Presos por arames

Vi o jogo de trás para a frente. Vi primeiro os últimos trinta minutos. Saí do Flávio com os nervos em franja. A equipa parecia presa por arames na parte final do jogo.

Mais tranquilo, vi a gravação do restante jogo em casa. Na primeira parte não estivemos propriamente mal. Podíamos ter marcado pelo menos mais um golo. Mas por isto ou por aquilo, acabou sempre por faltar acerto no último passe. Umas vezes ia um pouco mais para a frente do que o desejado, outras um pouco mais para trás.

A segunda parte foi pior, francamente pior. Faltou capacidade física para ter a bola e a rodar entre os jogadores. Tudo parecia sempre feito em esforço. As substituições não ajudaram grande coisa. Com tantos lesionados, as opções não são muitas, essa é que é essa. Agora é mandar os juniores jogar contra a Lazio e descansar a equipa titular.

Duas últimas notas para o Onyewu e o Patrício. No golo, o guarda-redes do Nacional da Madeira teve dois azares. Não só sofreu o golo como ainda teve que esbarrar contra uma parede. O Onyewu é como o défice, segundo a definição de Pedro Passos Coelho. Não é só grande; é verdadeiramente colossal. Ficamos também a dever ao Patrício a vitória. É bom ir registando os pontos que ele nos vai permitindo acumular.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

No topo da Europa

A Liga dos Campeões transformou-se num prolongamento da Liga Espanhola. A Liga Europa, essa sim, passou a constituir a verdadeira competição disputada por muitos dos principais clubes de futebol representativos dos países europeus.

Estar no topo da Europa seria ganhar a Liga Europa esta época. Este é que é um desafio que vale a pena e à medida das nossas ambições.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Mais trabalho, mais conhaque e mais um ponta-de-lança

Trabalho é trabalho; conhaque é conhaque. Nunca soube muito bem o que isto queria dizer. Deve ser qualquer coisa como um “slogan” de prevenção rodoviária, mas em relação ao trabalho. Qualquer coisa como: “se trabalhar não beba conhaque; se beber conhaque não trabalhe”.

Hoje era dia de trabalho e, portanto, não era dia de conhaque, perdão, de Sporting- Belenenses. Só ouvi uma parte do relato no rádio do carro entre o final da primeira parte e meados da segunda. É sempre muito divertido pressentir os locutores e comentadores de monco caído quando o Sporting marca um golo. Porque o Belenenses estava a jogar melhor; porque o Belenenses tinha tido mais oportunidades; porque o futebol é isto mesmo e isto mesmo não é bom se for bom para o Sporting.

Vi o último quarto de hora e o resumo do jogo. Parece-me existir um problema quando jogamos contra equipas que se fecham muito lá trás, como o Belenenses, hoje, ou o Benfica, na última jornada do campeonato. O Wolfswinkel fica muito sozinho na frente. Aí, ou os extremos jogam mais em zonas interiores ou os médios têm que chegar à área ou próximo dela para rematar. Mas nem sempre isso acontece ou quando acontece parece faltar fogo nas botas para rematar de fora de área.

Enfim, talvez não fosse má ideia testar um modelo alternativo com dois pontas-de-lança. É porque ou muito me engano ou esta táctica do José Mota vai-se repetir mais vezes.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

As vantagens de um matulão numa equipa de “meninos”

Alexi Lalas, o (um tudo-nada) excêntrico ex-jogador dos EUA, afirma, n'O Jogo, que o Onyewu “possui uma qualidade que faz dele um jogador especial: é intimidante. A sua presença na área intimida o adversário e isso é muito importante para uma equipa”. Nada que não tenha sublinhado várias vezes.

Diria mesmo mais, não só intimida os adversários como impede os adversários de intimidarem os restantes jogadores da equipa. Isto numa equipa de “meninos”, parecendo que não, faz toda a diferença.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Desespera quem espera e não alcança

Quando menos se espera, as coisas acontecem. Quando não se espera de todo, as coisas acontecem também. Quando se espera, as coisas ainda acontecem mais depressa.

Quem espera sempre alcança. Quem espera desespera. De quem desespera é que não se espera grande coisa.

http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=28&t=Jorge-Jesus-fala-que-tudo-acontece-quando-menos-nao-se-espera.rtp&article=505844

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nem com colinho...

Já está! Meteram os passaritos na gaiola.
Adivinha-se um bom fim-de-semana!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Piece of cake

Era dia para estar em casa à lareira. Chuva e frio lá fora. Gente a abarrotar os shoppings. Não era dia para grandes fulgores. Era dia para ver um jogo do Sporting como quem vê um episódio do Dr. House. Sabemos como começa e como acaba. Pelo meio, entretemo-nos.

Fácil de mais, dirão uns. Mas não, não é fácil transformar estes jogos em jogos fáceis. Quando o difícil se torna rotina, até parece fácil. Quem, como nós, viu transformar o fácil em difícil nos últimos anos, sabe do que fala.

Praticamente não há muito mais a dizer. O Zurique não criou uma oportunidade. O nosso guarda-redes não fez uma defesa.

O André Martins é jogador. O Carriço quase que parece um bom trinco. Está até convencido que o é. Na “flash interview” nem sequer apareceu com o seu habitual ar angustiado. A continuar assim, tenho que pensar em desdizer-me. O Wolfswinkel marcou o golo do costume. Desta vez até começou por não correr bem. Não dominou a bola tão bem como pretendia e ela foi-lhe parar ao pé esquerdo. Nessa altura, terá dito qualquer coisa para si próprio como: “que chatice, vai ter que ser mesmo sem grande estilo e com o pé que tenho mais à mão; por este andar nunca serei o Postiga”.

Bem, interrompi a leitura para ver o Sporting. Vou voltar a ela e à lareira.